Neste O internauta opina, o irmão Cristhian, após ler a postagem pela qual analiso a canção “Incendeia”, faz pertinentes observações sobre a música na casa de Deus. Depois de apresentar a opinião do internauta, este editor faz as suas considerações, com a intenção de partilhá-las com todos, visando a envolver outros irmãos nesse saudável debate.
Sugiro a todos os irmãos que — antes de apreciarem os comentários abaixo e/ou partiparem inserindo novos comentários — leiam a postagem Música no culto ou culto à música? (6), na qual inseri, na íntegra, um artigo do saudoso pastor Valdir Nunes Bícego (foto). Ele discorre com muita autoridade sobre o assunto. Vale a pena ler:
http://cirozibordi.blogspot.com/2008/06/msica-no-culto-ou-culto-msica-6_05.html
Comentário do irmão Cristhian:
“Prezado Ciro,
Admiro pessoas com grande desejo de servir a Deus. Pela grande elaboração deste blog (que só hoje estou conhecendo), vejo que você é uma delas.
Concordo que há muitos problemas nas músicas atuais, tais como superficialidade, desconexão de idéias, etc. Mas há muitas virtudes também: linguajar acessível a todos, originalidade, aproximação cultural (especialmente brasileira), etc.
Não estou aqui para criticar o irmão, mas para destacar algo que percebo.
Digo o seguinte: heresias devem ser fortemente combatidas. Músicas que proclamam heresias não devem ser cantadas pela congregação. Porém, penso que devemos evitar um rigor semântico excessivo. Música, poesia e salmos são expressões artísticas. Nelas, a subjetividade e a utilização de figuras de linguagem são inerentes. Basta lermos salmos, cantares e as poesias espalhadas pela Bíblia.
Se formos muito rigorosos no acordo semântico, teríamos que questionar até mesmo o uso — no texto principal desta discussão — das expressões: “casa de Deus” (que não é encontrada no sentido do texto no Novo Testamento), “culto” (porque sempre estamos cultuando a Deus e não somente no momento da reunião ou assembléia), “pastor” (que é uma função e não um título) e assim por diante.
Repito: minha intenção é contribuir para o debate. Não criticar.
Paz e saúde a todos.”
Cristhian
Considerações do editor deste blog:
Caro Cristhian,
A paz do Senhor!
Agradeço-lhe pelos elogios e críticas construtivas em relação ao blog. Estou realmente procurando fazer o melhor, segundo a graça de Deus, para alcançar o maior número de pessoas. E o alvo é enaltecer o Deus da Palavra e a Palavra de Deus, a fim de que sirvamos ao Senhor Jesus de verdade.
Quero que o irmão saiba que eu sou amante e admirador do louvor e da boa música, e o objetivo da série pela qual analiso letras, é combater os extremos, e não as efemeridades.
A canção em apreço, com todo o respeito, é uma aberração teológica, posto que apresenta uma mixórdia que a nada leva, a não ser descontração, entretenimento, como se os crentes estivessem em uma “balada”, e não num culto coletivo a Deus, uma vez que o estilo musical utilizado é também extremamente dançante.
Não sei se há muitas virtudes nas composições de hoje, como o irmão afirmou. Digo que há algumas boas composições, de pessoas sérias (não voltadas para o lado comercial), pois a maioria está atendendo aos anseios do povo, ao que as pessoas gostam, e não aos mandamentos e princípios da Palavra de Deus, nossa regra de fé, de prática e de vida.
O lado comercial e o secularismo têm falado mais alto. É como se a cultura e os costumes tivessem poder de sobrepujar o evangelho. Mas é o inverso que deveria acontecer (Sl 11.3; Rm 12.1,2; 1 Jo 2.15-15; Tg 4.4, etc.).
Não podemos levar ao extremo a chamada contextualização. Usar linguajar e linguagem acessíveis a todos, bem como originalidade são requisitos indispensáveis até à pregação.
