Li alhures que um certo pastor — não me pergunte o nome dele, por favor — “lavou os pés de gay, mãe-de-santo, ateu e outros que sofrem com o preconceito dos evangélicos”. O texto sugere que o tal ato foi exemplar, uma vez que muitos evangélicos têm sido preconceituosos. Ademais, o texto exalta a conduta do pastor, colocando-o, por assim dizer, em um pedestal, como se ele, sim, tivesse amor pelos pecadores e compromisso com o Evangelho. Menos, gente, menos...
É verdade que o Senhor Jesus, ao andar na terra, lavou os pés de algumas pessoas. E, quando fez isso, afirmou: “Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.14,15). Penso que Ele não teve como objetivo instituir a cerimônia do “lava-pés”. Mas, se alguém desejar tomar essa passagem como base para fazer isso, deve, antes, responder a duas perguntas: (1) O Mestre lavou os pés de quem? (2) Com qual propósito Ele fez isso?
A bem da verdade, o Senhor Jesus não saiu pelo mundo lavando os pés de todos os tipos de pecadores para demonstrar que os amava. Ele só lavou os pés de pessoas em uma única ocasião (Jo 13.1-15). No versículo 5 está escrito que Ele “pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos”. Nesse caso, se algum pastor quer lavar os pés de alguém com base no ato de Jesus, que lave os pés dos seus dis-cí-pu-los, e não dos pecadores, de modo geral (cf. também 1 Tm 5.10).
Fica claro, quando lemos a mencionada passagem neotestamentária, que o Senhor Jesus não quis instituir o “lava-pés”, e sim ensinar aos seus discípulos que eles devem ser humildes, respeitando uns aos outros. Afinal, se Ele, como Mestre e Senhor, lavou os pés de seus liderados, por que deveríamos nos ensoberbecer e pensar que somos melhores do que os que ouvem nossos ensinamentos e orientações?
No texto que li, alhures, sugere-se que os evangélicos são preconceituosos e não amam os pecadores quando pregam contra o pecado. Entretanto, agradar os pecadores, apresentando-lhes uma mensagem ecumênica, é mesmo uma demonstração de amor, à luz do que ensinou o Mestre dos mestres? Penso que não, pois os evangélicos que se prezam — à semelhança do Senhor Jesus — devem pregar os que os pecadores precisam ouvir, o autêntico Evangelho, e não um evangelho pragmático, isto é, o que os pecadores querem ouvir (cf. Mt 23; Jo 4).
Jesus Cristo não disse que devemos abrir mão da verdade para pregar uma mensagem suave, que agrade os pecadores. Na verdade, Ele disse que a porta para a salvação é estreita (Mt 7.13,14). Já o ato de lavar os pés de representantes de diversos segmentos — ao que me parece — é, na verdade, um ato ecumênico, que visa a agradar as pessoas, em vez de lhes apresentar o Evangelho como ele é. Segundo o Mestre, João Batista foi um pregador exemplar (Mt 11.11). Por quê? Ele lavou os pés dos pecadores? Não! Ele foi um amigão dos que zombam da verdade? Não! Mas “tudo quanto João disse deste [Jesus] era verdade” (Jo 10.41). E a pregação dele era bastante contundente: “Arrependei-vos” (Mt 3.2).
Paulo é um paradigma, um referencial para a Igreja, um imitador de Cristo (1 Co 11.1). Depois do Senhor Jesus, sem dúvida, esse apóstolo foi o maior exemplo de pregador, pastor e mestre que já andou na terra. E eu lhe pergunto, caro leitor: Quantas vezes Paulo lavou os pés dos pecadores e hereges? Lavou ele os pés dos filósofos epicureus e estóicos, em Atenas? Quantas vezes ele deu razão aos oponentes do Evangelho e lhes pediu perdão por causa de sua pregação “ofensiva” e "preconceituosa”? Infelizmente, há muitos “bispos” e “pastores” por aí que abraçaram o evangelho ecumênico, pragmático e relativista da pós-modernidade. Ou, talvez, estão querendo aparecer e mostrar que são mais santos do que os outros...
Portanto, de que adianta lavar os pés de gays, ateus e representantes de religiões, se não lhes apresentarmos a verdade da Palavra de Deus? Preguemos, pois, o Evangelho como ele é. Esta, sim, é a maior demonstração de amor ao pecador. #FicaADica.
Ciro Sanches Zibordi
É verdade que o Senhor Jesus, ao andar na terra, lavou os pés de algumas pessoas. E, quando fez isso, afirmou: “Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.14,15). Penso que Ele não teve como objetivo instituir a cerimônia do “lava-pés”. Mas, se alguém desejar tomar essa passagem como base para fazer isso, deve, antes, responder a duas perguntas: (1) O Mestre lavou os pés de quem? (2) Com qual propósito Ele fez isso?
A bem da verdade, o Senhor Jesus não saiu pelo mundo lavando os pés de todos os tipos de pecadores para demonstrar que os amava. Ele só lavou os pés de pessoas em uma única ocasião (Jo 13.1-15). No versículo 5 está escrito que Ele “pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos”. Nesse caso, se algum pastor quer lavar os pés de alguém com base no ato de Jesus, que lave os pés dos seus dis-cí-pu-los, e não dos pecadores, de modo geral (cf. também 1 Tm 5.10).
Fica claro, quando lemos a mencionada passagem neotestamentária, que o Senhor Jesus não quis instituir o “lava-pés”, e sim ensinar aos seus discípulos que eles devem ser humildes, respeitando uns aos outros. Afinal, se Ele, como Mestre e Senhor, lavou os pés de seus liderados, por que deveríamos nos ensoberbecer e pensar que somos melhores do que os que ouvem nossos ensinamentos e orientações?
