Jornalistas bem-intencionados deveriam procurar entender por que os evangélicos são contra o PLC 122


Algumas personalidades não-evangélicas bem-intencionadas já perceberam que o PLC 122 é contrário à liberdade de expressão. Além do jornalista Reinaldo Azevedo, da revista Veja, o humorista Jô Soares manifestou-se recentemente contra o tal projeto de lei.

Em 2008, o articulista André Petry demonstrou falta de conhecimento acerca do PLC 122 e das nossas reais motivações: “Os evangélicos e aliados dizem que proibir a discriminação contra gays fere a liberdade de expressão e religião. Dizem que padres e pastores, na prática de sua crença, não poderão mais criticar a homossexualidade como pecado infecto e, se o fizerem, vão parar no xadrez. É uma interpretação tão grosseira da lei que é difícil crer que seja de boa-fé” (Veja, 2 de julho de 2008).


Se o tal projeto de lei dissesse respeito à homofobia (homofobia, mesmo), seria anormal essa conduta dos evangélicos. Mas o problema é que a significação do termo “homofobia” vem sendo torcida por pessoas mal-intencionadas, que desejam, sim, amordaçar os que têm opiniões diferentes.


Os ativistas e simpatizantes do homossexualismo não querem reconhecer que, a despeito de sermos contrários à prática homossexual — posto que a Palavra de Deus a define como pecaminosa —, não somos favoráveis à discriminação e à perseguição aos homossexuais. E atrelam os crimes contra homossexuais à pregação do Evangelho, o que é uma desfaçatez.


Discriminação homofóbica ocorre quando um indivíduo, uma família ou uma instituição se voltam contra os homossexuais, a ponto de quererem matá-los, feri-los ou, no mínimo, humilhá-los e ridicularizá-los, tudo por conta de os tais serem diferentes. Mas nenhum evangélico que se preze agiria dessa forma, haja vista a Bíblia condenar expressamente a discriminação, a acepção de pessoas (Tg 2.9).


Ser evangélico e homofóbico, ao mesmo tempo, é um contrassenso. Por quê? Porque a homofobia, como definida pela psiquiatria, é uma aversão mórbida aos homossexuais. Se há algum evangélico que diz odiar pessoas que pensam ou agem de modo diferente, a ponto de querer humilhá-las, matá-las ou fazer-lhes mal, ele sequer pode ser chamado de cristão.


Caso o PLC 122 só proibisse a discriminação aos homossexuais, não haveria problemas. Mas ele dá margem a uma série de interpretações. Uma simples manifestação do pensamento a respeito da prática homossexual já é considerada crime de homofobia!


Políticos e jornalistas mal-informados (ou mal-intencionados) têm dito que os pastores evangélicos humilham os gays, chamando-os de filhos do demônio, doentes ou tarados. Isso não é verdade. Segundo a Palavra de Deus, todas as pessoas que não servem a Deus (e não apenas os homossexuais) são “filhos do Diabo” (1 Jo 3.10).

Para o Senhor não há meio-termo. Só existem os que estão do lado de dentro e os que estão do lado de fora (Mt 13.11; Jo 1.11,12). E afirmar isso, em tese, em uma pregação, sem apontar o dedo para uma pessoa, não é, de modo nenhum, discriminatório. É apenas a exposição do que está escrito nas Escrituras.


Os evangélicos não têm dúvidas quanto à anormalidade da prática homossexual, haja vista estar escrito no Novo Testamento que no princípio Deus criou apenas homem e mulher (Mt 19.4-6). Pela Bíblia (e também pela ciência), ninguém é homossexual de nascimento. Se houvesse a possibilidade de pessoas nascerem nessa condição, Deus jamais condenaria a prática homossexual em sua Palavra (Lv 18.22; 20.13; 1 Co 6.10; Rm 1.27). E, como Ele a condena, alguns elegebetistas radicais querem que a Bíblia seja considerada um livro homofóbico.


Não creio que toda a imprensa seja evangelicofóbica ou inimiga dos evangélicos. Ao que me parece, a opinião de alguns evidencia desconhecimento a respeito do PLC 122 e das motivações dos evangélicos. Pensam eles que queremos proibir os homossexuais de fazerem o que bem entendem. Ora, até o próprio Deus respeita a livre-vontade humana!


Evangélicos que se prezam não dizem que homossexuais são doentes, monstros, vândalos, abomináveis, etc. Eles combatem ao pecado da homossexualidade e ajudam as pessoas que desejam deixar essa prática. E pregam contra a homossexualidade com a mesma intensidade que verberam contra a soberba, a embriaguez, a calúnia, o adultério, a mentira, etc. (Gl 5.21; Ef 5.18; Mt 7.1,2; Ap 21.8).


Outrossim, impedir que homossexuais casem em uma igreja evangélica que preza os ensinamentos de Jesus não é discriminação. Os homossexuais podem casar, se quiserem, mas que procurem instituições favoráveis a esse tipo de união. Afinal, querer obrigar igrejas contrárias à prática homossexual a fazerem esses “casamentos”, além de ferir a liberdade de expressão e de culto, é um desrespeito às instituições cristãs, algumas das quais instaladas aqui há séculos.

Ciro Sanches Zibordi

Comentários

Pr. Ciro,

Antes de tudo, parabéns pelo artigo.
Aqueles que não conhecem as Escrituras, podem entender que a pregação contra determinada atitude seria uma ofensa.
Para tais, surge um movimento cristão de que tudo é permitido, pois o Senhor é amor e misericordioso.
Talvez tais pessoas não saibam que a pregação da Palavra, quanto a recriminações, serve também, e muito, para nós mesmos, evangélicos.
Dizer que, ou vc está com Jesus, ou contra Ele, não são palavras suas, mas do próprio Mestre.
Fique na paz do nosso Senhor.

Ministério Igreja Sem Fronteiras
http://igrejasemfronteirasdf.blogspot.com
Pr Ciro, paz, o senhor sempre se permitindo ser usado por Deus, e é verdade quando o senhor diz que quem radicalisa contra os homossexuais nao são são cristão, mas devemos combater com veemencia a intenção dessa plc 122, pois o objetivo da mesma é por parte de seus autores ridicularizar o sagrado, profanar o santo e humilhar os que procuram obedecer as leis divinas, Deus o abensoe cada vez mais.

Pr Josias pereira (QUEIMADOS)
obs: ja pertencemos o mesmo ministério (cordovil)
paz.