Contudo, a aproximação cultural deve ser vista com muito cuidado! Não é porque o brasileiro tem samba no pé que vamos oferecer samba para ele dentro da casa de Deus. E “casa de Deus” é uma expressão do Novo Testamento que tem aplicação para os nossos dias, haja vista 1 Timóteo 3.15, por exemplo.
O meu rigor semântico se dá pelo fato de eu respeitar o texto original. Por exemplo, não gosto de substituir cântico por canção. Se o irmão conversar com Antonio Gilberto, Russel Shedd ou outros homens piedosos versados nas línguas bíblicas, eles poderão lhe dar até uma explicação mais plausível sobre isso. O meu rigor decorre do respeito que tenho para com o texto original.
Se as coisas continuarem como estão, a Bíblia será em breve uma adaptação à nossa realidade, e não a Palavra de Deus. Hoje, por exemplo, canções e danças são chamadas de adoração. Mas o conceito de adoração na Bíblia é bem outro; passa longe da extravagância (cf. 2 Cr 20; Ne 8; Jo 4.23ss).
O modismo de estar apaixonado é outro exemplo. As pessoas dizem que “adoram” chocolate, namorado, carro, etc. E, quando se referem o Jesus: “Estou apaixonado”. Ora, o sentido original de adoração é profundo, porém hoje, em razão da chamada evolução semântica, despreza-se a palavra “adoração”, cujo étimo é muito mais rico do que “paixão”, que nada tem que ver com o culto a Deus em espírito e em verdade.
Música, poesia e salmos são também expressões artísticas. Por isso mesmo temos de olhar para o livro de Salmos (e para toda a Bíblia), a fim de aprendermos como os salmistas compunham, e não para cantores e músicos seculares, como vem ocorrendo hoje.
Veja como, pouco a pouco, toda a parafernália dos shows está entrando na casa de Deus. Não emprego “casa de Deus” como sinônimo de templo, e sim de acordo com sentido neotestamentário, citado acima. Temos de saber como andar na “casa de Deus”, isto é, na presença de Deus, seja na praça, no templo, em nossa casa, etc.
Figuras de linguagem são válidas, mas tudo tem limite. Que Deus é esse que vem saltando pelos montes, para em seguida incendiar a sua igreja?
Eu sou rigoroso quanto ao sentido original. Afinal, a inspiração de Deus recaiu sobre as palavras, e não sobre as idéias. E quem traduz a Bíblia deve respeitar a literalidade do texto. Em João 17, vemos que o Senhor nos deixou como herança as suas palavras, e não as suas idéias.
Não temos de questionar o uso de expressões “casa de deus”, “culto”, “pastor”, etc., e sim explicar ao povo de Deus, hoje, o que elas significam. O conceito de culto coletivo (a reunião), por exemplo, tem sido torcido.
As pessoas têm ido aos templos para receber a sua bênção e se apresentar ao povo. Sempre, quando posso, enfatizo isso em minhas ministrações. Já é hora de os dirigentes do culto coletivo começarem a perguntar ao povo: “Quanto vieram adorar a Jesus?", e não: “Quantos vieram buscar a sua bênção?” Mas é claro que o nosso culto individual nunca termina, haja vista não se circunscrever a uma reunião no templo.
Agradeço-lhe pelas suas considerações que, certamente, contribuem para que os leitores tenham uma maior compreensão do assunto em análise.
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi
Sugiro a todos os irmãos que — antes de apreciarem os comentários abaixo e/ou partiparem inserindo novos comentários — leiam a postagem Música no culto ou culto à música? (6), na qual inseri, na íntegra, um artigo do saudoso pastor Valdir Nunes Bícego (foto). Ele discorre com muita autoridade sobre o assunto. Vale a pena ler:
http://cirozibordi.blogspot.com/2008/06/msica-no-culto-ou-culto-msica-6_05.html
Comentário do irmão Cristhian:
“Prezado Ciro,
Admiro pessoas com grande desejo de servir a Deus. Pela grande elaboração deste blog (que só hoje estou conhecendo), vejo que você é uma delas.
