O adventismo do sétimo dia e o falso ensinamento do sono da alma


Na postagem anterior, discorri sobre o estado intermediário, com base em Hebreus 9.27, e fui “bombardeado” pelos adventistas do sétimo dia. No afã de provar que a alma dos mortos dorme junto com o corpo, um leitor chegou ao ponto de atrelar alguns ensinamentos de Jesus ao “paganismo grego”.

Os adventistas são estudiosos da Bíblia, mas confundem o Sheol/Hades com a sepultura, bem como a morte física com a inconsciência da alma. Para eles, esta dorme no túmulo com os restos mortais, ficando completamente inativa e inconsciente. Eles ignoram que o verbo “dormir” alude, figuradamente, à morte física e nada tem a ver com sono ou morte da alma.

Em Mateus 27.52 está escrito: “E abriram-se os sepulcros,
e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados”. 
Almas não ressuscitam, pois nunca morrem! Por isso, o Senhor Jesus prometeu: “todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá” (Jo 11.26).

Mas os adventistas, a fim de defenderem o indefensável sono da alma, afirmam que Moisés ressuscitou para participar da Transfiguração! Eles acreditam que a alma dele morreu (
dormiu) e voltou a viver... Ora, então Moisés, e não Jesus, é “as primícias dos que dormem”? Teria Paulo se equivocado em 1 Coríntios 15.20?

Como Lucas 16.19-31 refuta eficazmente a doutrina do sono da alma, pontificando que a parte espiritual do ser humano fica ativa e consciente após a morte, os adventistas tentam, a todo custo, provar que essa passagem neotestamentária é ficcional e parabólica. E eles contam com um “trunfo”: o erro dos editores da versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), que introduziram, por descuido, o título “A parábola do rico e Lázaro” sobre o texto mencionado.


Em momento algum Jesus sugeriu que a história de rico e Lázaro deveria ser entendida como uma ficção. Os editores da ARC erraram mesmo ao chamá-la de parábola. Em outras versões consagradas da Bíblia, o termo “parábola” não aparece na epígrafe do texto: “The rich man and Lazarus” (King James Version, Trinitarian Bible Society); “The Rich Man and Lazarus” (New International Version, International Bible Society); “El rico y Lázaro” (Antigua Versión de Casiodoro de Reina [1569], revisada por Cipriano de Valera [1602], Sociedades Bíblicas Unidas); “O rico e o mendigo” (Almeida Revista e Atualizada, SBB); e “O rico e Lázaro” (Novo Testamento Interlinear Grego-Português, SBB).


Os adventistas alegam, equivocadamente, que a narrativa de Jesus em Lucas 16.19-31 é idêntica às parábolas. Mas o exegeta Antonio Gilberto, que é tradutor das Escrituras, afirmou o seguinte: “É oportuno dizer aqui que essa passagem não é uma parábola. O título posto informando que é parábola vem dos editores da Bíblia, mas não consta do original. Parábola é uma modalidade de narração em que não aparecem nomes de pessoas. Além disso, o verbo haver, como está empregado no versículo 19, denota por sua vez um fato real” (O Calendário da Profecia, CPAD, p.30).


Por que o Senhor Jesus só citou o nome de um dos personagens? Se a narrativa alude a um fato real, Ele podia ter citado o nome do rico também. Quanto a isso, o renomado Myer Pearlman escreveu: “É uma atitude deliberada, para mostrar que a ordem espiritual das coisas é contrária à mundana. No mundo, os nomes dos ricos são conhecidos, ao passo que os dos pobres ou são desconhecidos ou considerados indignos de serem mencionados” (Lucas, o Evangelho do Homem Perfeito, CPAD, p.100).


Os adventistas não desistem. E questionam: “Se Lucas 16.19-31 apresenta uma história real, então o Inferno e o Céu são tão próximos a ponto de as pessoas salvas e perdidas manterem contato entre si, na eternidade?” Em primeiro lugar, se a narrativa em apreço fosse uma parábola, o que mudaria? Absolutamente, nada! Afinal, mesmo nas parábolas Jesus nunca disse qualquer coisa contrária à verdade. E, se o que Ele afirmou na suposta parábola é verdadeiro — e é claro que é —, então a alma fica plenamente consciente depois da morte!


