Este é o terceiro — e último — artigo a respeito do batismo com o Espírito e com fogo, profetizado por Isaías (44.3), Joel (2.28,29), João Batista (Mt 3.11; Lc 3.16) e pelo próprio Senhor Jesus (Mc 16.17; Lc 24.49; At 1.5,8).
No dia de Pentecostes, os seguidores do Mestre receberam a bênção em apreço pela primeira vez, tendo como evidência as línguas repartidas como que de fogo que pousaram sobre cada um deles (At 2.1-4). Elas não foram produzidas pelos próprios seguidores de Jesus. Elas vieram sobre aqueles, de modo sobrenatural: “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles” (At 2.3).
É importante dizer que o termo “línguas estranhas” é usado no meio pentecostal para denotar que essas línguas são estranhas (desconhecidas) para quem as pronuncia, e não — necessariamente — aos que as ouvem.
Vários dons do Espírito Santo são exercidos através da língua. Deus usa as línguas estranhas como sinal externo do batismo com o Espírito Santo e com fogo, para demonstrar sua inteira posse e controle da nossa língua, ao batizar os seus servos (cf. Tg 3.8).
Há muitos abusos nessa área, promovidos por movimentos pseudopentecostais. Mas o livro de Atos dos Apóstolos não deixa dúvidas quanto ao fato de as línguas estranhas serem a evidência inicial do revestimento de poder em análise. Em três passagens, pelo menos, é mencionada, textualmente, essa verdade: “começaram a falar em outras línguas” (2.4); “os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus” (10.46); “e falavam em línguas e profetizavam” (19.6).
As línguas estranhas não são apenas um sinal do batismo em apreço. Elas também são apresentadas no Novo Testamento como um dos dons do Espírito Santo pelo qual Deus fala com o seu povo (1 Co 12.10,30). O dom de variedade de línguas é usado pelo Espírito em conexão com o dom de interpretação das línguas (cf. 1 Co 12.10,28,30; 14.5,13,26-28).
Há pessoas batizadas com o Espírito que falam em línguas, mas não são portadoras de mensagens proféticas. E é aqui que reside muita confusão. Mas, em Atos 2.16,17 e 19.6, vemos que as línguas ocorreram inicialmente como sinal do batismo e, logo depois, quase ao mesmo tempo, houve a manifestação do dom de variedade de línguas.
No dia de Pentecostes, as línguas “como que de fogo” vieram do céu. Não foram produzidas por vontade humana. Hoje, infelizmente, há pregadores e cantores que mandam o povo “dar uma rajada de línguas estranhas”, o que é uma aberração. Ainda que o espírito do profeta esteja (ou deva estar) sujeito ao profeta, não falamos em línguas apenas porque queremos falar, e sim porque elas foram antes geradas sobrenaturalmente em nosso espírito. É o Espírito Santo quem acende o fogo em nossos corações!
É preciso ter em mente, então, que as línguas estranhas são multiformes em sua manifestação. Elas inicialmente são o sinal do batismo com o Espírito. Mas também podem conter mensagens proféticas, que precisam — geralmente — de interpretação, a menos que elas sejam conhecidas do público, como ocorreu no dia de Pentecostes. E elas, ainda, edificam o crente (1 Co 14.4).
Muita gente se opõe às línguas estranhas, mas elas são o único dos dons — entre as manifestações esporádicas do Espírito — do qual está escrito que edifica o seu portador. Os outros edificam a igreja. Paulo, em 1 Coríntios 14, asseverou que falava mais línguas (estranhas) que todos os coríntios (v.18) e ensinou: “Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas” (v.39).
As línguas para edificação do crente são mencionadas na Bíblia como um meio de o crente falar diretamente a Deus na dimensão do Espírito Santo: “Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios” (1 Co 14.2). Essa oração “no Espírito” é confirmada em outras passagens, como 1 Coríntios 14.14,15; Romanos 8.26; Efésios 6.18; e Judas v.20.
Embora haja manifestações pseudopentecostais no meio dito pentecostal, isso não é motivo para desprezarmos o que a Bíblia diz a respeito das línguas “como que de fogo” produzidas sobrenaturalmente pelo Espírito. Mas tenho visto muitos zombarem delas. Esses ignoram que, através desse dom espiritual, o crente louva e adora a Deus melhor, inclusive cantando, dando-lhe graças (1 Co 14.15-17; Ef 5.19), magnificando-o e falando de suas grandezas (At 2.11; 10.46).
Como se vê, o estudo sobre as línguas estranhas é vastíssimo e, por isso, o crente que se preza não o despreza. Afinal, a Palavra de Deus afirma, em 1 Coríntios 14.26: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”. E essa recomendação não é apenas para os crentes que se dizem pentecostais, mas para todo o povo de Deus!
Amém?
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Como sempre, seu texto foi abrangente e esclarecedor. Vou compartilhar ele com um irmão de minha igreja que tem muita dificuldade de entender esse dom. Particularmente já fiz várias tentativas através do ensino, mas não fui feliz em ajudá-lo a entender o privilégio e a realidade deste dom. Talvez consiga alcançar meu objetivo utilizando sua exposição.
ps: já que o café está difícil de sair, faço outro convite. Conheça nosso novo projeto que estou começando em nosso blog (minreligare.blogspot.com). No marcador: COMPARTILHANDO A ARTE DE ESCREVER, estou escrevendo um livro de forma interativa com nossos visitantes. A cada dia escrevo um pedaço da estória e faço uma postagem no blog, ficando aberto para aceitar idéias e opiniões dos internautas sobre o rumo do livro. Ele será uma narrativa ficcional com fundo evangélico de nome: A boneca de porcelana.
Abraços em Cristo
Pr. Paulo Cesar Nogueira
Pastor Ciro!
Reconhecemos as limitações que são as nossas lições de Escola Dominical, todavia são ricas e edificantes. Porém, gostaria que o amado desse uma esclarecida no Tópico III (A Experiência de Atos 2), haja vista falar da Glossolalia e Xenolalia. Eu consigo visualizar a diferença de ambos, porém no tópico da lição vejo os textos de Atos 2 para a mesma definição tanto da Glossolalia como Xenolalia. Qual a posição do nobre pastor sobre esse tópico? Deus Abençoe
Correto, no meio pentecostal alguns acretidam possuir as línguas dos anjos baseado em 1 Co 13.1, certo e sobre mistério na qual Paulo fala, o termo estranha no original significa estrangeira correto gostaria que o Senhor me mostrase a sua opinião sobre as linguas dos anjos para alguns o texto de 1Co.13 não é base para tal afirmação pois linguas estranhas não são estranhas no sentindo de algo fora da terra como a dos anjos, e mistério na Bíblia não é algo desconhecido mas revelações sobre a salvação em Cristo. Baseado nisto alguns dizem que nem o Diabo entende as línguas mas no caso se são da terra como ele não entende, vou parar por aqui depois faço outras ponderações...
Fica na paz.
Deus o abençoe a cada dia, para que possas sempre está ensinando a palavra de Deus.
http://conselhosanto.blogspot.com/
Segundo: O Aparecimento de Línguas no dia de pentecoste, foi a manifestação do Juízo de Deus para com o rebelde Israel,prenunciado por Isaías.
Terceiro: As línguas que pousaram sobre cada um deles eram COMO QUE DE FOGO...Um comparativo de linguagem humana fraco, apenas para descrever a efusão e a plenipotência do Espírito no templo do ser de cada cristão, portanto, as línguas não são de fogo.Teria muito a falar, falarei em outras ocasioes...Que Deus te abençoe!
A paz do Senhor.
Sempre ouço as pessoas dizerem que os discípulos receberam o Espírito Santo em Atos 2, mas não foi em João 20.22?
Vejo que eles receberam o Espírito Santo nesta passagem e foram batizados naquela.
Caso possa me tirar essa dúvida, eu desde já agradeço.
Em Cristo,
Gilmar
A paz do Senhor.
O Diabo não conhece mesmo os mistérios de Deus! Apenas o Espírito Santo, que a tudo perscruta, inclusive as profundezas de Deus (1 Co 2.9,10). Mas isso não significa que todas as línguas que Deus dá aos seus servos sejam celestiais ou dos anjos. Ele também pode usar línguas conhecidas, pois do Senhor é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1). Tudo é dEle, por Ele e para Ele.
O que está patente nas Escrituras é que as línguas da parte do Espírito são SOBRENATURAIS. Isso é o mais importante para nós. Agora, Deus usa o idioma que Ele quiser. E Ele pode tanto usar línguas totalmente desconhecidas na terra, como também línguas conhecidas, repito.
É importante observar, ainda, que a Bíblia foi dividida em capítulos e versículos apenas para facilitar a localização das passagens, e não para que versículos ou trechos sejam analisados isoladamente ou tenham autoridade em si mesmos. 1 Coríntios 12, 13 e 14 formam um bloco só. E, nesse caso, como 1 Coríntios 13.1 é sequência de 1 Coríntios 12 e antecede ao capítulo 14, precisa ser interpretado à luz do contexto.
Finalmente, o termo equivalente a "estranha", a rigor, não consta dos autógrafos. Observe que, na ARC, ele aparece italicizado, em 1 Coríntios 12-14. Isso porque ele foi incluído pelos editores da Bíblia, em língua portuguesa, apenas para enfatizar que as línguas são estranhas, desconhecidas, a quem as pronuncia.
Em Cristo,
CSZ
OK. Grato pela participação.
CSZ
A paz do Senhor.
A manifestação do Espírito Santo é multiforme, multímoda, multifacetada, multíplice, etc. Ou seja, ela se dá de várias maneiras diferentes. São muitas as ministrações dEle no meio do povo de Deus.
Em João 20.22 os discípulos receberam o Espírito Santo, como o "outro Consolador" prometido pelo Consolador Jesus Cristo (Jo 14-16). Mas em Atos 2 ocorreu o derramamento do Espírito, em cumprimento de Joel 2.28,29. Lembre-se de que Jesus prometeu que o Consolador estaria CONOSCO e EM NÓS.
Um abraço.
CSZ
A paz do Senhor!
