Novelista Carrasco chama católica de burra, para deleite dos evangelicofóbicos

Atenção! Para ninguém me acusar de plágio, aviso logo que boa parte das construções frasais deste artigo foi inspirada no artigo “Myriam Rios: lamantável”de um famoso novelista...

Houve um tempo em que tudo era belo. Eu lia Walcyr Carrasco na revista
Veja São Paulo e o achava simpático. Ao conferir várias de suas crônicas bem-humoradas, fiz dele uma boa imagem (eu sou fã de cronistas que escrevem com simplicidade). Nunca o vi pessoalmente. Mas as novelas que ele escreveu acabaram me decepcionando.

— Falta respeito para com os evangélicos, católicos e outros segmentos — diriam as pessoas que discordam de certos conceitos que o novelista “impõe” como naturais, verdadeiros e incontestáveis.


Ele nunca foi um defensor dos valores da família. Para ser sincero, sempre atacou ou torceu tais valores. Pelo menos, na minha opinião. Mas ele é criativo.

Tento gostar de sua coluna, na Vejinha São Paulo, mas ele não me cativa mais. Ou perdeu a graça. Ou as duas coisas aconteceram ao mesmo tempo.


Walcyr Carrasco, famoso novelista da Globo, publicou, na semana passada, em seu blog, um texto pelo qual xinga de burra a atriz e deputada estadual Myrian Rios. Reconheço que esta não soube expressar bem as suas ideias sobre o PEC 23/2007. Mas as palavras dela, somadas à ofensa pública de Carrasco, deixaram os ativistas evangelicofóbicos muito indignados, a ponto de dirigirem impropérios a essa atriz católica e aos religiosos que, supostamente, pensam como ela.


Tenho certeza de que, ao longo de sua vida, Walcyr Carrasco teve contato pessoal com Myrian Rios, como ele mesmo admitiu em seu blog. O que o fez assumir uma posição tão hostil em relação a ela? Se foi só para agradar os ativistas evangelicofóbicos, é triste. Mas a minha impressão é uma só: Walcyr Carrasco deve se considerar muito inteligente, pertencente a uma casta superior.


Só mesmo a convicção dessa inteligência acima da média faz alguém chamar o próximo de burro, não em uma reação de ira momentânea, mas em um texto frio, que ele podia ter relido e pensado: 
“Não gostei do que ela disse, mas ódio gera ódio, ofensa gera ofensa; não vou xingá-la, e sim orientá-la, repreendê-la de maneira polida e educada”.

Como resultado, Carrasco despertou a fúria de um grupo que, mesmo tendo as suas razões para se considerar discriminado e vítima de preconceito, aproveitou que uma celebridade xingou uma suposta homofóbica para ir à forra e ridicularizar pastores, padres e a população brasileira que professa a fé evangélica ou católica. Parabéns, Carrasco!


Só não passou uma coisa pela cabeça do nobre novelista: preconceito e discriminação não se combatem com xingamentos e ridicularizações. Todas as pessoas têm o direito de defender um pensamento, ainda que seja considerado por muitos um absurdo — os amantes de drogas ilegais, como a maconha, que o digam! —, mas não podemos chamar de burras ou de quaisquer outros nomes as pessoas de quem discordamos.

E o pior: Carrasco (nome sugestivo) ainda comemorou, retuitando a seguinte mensagem da Veja São Paulo: “O campeão de acessos em nossos blogs esta semana foi o post de @WalcyrCarrasco sobre Myrian Rios”.


Alguém discorda?


