Não é de hoje que muitos cristãos acreditam na salvação das crianças que ainda não amadureceram o suficiente para crerem no Evangelho. Afinal, o Senhor Jesus afirmou que delas é o Reino de Deus (Mc 10.13-16). Crê-se que os tais infantes, caso venham a morrer, estarão protegidos pela graça preveniente de Deus e automaticamente salvos da condenação, haja vista não terem a capacidade de atender à condição exigida para o recebimento da salvação (cf. Mc 16.16).
Entretanto, alguns teólogos não acreditam na salvação de todas as crianças que partem para a eternidade sem terem maturidade para crer no Evangelho. Até mesmo os recém-nascidos podem ir para Inferno, caso morram nessa fase da vida. Tais teólogos baseiam sua tese no julgamento igualitário, na aliança familiar com Deus e ou na eleição soberana. Ou, ainda, numa combinação desses três elementos.
Teoria do julgamento igualitário. Os defensores do julgamento igualitário afirmam — acertadamente — que a inocência das crianças é apenas uma crença popular, haja vista serem elas pecadoras de nascimento (Sl 51.5; Rm 5.12). Mas eles erram ao não fazerem distinção entre pessoas mentalmente maduras e imaturas para crer no Evangelho.
De acordo com a Bíblia, as pessoas adultas, mentalmente maduras, quando creem no Evangelho, escapam da condenação, mas o Senhor não tira de dentro delas o pecado. Apesar de salvas pela graça, ainda possuem a natureza caída, a tendência para o mal (Rm 7.19-24). Como ilustração, Deus tirou os israelitas do Egito, sem tirar o Egito de seus corações. Por isso, sentiam saudades da vida velha. Jesus liberta os salvos do poder do pecado, e não da presença do pecado (Rm 6.12-14).
Isso significa que, apesar de sermos redimidos pelo sangue de Cristo, continuamos sendo pecadores por natureza (1 Pe 1.18,19; Rm 3.9). E, ainda que tenhamos a certeza da vida eterna e de que nenhuma condenação há para nós (Rm 8.1), estamos sujeitos a pecar (1 Jo 2.1; Lc 21.34). Não é, por conseguinte, o fato de não pecarmos que nos livra da condenação, e sim o recebimento, pela fé, da graciosa salvação em Cristo (Ef 2.8,9).
Embora as crianças mentalmente imaturas não sejam, de fato, inocentes de nascimento — posto que herdaram o pecado de nossos primeiros pais (Rm 3.23; 5.12) —, elas são puras e vivem num “período de inocência”, na prática, haja vista não conhecerem o pecado e o plano salvífico de Deus. Elas não têm o conhecimento do bem e do mal, o qual se evidencia por atitudes maliciosas e pela prática consciente do mal (Gn 3.7-11). Quanto ao julgamento divino, portanto, faz-se necessário distinguir-se entre as pessoas maduras e imaturas.
Teoria da aliança familiar com Deus. Alguns teólogos têm proposto — com base em passagens como 1 Coríntios 7.14 e Atos 16.31 — que as crianças pertencentes a um lar compromissado com o Senhor estão automaticamente salvas. Quanto às outras, mesmo não tendo a capacidade de discernir as coisas, o que lhes impossibilita de reconhecerem o seu pecado e crerem no Evangelho, estão condenadas. Consideremos as crianças que morrem ao nascer ou poucos dias depois de seus nascimentos. Seriam elas condenadas ao Inferno por não pertencerem a uma família cristã? E se, na sua família, apenas um dos pais for salvo?
Se crianças incapazes de raciocinar e crer no Evangelho podem ser condenadas, caso morram nessa fase, como conciliar isso com o princípio bíblico da justiça divina? Permitiria o Justo Juiz que criaturas suas entrassem no mundo por pouco tempo, com o único propósito de serem condenadas a sofrer por toda a eternidade? E, ainda, sem terem a mínima chance de defesa?
Em 1 Coríntios 7.14 está escrito: “Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos”. Fica evidente, à luz do contexto, que esta passagem não trata de salvação eterna, e sim da influência positiva que um cônjuge pode ter sobre o outro, caso se converta (1 Pe 3.1,2). A prova de que uma pessoa salva não determina que cônjuge e filhos sejam igualmente salvos está em 1 Coríntios 7.16: “Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?”
