Por que estão exorcizando o dízimo?


A prática do dízimo sempre foi comum na Igreja Presbiteriana, na Igreja Batista, na Assembleia de Deus e em outras igrejas tradicionais. Mas há, na atualidade, um equivocado movimento extremista que insere o dízimo no mesmo bojo das falaciosas doutrinas da Teologia da Prosperidade.

Não sou líder de igreja, a despeito de ser pastor. Não sou sustentado por dízimos dos fiéis. Ademais, a minha posição contrária à Teologia da Prosperidade já é bastante conhecida de quem costuma ler os meus textos. Não apoio as práticas que igrejas pseudocristãs e pseudopentecostais utilizam para literalmente arrancar o dinheiro dos fiéis. E, por todas essas razões, posso falar à vontade a respeito do dízimo.

Penso que devemos, sim, nos opor aos falsos evangelhos, contrários à salvação pela Graça (Gl 1.8; 2 Co 11.3,4), mas sem exagero. Afinal, a contribuição financeira espontânea para a obra do Senhor, inclusive com o dízimo, nunca foi considerada uma heresia nas igrejas. Por que agora seria ela pecaminosa e reprovável? Antes do surgimento da Teologia da Prosperidade, não havia tanto combate ao dízimo. Mas muita gente começou a atacá-lo, como se ele fosse também parte integrante do aludido desvio teológico, depois que aumentou, e muito, o mercantilismo da fé (2 Co 2.17).

Está crescendo, e muito, o número dos inimigos do dízimo. Curiosamente, boa parte destes (sem generalizar) é formada por desviados, agnósticos, ateus, pessoas revoltadas que se opõem a pastores, igrejas, Ceia do Senhor, inspiração plenária da Bíblia. Tenho observado que cristãos equilibrados, sadios de coração, atuantes na obra do Senhor, não são dados a movimentos revolucionários que querem “reinventar a roda”, derrubar o “sistema” e exorcizar doutrinas, ordenanças e práticas antigas das igrejas.

Concordo que não há uma grande quantidade de versículos a respeito do dízimo no Novo Testamento. Mas também não existe uma passagem sequer desaprovando essa forma de contribuição. E o dízimo tem a seu favor o fato de o Senhor Jesus ter se referido a ele como um dever, a despeito de ser menos importante que o juízo, a misericórdia e a fé (Mt 23.23).

Embora tenha sido instituído nos tempos do Antigo Testamento e adotado como meio de sustento dos levitas que serviam no Templo, o dízimo tem a sua importância nos tempos neotestamentários. Assim como no Templo os levitas precisavam do dízimo e das ofertas alçadas para manterem o lugar de culto a Deus e se manterem (Ml 3.8-10), os ministros e templos de hoje — e a obra de Deus, de maneira geral — precisam de recursos para a sua manutenção.

Por que o dízimo não pode ser usado hoje como um meio de arrecadação de dinheiro em prol da obra do Senhor? Não podem as igrejas pedir o dízimo dos fiéis, desde que não haja barganha e imposição? O que as impede de estimular os servos de Deus a contribuírem mensalmente com 10% dos seus rendimentos?

Muitos têm interpretado mal o fato de o Senhor Jesus ter inaugurado o tempo da Graça (Jo 1.17), ao pensarem que, com isso, Ele aboliu tudo o que fora dado a Moisés. Não! A obra vicária do Senhor serve eficazmente para não mais dependermos da Lei para a salvação, a qual se dá única e exclusivamente por meio da Graça (Ef 2.8-10; Tt 2.11). Entretanto, nem todos os mandamentos e princípios do tempo do Antigo Testamento foram revogados ou desprezados pelo nosso Senhor, como se vê principalmente em Mateus 5 a 7.

Em Mateus 5.27,28, vemos — por exemplo — que o Senhor não revogou o mandamento “Não adulterarás”, mas o modificou, tornando-o mais abrangente, passando a considerar o aspecto psicológico. O Senhor Jesus, definitivamente, não revogou toda a Lei (Rm 15.4). Falando especificamente do Decálogo (que é apenas um resumo da Lei), nove dos dez mandamentos foram repetidos no Novo Testamento de maneira ampliada ou modificada. A única exceção é quanto à observância do sábado (Mc 2.24-28; Gl 4.8-11).