Ciro Sanches Zibordi

Comentários

Izaldil Tavares de Castro disse…
Caro Pr. Ciro, a Paz do Senhor Jesus.
Infelizmente o Brasil contempla hoje uma parcela da sociedade que se julga, de fato, mais inteligente que todos os demais. Por isso, essa plêiade se dá o direito de DISCRIMINAR à vontade, valendo-se de epítetos insolentes ou de "análises" tendenciosas, o que é paradoxal. O Sr. Walcyr Carrasco (creio que ele adoraria incorporar o homófono indicador da maldade) não tem o privilégio de estar sozinho nisso; li, nesta semana, o que escreveu na FOLHA DE S.PAULO (30/6)um jornalista que eu também admirava e outrora já elogiei, GONTARDO CALLIGARIS.
Em seu texto "Passeatas diferentes" Gontardo propõe um raciocínio "lógico" que situa os participantes da Marcha para Jesus como gente amarga, que identifica no outro aquilo que quer expurgar de si mesmo; então ataca. Segundo o jornalista, os participantes da Marcha não saíram às ruas em busca de liberdade para os seus pressupostos; mas em busca de repressão aos pressupostos libertários (?) dos outros.
Bem, assim como Walcyr Carrasco, o ilustre Gontardo Calligaris não entendeu a razão de evangélicos irem à praça; logo, deu o seu sapiente parecer. Se fosse adiante, eu diria que merece igual reprimenda o jornalista Gilberto Dimenstein, também pelo que já publicou sobre o assunto. Eles fazem parte do intelecto desta nação. Só eles!
jonas disse…
Penso que o maior problema é que ficamos discutindo o que esses caras escevem, dando-lhes Ibope. Eles não tem nenhum escrúpulo e vão empenhar-se em desmoralizar aqueles que discordem deles. Precisamos lutar também pelos nossos direitos, mas pelos meios legais. Paulo não disse que "a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes." Estamos talvez em um dos momentos mais difíceis da história da humanidade e precisamos demais seguir a recomendação do apóstolo: "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos" (Efésios 6)
José Maurício disse…
Como havia falado pastor anteriormente em outro comentário de uma postagem - "são os holofotes apontados para o elefante branco",que agora só falta virar dumbo e voar. Um verdadeiro espetáculo para a platéia circense. Só que agora os artistas coadjuvantes estão entrando em cena, para aumento de sua popularidade. E o pior que o show é de graça com direito a pipoca.

É a fobia filosófica, que ultimamente está associada à homofobia,(é crime ter livre expressão de pensamento?) pelos neo-feudais "não-me-toquem", que deram uma nova conotação aos três macaquinhos: "não falem, não ouçam, não olhem - fazemos o que queremos somos os donos do pedaço.

Novo degrau para a fama: acuse de homofóbicos, os livres pensadores, acendam a fugueira da ofensa e da crítica, queimem os blogs em praça pública se são contra a ideologia minoritária, arme a guilotina e executemos a democracia: "Que mais nenhum homem possa expressar o que a maioria pensa" - a minoria manda e ponto.
Anônimo disse…
Só uma questão: como pode você dizer que não se discorda de uma ideologia com ridicularização dos outros? Você não faz isso todo santo dia em seu blog? Se viver melhor o que prega, você terá mais credibilidade. Já sei que não vai publicar o comentário, mas tomara que fique cravada em sua consciência estas palavras. E se voce fosse 10% mais humilde, eu mostraria minha cara para debater com voce.
Paz do Senhor!e uma ideologia com ridicularização dos outros? Você não faz isso todo santo dia em seu blog? Se viver melhor o que prega, você terá mais credibilidade. Já sei que não vai publicar o comentário, mas tomara que fique cravada em sua consciência estas palavras. E se voce fosse 10% mais humilde, eu mostraria minha cara para debater com voce.
Paz do Senhor!
Anônimo,

Pode aparecer. O Blog do Ciro não morde.

Este blog não ridiculariza pessoas. Ele discorda de opiniões de pessoas, às vezes com uma boa dose de ironia. Ridicularizar é muito mais forte, como, por exemplo, chamar de burro, de mula, etc. Isso é passível de processo. Agora, emitir opinião, como tenho feito aqui, é um direito, que, aliás, faz parte da Declaração Universal de Direitos Humanos.

Convença-me de que eu ridicularizei alguma pessoa. E eu reconhecerei isso em público. Fica aqui o desafio. Mas é preciso primeiro ter coragem de aparecer.

CSZ
Caro Jonas,

Não há como dar mais "ibope" para quem já detém "todo o ibope", por assim dizer. Meu texto não muda nada para Carrasco em termos de fama e popularidade. E eu já sei que ele sequer se dará ao luxo de me responder. Por isso, sua avaliação, meu caro, não corresponde à realidade e evidencia que o irmão não entendeu o real propósito deste artigo, que faz uma paráfrase do texto de Carrasco.

Eu escrevi sobre o assunto porque, como cidadão brasileiro, tenho o direito de protestar. E, além disso, com esse tipo de enfoque, instruo os meus leitores e lhes dou subsídios para conversarem sobre o assunto no trabalho, na escola, nas redes sociais, etc. Haja vista ser o assunto do momento. O crente, que já conhece, em geral, a rejeição de Deus ao pecado da homossexualidade, também terá um conhecimento amplo sobre discussões sobre projetos de lei, direitos humanos, liberdade de expressão, etc.