Não é o fato de os pais serem salvos que garante a salvação da alma de seus filhos. Caso contrário, ao atingirem a maturidade, não precisariam crer no Evangelho (Jo 3.36), posto que já teriam recebido de antemão a salvação, em razão de pertencerem a uma família evangélica. Quando Paulo disse ao carcereiro de Filipos que, se ele cresse no Senhor Jesus Cristo, a sua família seria salva (At 16.31), fez essa afirmação no sentido de que a sua influência, como pai de família, levaria todos a receberem o Evangelho. Afinal, a salvação depende de uma decisão pessoal de cada um: “para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Segue-se que a ideia da salvação por aliança familiar é antibíblica e se assemelha à tese romanista da salvação por batismo sacramentalista. De acordo com essa teoria, todas as crianças se tornam salvas após o sacramento, contrariando o princípio de que o batismo deve ser ministrado aos que têm maturidade para crer (Mc 16.16). Ademais, batismo não salva; trata-se de uma ordenança para quem já possui a certeza da salvação (Rm 6.1-14).
Teoria da eleição soberana. Outros teólogos, por sua vez, afirmam que existem crianças salvas e crianças perdidas, mesmo antes de nascerem, haja vista salvação e condenação decorrerem da eleição soberana de Deus. Ninguém menos que Calvino defendia esse pensamento! “Os pequeninos que recebem o sinal da regeneração e da renovação, se passam deste mundo antes de chegarem à idade da razão, caso tenham sido escolhidos pelo Senhor, são regenerados e renovados pelo seu Espírito, como lhe apraz, segundo o seu poder, para nós oculto e incompreensível” (As Institutas [2006], III.11).
Os defensores desse argumento dizem que é totalmente equivocada a ideia de que as crianças imaturas herdam o Reino de Deus automaticamente só por serem incapazes de crer no Evangelho. Alegam — acertadamente — que o termo grego toiouton, em Mateus 19.14, não se refere à salvação de crianças, e sim às pessoas que se assemelham a elas. Mas, na passagem correlata de Marcos 10.14-15, está escrito: “Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele”.
Em outras palavras, as crianças são tão puras, simples, humildes, que foram tomadas para exemplificar como devem ser os adultos verdadeiramente convertidos (Mt 18.1-4). E, se os infantes são o padrão para os que hão de herdar o Reino de Deus, por que a alguns deles seria negada a entrada no Céu? O que o texto em apreço quer dizer, em última análise, é que, assim como o Reino de Deus é recebido pelas crianças, também o será por aqueles que se fizerem semelhantes a elas.
Outra passagem citada em defesa da suposta condenação antecipada de crianças é Marcos 9.21-22. Esta mostra que um rapaz estava possuído — antes de ter sido liberto por Jesus Cristo — por um espírito mudo desde a sua infância. No entanto, o fato de o Senhor ter expulsado o demônio daquele rapaz não o transformou em uma pessoa salva, visto que a salvação da alma depende de arrependimento e fé (At 3.19; Rm 10.9,10). O Senhor apenas deu àquele jovem a oportunidade de, a partir daquele momento, pela livre-vontade, segui-lo (cf. Lc 9.23).
Se a expulsão de demônios da vida de uma pessoa não lhe garante a salvação de imediato, sendo necessários, ainda, o arrependimento e a fé, não se pode, também, afirmar que uma criança mentalmente imatura esteja sentenciada ao Inferno pelo fato de não ter, por si mesma, como se defender do ataque de espíritos malignos. Afinal, muitas crianças que sequer conseguem falar e andar direito já são atormentadas e apresentam comportamento estranho, resultante de possessão ou influência demoníaca.
Por outro lado, alguns teólogos têm afirmado, também de modo errôneo, que todas as crianças, pelo simples fato de serem consideradas imaturas mentalmente, estão salvas, exatamente por causa disso. Esse conceito é antibíblico e extremado, porque a salvação sempre se dá pela graça de Deus, e não por nossos méritos (Tt 2.11; Rm 3.20). Podemos, no entanto, crer que Deus oferece a salvação — mediante a obra expiatória já realizada na cruz por Jesus Cristo — às crianças que não têm idade para prestação de contas, visto que elas não possuem maturidade para crer (Jo 3.36; Mc 16.16). A salvação delas se dá pela graça preveniente, e não simplesmente por serem crianças.
No Trono Branco, todos os mortos condenados comparecerão diante do Juiz para receberem a sentença. E o julgamento de cada um desses ímpios se dará “segundo as suas obras” (Ap 20.12,13). No caso das crianças mentalmente imaturas, como o Senhor as condenaria ao Lago de Fogo segundo as suas obras se elas sequer tiveram a oportunidade de entender o que são tais obras? Essa suposta condenação seria mesmo baseada no fato de a criança não ter pertencido a uma família cristã nem eleita para a vida eterna?