Outrossim, o Senhor Jesus se referiu ao Hades como um lugar só, com dois compartimentos, separados por um abismo, sendo possível justos e injustos se avistarem. Depois da sua vitória na cruz, evidentemente, tudo mudou, visto que se cumpriu o que Ele prometera em Mateus 16.18: “as portas do inferno [hades] não prevalecerão contra ela [a Igreja]”. Como esta passagem indica futuridade, desde então as portas do Hades passaram a não prevalecer contra os salvos em Cristo. Glória a Deus!


Além de se oporem aos ensinamentos de Jesus sobre a consciência da alma após a morte, os adventistas apegam-se a outros textos isolados, fora do contexto, como Eclesiastes 3.19,20 e 9.5,6. Não consideram, por exemplo, que o livro de Eclesiastes apresenta o registro do homem natural: “debaixo do sol” ou “debaixo do céu” (1.3,9,13,14; 2.3,11,17-20,22; 3.1; 4.1,3,7,15; 5.13,18; 6.12; 8.9,15,17; 9.3,6,9,11,13; 10.5).


Em Eclesiastes, a morte é descrita apenas em termos físicos. As frases 
“os mortos não sabem coisa nenhuma” e “a sua memória ficou entregue ao esquecimento” (9.5) aludem à lembrança dos vivos com relação aos que já morreram. Isso não quer dizer que as pessoas, ao morrerem, ficam inconscientes.

O ser humano, que também é chamado de 
alma” em Ezequiel 18.4, morre. A alma como a parte vivificadora do corpo nunca morre! A morte física de uma alma” (pessoa) denota separação entre as partes material e imaterial. A alma (alma, mesmo) fica consciente e ativa após a morte. E foi isso que o Senhor Jesus ensinou na história de rico e Lázaro.

Para os adventistas, a alma do salvo só irá para o Céu após a ressurreição do corpo. Entretanto, na morte, a alma se separa do corpo (1 Rs 17.22; Jó 27.8; Gn 35.18; Lc 8.55; At 7.59) e fica sob o controle de Deus (Ec 12.7b; Sl 146.4). A Palavra do Senhor é clara e mostra que, depois da morte, o corpo fica inerte, sem vida, porque a parte espiritual se separa dele: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem as obras é morta” (Tg 2.26).


Em Atos 20.10, para dizer que Êutico estava vivo, o apóstolo Paulo afirmou: “a sua alma nele está”. Por quê? Porque, na morte, a parte física do homem volta para o pó, haja vista ter sido feita do pó (Gn 3.19; Ec 12.7a), enquanto a parte espiritual (espírito + alma) volta para Deus, ficando sob o seu controle (Mt 10.28). Lembra-se do que o Senhor Jesus prometeu ao infrator crucificado? Ele não lhe disse: “Hoje, estarás na sepultura”, mas asseverou: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43).


Ciro Sanches Zibordi

Comentários

José Maurício disse…
Como sempre muito boa a postagem. Glória a Deus!
Alex da Silva- Santos/SP disse…
A Paz do Senhor Jesus, Pr. Ciro, muito bom este artigo.
Há um ditado popular que diz: O pior cego é aquele que não quer enxergar.
É dificil para alguns, quase impossível, aceitar o que está escrito na Palavra de Deus, depois de uma imensa lavagem cerebral. Penso que, se o senhor, Pr Ciro, datar o retorno de Cristo, aí sim os ASD darão credibilidade e o considerarão um profeta de Deus, mesmo que isto deponha contra a Palavra.
Que Deus continue o abençoando tremendamente, com esta força, dedicação, coragem, sabedoria, enfin, Deus se louvado..
Quando puder de uma passadinha em Santos.
Luis Augusto Meneguel disse…
Pastor,a paz de Cristo !!!!

O Hades, o tartaro e o Geena ficam realmente embaixo da Terra ? A Biblia faz uma alusão a aonde eles ficam, pois também já ouvi dizerem q/ eles ficam no céu (entre a terra até o trono de Deus)

Deus te abençoe !!!
Xavier disse…
Paz do Senhor pastor.
Um lindo texto. Que Deus em Cristo abençoe sua vida e de sua familia.
Quanto ao texto, nota 1000.
Parabens.
Sempre um exclarecimento a quem não sabe ou tem dúvida, nunca é demais....
Paz...
Um bom fim de semana.
Paulo Cezar disse…
Estimado Pr. Ciro, como eu sei que o Pr. não vai "se converter" ao "adventismo", por mais que o insistente irmão(?)/primo(?)Fábio Santos persista...rsrsrs, eu (também) volto a insistir: se achar pertinente, escreva sobre o cristão e as festas juninas.