Penso que o uso em excesso de termos técnicos pode atrapalhar os alunos em sua compreensão da lição. Mas a distinção entre "glossolalia" e "xenolalia" no tópico III da lição de domingo próximo (CPAD) está patente.
O que deve ficar claro para nós é o seguinte:
1) As línguas da parte do Espírito Santo, estranhas (isto é, desconhecidas para quem as pronuncia, sempre), sempre são SOBRENATURAIS.
2) Deus pode até usar o crente com uma língua conhecida na terra (inglês, francês, italiano, japonês, etc.). Mas sempre de modo sobrenatural. Se alguém que sabe um idioma da terra e o emprega no culto, onde reside a sobrenaturalidade?
3) O Senhor também pode nos usar com línguas desconhecidas de todos, na terra. Ele pode, inclusiva, mesclá-las com línguas conhecidas, o que já aconteceu comigo. Deus me deu variedades de línguas e, em meio a todas elas, frases claríssimas em hebraico, as quais foram identificadas por um erudito presente ao culto.
Um abraço.
CSZ
Quero lhe dizer que sou pentecostal, creio na atualidade das línguas estranhas, mas não as vejo como algo imprescíndivel para quem quer trabalhar para o senhor Jesus. Ou seja, quem não é batizado com Espírito santo e com fogo, se trabalhar de maneira dedicada para o senhor Jesus pode realizar uma grande obra pra Deus.
Temos muitos exemplos disso: os profetas do antigo testamento não falavam em línguas estranhas, em Mt 10 Jesus enviou os díscipulos em missão, e nessa época eles ainda não falavam em línguas estranhas, e voltaram felizes pelos milagres realizados, o que dizer também dos nossos irmãos tradicionais que desde séculos passados realizam a obra de Deus?, os batistas e presbiterianos por ex.
Gostaria de saber sua opinião sobre isso, creio no batismo com espírito santo, mas não o acho imprescíndivel para a vida cristã.
Abraços no amor de Cristo - Pb. João Eduardo Silva.
Foi de muita valia este esclarecimento. Leciono na Escola Dominical e já estou mais tranquilo para a próxima aula..rss
Deus Abençoe
Grato pelas suas palavras de incentivo.
Discordo em parte do irmão. Todos os cristãos devem, com batismo no Espírito ou sem esse batismo trabalhar para Deus. Mas esse revestimento de poder é sim imprescindível; não deve ser descartado ou desvalorizado. Para quem deseja fazer a obra do Senhor de modo eficaz ele é primordial, pois o Senhor Jesus disse: "recebereis a virtude [poder dinâmico] do Espírito e ser-me-eis testemunhas" (At 1.8).
A despeito de podermos atuar na obra do Senhor sem ter tal revestimento, ele é prioritário, preponderantemente necessário, e todo salvo deveria desejá-lo. Lembre-se de que os apóstolos davam testemunho com "grande poder" (At 4.33). Apolo tinha poder. Mas Paulo tinha grande poder (At 18-19).
Os profetas do Antigo Testamento estavam em outro período, regido por outras diretrizes estabelecidas por Deus. Não há parâmetros de comparabilidade entre aqueles tempos e os neotestamentários, pois o próprio Senhor disse que os profetas e a lei duraram até João Batista (Lc 16.16). Hoje precisamos sim desse poder dinâmico do Espírito. É promessa de Deus para todos! E felizes são aqueles que o recebem!
Quanto aos díscipulos, em sua missão, eles contavam com o próprio Consolador Jesus Cristo de maneira pessoal, o qual lhes dera poder para fazer a obra (Lc 10.19). Nós precisamos da ajuda sobrenatural do outro Consolador, o Espírito da verdade, que veio para estar CONOSCO e EM NÓS (Jo 14-17).
Muitas igrejas creem de modo diferente. E eu respeito todas elas. Entretanto, a promessa diz respeito a todos os servos de Deus pertencentes à Igreja de Cristo, independentemente da denominação (At 2.39).
Em Cristo,
CSZ
Sou batizado no Esp santo da maneira biblica.Foi a melhor experiencia que tive com Deus na minha vida. Falo com Deus várias vezes ao dia como se fosse um amigo. E por isso oro em linguas em vários lugares, as vezes andando na rua, no meu serviço.
Vc acha certo eu falar em linguas tanto tempo assim?
Eu aprendi que após a pessoa ser batizada no Esp santo e ter o batismo testificado dentro dela ela pode orar em linguas a vontade como eu faço. Agora qdo a pessoa não é batizada e fala em linguas como os catolicos fazem, ai não significa nada, apenas barulho com a boca. Eua fazia isso antes na igreja catolica. Isso é pecado ?
Eu gostaria de sentir aquele fogo do Esp santo de novo, como ocorreu no momento do meu batismo. Vc acha possivel eu sentir isso de novo se eu pedir a Deus.
.
Ps: eu sei que vc é uma pessoa mta ocupada, mas virou uma epidemia nas igrejas evangelicas dizer que Jesus não fundou religião e que religião leva ao inferno. E todos citam oa fariseus como religiosos.
Se vc um dia puder falar sobre isso,seria muito bom pra esclarecer essa questão.
.
Obrigado !!!
Que Deus te abençõe...
Amém! Línguas estranhas é um precioso dom de DEUS, e não moda. Certa feita me perguntaram, como podem falar algo que não compreendem? Apesar de ainda não ter tido esse privilégio(sei que nunca dependerá de minha vontade), respondi com convicção: podem não saber o significado do que falam, mas sabem muito bem o que sentem naquele momento...
Parabens pelo post. Que Deus abençõe.
Poderia expor as razões pelas quais discordo do irmão em pontos cruciais de tal doutrina. Contudo, não desejo fazê-lo. Entretanto, gostaria de fazer uma pergunta:
Qual é a base consistente e claramente extraída de atos 2 pela qual o irmão afirma o transcrito abaixo?
“em Atos 2.16,17 e 19.6, vemos que as línguas ocorreram inicialmente como sinal do batismo e, logo depois, quase ao mesmo tempo, houve a manifestação do dom de variedade de línguas.”
Onde estão no texto tais línguas, uma a qual diz respeito ao batismo com o Espírito Santo e a outra, que conforme o irmão, logo sucede aquela – os idiomas? Onde no texto se pode propor tal interpretação? Pastor, não parece ser tal interpretação levada a efeito por meio de uma interpretação tão somente – e nada mais - pressuposta por uma ótica pentecostal – uma ótica que precede a análise -, por meio da qual se busca afirmar o que no texto não existe?
Não existem evidências para tal interpretação em tal passagem. Não há nada no texto que possa sequer servir de uma verdade informe, ainda obscura, a qual se poderia clarificar com passagens bíblicas correlatas com as quais tal passagem pudesse ser complementada, e por fim, assim interpretada. Eu creio no dom de línguas, creio que os dons estão em vigência. Mas, não há como concluir duas línguas neste texto, senão uma infinidade de idiomas, pelos quais Deus se fez revelar aos homens estrangeiros, os quais sequer poderiam compreender as grandezas de Deus (At 2.11), como claramente declararam, caso ouvissem dos apóstolos palavras ininteligíveis, chamadas estranhas.
Enfim, como detectar inequivocamente dois tipos de línguas no texto, e no texto somente?
Graça e Paz
Mizael Reis
A paz do Senhor.
Sinceramente, não me sinto muito estimulado a responder às suas perguntas. O irmão me pergunta e logo em seguida mostra que já tem a resposta, querendo, pelo que tudo indica, demonstrar que a minha abordagem é incongruente. Não aprecio esse tipo de debate.
Se o irmão já tem certeza de que estou errado, respeito a sua opinião, assim como eu posso pensar o mesmo a respeito de suas assertivas. Mas vamos caminhar mais uma milha...
Qual é a base consistente e clara, pela qual afirmo que “em Atos 2.16,17 e 19.6, vemos que as línguas ocorreram inicialmente como sinal do batismo e, logo depois, quase ao mesmo tempo, houve a manifestação do dom de variedade de línguas”? A base é a interpretação, sem preconceito, dos aludidos textos, à luz do contexto imediato e da analogia geral.
Não podemos esperar que a Bíblia diga exatamente o que a Teologia Sistemática afirma. Na Bíblia não encontramos os pontos doutrinários exatamente como são expostos num artigo de cunho teológico. As doutrinas esposadas sistematicamente pela aludida matéria teologal resultam de exegese das passagens das Escrituras. Essa foi a minha base.
Quem crê na multiforme manifestação do Espírito (visto que a fé precede a lógica humana) não tem dificuldade para entender que, em Atos 2 e 19, houve batismo com o Espírito Santo (isso é indiscutível), línguas como sinal desse batismo (igualmente inegável) e, em seguida, variedade de línguas contendo mensagens proféticas, especialmente em Atos 2.
Aqueles crentes cheios do Espírito, mencionados em Atos 2, não falaram palavras sem sentido àquela multidão reunida. Certamente houve uma mensagem inteligível aos povos presentes em Jerusalém, haja vista os servos de Deus terem falado na língua daqueles que presenciaram o derramamento de poder inaugural. Ou será que eles falaram palavras ao ar, desconexas, confusas?
Em Atos 19, as mensagens proféticas também ocorreram, com certeza. Elas podem ter sido transmitidas pelo dom de profecia, diretamente, sem a necessidade de interpretação. Mas, como as línguas são mencionadas, não podemos descartar a possibilidade de ter havido também a mensagem pelo dom de variedade de línguas.
Em Cristo,
CSZ
ou é o Espírito que concede?
1) As línguas estranhas, posto que sobrenaturais, e não corriqueiras, são comunicadas pelo Espírito ao nosso espírito.
2) Não somos nós que falamos em línguas quando bem entendemos ou quando o pregador nos manda falar.
3) É claro que somos nós que abrimos a boca para falar em línguas, mas quem acende o fogo dentro de nós é o Espírito Santo.
4) Precisamos ter cuidado para não tornarmos banal o que é uma manifestação sobrenatural da parte do Espírito Santo.
Um abraço.
CSZ
Obrigado por ter me respondido. Gostaria de fazer outra pergunta: são todos os crentes batizados que recebem o dom de variedades de línguas? ou seja, que após o batismo continuarão falando línguas?