Considero exagerado, extremado, esse movimento que visa a exorcizar e esconjurar o dízimo, com base no argumento de que ele pertence à Lei. Ora, quais são as implicações negativas de sua observância quanto à salvação pela Graça? Contribuir com o dízimo impede alguém de ser salvo? Quem dá o dízimo faz isso para obter a salvação pelas obras?

Tudo o que temos, nesta vida, pertence ao Senhor (1 Co 4.7; Tg 1.17; Sl 24.1; Êx 13.2), inclusive o dinheiro (Ag 2.8,9). A Ele não pertence apenas 10% do que possuímos, e sim tudo (100%). E o Senhor tem permitido que administremos o que nos tem dado pela Graça (1 Co 4.1; 6.19,20), inclusive a nossa renda. Uns são mais generosos, e outros, menos. Mas, que mal existe em alguém contribuir mensalmente com o dízimo, para manutenção da obra do Senhor? Antibíblica e anticristã essa prática não é, a menos que somem a ela as técnicas usadas pelos propagadores da falaciosa Teologia da Prosperidade.

Conquanto o texto de Mateus 23.23 apresente uma contundente mensagem do Senhor Jesus aos fariseus, vejo nele incentivo à prática do dízimo aplicável aos dias de hoje. Caso contrário, nada do que está escrito em Mateus 23 poderia ser aplicado hodiernamente. Muitos pastores, por exemplo, baseiam-se no versículo 28 para pregar contra a hipocrisia: “exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e iniquidade”. Por que não podemos usar o versículo 23 para estimular a contribuição do dízimo?

O dízimo e as ofertas para a obra do Senhor podem ser defendidos com base em várias passagens neotestamentárias, como Hebreus 7.1-10; Romanos 4.11,12,16; Gálatas 3.9; João 8.39; Atos 4.32; 2 Coríntios 8.1-9; 9.6ss; Filipenses 4.10-19, etc. Mas a passagem mais enfática quanto ao dízimo é mesmo Mateus 23.23. Ela contém um grande ensinamento: o de que devemos priorizar, ao contrário dos fariseus, a justiça, a misericórdia e a fé, mas sem nos esquecermos de que devemos contribuir para a obra do Senhor: “deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas”.

Opositores do dízimo dizem que o texto de Mateus 23.23 não se aplica a nós porque na cruz toda a Lei foi anulada e tudo o que Ele disse antes da sua crucificação baseara-se na Lei. Bem, se não podemos receber como verdade neotestamentária o que o Senhor disse antes de sua morte e sua ressurreição, a igreja de Atos dos Apóstolos baseava os seus ensinamentos em quê? É evidente que ela seguia as verdades transmitidas por Jesus no período em que andou na terra (o que inclui Mateus 5-7, 23-25, João 13-17, etc.), antes de morrer e ressuscitar, e antes da sua ascensão (At 1.1-9).

É claro que, no tempo da Graça, a contribuição financeira deve ser, antes de tudo, voluntária, generosa, altruísta, em gratidão a Deus por tudo quanto dEle temos recebido (Tg 1.16). Por outro lado, não há necessidade de exorcizar a prática do dízimo, como se ela pertencesse ao pacote herético da Teologia da Prosperidade, a qual é perniciosa em razão da intenção de seus adeptos: “por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas” (2 Pe 2.3).

Contribuir com o dízimo mensalmente, em gratidão a Deus e pensando no bem da obra dEle, não é, de modo algum, barganhar ou ser amante do dinheiro (1 Tm 6.10). A Bíblia não apoia a prática de contribuir financeiramente com segundas intenções. A despeito disso, tenho certeza de que o Senhor abençoa a quem contribui com generosidade, alegria, como se vê claramente em passagens como 2 Coríntios 9.6-15 e Malaquias 3.8-10.

Diante do exposto, a impressão que tenho é que os oponentes do dízimo agem assim muito mais porque não desejam contribuir do que para manter a pureza do Evangelho e protegê-lo da Teologia da Prosperidade. Lembremo-nos de que o nosso julgamento deve ocorrer de acordo com a reta justiça, e não mediante generalizações e “caça às bruxas” (Jo 7.24).

Por um cristianismo equilibrado,

Ciro Sanches Zibordi

Comentários

renato vargens disse…
Equilibrado, como sempre!