A Palavra de Deus enumera, em Apocalipse 21.8 e 22.15, as más obras que condenarão os ímpios ao Inferno: “quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”. De quais más obras o Justo Juiz acusaria os infantes que sequer alcançaram a maturidade necessária para entender o que é pecado?
Diante do exposto, conquanto seja difícil estabelecer-se precisamente a fase da imaturidade de uma criança, se a morte de uma pessoa ocorrer nesse período da vida, ela seria alcançada pela graça preveniente de Deus: “dos tais é o Reino de Deus” (Lc 18.16,17). Essa argumentação me parece bastante lógica, mas não posso ser dogmático, nesse caso. Mesmo assim, tenho certeza de que, seja qual for o critério usado pelo Senhor, Ele jamais condenará pessoas ao Inferno de antemão, de modo arbitrário, visto que Ele não é um Deus cheio de ódio, um sádico que tem prazer em condenar o pecador, e sim o Justo Juiz, um Deus cheio de misericórdia (Gn 18.23-33; Jo 3.16-36).
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Essa é a resposta!
Não ha base bíblica, como foi demostrado no post, para se afirmar a condenação de infantes pressupondo a escolha soberana para salvação.
Vale ressaltar que o texto reflete a posição de muitos reformados, como por exemplo Piper, Nicodemus, e ninguém menos que Spurgeon, que por sinal pregava abertamente contra o livre arbítrio. Ao contrário do que se pensa, há muitos irmãos que creem na eleição e possuem uma posição equilibrada quanto a esses assuntos polêmicos, assim como há irmãos que creem no livre arbítrio e também possuem uma posição equilibrada.
Bem equilibrado e coerente a sua posição Pastor Ciro, Deus o abençoe.
Concordo com os seus argumentos acerca da salvação das crianças. Texto muito esclarecedor. Que o Senhor continue te dando sabedoria para escrever.
Leia: escritosbiblicos.blogspot.com
A paz amado1
Quando se trata de informar sobre as heresias de Calvino com relação à Predestinação, a Eleição, aos Escolhidos e ao Lívre Arbítrio a maioria dos líderes permanecem mudos diante desta mentira sem escrúpulos.
Escolheram para sí, algo em especial, que define o nosso Deus como injusto.
A justiça de Deus através da Predestinação entregue a todos, que reconhecerem o seu Filho Jesus Cristo como Salvador, através do Lívre Arbítrio é a prova do amor de Deus e da responsabilidade de cada um em aceitar ou não o que nos foi dado pela Graça de Deus.
A escolha é pessoal.
O Senhor seja contigo, nobre atalaia,
O menor.
Então, se acreditamos na salvação de todas as crianças (que é algo maior), por que razão deveríamos negar-lhes o símbolo dessa salvação (que é algo menor), o batismo?
A resposta imediata seria: porque não podem exercer fé, como diz as Escrituras, "quem crer e for batizado será salvo".
Então, se o que não crê está condenado e as crianças não podem crer, devo concluir que estão todas elas condenadas? Não, não é?Todas estão salvas, dirão.
Então, mais uma vez: à semelhança do símbolo da circuncisão, no VT, aplicado àqueles que não podiam exercer fé, mas com base na fé de seus tutores, concluímos:
Não tem lógica nenhuma acreditar que todas as crianças estão salvas e ao mesmo tempo negar-lhe o símbolo dessa salvação, que é o batismo.
Quanto a questão da salvação infantil, bem como daqueles que são incapazes de discernimento, concordo em gênero, número e grau com a postagem do pastor Ciro Zibordi.
Paz Seja Contigo,
J.C.de Araújo Jorge
Agradeço a ambos pela participação.
Um grande abraço.
CSZ
Grande abraço: Edmar Goulart
Continue a "olhar" e a "seguir" o Pr.Ciro.
Pr.Ciro:
O texto citado pelo senhor - Marcos 16:16-17, nos diz assim:
"Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas".