A paz do Senhor!
Conheço muito bem Renato Vargens. Já preguei em sua igreja; viajamos juntos; dividimos o mesmo quarto de hotel; já almoçamos várias vezes, etc. Dou testemunho de que é um servo do Senhor, piedoso, compromissado com a evangelização, com a obra missionária, com a assistência social. Por ser amigo (amigo, mesmo!), como o irmão disse, do Renato, prefiro responder ao irmão publicamente.
Pastor Renato Vargens, ao falar da música secular, está dizendo que Deus derramou a graça comum sobre todos os homens, sem exceção. Isso é bíblico e diz respeito à criatividade, à capacidade de inventar, etc. que Deus outorgou ao ser humano, de modo geral.
Veja quanta gente talentosa há na área da música, da pintura, da literatura! Há verdadeiros gênios em muitas áreas, os quais, entretanto, nunca serviram a Deus. Mas poderíamos falar também do esporte, do futebol, por exemplo.
Por que Pelé foi o melhor jogador do mundo? Porque ele treinava muito? Oh, sim, é claro que ele treinava. No entanto, ele nasceu com um talento específico para jogar futebol, uma "arte nos pés", um tipo de inteligência, que hoje está sendo estudada, que faz o seu portador planejar, em fração de segundos, uma jogada e executá-la no momento seguinte. Isso faz parte da graça comum, sem dúvidas, a qual está ligada ao talento natural.
Há pessoas que desempenham bem o seu trabalho profissional, de modo destacado, porque foram abençoados por Deus com a tal graça comum. Afinal, Deus faz o sol brilhar sobre maus e bons. E também faz com que a chuva caia sobre justos e injustos. O graça comum não salva a ninguém, mas foi dada ao ser humano para o bem comum. O problema é que nem todos usam essa dádiva divina para o bem...
Quanto a outras questões pessoais, meu amado irmão, aconselho-o a meditar em 1 Coríntios 6.12.
Em Cristo,
CSZ
Mas tenho dificuldade no texto Mt 3.11, pois o fogo ali é de juizo ok?
No primeiro artigo desta série eu tratei especificamente da sua pergunta. Ali, fundamentei a minha opinião de que o "batismo com o Espírito Santo e com fogo" é o título completo do revestimento de poder, que é chamado, geralmente, apenas de "batismo com o Espírito Santo".
Há teólogos que advogam dois batismos, sendo um de juízo, que se manifestaria no futuro, como Stanely M. Horton, teólogo assembleiano muito respeitado. Mas ele mesmo admite que os argumentos em prol desse batismo são muito frágeis.
Considerando todos os contextos, como eu disse na parte 1 desta série, penso que é mais plausível considerar que o fogo é apenas uma menção simbólica do poder do Espírito, em contraste com o batismo em água efetuado por João Batista. Leia, novamente, por gentileza, o aludido artigo.
É evidente que, pelo contexto imediato, somos induzidos a crer em um batismo de julgamento, mas este não se sustenta, numa análise ampla, considerando, repito, todos os tipos de contexto à disposição da exegese. O fato de João Batista ter mesclado fogo de juízo com fogo simbolizando poder do Espírito, isso é próprio dos profetas veterotestamentários, que era o caso de João, embora apareça no Novo Testamento (cf. Lc 16.16).
Em Cristo,
CSZ
Grato mais uma vez pelo convide. Vou visitar o seu blog ainda hoje, mas isso não anula o nosso café.
Um abraço, meu amigo.
CSZ
Eu não sou pentecostal e gostaria de um escrarecimento do Senhor..
Segundo a visão pentecostal: Qual a diferença na prática de um cristão fervoroso que nunca falou em línguas na vida (logicamente não é batizado com o Espírito) de um pentecostal fervoroso que já falou (deu evidencias de que foi batizado com o Espírito)?
desde Já agradeço pela resposta!!
Agradeço-lhe pelas palavras de apreço para comigo.
Nunca neguei que sou pentecostal, mas não me valho primacialmente disso para interpretar a Bíblia. Faço, inclusive, críticas a certos modismos verificados no meio dito pentecostal, nesses tempos hodiernmos. Com isso, quero lhe dizer que a minha resposta será, antes de tudo, bíblica, e não segundo a visão pentecostal.
À luz da Bíblia, Apolo era "poderoso nas Escrituras" e fez um grande trabalho em Éfeso. Mas Priscila e Áquila tiveram de lhe mostrar com maiores detalhes o caminho de Deus, ponto por ponto (At 18.24-28).
Apolo, "com poder", fez um bom trabalho, como já disse, em Éfeso. Mas, depois, chegou à mesma cidade o apóstolo Paulo, que, "com grande poder", orou pelos crentes que ali estavam, e todos receberam a dádiva do Espírito que Paulo conhecia, e Apolo, não. Ambos eram obreiros poderosos, porém um deles, Paulo, era batizado com o Espírito Santo e fogo.
Uma coisa é ter "poder", como Apolo. Outra, é ter "grande poder", como os apóstolos (At 4.33) e o próprio Paulo. O poder não é estático; é dinâmico. O batismo com o Espírito Santo e com fogo é uma bênção que nos confere mais poder, mais ousadia. É como o fogão: ele tem chama mínima e chama máxima.
Lembremo-nos de que o Senhor Jesus prometeu aos salvos o poder dinâmico do Espírito (At 1.8). Eles já tinham andado com Jesus e feito até milagres! Mas o Senhor prometeu a eles (igreja nascente) e a nós (por extensão) esse "grande poder".
Que Deus o abençoe, meu amado irmão!
CSZ
Quando disse "visão pentecostal" era nesse sentido msm, pais já conheço um pouco do seu trabalho apologético.
Paz e bem
Mas o objetivo deste comentário é abordar um assunto já tratado em seu blog, quando o Sr. respondeu a um internauta sobre o dom de línguas. A pessoa que lançou a pergunta demonstrou acreditar que o dom de línguas, manifestado inicialmente no livro de Atos capítulo 2, se tratava de línguas de nações. O Sr. em sua resposta, afirmou que não se tratava de outros idiomas, mas sim do famoso dom de línguas estranhas. Permita-me discordar do Sr. nessa questão.
Primeiramente, gostaria de deixar bem claro que discordo do seu ponto de vista, com profundo respeito e admiração pelo seu trabalho valoroso em prol da causa de Deus. Mesmo porque não tenho a devida qualificação acadêmica e teológica, para desmerecer a grande contribuição para a pregação do evangelho, que o seu ministério pastoral tem executado. Mas como o Sr. mesmo autorizou que podemos discordar respeitosamente, então aqui estou eu para isso (risos). Então Pr., permita-me colocar nas “mal traçadas linhas” deste comentário, não a minha opinião, mas o que a Bíblia nos diz sobre o verdadeiro dom de línguas.
1 Coríntios 12:7
Nesse texto a Palavra de Deus nos diz que os dons do Espírito Santo, nos são concedidos para um fim proveitoso, para algo útil. Portanto, todo dom espiritual tem que ser útil para um objetivo, e esse objetivo veremos logo mais abaixo.
Nesses versos bíblicos, Jesus é claro em dizer que os dons espirituais seriam concedidos aos apóstolos, com a finalidade de pregar o evangelho. E um dos dons que Cristo mencionou é o de falar novas línguas. Bem, no verso 17 existe um aspecto muito importante para se compreender o dom de línguas. O Sr. sabe melhor do que eu, que o evangelho de Marcos foi escrito originalmente em grego, e este idioma tem uma situação peculiar e diferente em relação a língua portuguesa. O grego tem duas palavras para designar novo: neos e kainos. Quando é usada a palavra neos, quer se designar algo novo em relação ao tempo.
Exemplo: A pintura desse carro é nova (neos).
Já quando se quer designar algo novo em relação ao conhecimento ou a qualidade usa-se a palavra kainos.
Exemplo: Aprendi uma nova (kainos) língua, o chinês.
Ou seja, o chinês é uma língua nova não porque começou a existir a partir daquele momento, mas é nova porque não se conhecia o idioma. Agora vem a pergunta: qual termo em grego (neos ou kainos) foi usado em Marcos 16:17? Resposta: kainos. Jesus disse aos discípulos que eles falariam novas línguas, não no sentido de que não existiam, mas porque os discípulos não conheciam e não falavam.
Só existem 06 referências ao dom de línguas em todo o Novo Testamento.
Mc. 16:17, Atos 2:1-13, Atos 10:46, Atos 19:6, 1Co. 12:10 e 1Co. 14
Portanto a primeira referência que vimos foi usada no seguinte contexto: 12 homens simples, na sua maioria rudes pescadores, incultos, iletrados, que receberam uma missão “impossível” e grandiosa de Jesus, a de pregar o evangelho a todo o mundo. E como eles fariam isso? Quanto tempo eles levariam se dependessem de seus próprios esforços? Somente pelo poder sobrenatural do Espírito Santo, ao conceder-lhes o dom de línguas, línguas de outras nações, para que o evangelho alcançasse a dimensão grandiosa, tal como conhecemos hoje. Então em Mc. 16:17, não há base bíblica para afirmar que Jesus estava tratando de línguas desconexas, sem sentido e sem interpretação.
Atos 2:1-13
No verso 4, a Bíblia nos diz que os discípulos “ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas”. Aqui mais uma vez não há respaldo bíblico em se afirmar que essas línguas eram estranhas. Mas os demais versos nos mostram o contrário, que o dom de línguas foi manifestado para que as pessoas pudessem compreender o evangelho eterno. Nos versos 7 e 8 as pessoas estavam admiradas ao ouvirem os discípulos, que falavam em outro idioma, pregarem em suas próprias línguas maternas. Eles estavam entendendo o que os apóstolos estavam falando em seu próprio idioma. E eram poucas as nações que estavam reunidas nesta ocasião do dia do Pentecostes? Eram mais de 16 nações ou povos que estavam ali presenciando o genuíno dom de línguas (idiomas), línguas completamente compreensíveis. O versículo 11 é maravilhoso, pois nos mostra que estes diferentes povos e nações estavam entendendo perfeitamente o que estava sendo falado pelos discípulos, sobre as grandezas de Deus.