Abraços,

Renato Vargens
Caro amigo Renato,

É muito importante receber como primeiro comentário a essa postagem a manifestação de um pastor (que é líder de igreja) equilibrado e escritor biblicocêntrico.

Abraços.

CSZ
Tiago Rosas disse…
Na verdade, o que vejo é que os senhores que pregam contra o dízimo querem apenas garantir que os fiéis, desviando a contribuição de suas igrejas locais, terão dinheiro de sobra para depositar em suas Campanhas de Vitória Financeira, $ementes de Fé... A intenção por trás da oposição ao dízimo é astuta e deve ser combatida!

"Deus ama ao que dá com alegria" (Ap. Paulo)
Pr. Ciro,

O problema é que o dízimo é tratado como mandamento da "lei" quando na verdade no mandamento da "graça" deve ser dado com alegria, amor, voluntariamente e conforme a renda pessoal de cada ofertante e, principalmente para atender aos necessitados.
Portanto, não há como falar em dízimo na igreja, esta prática não é descrita no NT, nem aplicada pelos apóstolos, nem toda omissão nos textos sagrados implica em aprovação, ou não.
É importante distinguir o que Jesus falou aos religiosos da época dos seus ensinos eternos, como tanbém não aplicamos literalmente toda a Lei de Moisés hodiernamente. Mas, concordo que fazendo parte de uma igreja e sendo membro dela, devo contribuir com as despesas decorrentes dela.
Mais, o grande questão é que, em sua maioria, as igrejas não ensinam corretamente a prática da oferta neotestamentária e impoem o dízimo a fim de garantir recursos para a manutenção de uma estrutura que não é essencial para a obra de Deus, como se Ele em sua soberania dependesse de nossos recursos financeiros sendo Senhor de tudo.
Afinal o dízimo hoje não tem qualquer similaridade com o do Antigo Testamento. Mais, se é voluntário porque especificar um percentual, que cada um dê o que propor em seu coração, podendo ser 10, 20, 30 ou 100% de sua renda (isso me lembra John Wesley).
Pastor Ciro parabéns pelo blog (o qual sou seguidor e propagador já a bom tempo) e pela postagem. Já estou cansado de ver os inúmeros artigos contra o dizimo, todos com o mesmo teor: Justificativas que não justificam. É certo que há inúmeros aproveitadores que fazem uso da questão do dizimo, os quais não concordamos. Todavia, não pudemos em prol disso achar que tudo que está relacionado a questão do dizimo seja errado. Isto é, encontramos nas Escrituras mais motivos em sermos dizimistas do que não sermos. Prefiro sem sombra de dúvidas a primeira opção. Há quem defenda o dizimo como sendo o mesmo, elemento da Lei Cerimonial, via de regra não existindo mais essa Lei (Cerimonial) e sim, só a Lei Moral, esses afirmam que o principio Neo-Testamentário é a VOLUNTARIEDADE. Porém esquecem de um detalhe, a Lei Cerimonial apontava para uma lei maior, ou seja, Não mais Páscoa e sim a Ceia; Não mais Circuncisão e sim Batismo; Não mais o Dizimo e sim o Quê? Esquecem que o principio do não mais, foi substituido por algo maior. As ofertas voluntárias no Novo Testamento, não eram quando se queria dar, ou de qualquer jeito, ou seja o que sobrava. Pelo contrário havia regularidade: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que não se façam coleta quando eu for." (I Co.16:2), e mais iam além do que defedem hoje os Anti-dizimistas: "Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos..." (II Co.8:3-4). Para os não dizimistas que defendem a VOLUNTARIEDADE, eis aí alguns procedimentos voluntários, os quais não ficaram só na teoria. Um conselho: Sejam voluntários dessa forma que o problema será resolvido, isto é, não haverá necessidade que não possa ser suplida na sua Igreja Local. Todavia, bem sabemos que as coisas não funcionam dessa forma. Pastoriei uma Igreja que quando cheguei para o culto de doutrina percebi que a luz estava cortada, por falta de pagamento da conta, prontamente os não dizimistas foram os que mais esbravejaram, já notou que é sempre assim? Os que menos fazem são os que mais falam.

Rev. José Roberto
Caro Harley,

Respeito a sua opinião, mas espero que ela tenha sido manifesta depois da leitura do presente artigo, pois penso que o assunto foi tratado por mim com equilíbrio e base bíblica.