Grande abraço.
Daniele disse…
Cada postagem, uma aula.
Parabéns Pastor Ciro! O irmão é uma benção.
A PAZ DO SENHOR, PR. CIRO!

DEUS seja louvado pelas duas últimas postagens, pois elas foram de grande ensino para mim. DEUS continue lhe abençoando poderosamente.

Gostaria de pedir ao senhor se possível escrevesse sobre o corpo, a alma e o espírito.

A PAZ DO SENHOR!!!!

abraços!
Unknown disse…
Interessante. Uma pergunta: este livro Lucas um homem perfeito, onde eu encontro e quem é o autor?

Paz a todos.
Paulo Pedro disse…
Amado pastor Ciro: faço minhas as palavras de Daniele! Um forte abraço desde Portugal (AD.ps.Salgado)Paulo Pedro
Marco Antonio disse…
Ótima postagem, pr.Ciro Zibordi!
Muito bom, pr. Ciro! Por isso que o seu blog é tão visitado, porque você trás esclarecimentos que estão em falta nos cultos de ensino nas nossas congregações. Que voltemos aos estudos sistemáticos da Palavra de Deus nos cultos de ensino, para que o povo, que não tem o costume de estudar a Bíblia Sagrada, não caia nas malhas das heresias, como as que são pregadas nos segmentos adventistas. Aliás, a maior causa do surgimento de tantas igrejas heréticas é a subversão à ortodoxia da Palavra de Deus, bem como a interpretação desequilibrada e fora do seu contexto.
Deus o abençoe sempre!
Luciano Lourenço
Estou caminhando disse…
Excelente estudo. Deus o abençõe.
Alex da Silva- Santos/SP disse…
Paz do Senhor Pr. Ciro, olha eu aqui de novo postando mais um comentário, sempre quando entro na internet aproveito para ler seus estudos. Há um, em especial, que o senhor fala sobre Pregação Expositiva, e cita alguns expoentes, como o saudoso Pr. Valdir Bícego(in memorian), entre outros, há um pastor, aqui em Santos-SP, que também admiro muito, o Pr. Natanael Rinaldi, creio que o irmão o conheça pessoalmente, através deste pude conhecer suas obras( Erros que os Pregadores Devem Evitar, etc...) e despertar o desejo pelo estudo da Palavra de Deus. Que Deus continue levantando homens, mulheres, jovens, comprometidos com o Deus da Palavra. Até encerrar a carreira e guardar a fé haverá muitos combates.
A Paz do Senhor, que Deus continue o abençoando..
Everson Dias disse…
Muito obrigado pelos seus comentários
que Deus continue lhe dando sabedoria

em Marcos 12.26e27 Jesus diz assim:
E, acerca dos mortos que houverem de ressuscitar, não tendes lido no livro de Moisés como Deus lhe falou na sarça, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó?
Ora, Deus não é de mortos, mas sim, é Deus de vivos. Por isso vós errais muito.

acho que isso encerra o assunto nosso Deus é um Deus de vivos!!!
Diogo CS disse…
A melhor postagem por mim já lida...Parabéns. Deus o abençoe sempre.

Paz.
Lidiane Villas Bôas disse…
Gloria a Deus!!!!

Que benção, ótima postagem!!!