Atos 10:46
O verso só diz que as pessoas estavam falando em outras línguas. Não há sustentação bíblica para se afirmar que eram línguas estranhas. Além do que, você só sabe quando uma pessoa está “engrandecendo a Deus”, se estiver entendendo o que o outro está falando. E o verso confirma mais uma vez a utilidade do dom de línguas: pregação do evangelho. Tanto que algumas pessoas foram batizadas.
Atos 19:6
Há pouca informação neste verso, mas não podemos afirmar que eram línguas estranhas, pois se sabiam que estavam profetizando é porque estavam compreendendo o que estava sendo dito.
Primeiramente, em estudo detalhado do livro de 1 Coríntios, percebemos que em cada capítulo Paulo apresenta o problema que lhe foi informado que estava ocorrendo na igreja de Corinto, e logo em seguida nos demais versos, apresenta a solução. E não é diferente no capítulo 14, a igreja de Corinto escreveu para Paulo sobre um problema envolvendo o dom de línguas, e Paulo faz a introdução sobre o problema nos primeiros versos (v. 2-4), e a seguir nos demais versos apresenta a resolução. Nos versos 17 e 18, Paulo inteligentemente e inspirado pelo Espírito de Deus, trata da situação envolvendo pessoas que estavam supostamente falando o dom de línguas, dizendo que era necessário que houvesse interpretação para discernir a verdade da mentira. Paulo disse que para pregar em outra língua, deveria ser no máximo 03 pessoas, sucessivamente e não ao mesmo tempo, e o mais importante tinha que haver interpretação. E agora pergunto ao Sr., é isso que as igrejas estão fazendo? Estão seguindo o conselho bíblico? Ou estão fazendo completamente o contrário? Falando línguas sem compreensão, muitas vezes com mais de 10 pessoas ao mesmo tempo e sem interpretação. Lembrando que a utilidade do dom é para pregar o evangelho. Então as pessoas que falam em línguas estranhas e não sabem o que falam e nem são compreendidas, estão diretamente em desacordo com a Palavra de Deus, pois a mesma afirma que se não há interpretação a pessoa deve ficar calada.
No verso 9, nos é dito que se a pessoa pregar em palavras incompreensíveis, é como se estivesse falando palavras ao ar, sem proveito nenhum.
No versículo 18 Paulo revela que era poliglota, mas preferia falar 05 palavras com entendimento, do que 10 mil palavras em outra língua que não servissem como instrução para igreja.
O verso 22, explica que o dom de línguas é um sinal para as pessoas que não são cristãs, diferentemente do que muitos irmãos em Cristo afirmam, que quem fala em línguas, é sinal que verdadeiramente recebeu o batismo do Espírito Santo. Não é sinal para os crentes e sim para os incrédulos.
Como nos demais capítulos do livro de 1 Coríntios, os versos de 1-4, Paulo está apresentando o problema da igreja de Corinto conforme eles achavam que era correto. Eles acreditavam que o dom de línguas podia ser manifestado de qualquer forma, várias pessoas ao mesmo tempo falando, sem interpretação, uma verdadeira confusão. E eu pergunto ao Sr., Deus é de confusão? Então porque não há entendimento nas manifestações que ocorrem nos cultos de muitas igrejas, em relação ao falar em línguas estranhas? Está havendo decência e ordem nestes cultos, em que várias pessoas falam palavras sem significado, sem um fim proveitoso? O dom está sendo usado para pregação do evangelho? Como, se ninguém compreende?
A igreja de Corinto escreveu para Paulo, dizendo que as pessoas que supostamente estavam falando o dom de línguas, apresentavam em sua defesa que estavam falando em mistérios (v. 2), ou edificando a si mesmo (v. 4), e por isso os dirigentes da igreja demonstraram sua preocupação em como agir com estas pessoas, e escreveram para Paulo. Ele dá a orientação devida os líderes da igreja, durante todo o capítulo.
No verso 5, em algumas traduções há a palavra estranha, só que esta palavra não consta no original, foi acrescentada e por isso está identificada em itálico. O apóstolo Paulo diz categoricamente mais uma vez, que precisa haver interpretação para que a igreja receba edificação. Em outras palavras, o apóstolo estava dizendo que não existe esse negócio de “falar em mistérios”, e nem o tal de “edificar a si mesmo”, tem que haver interpretação do dom de línguas para que a igreja seja edificada, para que o evangelho seja pregado, foi pra isso que o dom foi concedido, e ponto.
Enfim Pr., demonstrando meus sinceros votos de apreço e consideração, peço que o Senhor lhe abençoe e lhe conceda compreensão através da direção do Espírito Santo, que as línguas estranhas que são manifestadas no meio evangélico não tem respaldo bíblico.
Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo esteja contigo,
Fábio Santos
Caro Fábio Santos,
Prazer em conhecê-lo. Agradeço-lhe por ser um visitante assíduo deste blog. E parabenizo-o pela disposição em escrever tanto...
Vou responder-lhe comentário por comentário, começando pelo primeiro.
Em 1 Coríntios 12.7 está escrito que a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for ÚTIL. Bem, com profundo respeito, igualmente, peço-lhe que estude (estude, mesmo!), e não apenas leia, os seguintes textos: Marcos 16.17; Atos 2.4; 10.46; 19.6; 1 Coríntios 12.10,28,30; 13.1,8; 14.2-6,13,14,18,19,22,23,26.
Nos textos acima, "o famoso dom de línguas estranhas" é apresentado como uma DOUTRINA BÍBLICA inquestionável, cuja multíplice UTILIDADE é confirmada. O irmão pode não aceitar, pois tem livre-vontade. Mas não há como negar passagens tão claras a respeito das línguas, pelas quais se confirma o seguinte:
1) 1a. UTILIDADE: as línguas como sinal do batismo com o Espírito (que não deixa de ser um dom);
2) 2a. UTILIDADE: as línguas para edificação do crente;
3) 3a. UTILIDADE: as línguas contendo mensagem profética ou como sinal para os infiéis.
CSZ
Sua interpretação de Marcos 16.17, ainda que feita com muitos caracteres e citação de grego (o que eu considero desnecessário, haja vista o irmão mesmo ter reconhecido que não tem "a devida qualificação acadêmica e teológica"), é uma falácia.
Jesus profetizou que a Igreja falaria novas línguas em seu nome, e isso ocorreu no dia de Pentecostes, de maneira inaugural. Os servos de Deus falaram da parte dEle, "CONFORME O ESPÍRITO LHES CONCEDIA QUE FALASSEM". Foi algo que veio do céu, em cumprimento, também, da profecia de Joel 2.28,29.
Não existem apenas seis referências às línguas como parte da multiforme manifestação do Espírito no Novo Testamento. Veja o meu comentário anterior. Há várias passagens que falam da UTILIDADE delas.
Outrossim, os doze homens simples, na sua maioria rudes pescadores, incultos, iletrados, formaram a igreja nascente. Isso significa que nós somos a igreja de Cristo, que começou com aqueles doze. Exceto por algumas especificidades, o que o Senhor Jesus prometeu aos seus primeiros doze seguidores atingem, por extensão, a todos os seus servos. Medite em Atos 2.38,39.
Em Atos 2.1-13, vemos que os servos do Senhor falaram nas línguas dos inúmeros povos presentes em Jerusalém. Como os quase 120, e não apenas os doze, eram rudes, simples, como o irmão falou (e eu também suponho, se bem que não conhecemos amiúde o perfil de todos eles), é ÓBVIO que eles falaram, SOBRENATURALMENTE, em línguas ESTRANHAS! Ou seja, estranhas para eles, desconhecidas.
Atos 10.46 só diz que as pessoas estavam falando em outras línguas? Ora, o irmão acha pouco? Os da casa de Cornélio foram usados por Deus para falar em línguas da parte dEle! Isso foi um grande milagre! Houve sobrenaturalidade. Eles falaram em línguas. E a analogia geral (haja vista ser a Bíblia análoga) nos remete às línguas ESTRANHAS, isto é, línguas sobre as quais aqueles neoconversos não tinham domínio algum. Afinal, eles falaram cheios do Espírito, assim como ocorreu no dia de Pentecostes.
Em Atos 19.6, está escrito claramente: "FALAVAM LÍNGUAS E PROFETIZAVAM". Fica claro que as línguas e a profecia decorreram do poder do Espírito que veio sobre aqueles servos de Deus residentes em Éfeso. A Bíblia não informa se eram línguas da terra ou dos anjos. Entretanto, mais uma vez, temos de recorrer à analogia geral e admitir que foram línguas sobre as quais não tinha domínio, isto é, línguas para eles ESTRANHAS.
CSZ
Sinceramente, aconselho o irmão a reexaminar com cuidado, em oração, o texto de 1 Coríntios 14. Busque a Deus, meu amado. Tenha temor diante dEle. Não use de subterfúgios para mão querer aceitar o que está escrito claramente. Paulo deixou claro, logo no versículo 2 do texto em apreço, que "o que fala língua [estranha] não fala aos homens, SENÃO A DEUS; porque NINGUÉM O ENTENDE, e em espírito FALA DE MISTÉRIOS".
O irmão enfatiza que as línguas têm como finalidade a pregação do Evangelho. Mais uma vez vejo que o irmão está equivocado. O Evangelho deve ser pregado claramente. As línguas são o efeito da pregação do Evangelho. Estude Marcos 16.15-20. Veja que o Senhor mandou-nos pregar o Evangelho, para que os sinais, entre eles o FALAR EM NOVAS LÍNGUAS, nos seguissem.
Ao mencionar 1 Coríntios 14, o irmão questiona o uso errado das línguas no culto, hodiernamente. Eu concordo com o irmão. Falta muita descência e ordem em muitos cultos ditos pentecostais. Entretanto, isso não invalida a multifacetada UTILIDADE das línguas para a igreja.
No texto em análise, vemos que servos de Deus podem, sim, falar em línguas estranhas, sem saberem o que estão falando, e mesmo assim serem edificados! Mas é aqui que muitos erram. Pensam que podem falar em línguas em qualquer momento do culto. E, por isso, o apóstolo Paulo asseverou que tudo deveria ser feito no devido tempo, com descência e ordem: vv.26-40.
