Uma lei contra a homofobia se justificaria, talvez, em Uganda, e não no Brasil, pois lá há muita violência contra os homossexuais. Mas, naquele país, também há muitos crimes decorrentes da homossexualidade, como a efebofilia, o que alimenta a homofobia e poderá fazer com que os homossexuais sejam condenados à morte. No Brasil, uma lei específica para punir a homofobia não tem o menor cabimento.
Para os cristãos que seguem de fato a Bíblia, a homossexualidade, em qualquer país, sempre foi e sempre será uma prática pecaminosa. Não porque eles sejam homófobos (ou homofóbicos), mas porque Deus, na sua Palavra — tanto no Antigo Testamento (Gn 19.4,5; Lv 18.22; 20.13; Dt 23.17; 1 Rs 14.24; 15.12; Is 3.9), como nas páginas neotestamentárias (Rm 1.27; 1 Co 6.9,10; 1 Tm 1.8-10; 2 Pe 2.6; Jd v.7) —, condena explicitamente a relação entre pessoas do mesmo sexo.
Por outro lado, temos aprendido a ser moderados e a responder com mansidão e temor a todos que pedirem a razão da esperança que há em nós (1 Pe 3.15). Não queremos medir forças com o movimento LGBTTTS (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Simpatizantes). Nosso Reino não é deste mundo, haja vista obedecermos ao Senhor Jesus (Jo 18.36). À semelhança do nosso Mestre, vemos os pecadores como ovelhas sem pastor (Mt 9.36).
Conquanto respeitemos as pessoas e suas opiniões, não somos obrigados a aceitar como não-pecaminoso aquilo que o nosso Senhor considera abominável em sua Palavra. E, por isso mesmo, os políticos que conhecem os princípios bíblicos travam agora uma batalha no Senado para impedir a aprovação do Projeto de Lei da Câmara, número 122, de 2006 — conhecido como PLC 122/2006 ou simplesmente PL 122. Se o tal se transformar em lei, qualquer opinião sobre a homossexualidade, mesmo que respeitosa, caracterizará crime de homofobia.
Para o movimento LGBTTTS, essa nova lei se justifica em razão de haver muita violência, agressões verbais e humilhações praticadas por heterossexuais contra os homossexuais (homofobia). E essa opinião — que vê o Brasil como se fosse a Uganda, país onde ocorrem de fato muitos atos homofóbicos — tem levado os homossexuais a, erroneamente, considerarem homófoba (ou homofóbica) qualquer pessoa contrária ao homossexualismo.
A pregação contra o homossexualismo é considerada uma ofensa ao movimento LGBTTTS. Mas este precisa saber que a manifestação acintosa e debochada desse movimento em público e em programas de TV agride os valores morais do cristianismo biblicocêntrico, sendo um péssimo exemplo para as crianças e adolescentes, que estão em formação. Mas muitos gays, não satisfeitos em poder ser o que são, livremente, querem “esfregar na cara de todo mundo” a sua condição, com muito orgulho. E, segundo alguns deles, quem não é gay está por fora, como declarou recentemente o astro Rick Martin à revista Veja.
Nunca foi tão difícil educar os filhos de acordo com os valores cristãos. Os pais precisam estar muito atentos, pois o bombardeio na mídia contra a família é muito grande. Já há livros, nas bibliotecas das escolas públicas e particulares, nos quais há incentivo aberto, mediante ilustração, à homossexualidade. E o governo ainda quer distribuir um kit que não apenas combate a homofobia, mas induz à prática homossexual?! As crianças não podem ser manipuladas dessa forma.
Pouca gente fala da efebofilia (abuso sexual perpetrado contra adolescentes). O termo, não muito usual — gr. éphébos, “adolescente”; e gr. phílos, “amigo” —, designa a compulsão por relações sexuais com adolescentes. E esse tipo de abuso tem sido cometido principalmente por homossexuais que gostam de “carne nova”. Na Uganda, por exemplo, já há até um projeto de lei específico para coibir esse tipo de crime. O problema é que lá até mesmo a homossexualidade poderá ser punida com pena de morte, o que é um exagero. É como se fosse um PL 122 às avessas.
Mas, das três mil ocorrências de abuso de padres contra menores, 90% delas foram praticadas contra adolescentes, e 10% contra crianças. Esses dados são do Vaticano, que tem atribuído o gravíssimo desvio dos sacerdotes à prática homossexual, e não ao celibato. Isso porque a efebofilia pode envolver, de certa forma, atração recíproca, sentimentos, diferentemente da pedofilia, em que a criança, completamente inocente, é iludida, enganada ou forçada.