Deus te abençoe Pr.
Na contramão dos comentários, eu quero agradecer aos adventistas. O que? Bem, foi justamente por conviver com pessoas desta Igreja e ser constantemente bombardeado por suas doutrinas e indagações que eu me despertei para o aprofundamento na Santa Palavra de Deus, embasado por boas teologias sistemáticas. Tantos questionamentos que eles me faziam sobre o que nós assembleianos pregavamos e eu sem domínio... Alguém poderá dizer: "é falta de EBD!" Sem dúvidas não era. O mais acertado era: falta de professores capacitados para transmitir as verdades de nossa fé. Culpa deles? Acredito que não. Mas uma coisa percebi que a semelhança da natureza, somentes os animais que são caçados possuem olhos laterais, para que desta forma enxerguem mais a sua volta. Já os predadores, estes só enxergam para frente. E conosco não é diferente, nós assembleianos (falo da minha realidade em Teresina-PI)estamos acostumados a não sermos questionados, por isso não olhamos para os lados, e quando somos "atacados" não sabemos nos defender. Devemos nos despertar para a necessidade de comer alimentos sólidos e deixar o leite para as crianças na fé! Quanto ao texto, sem comentários, muito bom mesmo( e olha que como professor sou exigente...rsrsrsr... Deus te abençoe amado irmão.)

Em Cristo,

Jefferson Rodrigues - Teresina/PI
Prezamigo e nosso pr. Ciro Zibordi,

A paz de Cristo, o nosso Senhor!

É de simples mostra a questão em discursão e não muito mencionada por estes que avaliam a Palavra de Deus, conforme os seus interesses.

Com certeza, não conhecem o Deus da palavra, e promovem inverdades tão simples de serem corrigidas, como a cópia de parte do seu texto abaixo:

"Ele não lhe disse: “Hoje, estarás na sepultura”, mas asseverou: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43)."

É maravilhoso quando entendemos esta fantástica promessa.

O Senhor seja contigo, nobre atalaia,

O menor de todos os menores.
FRANCISCOSERVO disse…
Graças a Deus, o Senhor JESUS tem lhe dado muita sabedoria para responder à aqueles que tem "milhares" de ? na cabeça.Pastor, tenho os dois livros: Erros que os Pregadores devem Evitar, e aprendi muitíssimo com eles. Acredito que também fui vocacionado para a área do ensino, e tenho que ter muita determinação no que tange a Palavra de Deus. Tenho um grande desejo de conhecê-lo pessoalmente, pelo fato de o Senhor amar profundamente a Poderosa,Gloriosa,Infalível e Inerrante Palavra de Deus. Um grande abraço.
FRANCISCOSERVO disse…
Pastor Ciro Sanches,Eu lhe peço que o meu comentário seja aprovado. Pois, que tenho acompanhado muitos dos seus estudos.e tem sido edificantes na minha vida, e de forma subsequente nas vidas das pessoas as quais, tenho mostrado o que aprendi.Que Deus continui abrindo as portas, para que o senhor prospere em todos os seus caminhos.Amém!!
Prezamigo e nosso pr. Ciro Zibordi,

A paz de Cristo, o nosso Senhor!

É de simples mostra a questão em discursão e não muito mencionada por estes que avaliam a Palavra de Deus, conforme os seus interesses.

Com certeza, não conhecem o Deus da palavra, e promovem inverdades tão simples de serem corrigidas, como a cópia de parte do seu texto abaixo:

"Ele não lhe disse: “Hoje, estarás na sepultura”, mas asseverou: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43)."

É maravilhoso quando entendemos esta fantástica promessa.

O Senhor seja contigo, nobre atalaia,

O menor de todos os menores.
Sandavid Lopes disse…
OLA PASTOR CIRO, A PAZ DO SENHOR JESUS.EU PENSAVA QUE SOU EU TINHA NOTADO QUE RICO E LAZARO NAO ERA UMA PARABOLA.AS VEZES ATE ME CALAVA,MAS VEJO QUE E ERRO MESMO DA EDITORA DA VERSAO RC.COMO O SENHOR MENCIONOU.
Anônimo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse…
A Paz do Senhor Jesus, Pr. Ciro, vivemos em uma era em que muitos pregadores discorrem sobre os nomes dos personagens bíblicos, afirmando que tais nomes poderiam definir,ou influenciar o carater de crianças (ex: Jacó- suplantador, aquele que agarra o calcanhar,...), quando na verdade os filhos seguem o modelo ensinado pelos pais. Provérbios 22:6 diz: "Ensina teu filho no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele."
É um absurdo ver que existem pais mal sucedidos na vida explorando seus filhos, como num ato de auto realização, não importando a mínima para o resultado de tudo isso.
"Deus, pelo Amor do seu Filho amado, ajude estes pais, concedendo-lhes sabedoria do Alto Céu para criarem melhor seus filhos.( Salmos 127:3-Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão.)
Em Cristo...
Alex da Silva-Santos/SP
Luiz Felipe disse…
A Paz do SENHOR, Pr. Ciro.