Concordo que há muitos problemas nas músicas atuais, tais como superficialidade, desconexão de idéias, etc. Mas há muitas virtudes também: linguajar acessível a todos, originalidade, aproximação cultural (especialmente brasileira), etc.
Não estou aqui para criticar o irmão, mas para destacar algo que percebo.
Digo o seguinte: heresias devem ser fortemente combatidas. Músicas que proclamam heresias não devem ser cantadas pela congregação. Porém, penso que devemos evitar um rigor semântico excessivo. Música, poesia e salmos são expressões artísticas. Nelas, a subjetividade e a utilização de figuras de linguagem são inerentes. Basta lermos salmos, cantares e as poesias espalhadas pela Bíblia.
Se formos muito rigorosos no acordo semântico, teríamos que questionar até mesmo o uso — no texto principal desta discussão — das expressões: “casa de Deus” (que não é encontrada no sentido do texto no Novo Testamento), “culto” (porque sempre estamos cultuando a Deus e não somente no momento da reunião ou assembléia), “pastor” (que é uma função e não um título) e assim por diante.
Repito: minha intenção é contribuir para o debate. Não criticar.
Paz e saúde a todos.”
Cristhian
Considerações do editor deste blog:
Caro Cristhian,
A paz do Senhor!
Agradeço-lhe pelos elogios e críticas construtivas em relação ao blog. Estou realmente procurando fazer o melhor, segundo a graça de Deus, para alcançar o maior número de pessoas. E o alvo é enaltecer o Deus da Palavra e a Palavra de Deus, a fim de que sirvamos ao Senhor Jesus de verdade.
Quero que o irmão saiba que eu sou amante e admirador do louvor e da boa música, e o objetivo da série pela qual analiso letras, é combater os extremos, e não as efemeridades.
A canção em apreço, com todo o respeito, é uma aberração teológica, posto que apresenta uma mixórdia que a nada leva, a não ser descontração, entretenimento, como se os crentes estivessem em uma “balada”, e não num culto coletivo a Deus, uma vez que o estilo musical utilizado é também extremamente dançante.
Não sei se há muitas virtudes nas composições de hoje, como o irmão afirmou. Digo que há algumas boas composições, de pessoas sérias (não voltadas para o lado comercial), pois a maioria está atendendo aos anseios do povo, ao que as pessoas gostam, e não aos mandamentos e princípios da Palavra de Deus, nossa regra de fé, de prática e de vida.
O lado comercial e o secularismo têm falado mais alto. É como se a cultura e os costumes tivessem poder de sobrepujar o evangelho. Mas é o inverso que deveria acontecer (Sl 11.3; Rm 12.1,2; 1 Jo 2.15-15; Tg 4.4, etc.).
Não podemos levar ao extremo a chamada contextualização. Usar linguajar e linguagem acessíveis a todos, bem como originalidade são requisitos indispensáveis até à pregação.
Contudo, a aproximação cultural deve ser vista com muito cuidado! Não é porque o brasileiro tem samba no pé que vamos oferecer samba para ele dentro da casa de Deus. E “casa de Deus” é uma expressão do Novo Testamento que tem aplicação para os nossos dias, haja vista 1 Timóteo 3.15, por exemplo.
O meu rigor semântico se dá pelo fato de eu respeitar o texto original. Por exemplo, não gosto de substituir cântico por canção. Se o irmão conversar com Antonio Gilberto, Russel Shedd ou outros homens piedosos versados nas línguas bíblicas, eles poderão lhe dar até uma explicação mais plausível sobre isso. O meu rigor decorre do respeito que tenho para com o texto original.
Se as coisas continuarem como estão, a Bíblia será em breve uma adaptação à nossa realidade, e não a Palavra de Deus. Hoje, por exemplo, canções e danças são chamadas de adoração. Mas o conceito de adoração na Bíblia é bem outro; passa longe da extravagância (cf. 2 Cr 20; Ne 8; Jo 4.23ss).