É evidente que há pessoas não homossexuais que abusam de menores. Nesses últimos dias, inclusive, tem aumentado até os casos de pastores — falsos obreiros, é claro — que abusam de filhas adolescentes dos membros das suas igrejas. Mas não há como negar que boa parte desses atos efebófilos está atrelado à homossexualidade.
Voltando ao PL 122, concordo plenamente que haja punição exemplar para heterossexuais que pratiquem homofobia, visto que esta envolve ódio, violência, discriminação. Mas pergunto: Será que, ao privilegiar o movimento LGBTTTS, considerando a prática da homossexualidade tão normal quanto a heterossexualidade, a ponto de criminalizar a livre manifestação da opinião, não haverá incentivo tácito aos crimes (e pecados) cometidos por homossexuais, como a efebofilia?
Finalmente, a pretensa fundamentação para o reconhecimento de tal lei estaria no artigo 5º da Constituição Federal: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiras e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade”. Mas, se há liberdade para as pessoas LGBTTTS se expressarem, também deve haver essa liberdade para os evangélicos.
Por que uns não podem se expressar amplamente, emitindo a sua opinião sobre qualquer tipo de assunto, enquanto outros podem? Por que não estão previstos no PL 122 os crimes da heterofobia e da evangelicofobia? A melhor coisa a fazer, num país pacífico como o nosso (em comparação a outros, como a Uganda, por exemplo), é arquivar esse projeto de lei e punir exemplarmente os casos de homofobia comprovados, que são poucos, no Brasil.
Respeitosamente,
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação
ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião, procedência nacional, gênero, sexo,
orientação sexual e identidade de gênero:
Não podemos usar ela contra os próprios homossexuais,assim como prentendem usar conosco?
O PL 122 possui um texto contraditório, mas visa a beneficiar preponderantemente a comunidade LGBTTTS. A Constituição Federal já suficiente para amparar a todos os cidadãos brasileiros. Essa lei viria realmente para se estabelecer uma perseguição contra toda e qualquer pessoa que emita opinião contrária aos LGBTTTS.
CSZ
Espero que os senadores desse país suportem a pressão da mídia (principalmente), com seus fortes apelos a homoafetividade e agressões à autêntica construção familiar ("fêmea e macho os criou, e disse: ambos serão uma só carne").
Eu acho difícil que a Constituição consiga deter esse poderio (o mundo jaz no maligno), pois não são só os homossexuais que militam nesta causa, são as novelas, os filmes, os programas "educativos" de Tv, os jornais formadores de opinião... enfim, é muita gente dizendo "libera, isso não é nada demais, larguem seus preconceitos...".
Espero que fortes (mas não agressivas) mobilizações por parte da igreja, dos pastores sérios que estão na mídia, e de blogueiros comprometidos com os valores éticos, morais e espirituais embasados na cultura bíblico-cristã possam influenciar a muitos, inclusive aos nossos parlamentares, para não estabelecerem leis opressivas ao povo de Deus.
Deus ajude nossas famílias, Deus ajude nossos governantes, Deus ajude este país! E também a Sua Igreja...
Realmente, este tema é altamente relevante e atual. Como vimos essa semana, houve um grande tumulto no Congresso Nacional em virtude do projeto de lei 122/2006. Achei tão relevante o tema, que adotei, em parte, ele como pesquisa para meu TCC (trabalho de conclusão de curso) da minha graduação.
Esta semana,o sr. Helio Schwartsman, filósofo, ateu convicto, defensor do homosexualismo e crítico ferrenho do cristianismo, trouxe em sua coluna na versão virtual da Folha de São Paulo ( http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/914509-entre-quatro-paredes.shtml ) uma crítica ao projeto 122/2006, sob os moldes de intolerância a liberdade de pensamento, características inerentes a um Estado Democrático de Direito como o nosso.
Hoje vivemos um claro paradigma no que tange a aplicabilidade dos direitos e garantias fundamentais para com sociedade brasileira: a contraoposição da “DIGNITATIS HUMANAE” (dignidade da pessoa humana) e a Liberdade de culto, ambos direitos expressos na Constituição de 1988”. O primeiro expresso no artigo 1º, III da carta magna e o segundo exposto no artigo 5º, VI do referido texto legal.Valendo-se da não imutabilidade de nenhuma das garantias conferidas aos cidadãos, cria-se o seguinte questionamento: Até que ponto o direito a Liberdade de Culto é intocável pelo Estado visando a proteção do direito da dignidade da pessoa humana pelo laicismo estabelecido a nossa república em virtude do exposto do artigo 19, I do texto excelso? Por conseguinte, uma grande insegurança jurídica eminente se forma em torno deste caloroso debate.