DEUS seja louvado pela postagem a qual o caro Pr. foi inspirado pelo ESPIRITO SANTO.

A verdade é que se algumas pessoas defendem tanto contra os ensinos Bíblicos originais a ponte de quererem afirmar quanto:
Afirmando enganosamente que a sepultura é o próprio inferno e que não há uma separação legal do corpo quanto à alma+espírito e que jamais a alma+espírito ficam consciente após a morte, e que não apenas o corpo volta para o pó não havendo uma separação entre corpo, (alma+espírito). E não reconhecendo a ressurreição de uns para a glória eterna, e outros para a vergonha eterna, onde o corpo físico do pó será transformado: em glória, (glória eterna) salvos e outros para a vergonha eterna perdição ou não salvos. (O Pr, deixou claro tal defesa, com provas Bíblicas) onde o Pr. esta falando com base Bíblica e não história da carochinha, nós não modificamos, e não tivemos ninguém que afirmou ter outra revelação das escrituras e deixamos de seguir os originais escritos para seguirmos atrás de outras revelações como no caso da sra. Ellen White e tantos outros. Uma coisa é fato pr. Ciro Sanches se alguém quer afirmar que pão é pedra mesmo você mostrando e colocando os recursos necessários para esta pessoa entender que aquilo é pão e não é pedra, ele vai defender a teoria da pedra até o fim. Prossigamos assim não nos desviando do caminho da verdade do original da palavra, e defendendo sempre a palavra de DEUS, com provas Bíblicas e não revelações particulares ou ensinamentos distorcidos.
Paz e graça caro Pr.
Joao disse…
Pastor Ciro,

Já que o senhor tocou nos ensinos dos adventistas. Gostaria que o senhor postasse sobre o tema da nova terra. Acho que esse ensino está corretíssimo e nós o esquecemos...

Lhe peço mais uma vez, poste sobre este assunto.
Fábio Santos disse…
Boa tarde Pr. Ciro,

Primeiramente, desculpe-me pelos comentários “Ctrl+c, Ctrl+v” e por dificultar em algumas perguntas, já que o sr. achou difícil (difícil?) responder ponto a ponto. Então vou tentar ser mais claro, simples e direto nas minhas colocações para finalizar a minha participação neste debate de ideias, já que não quero me tornar inconveniente. Vou usar alguns argumentos (entre chaves) que o sr. apresentou neste post sobre o sono da alma, e logo em seguida farei uma pergunta que pode ser respondida com “sim” ou “não”.

{Almas não ressuscitam, pois NUNCA morrem!}(ênfase acrescentada)
1- Seguindo este seu raciocínio, então todas as almas são imortais?

{Por isso, o Senhor Jesus prometeu: “todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá” (Jo11.26).}
2- Jesus não estaria falando sobre a morte eterna nesta passagem, ou seja a “segunda morte” Ap. 21:8?

{"Além disso, o verbo haver, como está empregado no versículo 19, denota por sua vez um fato real” (O Calendário da Profecia, CPAD, p.30).}
3- Então os relatos das parábolas do mordomo infiel (Lc. 16:1-13) e do juiz iníquo (Lc. 18:1-8) que também empregam o termo “havia” são fatos reais?

{Ora, então Moisés, e não Jesus, é “as primícias dos que dormem”? Teria Paulo se equivocado em 1 Coríntios 15.20?}
4- Então Paulo também se equivocou quando se referiu a Jesus como “primogênito de toda a criação” (Cl. 1:15), tratando-O assim como a primeira criatura?
5- Paulo afirmou ainda que Jesus foi “primogênito dos mortos” (Cl. 1:18), então desta forma também errou por considerar que a morte de Cristo foi a primeira de todas as mortes da Terra?

{Outrossim, o Senhor Jesus se referiu ao Hades como um lugar só, com dois compartimentos, separados por um abismo, sendo possível justos e injustos se avistarem.}
6- Então ATÉ a morte de Jesus o Céu (ou ante-sala do Céu), NÃO era um lugar de paz, de gozo, de felicidade, já que os salvos mantinham contato com os ímpios que estavam sendo (supostamente) atormentados no inferno (ou ante-sala do inferno)?