O modismo de estar apaixonado é outro exemplo. As pessoas dizem que “adoram” chocolate, namorado, carro, etc. E, quando se referem o Jesus: “Estou apaixonado”. Ora, o sentido original de adoração é profundo, porém hoje, em razão da chamada evolução semântica, despreza-se a palavra “adoração”, cujo étimo é muito mais rico do que “paixão”, que nada tem que ver com o culto a Deus em espírito e em verdade.
Música, poesia e salmos são também expressões artísticas. Por isso mesmo temos de olhar para o livro de Salmos (e para toda a Bíblia), a fim de aprendermos como os salmistas compunham, e não para cantores e músicos seculares, como vem ocorrendo hoje.
Veja como, pouco a pouco, toda a parafernália dos shows está entrando na casa de Deus. Não emprego “casa de Deus” como sinônimo de templo, e sim de acordo com sentido neotestamentário, citado acima. Temos de saber como andar na “casa de Deus”, isto é, na presença de Deus, seja na praça, no templo, em nossa casa, etc.
Figuras de linguagem são válidas, mas tudo tem limite. Que Deus é esse que vem saltando pelos montes, para em seguida incendiar a sua igreja?
Eu sou rigoroso quanto ao sentido original. Afinal, a inspiração de Deus recaiu sobre as palavras, e não sobre as idéias. E quem traduz a Bíblia deve respeitar a literalidade do texto. Em João 17, vemos que o Senhor nos deixou como herança as suas palavras, e não as suas idéias.
Não temos de questionar o uso de expressões “casa de deus”, “culto”, “pastor”, etc., e sim explicar ao povo de Deus, hoje, o que elas significam. O conceito de culto coletivo (a reunião), por exemplo, tem sido torcido.
As pessoas têm ido aos templos para receber a sua bênção e se apresentar ao povo. Sempre, quando posso, enfatizo isso em minhas ministrações. Já é hora de os dirigentes do culto coletivo começarem a perguntar ao povo: “Quanto vieram adorar a Jesus?", e não: “Quantos vieram buscar a sua bênção?” Mas é claro que o nosso culto individual nunca termina, haja vista não se circunscrever a uma reunião no templo.
Agradeço-lhe pelas suas considerações que, certamente, contribuem para que os leitores tenham uma maior compreensão do assunto em análise.
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
A paz do Senhor!
Eu queria fazer uma sugestão ao seu blog.
Tem muita gente como eu que conhece e já leu todos as postagens, mas que às vezes quer ler novamente sobre certos assuntos, só que esquece onde foi que viu.
Uma boa idéia seria colocar uma ferramenta de busca para facilitar a pesquisa sobre determinado assunto que o blog aborda.
Eu ficarei grato quando ver essa ferramenta no seu blog, vai ajudar muito!!!!
Deus abençoe!
Graça e Páz.
Bom começemos o debate.
Gostaria de propor que procuremos colocado de lado nossas convições doutrinárias (das nossas denominações, Batistas; Assembleia; Presbiteriana; etc.) e nos apoiêmos nas doutrinas unica e exclusivamente biblicas, e em fatos ciêntíficos, históricos, sociais que sejam pertinentes.
Bom pra iniciar eu gostaria de colocar na mesa de debate a questão da vida que tem a lingua e a história de uma civilização. Por quê, ora imaginemos o evangélho chegando em chipre e os chipreanos se judaizando musicalmente e culturalmente por causa do cristianismo (olhando para os padrões da cultura judaica, lembremos que até Pedro foi criticado por Paulo por na ausencia de outros judeus comia e participava das atividades dos cristãos convertidos, no referido texto, más quando chegaram os irmãos judeus ele se afastou), como ficaria a questão do louvor no Brasil quando dos primeiros missionários, ou de João Wesley, Calvino, Lutero, eles não usaram o contexto cultural da realidade em que eles viviam para cultuar à Deus.