Diante desse texto, como ficam as crianças:
a) Que não creem. Pela lógica de sua interpretação devo concluir que ocorrerá com elas o que diz a parte final do versículo? Ou seja, "quem, porém, não crer será condenado". É isso mesmo?
b) Que não falam expelem demônios e que não falam em novas linguas. Se naõ fazem isso, certamente, é porque não creem, certo? Então, devemos voltar à parte b do verso 16 e cuncluir finalmente que as crianças serão condenadas?
c) Se não serão condenadas, o que implicaria em erro na sua lógica interpretativa, então, serão salvas, ok? Bom, volto à questão incial, nesse caso. Se atribuímos a elas o bem maior (a salvação), porque negar-lhes o bem menor (o batismo) que é símbolo do bem maior?
Você realmente entende muito de filosofia e de calvinismo. Parabéns!
CSZ
Em Cristo, Pb Jefferson Rodrigues- Teresina/ PI
*OBS: Quando possivel confirme o recebimento do meu email e sua disponibilidade.
...“Quando um cristão evangeliza alguém necessita falar do amor de Deus, da morte de Cristo em lugar do pecador por amor a ele. Então é natural que um cristão diga para um não convertido: "Deus te ama, Jesus morreu por você!" O problema para um calvinista é que, em fazendo isto, ele estará mentindo na maioria das vezes em que evangelizar. Já que o Senhor Jesus disse que a maioria das pessoas entra pela porta larga que conduz ao caminho largo da eterna perdição, conclue-se que naturalmente evangelizamos com maior frequência pessoas que irão para o inferno, não-eleitas. Se eu digo para um não eleito "Jesus te ama, ele se sacrificou na cruz por ti", sendo eu calvinista, estou mentindo, porque no postulado calvinista o Messias não amou nem morreu pelo não-eleito. Que grave contradição; para o calvinista cumprir a grande comissão ele precisa pecar, ou seja, mentir com assustadora frequência. Só não peca se não evangelizar. Um momento! Aí cometeria outro pecado, o da desobediência, o da omissão por não cumprir o mandamento do Senhor Jesus do ide, de pregar o evangelho a toda criatura...”
Por Sandro Moraes-http://chamabereana.blogspot.com.br/2012/12/o-calvinismo-na-teoria-e-impossibilida.html
continua
"Sandro Moraes, louvado seja, Deus pela interpretação do que é realmente a predestinação determinista ou dupla, deixando claro que ela não tem nada haver com Deus Criador, Salvador e Mantenedor.
Por isso dentre muitos Textos na Palavra de Deus que deixa bem claro que a predestinação dupla (que Deus elege uns para salvar o outros para matar) nasceu na mente de Satanás, existe Um Texto que joga uma pá de cal naqueles que ecoam a voz de Satanás com a heresia da predestinação determinista, vejam: “Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”(Mat. 25: 41). Quero chamar atenção para o fato de que o Rei declara que o fogo foi preparado para o diabo e seus anjos e não para os malditos que por escolha estarão a Sua esquerda ou os benditos (Mateus 25:34) que por escolha estarão a Sua direita. Ou seja, o fogo foi preparado para Satanás e seus anjos, e não para o ser humano. Por isso só irá para o fogo, por escolha, por rejeição a Palavra de Deus, por livre arbitrio Portanto, “irmãos, por trás do ensinamento da predestinação dupla (que Deus elege uns para salvar o outros para matar), satanás está ensinando, insinuando, está fazendo alguns crerem que :
-ele deixou de ser Lúcifer para ser satanás por eleição de Deus.
- a terça parte dos anjos foram também predestinados por Deus à tornarem-se demônios.
-o mal foi predestinado por Deus.
-o ladrão veio para matar, roubar e destruir por predestinação Divina, ou seja, ele e seus demônios fazem o que fazem Por predestinação de Deus. È isso que Satanás quer que as pessoas pensem.
Mas queridos, lembram-se, de João 8:44
Segundo o ensino da predestinação dupla ou determinista, podemos afirmar que Deus predestinou dois sacerdotes para levarem fogo estranho perante a Sua face para assim poder destruí-los e assim mostrar Sua santidade naqueles se achegam a Ele. É o caso de Nadabe e Abiú. Eles foram separados por Deus para ministrar como sacerdotes de Deus, as ‘coisa’ e o povo de Deus, no Tabernáculo de Deus. Eles eram símbolos de Cristo e Seu Ministério a favor da humanidade. Contudo foram fulminados por Deus por levarem “fogo estranho perante a face do Senhor, o que Ele não ordenara”(Lev. 10:1) . Mas observe que os sacerdotes na verdade usaram o livre arbítrio na escolha do fogo estranho e não predestinados ou eleitos para a pratica daquele mal pelo próprio Deus. Pois a ordem do Senhor era não oferecer incenso estranho (Êxodo 30;8,9) ou como diz em Lev. 10 “o que Ele (o Senhor) não ordenara”. É imperativo mencionar que a vontade de Deus é que sejamos “santo como Ele é Santo” e não que levemos fogo estranho perante a sua face. E, que foi Deus quem escolheu Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar para oficiarem como sacerdotes perante Sua Face (Êxodo 28:1).