Precisamos lutar pelos nossos direitos, mas isso não se dá apenas pelos meios legais. Quem pode formar opinião deve se manifestar, pois tudo isso é válido na luta pelos nossos direitos. Observe que, na atualidade, está se formando uma frente de resistência, formada por articulistas, escritores, pastores, editores de blog, etc., todos em defesa da liberdade de expressão. Por quê? Porque, em pouco tempo, aconteceu um grande levante contra a família, a Igreja, a Bíblia, o culto a Deus, etc. Não podemos deixar de considerar o lado espiritual. Mas o que pudermos fazer nas outras esferas, como cidadãos, Deus não fará por nós.

Quanto aos versículos que o irmão citou, são maravilhosos e aludem à nossa batalha no âmbito espiritual contra as hostes do mal. Mas, como cidadãos, pagadores de impostos, temos outra luta: pelos nossos direitos constitucionais. Devemos orar, pregar o Evangelho e protestar contra o pecado em todas as suas formas de manifestação e em todos os segmentos.

Em Cristo,

CSZ
Admilson - Sorocaba disse…
Graça e Paz!

Me desculpe, temos que ver algumas coisas que não nos deixa calar!
O "anônimo" que criticou o CSZ, à pouco, sequer tem coragem para aparecer, não merecia nem resposta, uma vez que não "entendeu ainda" o que é a proposta deste Blog. Que falta de inteligência! Eu conheço o CSZ desde 1998 ainda na escola do Belenzinho e posso dizer, que ele tem postura e caráter pra defender a fé cristã e, conhecendo outros blogs, na qual posso fazer uma comparação, esse aqui jamais, um local de "ridicularizão". Acho feio ficar alguem postar uma crítica sem sequer colocar o nome....TENHA PACIÊNCIA....
Wilton Lima disse…
Tenho me deleitado (não como tudo sugere a palavra)com seus últimos posts e assuntos!

Realmente foi lamentável o que o novelista escreveu em seu blog.
Também fui grande admirador de Carrasco, já li e gostei muito de alguns de seus livros, isso na pureza de minha adolescência.
A decepção começou a chegar com algumas "ideias" sugeridas em suas novelas.
A sua total falta de educação e bom senso em relação a deputada e ex-atriz global, Miryan Rios foi o cúmulo!

Parabéns pastor Ciro por mais um ótimo e centrado texto!
Estamos juntos nessa luta.

Forte abraço.
Paulo Cezar disse…
Sobre o "seleto" grupo de jornalistas que compõem a "elite pensante" desse país, deve-se acrescentar que esse pessoal deveria tomar uma "semancol" e calçar as famigeradas "sandálias da humildade(?)", pois além da arrogância e truculência presentes em seus textos para defesa de suas ideias e "crenças(?)", verifica-se ainda, o fato de se considerarem "aptos", habilitados e capazes para discorrerem sobre os mais variados temas, sobre os quais não têm formação e tampouco conhecimento/experiência. Foi o que se viu quando da polêmica sobre o livro didático de Português "do MEC", quando disseram um monte de bobagens sem a menor fundamentação. Esses jornalistas podem dar as mãos aos deuses do Supremo Tribunal...
Teo Pasquini disse…
Caro Ciro,
Concordo com sua colocação mas acho que ela deve ser, tal como todas as declarações envolvidas no texto - sejam do Walcyr Carrasco ou da Myrian Rios -, relativizada.

Acho que a campanha pela diversidade de gêneros, pelo respeito e pelo combate à homofobia está virando uma guerra midiática sem tamanho. Há ataques de ambos os lados e com isso, o objetivo a ser alcançado acaba se distanciando.
Acima de tudo, o que deve ficar claro, é que se trata da busca pelo respeito e pela igualdade de direitos. O que se deve buscar é o esclarecimento.

Se a sociedade civil organizada consegue mover mundos e fundos a respeito disso, espera-se, minimamente, que o governo consiga acompanhar, mesmo que de forma mais lenta.

O caso da Myrian Rios, que segue os passos de Bolsonaro, se apresenta como um desserviço para a sociedade. Carismática e famosa, a ex-atriz (se é que existe esse cargo) recebe atenção excessiva da mídia e, com isso, atinge a muito mais pessoas. Logo, ela representa, com seus comentários acerca do PEC 23/2007 um retrocesso em toda a luta pelo respeito mútuo. Não se trata aqui de assumir ou não a causa homossexual mas de entender o seu papel no mundo.

Cada um tem suas escolhas, seus valores e deve aplicá-los no seu domínio pessoal como bem entender. Porém, quando falamos de convívio em grupo, em sociedade, precisamos entender a dinâmica dos relacionamentos e saber como devemos nos portar.
É assim em casa, no trabalho, com os amigos e, portanto, deve sê=lo com o próximo, seja ele quem for.