{Depois da sua vitória na cruz, evidentemente, tudo mudou, visto que se cumpriu o que Ele prometera em Mateus 16.18: “as portas do inferno [hades] não prevalecerão contra ela [a Igreja]”}
7- Este texto não está se referindo a Igreja de Deus na terra?

{As frases “os mortos não sabem coisa nenhuma” e “a sua memória ficou entregue ao esquecimento” (9.5) aludem à lembrança dos vivos com relação aos que já morreram.}
8- O sr. entendeu realmente o que o texto quer dizer? “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles [mortos] têm jamais recompensa, mas a sua memória [dos mortos] ficou entregue ao esquecimento.” Ec. 9:5

{Lembra-se do que o Senhor Jesus prometeu ao infrator crucificado? Ele não lhe disse: “Hoje, estarás na sepultura”, mas asseverou: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43).}
9- Então Jesus “errou” dizendo que “NINGUÉM subiu ao céu” Jo. 3:13(ênfase acrescentada)? Se Ele não errou, então os salvos que morreram não podem estar no céu.

Acho que agora facilitei para que o sr. responda ponto a ponto, afinal é só responder sim ou não.

“Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” João 11:25

Ainda estou em oração pelo sr.

P.S.: eu não liguei em nenhum momento o modo [ironia]. E desculpa por repetir de novo este comentário, afinal era pra mim postar ele aqui.
Caro Fábio Santos,

Grato pelo comentário e pelas orações. Mais uma vez o seu longo comentário (risos) obrigou-me a fazer um novo artigo. Confira-o, por favor.

Um abraço.

CSZ
F&C DESIGN disse…
Sem dúvida nenhuma foi Deus que lhe inspirou a publicar esse artigo, eu estava precisando de um estudo como esse.
Meu patrão é adventista e sempre me convida para o chamado "por do sol" e nessa reunião ficam me bombardeando com doutrinas que concerteza são absurdas.
Marco Antonio disse…
Pr. Ciro Zibordi, veja o comentário da Bíblia de Estudo DAKE sobre Lc 16.19:

"Havia ou não havia? Se não havia, então Cristo disse uma mentira, porque Ele disse que havia. Mesmo se a história fosse uma parábola, ela seria verdadeira, por isto realmente aconteceu. Cristo nunca usou mentiras para ilustrar verdades. Este versículo é tão parábola quanto o v. 18. Em nenhuma parábola de Cristo houve uma pessoa com seu nome citado, mas certos pontos sempre eram dados, e eram estes pontos que a parábola ilustrava. Aqui não aparece nenhum ponto ilustrado. A história é literal, sobre dois mendigos: um mendigou nesta vida, o outro, na outra vida. Mostra claramente as condições das almas entre a morte e a ressurreição.

É uma mentira satânica tentar fazer com que a história represente os judeus e os gentios, ou dizer que ela retrata qualquer outra ideia que não esteja explícita no texto. O propósito de tentar fazer isto é acobertar a realidade do inferno e da punição eterna, ou a realidade de um inferno temporário e do tormento.

Podemos ver na experiência real desses dois homens que Jesus Cristo estava declarando em termos claros e evidentes a realidade da imortalidade da alma, a consciência da alma depois de deixar o corpo, o fato de existirem lugares diferentes para os justos e os ímpios no período entre a morte e a ressurreição do corpo, e a verdade do tormento para os ímpios e do gozo para os justos".

Sei que na Bíblia Dake há problemas, mas esse trecho tem relação com a postagem. Por isso achei interessante por nos comentários.
Matheus Henrique disse…
"Mas os adventistas, a fim de defenderem o indefensável sono da alma, afirmam que Moisés ressuscitou para participar da Transfiguração!"