Osmar Ferreira-nadanospodemoscontraverdade@bol.com.br"
Não podemos direcionar esse texto as crianças imaturas. Creio que essa interpretação não tem ligação com as crianças. Afinal, elas não possuem a capacidade de discernir entre o certo e o errado. Então, Deus não poderia condena-las por isso. Ele é o justo Juiz.
Também sabemos que a água do batismo não salva, mas a graça de Deus recebida pela fé em Cristo Jesus. Devemos lembrar que o criminoso que morreu ao lado do Senhor não foi batizado e mesmo assim foi salvo pela fé em Cristo. (Lc 23.43). Vejo que esse texto foi direcionado para aqueles que possuem a capacidade de discernir entre o certo e o errado. Imagine você ter um filho recém-nascido que não foi batizado e que faleceu e com isso Deus o condenou ao lago de fogo e enxofre. Eu desistiria desse injusto “deus”. Quem defende essa filosofia está deixando brechas para o ateísmo se solidificar cada vez mais.
Leia: escritosbiblicos.blogspot.com
não tem NENHUMA passagem bíblica dizendo para batizar criação é anti - bíblico (heresia)
Pr. Ciro - te "agitou agora" einh .
abraço
Fique com Deus !!!
T++
Preciso muito falar com o senhor, poderia me passar seu e-mail?
Parece-me um pouco presunçoso alguém sugerir, nad entrelinhas, que sabe mais de predestinação e Hermenêutica Bíblica do que alguém, só porque este não tem a mesma linha de raciocínio. Conheço grandes expoentes do calvinismo que não precisam "crescer" assim para debaterem sobre predestinação, eleição, livre-arbítrio e assuntos afins.
Mas lhe apresento um problema:
100 recém-nascidos morreram hoje, digamos. Evidentemente, nem todos eram eleitos. Vamos dizer que 50% era formada por eleitos. Responda-me, por favor: A outra metade, formada por pessoas que sequer tiveram conhecimento do porquê de terem passado por pouco tempo neste mundo, já estão condenadas ao Inferno? O que elas fizeram contra Deus? Herdaram o pecado de Adão, sem saber disso, sem sequer ter o conhecimento de que Adão pecou? Elas vão mesmo direto para o Inferno? Estamos servindo mesmo a um Deus que é chamado na Bíblia de o Justo Juiz? Há coerência e lógica nessa condenação, já que alguns estudiosos soberbos, ao falarem sobre eleição e predestinação, se consideram doutores em coerência e lógica?!
Em Cristo,
CSZ
Uma criança não possuiu a condição para exercer o entendimento e por isso não pode exercer a fé para decidir pelo batismo, portanto creio que da mesma é o Reino dos Céus.
Agora se já possui consciência do certo e do errado as coisas já mudam de figura.
Forte Abraço,
Josué Menezes - Belo Horizonte.
Como, acredito, leitor de livros calvinistas, ele aprendeu a enxergar tudo que não é Calvinismo como Humanismo e achar que o resto do mundo, com exceção dos calvinistas, vão para as Escrituras sem pressupostos.
Ora, é impossível ir para as Escrituras sem pressupostos. E dizer que devemos nos ater às Escrituras e não aos nossos pressupostos é, com o perdão da palavra, uma grande bobagem. Os nossos pressupostos guiam a nossa interpretação das Escrituras.
O Calvinismo é uma invenção humana tanto quanto qualquer outro sistema teológico. Ele tem os seus pressupostos. Portanto, querer tratar a questão em termos de "eu estou com a Bíblia e você com seus pressupostos" se mostra, na verdade, um argumento infantil. Qualquer um pode dizer o mesmo. Um arminiano pode igualmente dizer que ele segue as Escrituras enquanto o calvinista segue pressupostos humanos (de Agostinho e Calvino) na interpretação das Escrituras.
Portanto, a grande questão a ser resolvida é "Quem tem os pressupostos corretos?"
