
Pregadores humoristas têm empolgado multidões... Com grande presença de palco e habilidade para contar piadas e fatos anedóticos, eles trocaram a pregação expositiva pelo "stand-up comedy". Assistindo a um deles, recentemente, lembrei-me das performances de Steve Martin, Eddie Murphy, Chris Rock, Martin Lawrence e seus discípulos brasileiros. Mas, com todo o respeito a estes brilhantes comediantes, meus paradigmas da pregação continuam sendo os pregadores do arrependimento: Jesus Cristo, João Batista, Estêvão, Paulo, Spurgeon, Moody, Billy Graham, David Wilkerson e outros.
Três dos principais pregadores do arrependimento, no Novo Testamento, morreram de modo trágico por causa de sua pregação "irritante" e "politicamente incorreta". O primeiro, João Batista, foi decapitado. O segundo, Jesus Cristo, crucificado. E o terceiro, Estêvão, apedrejado. Não é por acaso que boa parte dos pregadores da atualidade prefere pregar a Teologia da Prosperidade e outras efemeridades...
João Batista foi decapitado, Jesus Cristo, crucificado, e Estêvão, apedrejado. Os três eram pregadores do arrependimento. Hoje, os que pregam o arrependimento também são "decapitados", "crucificados" e "apedrejados", no sentido figurado. Em outras palavras, eles são demitidos ou destituídos de sua posição, considerados "persona non grata" e caluniados. "Quais são as vantagens de pregar o arrependimento?", alguém perguntará. Ora, quem disse que o pregador chamado por Deus está pensando em vantagens? Mas eles sabem que são mais que vencedores por aquEle que os tem amado.
Sabe qual foi a primeira pessoa que Estêvão mencionou em sua pregação? Abraão? Isaque? Jacó? José? Moisés? Josué? Davi? Salomão? Ele próprio? Não! Ele disse: “Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória [...]” (At 7.2). E olha que ele fora convocado para falar em sua defesa! Ah, se fosse um animador de auditórios em seu lugar... Ele teria dito: “Varões irmãos, acabei de chegar de uma grande cruzada em Jerusalém, onde o reteté foi bom demais! E eu quero lhes falar agora sobre os sonhos de Deus”. Procuram-se pregadores como Estêvão, que tenham compromisso com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra.
Muitos usam o bordão "Não se joga pedra em árvores que não dão frutos" para defender condutas e posturas errôneas de líderes evangélicos que não andam segundo a Palavra de Deus. Mas quem diz isso se esquece do que o próprio Senhor Jesus afirmou, em Mateus 7.16: "Por seus frutos os conhecereis". Árvores que dão frutos precisam ter seus frutos examinados.
E para finalizar: um internauta soberbo, alhures, me fez uma pergunta zombeteira, indiretamente caluniosa. E eu lhe dei uma resposta sucinta e objetiva, com uma pitada de ironia. Ele, então, reagiu: “Esqueceu-se de 1 Pedro 3.15?” E eu lhe respondi: “Não. Lembrei-me de Mateus 23” (passagem em que a frase ‘Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!’ é repetida várias vezes pelo Mestre Jesus Cristo). Ora, por que eu toleraria os cristãos (cristãos?) soberbos, se o próprio Deus Filho — que se manifestou para revelar a glória de Deus (Jo 1.14) —, assim como seu Pai (Tg 4.6), os resistiu?
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Paz do Senhor!
Acredito que a tendência é só piorar, pois existe uma grande disputa entre algumas igrejas para hangariar mais dinheiro. E é lógico que nesse conexto explora-se as invencionices. É uma pena!
Att: Pb. Marcello