Não apoio quem usa de barganha ou terrorismo ao falar do dízimo. Mas, para mim, o dízimo é sim uma prática que tem apoio neotestamentário. E não vejo razões para exorcizá-la ou tratá-la como um grande mal da igreja hodierna.

O dízimo é uma prática saudável, e o crente que se preza contribui alegremente com 10%. Além disso, as igrejas locais, em certo sentido, funcionam como empresas e precisam fazer previsão de gastos. Com base nos dízimos mensais, o planejamento é muito mais fácil.

Finalmente, é perfeitamente possível alguém regenerado, alcançado pela Graça, ser movido voluntariamente a contribuir com o dízimo (10% da renda), respondendo à sua pergunta: "se é voluntário, por que especificar um percentual?"

Em Cristo,

CSZ
Mescoso disse…
A paz do Senhor querido pastor Ciro,
Confesso que me sinto um tanto quanto timida em postar meu primeiro comentario em seu blog, pois sou apenas uma jovem iniciante em Letras; e uma responsabiblidade muito grande em escrever para um `mestre` na lingua portuguesa e profundo conhecedor da palavra de Deus e demais leitores e intelectuais da area. Mas enfim, com a graca de Deus e um pouco de estudo, sei que um dia o meu `sonho` de escrever a sua altura , tornarse-a realidade (e goiabada o sonho freguesia {risos}).
Com muito entusiasmo tenho acompanhado, atraves de seu blog, o arduo, contudo, porque nao dizer, recompensador trabalho, que tens realizado em explanar e pregar verdadeiramente a santa e genuina Palavra de Deus.
A minha vida espiritual tem mudado significativamente desde entao, quando deixei de ter um pensamento equivocado, quanto ao agir de Deus, no que tange a explanacao da palavra e ministracao de canticos de louvor. Outrora, pensava que, ao se explanar as santas escrituras, a `semente` deveria brotar e dar frutos quase que instantaneamente, e ainda, que deveria haver muito `barulho` e operacao de cura e milagres na igreja, no momento em que o louvor fosse ministrado. Ao meu ver, se assim nao fosse, a culpa era inteiramente da igreja, que estava em pecado e por isso o culto estava `frio` e Deus nao havia operado.
Hoje, porem, compreendo que o poder de Deus rege de forma perfeita; Ele e quem estabelece o quando, como e onde. O Espirito Santo trabalha de forma gradual e com muita sabedoria. Por isso, tomei para minha vida este lindo, poetico e profundo versiculo, ao qual tenho gravado e guardado dentro do meu coracao: “Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva...” (Deuteronômio 32:2).
Querido pastor, apesar de minha postura erronea de outrora, gracas a Deus, em momento algum, eu aceitei os ditos `retete original`, os `avioes de Deus`, os `terremotos santos`, as `invasoes dos anjos` e tantas outras heresias sustentadas atualmente na igreja de Cristo.
Agora, como se nao bastasse, estao querendo eliminar o dizimo da casa de Deus. Isso e uma afronta ao Senhor Jesus. E lamentavel o que tem acontecido; logo vao dizer, tambem, que nao necessitamos de ir a igreja louvar a Deus, basta ser uma `boa` pessoa e dizermos que temos Cristo no coracao.
Amado, que o nosso interior possa se renovar de dia em dia e que possamos proclamar ` impeachment` contra tais praticas.
Que Deus te abencoe poderosamente.
A paz do Senhor Jesus!
irma Mescoso, Curitiba/PR

Obs: Perdao por nao acentuar devidamente as palavras, meu teclado nao possui esta opcao.
claudiopimenta disse…
Sou altamente contra o DIZIMO: obrigatorio, como moeda de troca por bençaos entre outras coisas
claudiopimenta disse…
O grande problema na questao do dizimo atualmente e que ele e mal interpretado ou ensinado erroneamente em nossas igrejas.
Por exemplo:
Ja vi inumeros pastores chamarem os irmaos que nao dao o dizmo de ladroes
Ja vi inumeros pastores pregarem que em plena graça quem nao dizima o devorador toma tudo
Ja vi inumeros pastores pregarem totalmente fora do contexto para extrairem dos irmaos mais e mais dizimos
Outro problema grave e que parece que o dizimo cobrado hoje e cobrado so em parte e aplicado so em parte para sustendo do predio e organizaçao eclesiastica e sustento dos ministros MAS quanto aos pobres e nescessitados sao totalmente esquecidos na hora da distribuiçao dos recursos arrecadados com os DIZIMOS
Irmão Cláudio,

Respeito a sua opinião, mas espero que o irmão tenha, pelo menos, lido o presente artigo. O dízimo nada tem que ver com Teologia da Prosperidade. O dízimo é praticado pelas igrejas cristãs há muito tempo.