Na pregação, conforme o versículo 9, as palavras devem ser inteligíveis. Isso mostra que as línguas estranhas não são para pregação do Evangelho, e sim para edificação do crente e para transmissão de uma mensagem divina, no caso do dom de variedade de línguas (seja em conexão com o dom de interpretação das línguas, seja no caso de línguas conhecidas do público, como ocorreu no dia de Pentecostes).
Não sei de onde o irmão tirou essa conclusão de que Paulo, à luz do versículo 18, era um poliglota! Que ele era versado em várias línguas, não há dúvidas, pois era cidadão hebreu, judeu, romano e de Tarso. Mas o versículo mencionado nada tem que ver com línguas aprendidas na terra! Leia o versículo seguinte, o 19: "quero falar [...] cinco palavras na minha própria inteligência [...] do que dez mil palavras em língua desconhecida [isto é, ESTRANHA]".
Outra prova de que não eram línguas aprendidas na terra as mencionadas no versículo 18 está no versículo 13: "o que fala língua [estranha], ORE PARA QUE POSSA INTERPRETAR". Ora, se eu sei inglês, por exemplo, não preciso orar para interpretar quem fala esse idioma.
CSZ
Finalmente, aproveito para lhe dizer que, a despeito de eu ter sido contundente e incisivo na defesa de meus argumentos, também desejo que o irmão progrida em seus estudos na Palavra de Deus.
Como demonstrei, o assunto sobre as línguas estranhas, na Bíblia, é apresentado com riqueza de detalhes. Não se trata de invenção humana. Mas, para entender melhor as doutrinas constantes da paracletologia, é preciso tirar as lentes do antipentecostalismo e/ou do cessacionismo.
Que Deus o ajude, caro irmão, a aceitar as verdades bíblicas e a deixar de lado os argumentos incongruentes, baseados na lógica humana.
A paz do Senhor Jesus!
CSZ
Mas o texto que o irmão usou para dizer que as línguas cessaram (1 Co 13.8) também diz que a ciência desapareceria, caso não houvesse amor. Por que as línguas teriam cessado e a ciência não?
CSZ
Bem lembrado!
CSZ, seu devedor
Não há nenhuma informação (nem no contexto imediato de 1 Coríntios 13.8, nem no seu contexto remoto) de que o termo "ciência" denote o "dom de comunicar a revelação = doutrina cristã q c encerra com a Conclusão do Novo Testamento" (sic). Isso realmente é uma invencionice.
Paulo afirma, em 1 Coríntios 13 que, se não houver o amor, "havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá" (1 Co 13.8). Observe que, no versículo 1, ele menciona línguas dos homens e dos anjos, numa alusão às línguas faladas na terra e às faladas no céu. Pergunto: As línguas dos homens também cessaram? Evidentemente, não.
É claro que o cânon do Novo Testamento já está encerrado. Mas os dons do Espírito, como a profecia, as línguas, a ciência, etc., são, de modo geral, para edificação da igreja (1 Co 14.26. E, enquanto a igreja estiver na terra, estará sendo edificada.
Deus deu os dons ministeriais à igreja "querendo o aperfeiçoamento dos santos, [...] para edificação do Corpo de Cristo, até que todos cheguemos [...] a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (Ef 4.12,13).
Somente quando alcançarmos a estatura completa de Cristo, em outra dimensão, quando vier o que é perfeito (1 Co 13.10), é que profecias, línguas, ciência, etc. serão aniquilados.
Um abraço.
CSZ
Eu é que lhe agradeço pela participação. Também gosto das obras de Wayne Grudem.
Um grande abraço.
CSZ
Fique tranquilo. Eu só aproveitei a oportunidade para falar um pouco sobre o assunto.
Um abraço.
CSZ
É uma honra para mim interagir com o irmão através do Blogger. De modo algum está me incomodando.
Também penso que alguns professores, nesse grande Brasil continental, poderão ter problemas com os aludidos termos, constantes das Lições Bíblicas da CPAD. Mas hoje em dia há muitos recursos didáticos. Quem não possui um bom dicionário pode, por exemplo, procurar o significado de verbetes na Internet.
No Novo Testamento, os vocábulos "xenolalia" e "glossolalia" aparecem sem o elemento de composição "lalia". Ou seja, "xenos" (estranho, estrangeiro) e glõssa" (língua). Quanto a "xenos", não aparece no contexto dos dons espirituais. Mas "glõssa" ocorre em Atos 2 e 1 Coríntios 14. Os editores da ARC introduziram o termo "estranhas" em 1 Coríntios 14 para deixar claro que as línguas ali mencionadas são sobrenaturais, estranhas aos que as falam.
Houaiss define "glossolalia" assim: "suposta capacidade de falar línguas desconhecidas quando em transe religioso (como no milagre do dia de Pentecostes)". Já a palavra "xenolalia" não é definida por Houaiss, o que é estranho, posto que esse dicionário é bastante completo. Em outras palavras, o termo empregado na lição é raro e trará dificuldade real para alguns professores.
Por outro lado, se o professor não ficar preso aos vocábulos e ler com atenção a explicação da lição, notará que os termos técnicos ("glossolalia" e "xenolalia") foram empregados apenas para se fazer distinção entre dois tipos de línguas estranhas:
1) As línguas estranhas ocorridas no dia de Pentecostes, mencionadas em Atos 2. Eram estranhas para os servos de Deus que as falavam, mas conhecidas dos que a ouviram.
2) As línguas estranhas mencionadas em 1 Coríntios 12.10, etc., que precisam de interpretação sobrenatural através de outro dom do Espírito, o de interpretação das línguas. Haja vista essa necessidade de outro dom para sua interpretação, fica patente que se trata de um tipo de língua totalmente desconhecida na terra.
Ufa!
Um abraço.
CSZ
Parabéns pastor pela sua dedicação,tranquilidade, serenidade, paciencia, mansidão, ou seja, vemos que o fruto do Espírito esta sendo utilizado pelo senhor.
Continue assim, que a Graça, a unção, os dons, estejam sobre ti, que o Senhor Jesus seja sua testemunha, de que tanto o senhor tem feito para defender a sã doutrina.
Digo isso não para exaltação do homem, mas me espelho muito no senhor, e tenho certeza que um dia eu vou chegar neste nível de poder defender o Verdadeiro Evangelho de Cristo com autoridade e segurança, assim como o senhor o faz.
Sempre nas minhas orações, rogo a Deus pela sua vida e pela vida daqueles que ainda não conheço,para que Deus os dê ousadia para falar de Jesus, e que Cristo em tudo seja Exaltado.
Fique na Paz do Senhor Jesus.
Sola Scriptura.
RAC
sinais de cessação;CORINTIOS é uma das cartas mais antigas do Apostolo Paulo escrita aprox,no ano cinquenta da era cristã,e nenhuma das outras epistolas de Paulo fala mais em linguas.A pricipal carta dele foi Romanos que é uma obra magistral de teologia ele não fala NADA de línguas.E coríntios paulo escreveu regulando os abusos.Na segunda carta que ele escreveu aos coríntios já estava resolvido o problema,ele não cita mais línguas.Fique na paz de Cristo.
Ainda bem que o irmão não foi dogmático, pois sua opinião não leva em conta o fato de que a manifestação plural do Espírito permanecerá na igreja para sua edificação até que cheguemos à medida da estatura completa de Cristo. Estude 1 Coríntios 12.28-31 e todo o capítulo 14 em conexão com Efésios 4. Quanto à sua afirmação sobre Romanos, aconselho-o a estudar melhor o capítulo 8 dessa epístola.
Em Cristo,
CSZ
vc acredita na continuidade do oficio de Apóstolos e Profetas na igreja de hoje??
ps. Com profeta não e refiro ao fato de alguem profetizar, mas de alguém que seja conhecido pelo oficio e cargo de profeta, como Isaias ou Jeremias.
Grato pela sua disposição de publicar e responder meus comentários.
Grato pelas suas inteligentes perguntas.
Eu acredito "na continuidade do oficio de Apóstolos e Profetas na igreja de hoje" (sic). Mas muito mais importante que minhas convicção ou crença é o seguinte:
1) A Bíblia afirma que o ministério de apóstolo e outros foram dados para aperfeiçoamento dos santos, edificação da igreja e continuarão "até que ceguemos à estatura completa de Cristo" (Ef 4.11-14).
2) É claro que os doze apóstolos do Cordeiro são uma categoria à parte. Mas o ministério apostólico foi dado à igreja e é primacial para sua edificação (1 Co 12.28). Observe o termo "primeiramente".
3) A Bíblia diz que o ministério profético nos moldes veterotestamentários durou até João Batista (Lc 16.16).
4) A Bíblia apresenta dois tipos de profeta para os tempos neotestamentários (hoje):
a) Profetas como ministros (Ef 4.11; 1 Co 12.28). São pregadores da Palavra de Deus CHAMADOS soberanamente pelo Senhor. Eles têm o dom e o ministério de profeta. Nesse caso, o dom de profeta é residente.
b) Profetas usados esporadicamente com o "dom de profecia" (1 Co 14.28,29). Qualquer crente pode ser usado pelo Espírito num culto para transmitir uma profecia, sem necessariamente ter a chamada específica de profeta, a despeito de ser chamado de profeta: "Falem dois ou três PROFETAS, e os outros julguem". Mas o dom, nesse caso, não é residente, pois não se trata do ministério de profeta.
5) Não é usual chamar alguém de profeta e apóstolo (alguns se intitulam apóstolos, mas têm feito muitas "apostolices"), hoje em dia. Mas os ministérios existirão, repito, "até que" (Ef 4.11-14).
6) Não é o título que faz a pessoa. É a pessoa que faz o título. Há pessoas que não são chamadas de profetas ou apóstolos, mas exercem tais ministérios.
Um abraço.
CSZ
O derramamento do Espírito, no dia de Pentecostes, foi uma manifestação excepicional, única, sem precedentes, incomparável, porque foi um evento inaugural, em cumprimento das profecias de Isaías (44.3), Joel (2.28,29), João Batista (Mt 3.11) e do próprio Senhor Jesus (Lc 24.49).