Dentre tantos outros, um pressuposto calvinista é que Deus não seria tão glorificado salvando a todos como seria reprovando grande parte da humanidade. As Escrituras, felizmente e como era de esperar, não diz nada disso.
Quanto à nova pergunta formulada há uma observação a ser feita: Os elementos usados na elaboração estão numa perspectiva ou ótica humana, claro! A quantificação e por vezes aparece também o que não é o caso desta pergunta o porquê das escolhas quais os critérios de Deus? O uso estatístico, raciocínio matemático linear nós sabemos que a hermenêutica Bíblica não é ciência exata. O que para Deus, seus desígnios, ficam reservados a Ele mesmo. “Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Rm. 11:34.
Sou pastor no Nordeste, casado há 20 anos e tenho uma filha de 14 anos. Ensino e vivo plenamente as doutrinas da Graça mesmo que elas não estejam dentro de minhas conveniências e nem das conveniências da igreja local e nacional. Desde que minha filha nasceu sempre orei e testemunhei da Garça divina para que houvesse a conversão dela. É uma realidade? Sim! Aprendi que minha linha histórica de vida (existência e vontade hoje) e de cada ser humano nunca irá invadir ou cruzar os decretos imutáveis do Criador. Simplesmente estou no gozo da Graça. Nossa obrigação? Somente anunciar, glorificar e santificar-nos em obediência as Escrituras, mas consciente que a vontade soberana de Deus, seus decretos e atos de justiça se cumprirão assim como sempre se cumpriu em toa a Escritura e na história humana.
Amado Ciro sinceramente acredito que os presbiterianos os que ainda são calvinistas eram para ser o povo mais neurótico sobre este assunto e felizmente isso não ocorre, pelo contrário nos traz paz e segurança. Crendo plenamente na doutrina bíblica da predestinação nunca tive preocupações com estatísticas ou com caderninhos de quem é ou não é salvo ou escolhido.
Geralmente as pessoas estudam a predestinação antes de estudarem a doutrina do pecado. Nesse caso fica difícil realmente de entendê-la, se os nossos corações não forem quebrantados pela triste realidade do pecado sobre nossas vidas e na vida da humanidade. Enquanto acreditarmos que temos uma pontinha de justiça própria teremos a falsa sensação de que Deus possa cometer algum ato de injustiça e nesse caso a morte de crianças. É justo Deus criar um inferno? É justo Deus lançar parte das almas humanas para lá? Afirmo ao amado pastor que SIM é muitíssimo justo! Ou para o irmão, não? Os efeitos do pecado na vida humana, nossa separação e inimizade de Deus, morte espiritual e eterna se as pessoas não se converterem admitindo suas tristes realidades pecaminosas e não se arrependerem de suas transgressões realmente nunca descobrirão a força que tem a maravilhosa Graça que explode em nossos corações (como um “air bag”) quando descobrimos que Deus escolhe gente tão incapaz, ímpia, suja, imperfeita como nós. O tema do post do blog é sobre as crianças. Nem eu e nem você somos justos o suficiente para adicionar ou remover nomes no livro de Deus “E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. Ap. 20:15 “Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade”. 2Co 13:8 Um abraço amigo. Rev. Sandro Viana (Natal-RN
"A presença da Árvore da Vida no relato bíblico na queda da Adão e Eva, também faz cair por terra o ensino diabólico da predestinação determinista ou dupla (que Deus elegeu uns para salvar o outros para matar). Eles foram expulsos do jardim do Éden, para que não mais comesse do fruto da Árvore da Vida, este fato, deixa bem claro, que o homem foi predestinado para viver eternamente, porém com livre arbítrio, com poder de escolha. E, ao escolher comer do fruto da Árvore da Ciência do bem e do mal, não pode mais ter acesso a Árvore da Vida, que segundo a Palavra de Deus, se comessem, viveriam eternamente ( Gênesis 3;22). Chamo atenção para o fato de que Deus protegeu a Árvore da Vida não só de Adão e Eva, mas também de seus descendentes (Gen. 3:22,23,24-Apoc.2:7), deixando a certeza de que todos foram predestinados a ter a vida eterna. Mas não como um robo. Mas não sem direito de escolher comer da “Árvore da Vida” ou da “árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gen. 2:9). Osmar Ferreira-nadanospodemoscontraverdade@bol.com.br"
É evidente que existem pontos difíceis de compreender. Todavia, casos como estes, devem ser minuciosamente interpretados à luz da palavra de Deus, não pela razão humana.