Contudo, não podemos nos valer do princípio da dignidade humana e simplesmente usurpar os demais direitos constitucionais. Aos pastores homofóbicos, todo rigor da Lei. Mas que o bom senso impere, e que seja distinguido que criticar uma ideia de forma pacífica é o exercício pleno da Liberdade de crença e de opinião.
Que os parlamentares possam ver a clara agressão às garantias constitucionais de liberdade como um todo impostas por esse projeto de Lei.
Em Cristo,
Alan
A paz de Cristo, o nosso Senhor!
Excelente matéria com a advertência: atenção, senadores, o Brasil não é a Uganda!
Necessitamos de corrigira cada momento a nossa maneira de lidar com assuntos tão sérios e nos portamos como verdadeiros ATALAIAS, e no mínimo sermos exemplos de demonstração de coragem e certeza absoluta que há a clara necessdade em levarmos a Palavra de Deus, enquano há tempo.
O tempo está se esvaindo, e o Senhor permitindo nesta aprovação uma necessária perseguição aos evangélicos, para que muitos se conheçam a si mesmos, e outros se arrependam de seus maus caminhos.
É nosso dever traduzir e explanar em nossas afirmações que o que está diante de nossos olhos é mais terrível do se imagina. É grave!
O Senhor está de volta e a terra geme de dores de parto!
O Senhor4 seja contigo, meu amigo atalaia!
O menor de todos os menores.
Belo texto, parabens.É triste de ver o caminho em que segue a humanidade.Fico pensando como as coisas vão estar daqui há cinco, dez anos, do jeito que anda, só faz apressar o juízo de Deus. Essa lei é uma afronta a familia e seus bons valores, já tão fragilizada nos dias de hoje. Como mãe, me recuso a aceitar que meus filhos recebam esse tipo de "kit" na escola. Que Deus tenha misericórdia de nossas vidas.
Muito bom o texto !!!
Infelizmente os homossexuais estão conseguindo infiltrar aquela ideia errada de que criticar comportamente é discriminar pessoas.
O mais engraçado é que se pode falar mal de tudo: de pastor, de padre,etc... mas qdo se fala deles ai a pessoa vai presa. Portanto, essa lei é preconceituosa...
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T++
Realmente esse povo está louco,nós não temos liberdade nem pra pensar, nem pra falar, nem pra expor nosso direito.homossexualidade È contra todo principio cristão,e eu fico com a biblia,cetamente não poria pra fora de casa um filho homossexual,mas ele não teria o direito de me obrigar a vê-de roupa feminina no meu lar,nem trazer companheiro dizendo ser seu marido,sou contra por que a palavra de Deus é contra e eu fico com a biblia em todo tempo,até porque Jesus está voltando e tudo que contribui pra o crescimento do pecado e para a perseguição dos cristão é tambem é bilblico.Pr.Ciro que o senhor te abençõe,
Uma das reivindicações do movimento gay era que as cirugias de mudança de sexo fossem pagas pelo SUS.
Será que o que os homossexuais recolhem em impostos é o suficiente para bancar a existência de mais uniões estáveis e de um terceiro sexo?
Pr. Ciro estou aguardando seu e-mail me respondendo, abraço Ev. Edeildo, edpo@globo.com
Fique com Deus.
edgardpneves.blogspot.com
Em Cristo.
Obs.: Sempre dou preferência a esclarecer qual a Paz que desejo: creio que dizer apenas "A Paz do Senhor", já que não se pode, na fala, identificar o maiúsculo, o falante pode referir-se a qualquer outra "paz" e a qualquer "senhor". O próprio Senhor Jesus disse: "a minha paz"; logo, deve haver alguma outra "paz" que não é a dele, certo?
Quanto à questão em pauta, admiro, como sempre, a excelência de qualidade e moderação em seu texto. Aprecio, também, a abordagem do Pr. Newton Carpintero.
Os profetas alertavam o povo de Israel para que se arrependessem de seus desmandos; não havendo ouvidos, Deus permitia a opressão pelos povos inimigos, a fim de que os escolhidos dessem conta de sua desobediência.
Quanto ao nosso tempo, virão essas leis injustas para acordar os crentes adormecidos, meros frequentadores - mal-acostumados - dos "cultos" dominicais?
Sem dúvida, terá de sair o "Israel de Cristo" de sua letargia espiritual, abandonando os interesses materiais e a vaidade pessoal. Terá de sair a Igreja a proclamar, com autoridade espiritual, sem receio de prisão (ou morte) a mais pura verdade do Evangelho de Jesus Cristo, resgatando grande número de almas para o Reino.
Perdoe a extensão deste comentário.