Pastor, fiquei confuso quanto a esta sua declaração. O senhor está afirmando que Jesus teve um encontro com o espírito de Moisés, e não com seu corpo?
Anônimo disse…
ola eu tenho uma DUVIDA , meu professor disse que jesus mentiu ao ensinar por parábolas ( citou a parabola do semeador) ele disse que essa parábola é uma ficçao e ficçao é um tipo de mentira .

porem eu não concordo mas não tenho argumentos voce poderia me ajudar?

meu email = susu_gr@hot...
Realmente, boa e esclarecedora.
Bruno Sunkey disse…
Para mim não há dúvidas sobre Lucas 16.19ss ser uma parábola:
Sobre as narrações de Jesus, Mateus 13.34 declara: “Jesus falou todas estas coisas à multidão por parábolas. Nada lhes dizia sem usar alguma parábola,”


2. Ao analisarmos os capítulos 14 ao 18 do Evangelho de Lucas,percebemos que eles formam um bloco de parábolas.Assim Cristo não precisou deixar explícito de que aqui se tem uma narração simbólica, visto que ela faz parte de uma série de parábolas de Jesus.A PARÁBOLA DA GRANDE FESTA(cap.14) A PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA; A PARÁBOLA DA MOEDA PERDIDA; A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO(cap15); A PARÁBOLA DO ADMINISTRADOR DESONESTO;O RICO E LÁZARO (CAP16); A PARÁBOLA DO EMPREGADO (cap.17) A PARÁBOLA DA VIÚVA E DO JUIz(cap.18). Assim Jesus não precisou mencionar antes,que aqui se fala de uma parábola Em Marcos, também, encontramos uma outra parábola que não se inicia com expressões como: "O reino dos céus é semelhante", nem "assemelha-lo-ei", ( Mc2.21 - compare com Lc5.36) ,o mesmo ocorre no Evangelho de Mateus (Mt15.14 compare com Lc6.39;).


3. No texto a expressão “seio de Abraão” deixa claro que o texto possui elementos simbólicos(Lc16.22)


4. Se literalizarmos o texto teremos vários problemas,por exemplo,Céu e Inferno estão tão próximos a ponto de ser possível uma interação entre eles? Abraão seria o "mediador" entre Céu e Inferno? Pode alguém no Céu ouvir o clamor de alguém vindo do Inferno ? Certamente que Abraão estaria em situação desconcertante se pudesse ouvir os horripilantes "clamores do inferno" (Lc16.24-25)!


5. Se a parábola for literal temos nela uma contradição o Céu e o Inferno estão tão próximos a ponto de haver comunicação entre eles,mas mesmo assim há um grande abismo entre Céu e Inferno(Lc16.26).
Sejamos sinceros com o texto, é ÓBVIO que o texto é uma parábola, não devemos violentar as Escrituras para fazer caber nela doutrinas "cardeais" da dita "ortodoxia", nem se pode tomar uma parábola como uma "radiografia do além morte.
Unknown disse…
Vamos la. Em primeiro lugar, mortalidade da alma nao é assunto restrito aos adventistas. Segundo lugar, o conceito de alma imortal entrou no cristianismo a epoca da helenização dos Hebreus, ou seja, durante o periodo de maior influencia grega sobre o povo de Deus, que nao por coincidencia tambem abrange o periodo intertestamentario - até nisso Deus foi perfeito, visto que desse modo impediu que muitas heresias pudessem ter sido adicionadas ao VT, devido a influencia grega.
Em terceiro, tanto o VT quanto o NT nao falam em parte alguma sobre uma "alma imortal".
Em quarto, nao encontramos vestigios de ensinos sobre "alma imortal" na patristica.
Quinto, foi a ICAR que instituiu a doutrina do duplo juizo duplo, no Concilio de Trento, tambem conhecido como Concílio da Contrarreforma. Assim diz o decreto:

“Quando morremos, experimentamos o que se chama o juízo individual. A Escritura diz que aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo (Heb. 9:27). Somos julgados imediatamente e recebemos a nossa recompensa, para bem ou mal. Sabemos ao mesmo tempo qual será o nosso destino final. No fim dos tempos, quando Jesus voltar, virá o juízo geral ao qual a Bíblia se refere, por exemplo, em Mateus 25:31-32: Quando o filho do homem vier na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. Diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como um pastor separa as ovelhas dos cabritos. Neste juízo geral todos os nossos pecados serão revelados publicamente (Lucas 12:2-5)."
- Concílio de Trento, em seu Decreto sobre o Purgatório, Denzinger # 983

A despeito disso, a Bíblia não ensina mais de um único juízo para os justos ou para os ímpios.
O juízo é apenas um porque não pode ser revogado. Além disso, Hebreus 9:27 traz “juízo” no singular, indicando que existe um único juízo para cada um. O mesmo ocorre em Mateus 11:22, em Mateus 11:24, em Mateus 12:36, em Mateus 12:41, em Mateus 12:42, em Lucas 10:14, em Lucas 11:31, em Lucas 11:32, em João 5:29, em João 9:39, em João 12:8, em João 12:11, em Atos 24:25, em Hebreus 6:2, em Hebreus 9:27, em Tiago 2:23, em 2ª Pedro 2:4, em 2ª Pedro 2:9, em 2ª Pedro 3:7 e em 1ª João 14:17 – em todas essas passagens o juízo vem no singular.