O prezado filósofo Calvinista, expôs uma ideologia em resposta à alguns irmãos, a respeito das crianças associando-as ao batismo.
Vejamos: "quem não crer, já está condenado". Como interpretas o "crer"? Como "acreditar" ou "crer para a salvação"... Já dizia Cristo a Tomé: "sejas crente e não incrédulo."(há aqui um paradóxiso).
Será se Tomé não era "crente para a salvação"? Ou devia ele apenas "acreditar"?
E as crianças? Como "crer"? Fica evidente que Deus não cobraria alguém por algo que não tenha cometido, ainda que uma criança, que não há capacidade de discernimento, assim sendo, fica dispensado o batismo, pois o mesmo é para arrependimento de pecado(salvo Jesus).
Jesus disse que para entrar no Reino de Deus precisaria tornar-se uma criança. A "criança" não está referindo-se necessariamente a pouca idade, mas ao estado de consciência, pois vivem num período de ingenuidade.
Quem subirá ao monte do senhor? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração... Aqui é representado o estado de uma "criança". Deus é justo...
Se fosse da maneira como estes teólogos Calvinistas defendem, não seria nem necessário o novo nascimento, e muito menos na Bíblia se haveria mensão do mesmo, visto que se a pessoa precisa nascer de novo, anteriormente na sua infância ela era pura, no sentido de que ela era inocente, e que com a sua maturidade ela pode ter a livre escolha daquilo que ela quer seguir, sendo necessário uma experiência de novo nascimento, de voltar a inocência pelo Poder purificador do Sangue de Jesus (O Espírito Santo de Jesus) sobre a vida da pessoa...
Falta de Interpretação pelo Espírito Santo na Palavra (Revelação) faz coisas... Faz as pessoas se confundirem em suas próprias ideias, tentando se achegar a Deus pela sua simples razão, assim como na Torre de Babel, cada um disperso falando a sua própria língua (uns crêem nisto, outros naquilo...), mas não sabem que é Jesus que planta a fé no coração da pessoa, através de um encontro pessoal, sendo isto possível pelo seu Espírito Santo (Ele que revela Jesus a sua vida)...
Ex.: Paulo (neste momento ainda era Saulo), pelo caminho de Damasco... Sabia tudo sobre os escritos do antigo testamento, só não conhecia a Salvação em Jesus... Mas de repente algo aconteceu com sua vida e que mudou a sua história: Jesus se revelou a ele! Ninguém conhece Jesus sem se Ele se revelar pelo seu Espírito através de encontro pessoal, você pode falar de Jesus que Jesus é lindo, que ama a Jesus, mas nunca ouviu a sua voz, nunca sentiu o seu calor... é um religioso...
Outro exemplo: Os dois discípulos no caminho de Emaús, estavam falando de Jesus, quando de repente um viajante se aproximou deles (eles não viram que era Jesus...) este viajante perguntou sobre o que eles estavam conversando, um deles disse: "Você é o único visitante em Jerusalém que não sabe das coisas que ali aconteceram nestes dias?" Jesus perguntou o que seria estas coisas, eles disseram que era a respeito de Jesus... (Eles andaram com Jesus, conheciam a Jesus mas não o reconheceram, porque será?)... Responderam da seguinte maneira a Jesus: "Ele era um profeta, poderoso em palavras e em obras diante de Deus e de todo o povo.
Os chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram;
e nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel. E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu.
Algumas das mulheres entre nós nos deram um susto hoje. Foram de manhã bem cedo ao sepulcro e não acharam o corpo dele. Voltaram e nos contaram ter tido uma visão de anjos, que disseram que ele está vivo. Alguns dos nossos companheiros foram ao sepulcro e encontraram tudo exatamente como as mulheres tinham dito, mas não o viram." - Eles disseram que Jesus era um homem bom, sábio, assim como o homem que Jesus não se revelou a ele diz do nosso Senhor ("Jesus, ele era um grande homem, eu amo a Jesus, vou no domingo todo dia na missa por causa dele..."), e eles não se lembravam da promessa de Jesus, que iria ressurgir dos mortos ao terceiro dia de sua morte, assim como homem que conheceu o Jesus histórico e não o Revelado pelo seu Espírito Santo, não se lembra da sua maior promessa, nem ao menos crê nisto, somente vive uma religiosidade em sua vida, que promessa é essa? Que Ele irá voltar para buscar a sua Igreja amada...
Então o próprio Senhor falou: "Como vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo o que os profetas falaram!