O fogo precisa de controle, para que não haja incêndio. A eletricidade precisa ser controlada nas subestações. E assim por diante. O culto a Deus precisa de ordem e decência. E por isso o Espírito Santo inspirou o apóstolo Paulo a nos ensinar a respeito do assunto.
Em Cristo,
CSZ
- Hoje na Escola Dominical, abordando esta lição da CPAD, o professor da EBD afirmou que ele
ao falar em línguas, edifica a ele mesmo, pois não tendo quem interprete não edificará a igreja. Mas disse também que ele possuindo também o dom de interpretação, além do o de falar em línguas, poderia fazer os dois ao mesmo tempo. Eu disse a ele que ele poderia interpretar, se hovesse outro falando naquele momento, tendo ele também o dom da interpretação. Para que haja decência e ordem, um fala e outro interpreta. Depois dei uma olhada em I Cor 14:27-28 e depois também dei uma olhadinha no mesmo capítulo, mas no versículo 22, e fiquei meio confuso. Será que eu estava certo, ou equivocado e/ou ele também? Poderia me esclarecer?
Fica na Paz!
Risos...
Em São Paulo, os assembleianos que se congregam no Ministério de São Paulo, sediado no bairro do Belenzinho, costumam chamar uns aos outros de belemitas.
Apesar de eu morar em Niterói-RJ, há 10 anos, fui membro daquele ministério durante muitos anos, estudei na FAESP e também fui professor dessa instituição teológica, também localizada no Belenzinho.
Também fiquei feliz em saber que a presente série de artigos lhe foi útil.
Um grande abraço.
CSZ
A paz do Senhor.
1) Quando falamos em línguas e percebemos que somos portadores de uma mensagem divina, mas não há intérprete, devemos nos calar.
2) Há momentos no culto em que todos glorificam a Deus, após a pregação, por exemplo. Não há problema algum de o crente edificar-se a si mesmo falando em língua em voz alta.
3) Mas, em outros momentos, na hora da pregação, por exemplo, o crente deve falar em voz baixa, para que não haja confusão.
4) O dom de interpretação das línguas não é um dom residente, como se houvesse o ministério específico de interpretação. Trata-se de um dom à disposição da igreja, o qual se manifesta momentânea e esporadicamente.
5) Qualquer pessoa pode ser usada por Deus com esse dom, na hora certa, é claro, e desde que esteja em sintonia total com o Espírito Santo.
6) Se alguém fala em línguas e, ao mesmo tempo, recebe a interpretação dessas línguas, isso equivale a uma profecia.
Em Cristo,
CSZ
achei satisfatória sua resposta em relação aos profetas.
Mas em relação aos apóstolos eu não entendi bem.
O senhor mencionou a singularidade dos 12. E Paulo? o apostolado dele era singular semelhante ao dos 12?
Outra questão. Qual faceta do apostolado continua?
Apesar de não ser o assunto do post, no meu entender isso é mt importante pq nosso país está sob invasão de uma onda neo-apostólica, com "apóstolos" e "profetas" usando d uma suposta autoridade p definir novas práticas e doutrinas. Dizendo estão lançando o fundamento da igreja.
Imagino q o senhor (como eu) dever crer q o fundamento apostólico e profético da igreja, hoje seja a Bíblia.
1) Judas, um dos 12, se desviou (At 1.25) e, por isso, foi escolhido outro para estar em seu lugar.
2) Paulo, Barnabé e outros apóstolos foram os primeiros a exercerem esse ministério depois dos 12 apóstolos escolhidos por Jesus. Eles não criaram nada novo. Obedeceram a Palavra (At 13; 14; 1 Co 15.1-4).
3) Há textos que mostram claramente que, além dos 12, o Senhor deu apóstolos como um ministério para a igreja (1 Co 12.28, Ef 4.11), para seu aperfeiçoamento (Ef 4.12-15).
4) Não confunda título com ministério. Há muitos hoje se fazendo apóstolos. Mas há homens de Deus que possuem o ministério de apóstolo sem nunca terem usado o título de apóstolo.
5) Não é usual, na Assembleia de Deus, alguém ter o título de apóstolo. Mas o ministério apostólico é formado por homens enviados de Deus, assim como o foi João Batista (Jo 1.6). Eles exercem grande liderança e grande influência.
6) Não confunda os apóstolos com os missionários, que também são enviados, mas não são necessariamente como aqueles, chamados especificamente para liderar, ensinar, influenciar, consagrar e preparar novos obreiros, etc.
7) Paulo, que tinha uma chamada tríplice (1 Tm 2.7), é um paradigma para o ministério apostólico. Na Assembleia de Deus podemos chamar de apóstolos, por exemplo, Gunnar Vingren, Daniel Berg, Eurico Bergstén, Cícero Canuto de Lima e tantos outros que já partiram para a eternidade, além dos que ainda estão entre nós.
8) Lembre-se: é preciso distinguir dom de ministério, e ministério de título. Deus ainda conta com uma alta liderança, no sentido de influência, ensino, liderança propriamente dita. São os apóstolos, que, juntamente profetas, evangelistas, pastores e doutores, foram dados para edificação da igreja.
9) Note que, na priorização feita por Deus, os apóstolos aparecem primeiro lugar: 1 Coríntios 12.28.
Em Cristo,
CSZ
Muito boa sua postagem...
Tem ajudado bastante seus leitores a compreenderem melhor o Batismo com Epirito Santo
É um complemento da revista da EBD.
posso até dizer...Mais que um complemento.
Um grande abraço
Lidi
Há uma linha muito tênue entre o desprezo e a supervalorização dos dons espirituais, principalmente o dom de línguas estranhas. Sua exposição a respeito do assunto foi fantástica, pois traz o assunto para o lugar de onde jamais deveria ter saído, a Palavra de Deus. Quando falo em desprezo, me refiro àqueles que não experimentam as benesses da outorga de tão valioso dom da parte de Deus para edificação de nossas vidas, tão somente apoiados em "teologias" humanas. Quando falo em supervalorização, não me refiro aos que o tem em grande estima e o recebem como verdadeira dádiva do Mestre, mas àqueles que posicionam o dom acima do caráter, justificando assim suas atitudes descabidas sob a égide da célebre frase "Sou profeta de Deus".
Que o Senhor continue o abençoando e inspirando a continuar com este trabalho de expor a Palavra com simplicidade e honestidade, o que está em falta em nossos dias.
No amor de Cristo,
Marcelo Lima
Mto bom seu texto..Estou tendo uma nova visão sobre isso.
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Por favor, em Nome de Jesus, eu deixei uma pergunta pra vc hoje em outro estudo seu sobre Jesus não ter sido tentado na área sexual.
Vc poderia me responder lá, por favor.
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Fique com Deus.
Paz !!!
Sempre tenho acompanhado seus artigos, os mesmos são de grande ajuda. Gostaria de agradecê-lo, pois solucionei muitas dúvidas, aqui em seu blog. O senhor permitiria que eu divulgasse alguns dos seus artigos em meu blog? Faço questão de citar a fonte (é claro!).
Grato, mais uma vez.
A Paz do Senhor!
Organizei meu argumento, transcrevendo suas afirmações entre parênteses, cada qual seguida por minha contra-argumentação.
“Sinceramente, não me sinto muito estimulado a responder às suas perguntas. O irmão me pergunta e logo em seguida mostra que já tem a resposta, querendo, pelo que tudo indica, demonstrar que a minha abordagem é incongruente. Não aprecio esse tipo de debate.”
Uma pergunta não se torna inválida quando incluo nela o meu parecer. Ele só ratifica a razão da pergunta. O diálogo não é sustentado por um desejo de fazê-lo abdicar de sua compreensão sobre o texto, e sim para apresentarmos as razões pela quais cremos no que afirmamos. A irredutibilidade sustentada por uma base sólida no que se crê, bem provida de uma sóbria tolerância cristã, fará com que o diálogo seja uma discussão enriquecedora, e não caluniadora ou engajada no propósito de demove-lo o outro de sua crença, e sim de questionar as suas bases, destinando a análise final ao contraditado. O fato de não desejarmos dialogar com o diferente, mostrará uma inquietude com o pensamento que difere, bem como se poderá correr o risco de se erguer muito alto na torre de marfim de nossas próprias compreensões, sem que permitamos que a tal seja confrontada com as Escrituras. O debate que proponho não é inapreciável, senão necessário, pelo qual nos mostraremos tolerantes e prontos a lançar a prova da Escritrura o que cremos. Eu julgo seu ponto de vista incongruente, bem como julgas o meu. E qual é o problema disso. Não nos opomos na essência do evangelho. Estamos discutindo pontos com os quais, evidentemente, não é possível desmerecer o evangelho e toda a sua obra e verdade contida nas Escrituras.
“Se o irmão já tem certeza de que estou errado, respeito a sua opinião, assim como eu posso pensar o mesmo a respeito de suas assertivas. Mas vamos caminhar mais uma milha...”
Evidente, a tal ponto de contradizer o argumento de seu primeiro parágrafo. Se há entre o meu e o seu coração uma tolerância tal, pela qual o irmão afirma existir o respeito mutuo, por qual razão julgas tal debate indigno de apreço? O debate revestido de tolerância, respeito mutuo não é algo indesejável, é cristão, no qual Deus será Glorificado.
Em resposta a minha pergunta, o irmão disse, resumidamente: “A base é a interpretação, sem preconceito, dos aludidos textos, à luz do contexto imediato e da analogia geral.”
Pastor, um liberal pode usar tais palavras alegando se basear nas Escrituras. Essa resposta é relativa, e por essa razão insuficiente para conter uma cosmovisão cristã. Uma doutrina puramente crida pelas Escrituras.
Continua..
Vamos analisar o texto, do qual obteremos as repostas:
At 2. 3-8:
“E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?”