Eu ficaria imaginando se Lutero fosse inicar o período de louvor com uma canção hebraica do sec.III, será que alguma alma o acompanharia? ou J. Wesley na inglaterra à 270 anos àtraz se ele fosse usar de padrões alheios à cultura da época e local onde vivia.
O pr Ciro comentou do samba no Brasil, o Sr já ouviu a "canção da terra brasileira" se não me engano do grupo logus ou semente, (agora não me lembro más data da década de 80, é um samba de raiz, e chama à atenção e tem letra e conteúdo cristão, há outras. Hoje existem músicas que são aberração e permeiam nosso culto e igrejas, sim, más sacramentar um ritmo apenas por tê-lo como carnal é perigoso ao meu ver, estaríamos colocando em xeque quase a totalidade das canções, as que hoje pra nós são sacras e santas, hontem faziam parte da cultura secular de algum país.
Quero debater mais, más por agora estou com outros compromissos, e não poderei pesquisar e pensar mais profundo sobre o assunto, então para não escrever por escrever, paro por aqui, provisoriamente, más já dei algum subsídeo para o início do debate.
Espero dos irmãos um bom debate pois o tema é extremamente atual e importante!
Abraços:
Euller
Parabéns continue sempre assim, exigente e responsável pela abordagem da palavra de Deus.
Hoje infelizmente vemos muitas ¨meninices¨em nosso meio, e nós como conhecedores da palavra não podemos nos contaminar.
A Paz do Senhor.
Ronaldo Leone
Entendi perfeitamente seu comentário, mas acho que devemos nos diferenciar o máximo possível das coisas ¨mundanas¨, inclusive nos ritmos e instrumentos empregados para a execução dos louvores a Deus.
A Paz do Senhor.
Ronaldo
Agradeço-lhe pela participação no debate e pelas palavras de encorajamento.
Em Cristo,
CSZ
A paz do Senhor!
Vi que o irmão ficou feliz pelo fato de eu ter usado a palavra “debate”. Risos... Eu não gosto de debates intermináveis, em que cada um quer fazer valer a sua argumentação. Porém, neste debate, o meu desejo é permitir que a Palavra de Deus seja a nossa fonte máxima de autoridade. Por isso, também é louvável a sua proposta de que deixemos de lado convicções relacionadas com a nossa denominação.
O irmão escreveu um verdadeiro "jornal", hein! E terei de escrever um pouquinho também para lhe responder...
Bem, o seu comentário leva-nos a pensar que, se Wesley, Calvino e Lutero iniciassem o período de louvor com um cântico hebraico do século III, nenhuma alma o acompanharia. Entretanto, à luz da Palavra de Deus foi exatamente isso o que aconteceu nos dias do rei Ezequias, como se lê em 2 Crônicas 29.27,30:
“E deu ordem Ezequias que oferecessem o holocausto sobre o altar, e ao tempo em que começou o holocausto, começou também o canto do Senhor, com as trombetas e com OS INSTRUMENTOS DE DAVI, rei de Israel. (...) Então disse o rei Ezequias, e os maiorais aos levitas, que louvassem ao Senhor com as PALAVRAS DE DAVI, E DE ASAFE, o vidente. E o louvaram com alegria e se inclinaram e adoraram”.
Pela sua lógica, os cânticos, nos dias de Ezequias, deveriam estar bem mais evoluídos do que os dos tempos de Davi e de Asafe, porém o avivamento genuíno, pela Palavra, fez com que o povo de Deus recuperasse o que havia perdido. O mesmo aconteceu em relação aos instrumentos. Não houve inovação. Antes, usaram os instrumentos dos tempos de Davi, de novo! Os avivamentos autênticos têm essa característica: recuperação do que foi perdido (Jr 6.16; Lm 5.21; Pv 24.21).