É verdade que o comentário do Walcyr Carrasco não responde a deputada com o respeito devido. Mas há de se considerar que se trata um rompante que, por mais grosseiro que seja, soa ainda menos absurdo que as afirmações estapafúrdias de Myrian Rios, quando trata o homossexual como pedófilo.
Uma pessoa que ocupa um cargo no Senado deve, minimamente, ter conhecimento básico daquilo que profere. Que fosse o caso de olhar o dicionário antes de elaborar o discurso. Esse descaso configura-se numa grande falta de respeito, numa afronta a um grupo que não busca o conflito, mas a paz.
Caro Teo Pasquini,

Não discordo do que Myrian Rios defende. Apenas reconheço que ela não soube explicar sua posição e se atrapalhou. Ou seja, discordo da forma, e não do conteúdo.

Myrian Rios não pode ser tachada de homofóbica pelo fato de querer escolher um profissional para atuar na vida FAMILIAR dela. Não se trata de um profissional em uma empresa. Ela deu exemplos de um motorista e de uma babá. Pessoas que atuariam junto a uma família.

O grande problema da atriz e deputada estadual é que ela acabou associando homossexualidade com pedofilia. Mas ficou claro que ela não fez isso de maneira convicta, proposital, como se uma palavra fosse sinônima da outra. Repito: ela não foi feliz, pois se confundiu.

Quantos aos evangélicos, eles sempre respeitaram os homossexuais e todas as outras pessoas. Até bêbados entram em nossas igrejas e fazem algazarras, e nós ainda os levamos à frente e oramos por eles. Mas nós temos o direito de continuar pregando, em tese, e não de modo direcionado, tudo aquilo que sempre pregaramos.

Amordaçar os evangélicos e católicos não representa nenhum avanço, e sim enorme retrocesso, pois faz parte dos direitos humanos (artigo XIX, da Declaração Universal dos Direitos Humanos) o direito ao pensamento e à expressão.

Um grande abraço.

CSZ
Teo Pasquini disse…
Com certeza, Ciro.
Amordaçar qualquer expressão é um crime. Ninguém precisa se calar. Mas é necessário saber como se expressar. A Myrian foi infeliz na forma e no conteúdo também. Aí vem o ponto crucial, que eu discordo de você. Escolher um funcionário para trabalhar com a família dela com base na orientação sexual é discriminação. Se o homossexual é "discreto" e passa desapercebido, então a coisa está tranquila. Agora se o fato é público, a coisa muda de figura. Por que, neste caso, o que os vizinhos pensarão? E a associação de homossexualidade com pedofilia feita pela Myrian Rios não foi ao acaso. No discurso todo ela pode ter dito algumas palavras sem pensar, sim. Mas neste caso, creio que ela tenha tido total ciência do que dizia.

Creio que, num universo utópico demais para ela, funcionários, empregados e quaisquer outros serviços humanos, devessem ser contratados a partir das qualidades relacionas àquela função. Uma babá é uma boa babá se tiver trato e carinho com crianças, se souber como cuidar delas. Usar a desculpa de "ter liberdade para escolher o que quisermos" é uma forma de camuflar o preconceito.
Se uma pessoa dirige bem, é responsável, prudente no trânsito e apresenta todas as qualidades para um bom motorista mas na sua intimidade possui preferências X ou Y, isso o impede de preencher a vaga?
Ah, se impede, é porque à sua preferência X ou Y está associada algum conceito errôneo que não influencia no seu trabalho.

Lembrando que aqui não me refiro a qualquer religião ou preceito. Me refiro apenas às críticas relacionadas ao convívio e respeito entre os comuns.

Abraço.
Caro Teo,

Não vou responder a esse comentário seu porque acabei de publicar um post enooorme sobre o assunto, sem preconceitos. Se você quiser, continuamos o debate lá.

Um abraço.

CSZ
Anônimo disse…
pr Ciro a paz do senhor, pr queria que o senhor postasse um artigo que falasse sobre assuntos que muitos pastores não tem coragem de falar ou não sabe, como o senhor é um grande homem de Deus e tem muita sabedoria em falar em assuntos como esses no caso sobre o que é pecado ou não numa relação sexual entre dois conjugues. Deus lhe abençoe.
Raimundo Nonato disse…
Paz do Senhor Pr. Ciro gostaria que o senhor divulgasem na sua pagina para que todas as Igrejas Assembleias de Deus tome conhecimento de um falso pastor chega nas igrejas se fasendo de umilde para conquistar a confiaça dos irmãos para aplicar os golpes ele estar foragido ele chega e dis que é advogado e defensor pulblico
este link para acessar a materia no jornal a critica de manaus.
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