Eles falaram em línguas. Línguas essas compreendidas pelos estrangeiros em Jerusalém, os quais, em decorrência de ouvirem as línguas disseram:
“Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos”
Eles não falaram línguas estranhas, ininteligíveis, aquelas as quais são necessárias tão somente para a edificação espiritual, motivo pelo qual eles não falariam tais línguas, pois do contrário, desobedeceriam a Paulo, caso falassem de forma audível, língua está a qual só pode ser compreendida por aquele que a mesma fala, justificando seu silêncio quando alguém revestido com o dom de interpretação não estiver presente na ocasião. Para que seja evitada uma confusão com a natureza de tais línguas, nos será necessário concluirmos o seguinte, e é o que creio piamente, por ser bíblico: As línguas de Atos 2 são idiomas e por essa razão, não se tratam das mesmas línguas, ou, a língua desconhecida citada em 1 Coríntios 12-14. A língua desconhecida que edifica aquele que a fala não são idiomas, e sim palavras incompreensíveis pelo homem, motivo pelo qual não deve ser pronunciada em voz alta, e sim consigo mesmo. As línguas como idiomas em atos 2 não visaram a promoção dos que as falavam, e sim, em última instancia e propósito, a divulgação das grandezas de Deus aos estrangeiros. Ao ver o milagre, e por ouvirem o que era dito pelos discípulos, eles disseram: “todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.” [At 2.11]
Continua...
Uma das razões óbvias e claramente concluídas pelas Escrituras, é que as línguas em atos 2 eram idiomas, compreendidas pelos estrangeiros, e os judeus ali aglomerados de várias partes do mundo, por ocasião da festa do pentecoste. Já as línguas em 1 Co 12-14, eram ininteligíveis. Em atos, vemos línguas compreendidas. Em Coríntios, vemos uma língua desconhecida sendo pronunciada, ainda, sob uma regra, de ser dito pra si próprio, ressalvado, na presença de interpretação.
Outra questão, é que as línguas em atos 2 eram uma espécie de pregação, com a qual Deus atingia os gentios, ou seja, se tratava de uma mensagem de Deus para os gentios. Eles ouviram as grandezas de Deus, em suas próprias línguas. Já a língua desconhecida é uma devoção do homem destinada á Deus. A propósito, temos um enorme problema com dom da interpretação no meio pentecostal. Sou da Assembleia desde que nasci razão pela qual tenho propriedade para afirmar o que direi. Geralmente, quando alguém diz interpretar as línguas que outro fala no culto, - sem contar a enorme confusão nos cultos onde a língua desconhecida é pronunciada em voz alta e por todos ao mesmo tempo – o que se vê é uma interpretação com origem oposta ao da natureza da língua desconhecida. Ora, analisemos a seguinte pergunta: se a língua desconhecida é um dom pelo qual o homem que a fala se dirige a Deus, e tal verdade pode ser concluída com base no texto bíblico quando diz que, “o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.” [1 Co 14.2], não seria correto afirmar que a interpretação da língua de tal natureza e direção – do homem á Deus – não seja de igual modo compreendida como sendo palavras ditas do homem a Deus. Se sim, como creio que o é, por que as interpretações de tal língua no meio renovado sempre são direcionadas a Igreja, como sendo uma mensagem de Deus ao povo? Porventura é possível dizer “I Love you my God” e, quando na interpretação, obter algo aquém ou além de “Eu te amo meu Deus”? Evidente que não. Da mesma forma, mesmo expressado tal verdade por esse exemplo, no mínimo vulgar em relação ao tema exposto, não seria lógico obtermos, com a interpretação da língua desconhecida, uma palavra, onde seu conteúdo tem por origem o homem e destino o seu Deus, tal como o é o a língua desconhecida? Isso a meu ver é um grande problema, que se segue sem a devida análise pelos pentecostais, sobre os quais, espero dias melhores.
Enfim, analisando os textos em voga com mais atenção e seriedade, se pode chegar claramente à conclusão de que as línguas em atos 2, não correspondem a língua desconhecida em 1Coríntios 12 a 14. No pentecoste, vemos uma manifestação sobrenatural de revestimento de poder que inaugura a plenitude do poder que Deus reveste sua Igreja. Um evento único, que não se repetirá, refiro-me as manifestações do poder de Deus, estritamente relacionadas àquela ocasião. Em Coríntios vemos doze dons, dados por Deus para a edificação dessa Igreja.
“Não podemos esperar que a Bíblia diga exatamente o que a Teologia Sistemática afirma. Na Bíblia não encontramos os pontos doutrinários exatamente como são expostos num artigo de cunho teológico. As doutrinas esposadas sistematicamente pela aludida matéria teologal resultam de exegese das passagens das Escrituras. Essa foi a minha base”
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Não concordo com essa conclusão. A teologia sistemática deve dizer o que as Escrituras dizem. Na Escritura temos as doutrinas assistematizadas, ou seja, a doutrina está lá, não seguindo certa continuidade, mas está lá. A função de uma teologia sistemática comprometida com o que as Escrituras consistirá em reunir e ordenar as doutrinas, afim de que as mesmas sejam vistas panorâmica e ordenadamente. Dessa forma, as doutrinas devem ser provadas pelo conteúdo das Escrituras, quer sejam consultados nas Escrituras, quer sejam analisadas numa sistemática, esta deve redundar naquela. Então, no desejo de ser fiel á Palavra, a crença deve ser respaldada nas Escrituras. Se eu lhe peço para mostrar as provas pelas quais o irmão crê nessa doutrina, não importa se procurará provar por meio da consulta diretamente as Escrituras, ou, recorrerá a uma sistemática elaborada por uma teologia a ser favor. Ambas as alçadas serão submetidas às Escrituras. No final das contas, essa relação bíblica com a sistemática, a qual o irmão diz não poder haver exatidão, não é só possível, mas necessário, sem a qual nenhuma sistemática poderá rogar por biblicidade, sendo por tanto reprovada pela verdade.
“Quem crê na multiforme manifestação do Espírito (visto que a fé precede a lógica humana) não tem dificuldade para entender que, em Atos 2 e 19, houve batismo com o Espírito Santo (isso é indiscutível), línguas como sinal desse batismo (igualmente inegável) e, em seguida, variedade de línguas contendo mensagens proféticas, especialmente em Atos 2.”
Por que falar assim? “Quem crê na multiforme manifestação do Espírito (visto que a fé precede a lógica humana) não tem dificuldade para entender”
Essa argumentação está recheada de exclusivismo – perdoe-me pela franqueza. Quer dizer que, quem não é a favor da interpretação pentecostal de Atos, não compreende a profundidade da manifestação do Espírito Santo? Desconhece o poder do evangelho? Seria o caso de rebelar-se contra a Igreja que antecedeu o pentecostalismo e denunciar sua superficialidade quanto ao poder do Espírito Santo. O fato de eu não aceitar tal interpretação não me faz um ignorante, e perceba de novo, seu argumento, revestido do pressuposto pentecostal, somente. Aqui há uma afirmação, e nenhuma explicação bíblica que a justifique, e sim, simplesmente apresenta um inconsistente argumento de que quem crê no pode de Deus, compreenderá, algo meio subjetivo, algo análogo a máxima existencialista de Sartre: “A existência precede a essência”.
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“Aqueles crentes cheios do Espírito, mencionados em Atos 2, não falaram palavras sem sentido àquela multidão reunida. Certamente houve uma mensagem inteligível aos povos presentes em Jerusalém, haja vista os servos de Deus terem falado na língua daqueles que presenciaram o derramamento de poder inaugural. Ou será que eles falaram palavras ao ar, desconexas, confusas?”
Eu não discordo disso, pois é isso que estou defendendo aqui. O contrário que é inadmissível, ou seja, no pentecostes, eles não falaram línguas ininteligíveis. Não há nada no texto que prove isso, e se tivessem falado uma língua desconhecida, ao ponto de pessoas ouvirem, as Escrituras se contraditariam, quando na verdade a língua desconhecida não deve ser pronunciada em voz alta. E se, para livrar-se desse dilema insolúvel, algum pentecostal disser que lá houve também a manifestação do dom de interpretação, ai que tudo ruirá completamente, e a contradição será mais visível. Repito, no pentecostes houve apenas a manifestação dos idiomas, sem que os mesmos necessitassem de interpretação, pois, aquelas línguas eram comum á todos ali presentes.
“Em Atos 19, as mensagens proféticas também ocorreram, com certeza. Elas podem ter sido transmitidas pelo dom de profecia, diretamente, sem a necessidade de interpretação. Mas, como as línguas são mencionadas, não podemos descartar a possibilidade de ter havido também a mensagem pelo dom de variedade de línguas.”
Não há nada no texto que diga ter sido tal manifestação, outra, senão a mesma acontecida em atos 2. Algo dito, além disso, será estritamente uma suposição temerosa.
Por favor, não me interprete mal. Não estou irritado. E minha forma de dialogar. Portanto, discutamos fraternalmente, para a glória de Deus.
Graça e Paz
Mizael Reis
Agradeço-lhe por fazer mais uma exposição com tantos caracteres do seu pensamento, assim como eu, que também já escrevi bastante sobre o assunto em apreço, inclusive respondendo a outros internautas.
Como já deixei bastante claro o meu pensamento, à luz da Bíblia, abster-me-ei de reescrevê-lo. Em resumo, creio que os leitores atentos já entenderam qual é a sua posição, assim como a minha, exposta com seriedade e temor de Deus, a despeito do aparente "exclusivismo".
Grato pela sua participação.
CSZ
P.S. Reitero que a Teologia Sistemática é o que os teólogos dizem da Bíblia, enquanto a Bíblia é a própria Palavra de Deus. Não é possível que ambas sejam idênticas, em sua forma. Entretanto, a Teologia Sistemática deve ser biblicocêntrica.
Acredito em uma continuidade do apostolado e da profecia na igreja.
Mas na minha visão não e sábio chamar alguém de apóstolo nos nossos dias.
O motivo foi q a igreja primitiva, logo após a morte da primeira geração, não deu esse titulo a ninguém. Aqueles que lideraram a igreja na missão e na continuidade do ministério apostólico foram chamados de: bispos,missionários, abades, pastores etc.
vejo isso, especialmente, na carta de inácio.
Sempre estar aqui é motivo de muito aprendizado.
Um lindo texto.
Que Deus abençoe.
Xavier Campos.
Mesmo sendo criado na AD e ter por Graça de Deus ter recebido o dom de línguas do Espírito Santo, nunca concordei com a afirmação pentecostal, tanto historicamente, quanto, principalmente, exegeticamente.