Não é o evangelho que deve se aculturar ou se acomodar aos caprichos humanos. Na verdade, o evangelho modifica culturas e costumes. Ele é transformador! Ou será que os índios devem permanecer nus, no meio da selva, com as suas danças, mesmo depois de terem aceitado ao Senhor Jesus?
Eu não mencionei o samba, propriamente, mas o fato de o brasileiro ter, em tese (eu nunca tive!), samba no pé. Muitos usam isso para defender a tese de que devemos dar às pessoas o que elas mais gostam. Isso é uma grande inversão de valores! Quer dizer que o culto evangélico na África tem que ser igualzinho aos cultos aos deuses pagãos, em razão de sua cultura ser assim? E os muçulmanos que se convertem, como deve ser o culto deles?
Quanto ao grupo Logos, que antes se chamava Elo, do saudoso Jairinho e do brilhante Paulo César, sempre apreciei os hinos que compunham. Tenho todos os CD’s do Elo e, praticamente, todos os do Logos. Mas, sinceramente, há hinos deles que não são apropriados para o louvor coletivo. E nem é pelo fato de serem excessivamente ritmados ou dançantes, e sim por serem extremamente lentos, mais apropriados para se ouvir a sós, em casa, no carro. É preciso distinguir-se entre hinos para ouvir no carro, em casa (estilo bossa-nova, por exemplo), e hinos para um culto coletivo a Deus.
Quanto aos estilos musicais, que muita gente pensa que não importam, desde que as letras sejam evangélicas, é preciso observar que não são apenas as letras que tornam uma composição apropriada para o louvor.
Um cântico genuinamente espiritual é formado por música (que possui três partes: melodia, harmonia e ritmo), voz e letra. Essas três coisas têm de ser submetidas ao crivo da Palavra de Deus. As letras cristãs não transformam, por exemplo um “heavy metal” nem um “funk” em um estilo musical apropriado para o louvor na casa de Deus. Leve certos “hinos” para os bailes “funk”, e o irmão verá como os apreciadores desse estilo vibrarão do mesmo jeito.
Bem, não vou prosseguir com esse assunto relacionado ao que vem a ser um cântico espiritual em razão de fazer parte da série “Música no culto ou culto à música?”, parte 7. Deverei publicá-la por esses dias, se Deus quiser.
Em resumo, esse argumento de que o louvor na casa de Deus de hoje tem de ser mais “avançado” do que ontem é muito perigoso. Não sou contra as boas inovações, porém as más tem de ser rejeitadas. Ou será que o irmão vê com naturalidade o “funk” do tipo “Egüinha Pocotó” ou “Créu” dentro das igrejas? “Oh, isso é cultural”, alguém poderá dizer. Não! Isso é, sim, pecaminoso, erotizante, ultrajante, diabólico e deve ser banido da casa de Deus!
Meditemos em 2 Coríntios 6.14-18.
Deus o abençoe, meu amado irmão!
CSZ
Pr Ciro.
Diariamente entro nesse blog abençoado que tem nos ajudado na compreensão e proclamação da palavra de Deus. quanto a este tópico sobre a música, o que está aqui postado da sua parte e da do pr Valdir Bícego, é uma realidade. Parece que os cantores, músicos e muitos irmãos da igreja, tem se esquecido o verdadeiro sentido e significado de louvor e adoração a Deus.
Existem letras que não exaltam mais a Deus, mas ao próprio homem, os sonhos de cada um e etc. Até mensagens pregadas falando que José tinha um grande sonho, de se tornar governador, e baseado nessas mensagens, vem as letras de certas músicas dizendo que ele dioturnamente sonhava com o trono.
Ele conseguiu o trono porque era um sonhador, e todo sonhador tem os seus sonhos realizados por Deus. Por isso sonhe com o que você quiser, Deus tem que cumprir os seus sonhos. Como se Deus fosse obrigado, ou nosso empregado.