Levando-se em conta estas passagens, nenhum cristão pode negar o fato de que existe um único juízo para cada pessoa, irrevogável, e por isso mesmo é chamado de “juízo eterno”. Esse juízo, a Bíblia explica, acontecerá exatamente no momento da segunda vinda de Cristo.

Na epístola a Timóteo, Paulo afirma tal fato categoricamente: “Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos pela sua vinda e por seu Reino” (2Tm.4:1). Clareza maior do que essa é impossível: “há de julgar... pela sua vinda” denota que o juízo não aconteceu ainda, mas é um evento futuro, ao passo que "na sua vinda" mostra quando é que esse juízo acontecerá.
Ainda em sua epistola a Timoteo, capitulo 1, versos 16 a 18, ele diz o seguinte: “O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes ele me reanimou e não se envergonhou por eu estar preso; pelo contrário, quando chegou a Roma procurou-me diligentemente até me encontrar.
Conceda-lhe o Senhor que, naquele dia, encontre misericórdia da parte do Senhor! Você sabe muito bem quantos serviços ele me prestou em Éfeso”.
Percebam que Paulo se refere ao tempo futuro, - naquele dia – e não agora ou imediatamente após a morte de seu amigo. Tudo indica que Paulo clama ao Senhor que tenha misericórdia de seu amigo no dia da volta de nosso Senhor Jesus Cristo, quando ele há de julgar os vivos e os mortos.

Unknown disse…
Cada um dos seus pontos pode ser facilmente refutado, contudo

“Assim como alguém que dorme e chega a manhã inesperadamente, quando acorda, sem saber o que aconteceu: assim nós nos ergueremos no último dia sem saber como chegamos a morte e como passamos por ela. Nós dormiremos até que Ele venha e bata na pequena sepultura e diga: Dr. Martinho, levanta-te! Então eu me erguerei num momento e serei feliz com Ele para sempre” (Martinho Lutero)

Importante ressaltar que no estado de morte não existe mais consciência de nada, nem recordação de Deus, conforme nos ensina a Bíblia (veja Eclesiastes 9:5, 6, 10; Salmos 6:5). Contrário à ideia de que ao morrer alma vai para Deus, Jesus ensina explicitamente que a alma é mortal e que a recompensa para os mortos só ocorrerá quando Ele voltar e ressuscitá-los: “…a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos.” (Lucas 14:14). Dessa forma, temos em Cristo e em Sua segunda vinda a nossa grande esperança de vida eterna.
Unknown disse…
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo"
Hebreus 9:27

Os mortos não sabem de nada (Ec.9:5), não tem conhecimento de coisa alguma (Ec.9:10), não podem louvar a Deus (Is.38:18),
não se lembram do Senhor (Sl.6:5), que na morte os pensamentos perecem (Sl.146:4), que homens e animais possuem o mesmo espírito-ruach (Ec.3:19-20), que nem Davi subiu ao Céu (At.2:34), que sem ressurreição não haveria vida póstuma (1Co.15:32), que a recompensa só ocorre na ressurreição (Lc.14:14), que a entrada no Reino só se dá depois da segunda vinda de Cristo (Mt.25:34) e que só depois disso entraremos em nossas moradas celestiais (Jo.14:2-3).

Todos os versiculos citados são de livros históricos ou epistolas doutrinárias, onde eles apresentam fundamentalmente uma natureza literal. Em outras palavras, enquanto em parábolas e no Apocalipse a linguagem-padrão empregada é alegórica e só deve ser entendida literalmente caso haja algo ali que indique claramente isso, nos livros históricos ou nas cartas é o inverso: a linguagem-padrão é de natureza literal, exceto se o contexto indicar claramente o inverso.