A Igreja de Cristo tem dois mil anos e muitos sofreram e morreram por amor a Cristo sem ter falado em línguas. Nenhum dos precursores da reforma e reformadores falavam em línguas. Muitos deixaram suas vidas e foram para outros países em missões sem ter falado em línguas.
O pai das missões modernas, William Carey nascido e criado anglicano e posterirmente batista, nunca falou em línguas. Isso sem citar outros grandes nomes cristãos, seja de missionários, seja de pastores que sofreram e morreram por amor a Cristo, sua obra e as almas sem falar em línguas.
Os primeiros protestantes no Brasil foram calvinistas franceses e não falavam em línguas, estes, por sinal foram os primeiros mártires em terra brasileira e os primeiros a fazerem uma confissão de fé em terra brasileira.
Os Anglicanos chegaram em 1811, os luteranos em 1824, os Congregacionais em 1855, os presbiterianos em 1859, e os batistas em 1871 e nenhum destes falavam em línguas.
Esses irmãos não eram cheios do Espírito Santo, revestidos dele para testemunharem acerca de Cristo e sua obra?
Não eram, e não são batizados pelo Espírito Santo? Eu não creio nisso.
John Wyckoff na Teo. Sistamática de Stanley Horton chega ao absurdo de afirmar na página 455;
"Os pentecostais reconhecem a posição teológica acima como resultante de uma Igreja subdesenvolvida, na qual falta a qualidade dinâmica, experimental e capacitadora da vida cristã."
Infelizmente essa frase de Horton reflete o pensamento dos irmãos pentecostais, onde esse dom, o menor deles, pois edifica individualmente, e o propósito do Cristianismo é a edificação coletiva, incluindo os outros dons do Espírito Santo, é o dom mais exaltado e desejado em detrimento dos outros, inclusive do maior, o Amor.
É assim que pensam que são, superiores por falar em línguas, onde a maioria, por mais que digam que não é verdade, baseiam sua fé no subjetivismo em detrimento das Escrituras, infelizmente.
Você pode até questionar e por em dúvida uma doutrina fundamental da fé Cristã, ou até mesmo a Bíblia, mas jamais deve questionar uma "expêriencia, uma visão, profecia ou revelação", pois isso, a maioria não aceita. Essa é sim, infelizmente a realidadenas nossas ADs.
Até quem não fala em línguas como membro da AD, é tido como inferior, pois ainda não foi "batizado pelo Espírito Santo".
Existe sim, pastor, exclusivismo, não somente de sua parte, mas de todos pentecostais.
E falo isso como membro criado na AD.
A Igreja de Cristo, incluindo outras denominações, não possui 100 anos de vida como a AD. E elas já fizeram e sofreram muito pelo Reino de Cristo, isso sem falar em línguas.
Por acaso a Igreja de Cristo e suas denominações são "Igreja subdesenvolvida, na qual falta a qualidade dinâmica, experimental e capacitadora da vida cristã"?
Sinceramente Pastor, eu me recuso a concordar com Horton, com Wyckoff e com muitos pentecostais(mesmo sendo um) tanto do ponto vista histórico, quanto mais teólogico.
Abraços.
Mas eu também, que me congrego na Assembleia de Deus desde os 15 anos, me recuso a concordar com o seu desabafo. Louvo ao Senhor por pertencer a uma instituição vigorosa, levantada por Deus, que tem avançado mediante o poder do Espírito Santo.
Um abraço.
CSZ
Isso não foi um desabafo, mas apenas um pequeno relato de verdades históricas e realidade comtemporânea, que muitos pentecostais, ou desconhecem ou ignoram.
Que Deus continue a lhe abençoar.
Abraços.
Claro q não é a coisa certa a fazer...
Qual é a diferença entre o dom e profecia e o dom da ciência ou conhecimento?
Acabo de ver em uma pregação ao vivo, de um certo "culto", que o pregador mandou o povo orar em linguas estranhas 2 minutos, "2 minutos só de linguas", quando ele começou orar tava lah no "mistério", mas não conseguio completar o tempo desejado aí começou a falar em portugês puff...
... essa manifestação eh correta pelas escrituras?
Creio que os sinais descritos na Palavra aconteceram ali naquela época pela soberania de Deus, mas a Igreja foi chamada para viver em um corpo, cada um com sua função...
Eu sou batizado com o Espírito Santo e o Senhor me usa no Dom de Línguas, mas tenho amigos meus que também são batizados com o Espírito Santo, e digo, nunca foram usados neste dom (e não é por falta de santificação...), mas são usados de forma gloriosa em outros dons, como um corpo que se completa...
Creio que a principal evidência de que o Espírito Santo está realizando uma Obra em sua vida é você testemunhar de Jesus, que Ele está vivo e que Ele um dia Voltará,
pois só se pode falar que Jesus é o Senhor da sua vida pelo Espírito Santo, não um falar da "boca para fora", mas um falar no Espírito, de gloficar e engrandecer o nome do Senhor (o senhor é pentecostal e sabe do que estou falando...)
Esta foi a minha experiência, a experiência do corpo, cada um têm a sua, não estou falando mal do senhor, estou apenas ilustrando aquilo que vivo;
A Paz do Senhor Jesus!
Também creio que naquela época o Senhor usava de imediato o dom de linguas pois a igreja ainda estava crescendo e o evangelho tinha que ser pregado, então obviamente que este dom tinha que ser usado para propagar o evangelho para que cada pessoa no mundo entendesse a mensagem do evangelho, mas creio que hoje este dom foi, como se diz... "engrandecido", só por que esta escrito que aconteceram estes fatos relacionados ao dom de linguas...
Creio que um dom não pode aparecer acima de todos, pois como citei no comentário anterior, o corpo deve se completar com membros sendo usados em diferentes tarefas, mas com a mesma ênfase, mesmo nível...
Claro que hoje o evangelho deve ser pregado com a mesma ênfase da Igreja Primitiva, mas agora vivendo como um corpo, sendo que este corpo uniforme e não disperso deve estar cheio do Espírito Santo para ser guiado por Ele, ser santificado por Ele...
Da mesma forma que o Sangue de Jesus circulava em seu corpo, em seu ministério terreno, hoje o Espírito Santo circula no meio da Igreja, que é o Corpo de Cristo, dando a cada membro aquilo que Ele quer, o dom que ele quer... Alguns amigos meus queriam falar em linguas, mas não falam, não conseguem, Deus não os concede, e eles mesmo assim estão cheios do Espírito Santo, só a pessoa vendo mesmo, eles sendo usados poderosamente em outros Dons ou na revelação da Palavra de Deus...
Creio que a Igreja Evangélica se perdeu na questão do Corpo e da Revelação, quando digo Revelação, não é como um dom espiritual, mas aquilo que Jesus têm a dizer sobre a Palavra de Deus, a Interpretação ou Iluminação do Espírito Santo na Palavra, a ponto de dar ouvidos demais a Teologia, uma ciência que muda de acordo com que você quer crer (pois foi feita pela razão humana...), e não aquilo que o Espírito têm a dizer sobre a Palavra.
Esta é minha opinião complementar ao primeiro comentário;
Apesar de não concordar com este ponto de vista que você escreveu, gosto muito do seu blog, muito edificante, e tenho certeza de que muitas vidas foram edificadas pela Palavra de Deus, exposta neste blog;
Ah... Quando tiver tempo, visite este site:
http://www.unityandrevival.org/html/portuguese/index_pt.htm
A Paz do Senhor Jesus!
O Corpo de Cristo é outra doutrina fundamental para o despertamento espiritual da Igreja. A Igreja é, segundo a revelação dada ao apóstolo Paulo (I Cor 12:27, Ef. 1:22, 23), o Corpo de Cristo. Para que isso seja uma realidade plena e, sobretudo, prática, a Igreja necessita de estar ligada à Cabeça, o Senhor Jesus. Jesus precisa não apenas ser reconhecido como possuindo o título de Cabeça, mas, na prática, precisa ter condições de governar Sua Igreja. A Igreja, para isso, precisa estar pronta para receber Seus comandos (revelados por meio dos dons espirituais) e obedecê-los. “Crer e observar tudo quanto Ele ordenar”, como dizia um antigo hino.
Para que esteja pronta para receber instruções do Senhor Jesus, a Igreja precisa ser organizada como um Corpo, da forma indicada no capítulo 12 de I Coríntios e em Efésios 4:1-16: cada membro tem uma função e a executa com fidelidade; e todos os membros são edificados por meio dos dons espirituais e da operação dos 5 ministérios.
Em um corpo sadio todos os membros dependem dos comandos do cérebro para operar. Nenhum membro atua sem que tenha havido uma ordem específica da Cabeça. O mesmo ocorre no Corpo de Cristo. O Senhor Jesus revela Sua vontade com relação à operação dos membros e das Igrejas. Para isso foi enviado o Espírito Santo (Jo 16:13-14).
Em um corpo normal, cada membro foi gerado para ocupar um lugar determinado no Corpo. Não é o membro que escolhe o seu lugar no Corpo de Cristo, tampouco. O Senhor Deus, por meio do Espírito Santo, coloca os membros no Corpo com quer (I Cor 12:18, 28); e essa escolha é confirmada pelo Governo da Igreja (pastores, anciãos). Cabe assim a cada membro fiel submeter-se a esse Governo da Igreja, pois foi estabelecido pelo Senhor.
A Igreja é composta por membros fiéis e trabalhadores, que procuram obedecer às determinações do Senhor e às orientações de seus pastores. Fé e fidelidade são duas qualidades que caracterizam a Igreja e que honram o crente. Fidelidade significa obediência às determinações da Palavra de Deus e às orientações do Senhor para a vida cotidiana da Igreja. Cabe aos dirigentes da Igreja (pastores, anciãos) ensinarem à Igreja que cada membro deve participar da edificação da Igreja executando com fidelidade a função que o Senhor lhe deu no Corpo.
Você já leu o livro TEOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO de Frederick Dale Brunner?!
Um grande abraço.
Iury Anderson
IPB de Horizonte-CE.
legal a disposição do pastor para responder tudo isso.
mais eu já teria mandado *&**&@! orar é claro