Nem passava pela cabeça de José ser governador do Egito. Ele era escravo, não tinha chances, era hebreu não egípcio, não era príncipe, não fazia parte da dinasia do reino egípcio, de pai para filho. E alguns ainda chama essa geração, de geração de sonhador.Sonhe e ouse sonhar, Deus vai realizar todos os seus sonhos.
Deus não realizou o sonho de Moisés, de entrar em Canaã.
Deus não realizou o sonho de Paulo,de se ver livre do espinho na carne.
Se fossemos citar todos os sonhos frustrados da Bíblia, leva muito tempo. Mas o certo é que precisamos adorar a Deus em Espírito e verdade. E o louvor não é só da boca pra fora,mas com as atitudes, com as ações, e obediência. E está escrito que devemos meditar dia e noite na palavra, isto é: Sempre. Mas parece que muitos estão desobedecendo, porque suas (canções) não tem nada da palavra.
Abraços
Geziel
A paz do Senhor!
Agradeço-lhe pela sugestão.
Eu venho procurando fazer alguns agrupamentos diferenciados, mas a falta de tempo me impediu de concluir o que eu tenho em mente.
Há também alguns post's de antes da reformulação que foram suprimidos de propósito em razão de serem muito parecidos com o conteúdo de meu novo livro.
Pretendo distinguir, o quanto possível, os conteúdos, a fim de que os meus leitores não leiam sempre as mesmas coisas, tanto aqui como nos livros. Se bem que algumas verdades devam ser enfatizadas de diversas maneiras.
Aos poucos, estou dando uma "cara nova" ao blog e também incluindo novas ferramentas que, de fato, representem novidade. Há muitos blog's na grande rede, e os internautas tendem a buscar formas e conteúdos inovadores. Continuarei em busca da boa inovação, a que não depõe contra a Palavra de Deus.
Deus o abençoe!
CSZ
Sou-lhe grato pelas palavras e pela honra que me dá de diariamente consultar este blog.
Como o irmão salientou, há muitos desvios da área do louvor, nas igrejas. Os líderes de louvor e músicos têm a sua parcela de culpa. Mas são os líderes (pastores e dirigentes de congregação) que devem zelar por estas áreas, como vimos no artigo do saudoso pastor Valdir Nunes Bícego. O Senhor Jesus cobra atitude da liderança (Ap 2;3).
Eu tenho falado bastante sobre essa distorção das mensagens sobre "sonhos". Inclusive em meu livro novo, "MAIS Erros que os Pregadores Devem Evitar", abordo o assunto.
O pessoal que prega ou canta esse modismo fica bravo, num primeiro momento, mas creio que eles, mais cedo ou mais tarde, irão refletir e perceber estão torcendo o texto sagrado.
Em Cristo,
CSZ
Amado sua resposta foi muito suscinta e explicativa, concordo que devemos sim ter no culto uma musicalidade ideal ao propósito, más o que ainda vejo no meu ponto de vista que cada comunidade tem uma realidade diferente.
Aqui em Belo Horizonte, há um certo conservacionismo em algumas questões, ai no Rio há outras já em Recife, (capital que conheço) já existe nas igrejas lá uma outra cultura local. Creio que cada momento e local terá uma característica singular. Creio também que há momentos distintos durante o período de louvor, vejo existir um período de guerra e mais intenso uso de canticos com este fim, onde há uma declaração de guerra mesmo, e os hinos aqui usados são bem marcantes; após há um período de exaltação onde o foco é o que o próprio nome fala, e creio que o período de louvor se concretiza com o ápice que é a parte onde entramos na adoração intença, período no qual a igreja toda envolvida numa atmosfera cheia de Deus e sensivel ao menor mover do Espirito Santo se derramam perante Deus. Eu vivi isto em muitos períodos de louvor, e é um padrão para mim usar tal método.