No texto que li, alhures, sugere-se que os evangélicos são preconceituosos e não amam os pecadores quando pregam contra o pecado. Entretanto, agradar os pecadores, apresentando-lhes uma mensagem ecumênica, é mesmo uma demonstração de amor, à luz do que ensinou o Mestre dos mestres? Penso que não, pois os evangélicos que se prezam — à semelhança do Senhor Jesus — devem pregar os que os pecadores precisam ouvir, o autêntico Evangelho, e não um evangelho pragmático, isto é, o que os pecadores querem ouvir (cf. Mt 23; Jo 4).
Jesus Cristo não disse que devemos abrir mão da verdade para pregar uma mensagem suave, que agrade os pecadores. Na verdade, Ele disse que a porta para a salvação é estreita (Mt 7.13,14). Já o ato de lavar os pés de representantes de diversos segmentos — ao que me parece — é, na verdade, um ato ecumênico, que visa a agradar as pessoas, em vez de lhes apresentar o Evangelho como ele é. Segundo o Mestre, João Batista foi um pregador exemplar (Mt 11.11). Por quê? Ele lavou os pés dos pecadores? Não! Ele foi um amigão dos que zombam da verdade? Não! Mas “tudo quanto João disse deste [Jesus] era verdade” (Jo 10.41). E a pregação dele era bastante contundente: “Arrependei-vos” (Mt 3.2).
Paulo é um paradigma, um referencial para a Igreja, um imitador de Cristo (1 Co 11.1). Depois do Senhor Jesus, sem dúvida, esse apóstolo foi o maior exemplo de pregador, pastor e mestre que já andou na terra. E eu lhe pergunto, caro leitor: Quantas vezes Paulo lavou os pés dos pecadores e hereges? Lavou ele os pés dos filósofos epicureus e estóicos, em Atenas? Quantas vezes ele deu razão aos oponentes do Evangelho e lhes pediu perdão por causa de sua pregação “ofensiva” e "preconceituosa”? Infelizmente, há muitos “bispos” e “pastores” por aí que abraçaram o evangelho ecumênico, pragmático e relativista da pós-modernidade. Ou, talvez, estão querendo aparecer e mostrar que são mais santos do que os outros...
Portanto, de que adianta lavar os pés de gays, ateus e representantes de religiões, se não lhes apresentarmos a verdade da Palavra de Deus? Preguemos, pois, o Evangelho como ele é. Esta, sim, é a maior demonstração de amor ao pecador. #FicaADica.
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Esse é o inicio do texto aonde o sr. Hermes explica os motivos que levaram a imprensa até o local de encontro dos membros da reina. Uma luz de alerta se acende e essa tal "coexistência harmoniosa" não teria faltado aí uma melhor explicação para esse convívio, algo do tipo apesar de não concordar com o credo nós amamos e respeitamos essas pessoas e queremos que elas conheçam através de nossa conduta o evangelho que pregamos nos nossos atos?
Posso está errado, mas essa luz que se acendeu ilumina algo como uma atitude ecumênica, mas é desse jeito que parece e ainda torce o ensino das Escrituras.
Luís
O que diferencia esse livro do outro ?
Obrigado... ( Humberto Giacomin )
Jéssica Gabryela. Pernambuco.
Ele não disse que eles estavam errados em suas práticas, mas é óbvio que eles sabem que somos contrários a elas, em nenhum momento li que o referido pastor aprovou suas atitudes e crenças. O momento era de pedir perdão pelos excessos que temos cometido contra eles, não era de repetir o que já ouvem todos os dias de nós, seria chover no molhado e só geraria mais repulsa. Tem hora certa pra pregar também, ninguém aguenta aqueles crentes chatos que só sabem ficar acusando pecado o tempo todo, vamos ter sabedoria povo de Deus!
Só porque uma pessoa não professa nossa fé que não podemos conviver harmoniosamente com elas? Engraçado que Paulo falava que a gente tinha que evitar até comer junto mas não de ímpios e pecadores, e sim com quem se dizia irmão na fé e pelas atitudes mostravam que não eram coisa nenhuma.
Atitudes como a dele deixam as pessoas mais abertas a ouvir o evangelho. Infelizmente a visão que a sociedade tem de evangélico é PÉSSIMA!!! E não é porque somos zelosos com os mandamentos de Deus, é porque somos hipócritas, arrogantes, sem senso crítico e acusadores. Devemos sim denunciar o pecado, mas com sabedoria e respeito, e sempre lembrando que também somos pecadores. Alguém já disse pregar o evangelho é "um mendigo mostrar outro mendigo aonde encontrar pão".
No livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria (CPAD, 2006), a ênfase recai sobre a PREGAÇÃO. No livro Procuram-se Pregadores como Paulo (CPAD, 2015), a ênfase recai sobre o PREGADOR. Há, pois, uma enorme diferença entre as obras. Abraços.
CSZ
CSZ
Pastor Ciro essa passagem ele e para ser exemplo de humildade né pastor Ciro não para tomar como ritual né? Quando Jesus lava os pés de Pedro ali , Jesus estava ensinando os discípulos servi uns aos outros estou corretor?
O pastor David Wilkerson disse em uma de suas pregações, que a Palavra de Deus quando pregada (genuinamente) faz uma de duas coisas: "endurece o coração do ouvinte, ou quebranta-o. O sucesso de um ministério não está no número de membros numa instituição religiosa, mas nas almas salvas que o Espírito Santo agregará à Igreja de Cristo e isto só se dará mediante a um compromisso do pregador com a verdade do Evangelho puro, sem misturas, sem invencionices humanas, pois quem tem ouvidos ouve o que o Espírito diz.
"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem" (João 10:27).
L. M. S.