Não devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória?" E Ele começou a explicar tudo o que o antigo testamento falava a respeito dEle. Ao se aproximar do povoado eles insistiram para que Ele ficasse, e Ele consentiu com isto, quando estavam a mesa, Ele tomou o pão,deu Graças e partiu e deu a eles, somente ai ele foi reconhecido por eles, foi revelado a eles, somente no ato do partir do Pão... Isto fala da morte e ressurreição de Jesus, porque ele é o pão da vida que foi partido, moído por nós pecadores, para que fizéssemos parte do corpo de Jesus, somente assim o homem reconhece Jesus, quando ele morreu, ressuscitou, deu da sua vida (parte do pão) a nós pecadores... Quando eles o reconheceram, Ele simplesmente desapareceu, e eles se indagaram: "Não estava queimando o nosso coração enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?", eles somente chamaram a Jesus (até então desconhecido) para ficar com eles porque ardia o seus corações pela Palavra dEle, que dizia tudo a respeito dEle no velho testamento, não tão explicitamente, mas pela Revelação do Espírito Santo, o homem somente o pode conhecer, pela sua revelação, quando Jesus parte o pão, para você ser participante com Ele a mesa, quando Ele revela (Interpreta) a Palavra para você, não aquilo que você quer crer, mas aquilo que Jesus revelar a sua vida...
Exemplo prático: Você que tenha a experiência de um Jesus revelado (que fala com você através dos Dons de Seu Espírito, que fala Palavra Revelada, por um de seus 5 ministérios), vá em sua vizinhança e faça uma pesquisa, pergunte quantos acreditam em Jesus, ou em Deus... Certamente a grande maioria irá responder que crê em Jesus... Comece um diálogo com esta pessoa, pergunte a sua religião, e independente se ela tenha ou não alguma, fale com ela a respeito de Jesus, certamente ela irá responder que ele era bom, fazia muitos milagres, que ele é o filho de Deus e outras coisas... Após isto diga a sua experiência com o Senhor Jesus... Fale para ela que quando você estava em um leito de hospital, você ouviu uma voz doce e delicada falando contigo, falando que você será curado, revelando os seus mistérios... Muito provavelmente ela dirá que você estava delirando com o efeito do propopol, e que isto deveria ser desconsiderado... Diga a ela que quando você estava precisando de uma porta de emprego, Deus enviou uma resposta através de uma visão com operações dos Anjos do Senhor a você... Muito provavelmente ela dirá que você estava tão desesperado que já estava vendo coisas e seria melhor procurar rápido um psiquiatra... Religiosos, não tiveram um encontro com Jesus através de seu Espírito... Assim como Saulo, conhecedor profundo da tradição judaica e dos escritos do antigo testamento... Assim como os dicipulos no caminho de Emaús, que diziam que Jesus era um homem bom... Esta é grande diferença entre o Jesus histórico, o Jesus da Teologia, da filosofia, para o Jesus que enviou o seu Espírito lá no pentecostes, e fez Pedro, um simples pescador, falar como um Doutor, e ainda hoje opera maravilhas, fala com a sua Igreja...
A Paz do Senhor Jesus!
GRAÇA E PAZ IRMÃOS!
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Segue:
Romanos 2:11-16:
11 pois para com Deus não há acepção de pessoas.
12 Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados.
13 Pois não são justos diante de Deus os que só ouvem a lei; mas serão justificados os que praticam a lei
14 (porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei.
15 pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os),
16 no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho.
Se é evidente que Deus "todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão;", quanto mais as crianças que sem nunca souberam da lei!
É muito fácil vocês calvinistas imaginarem ser salvos e sair distribuindo condenação pra todo mundo. Definitivamente não é esse evangelho que Jesus ensinou "a letra mata mas o Espírito vivifica".
"...CHAMAMOS PREDESTINAÇÃO o eterno decreto de Deus pelo qual houve por bem DETERMINAR O QUE ACERCA DE CADA HOMEM QUIS QUE ACONTECESSE. Pois ele NÃO QUIS CRIAR A TODOS EM IGUAL CONDIÇÃO; ao contrário, PREORDENOU A UNS A VIDA ETERNA; A OUTROS, A CONDENAÇÃO ETERNA. Portanto, como cada um foi criado para um ou outro desses dois destinos, assim dizemos que um foi predestinado ou para a vida, ou para a morte." (Institutas, vol. III, formato pdf, tradução de Waldyr Carvalho Luz)