Existem pessoas que já chegam à igreja prontas e ansiosas para adorar à Deus, para estas poderíamos iniciar o período de louvor (o que costumo chamar de perídodo de adoração), direto com músicas de adoração direta à Deus, pois eles estão prontos para isto, más a maioria das pessoas entra dentro da igreja, e a libertação delas começa no louvor, e quando ela brada, proclama libertação e é movida por um cântico de guerra à lutar, ela vai se libertando, após este momento,(e há de observar que o ministro tem que estar sensível à vóz do Espírito Santo para perceber o momento em que a igreja deve ser conduzida ao outro momento), começa-se à ministrar canticos que exaltem e proclamem a vitória de Deus e o triunfo sobre o inimigo, geralmente também corinhos mais vibrantes, más que já introduzem o momento de adoração, estes dois momentos não devem ser longos pois o foco é adoração, e é na adoração que finaliza-se muitas vezes a libertação de corações que entram completamente fechados e cheios de amarras, foram quebrantados durante estes momentos que fazerm parte do nosso chamado "período de Louvor".
É muita coisa que se poderia falar sobre o assunto, eu vejo que o ministro de louvor tem que ser sensível à vóz do Espirito Santo tanto quanto um Pastor, pois é neste período em que há muitas libertações, e o coração é quebrantado, creio que tanto quanto na mensagem há início meio e fim do assunto, no louvor também há momentos distintos em que o cristão e o visitante são tratados e preparados para receber a minstração da palavra.
Ontem fiquei sabendo por boca de um irmão de um outro que já conhecia, seu nome é Naum, é baterista que acompanha o ministério do Pr Sóstenes Mendes, jovem muito humilde, demonstra um espírito de servo, e este primeiro irmão testemunhou que (isto durante um período de louvor, durante um solo de bateria) que um irmão fora curado de cançer,não contou os detalhes, más eu conheço o Naum, ele já entra clamando o espírito, ele sempre se posiciona como servo, e nunca quer aparecer, até em suas vestes e na sua fala, ele se mostra sempre humilde, e sempre denota que a honra não é de ninguem mais senão de Deus.
Coisas maravilhosas, eu já ví pessoalmente o mover de Deus cair sobre a igreja em um momento inusitado, era um culto normal, nem frio nem quente ao extremo, acabou-se a luz no meio do louvor, só haviam dois instrumentos que não necessitavam de energia, a bateria e o saxofone de meu irmão, foi Deus, não há outra explicação, eu creio que o Espírito encheu estes dois irmãos que começãram à tocar como nunca, e toda a casa (igreja) começou à sentir um poderoso mover de Deus, lagrimas e brados em meio aos sonidos da bateria e dos sons do sax.
Então eu por estas experiências creio que o Espírito de Deus aceita sim não só a música lenta, más há momentos para outros estilos, (não todos, concordo com o Pr que há estilos que nunca deveriam entra na liturgia do louvor.).
Espero ter contribuido com o debate.
Pr Ciro, obrigado por suas explicações e explanações biblicamente contextualizadas nos debates.
Abraços:
Euller
Sinto saudades das poucas livrarias evangélicas. Poucas Editoras. Mas, muitos livros inspirados, e dos "Discos de Vinil", com músicas e hinos "evangélicos". De verdade.
Tempos em que encontravamos, um maior desejo na exaltação ao nosso Deus. Hoje, observamos a hipocrisia, os eventos vergonhosos que poluem em muitas igrejas, com falsos pentecostes, que exaltam mais os homens do que a Deus e a cobrança por apresentação e ou pregação.
O culto à personalidade, tornou-se maior do que o culto para Deus. Sinto saudades, da verdade e da exortação, pregada antes na maioria das igrejas. Sinto vergonha, dos desejosos de riquezas, que só promovem a desgraça e não a Graça.
Que Deus tenha misericórdia destes exaustivos interessados em ganhar dinheiros, e desprezar no seu próprio aconchego, a verdadeira razão do louvor ao Deus Criador dos Céus e da Terra.
Pr. Newton Carpintero
www.pastornewton.com