Em Cristo,

CSZ
Samuel Eudóxio disse…
Pr. Ciro,
Paz do Senhor Jesus.

O texto é claro e equilibrado. O NT está repleto de textos, como o senhor bem citou, que são a favor do dízimo. Mt 23.23 é claro; como diria o Pr. Elienai Cabral, "não há mistério, está tudo revelado". O texto diz "deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas". Aprendi desde cedo que o dízimo não se "dá", se "entrega", pois não pertence a nós, é do Senhor como forma de gratidão por tudo que Ele tem nos feito. Alguém diz que quando entregamos 10%, ficamos com 90% para administrar-mos. Penso diferente. Gastamos os 90% com nossas necessidades, mas os 10% estarão na presença de Deus, que é Fiel para nos "abrir as janelas do céu" e "derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança". Só que não é dizimista fiel nunca experimentou isto, e é claro, sempre será contra a prática do dízimo.

Forte abraço,

Samuel Eudóxio.
claudiopimenta disse…
Pastor Ciro
Muito obrigado pela sua atençao
Pela infinita graça de Deus o sehor e sempre muito equilibrado na sua abordagem e concordo com tudo que escreveu sobre o dizimo nao ser barganha ,concordo plenamente que devemos dizimar, ofertar, dar esmolas ,contribuir para missoes, para construçao etc so coloquei a questao da historia da igreja e do didaque para mostrar como estamos distantes hoje das praticas neo-testamentarias sobre contribuiçoes
claudiopimenta disse…
Irmao Samuel e justamente aqui nesta sua colocaçao que o bixo pega veja bem:

"abrir as janelas do céu" e "derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança". Só que não é dizimista fiel nunca experimentou isto, e é claro, sempre será contra a prática do dízimo.



A postagem acima coloca uma condiçao para o crente na graça ser abençoado e ter as janelas do ceu abertas para ele
PAGAR o dizimo e como troca recebe as janelas do ceu aberta, nao creio que na graça seja como na lei , o texto malaquiano e muito claro, promessas e maldiçoes especificas a Israel
Mescoso disse…
A paz do Senhor

Minha mae deixou de trabalhar pouco depois que casou-se, passando, entao, a receber uma mesada de meu pai. Pela misericordia de Deus, meu pai sempre foi fiel dizimista na casa do Senhor. Entao eu pergunto: Minha mae deve dizimar, devolvendo os 10 por cento de sua mesada?

Outra duvida e a seguinte: Ha uma idade certa para comecar a dizimar? Meu sobrinho tem 12 e tambem ganha mesada do meu irmao; as vezes ele tambem faz alguns `bicos`, fazendo e vendendo raias (pipas) para seus coleguinhas, para ganhar um dinheiro extra. Ele deve devolver o dizimo?

A paz do Senhor Jesus,

Irma Mescoso
Tiago Rosas disse…
Ilustre Pr. Ciro,

Penso que os pastores, e me refiro aqui aos dirigentes de congregações, precisam estudar um pouco mais sobre dízimos, a fim de ensinarem certo às suas ovelhas.

Não acho bíblico, nesta dispensação da Graça em que vivemos, e nem de bom tom um pastor esbravejar do púlpito: "Você que não está dando o dízimo, vai prestar contas com Deus, ladrão!" ou "Se você deu 9% em vez de 10% pode ficar sabendo que o devorador vai bater à sua porta". E isso se agrava ainda mais quando nós membros de uma igreja não vemos os dízimos sendo destinados para as devidas obras.

Dízimo é bíblico, mas não o vejo como obrigação e sim como adoração. Discordo daqueles que querem proibir o dízimo, mas também não posso concordar com aqueles que julgam (isso sim é julgar!) os que não contribuem com exatos 10%.

Mas, quando temos o amor de Deus em nosso coração, e reconhecimento da necessidade de dinheiro para manutenção das obras eclesiásticas, contribuimos de forma tão espontânea que 10% de nossa renda passa a ser pouco diante do nosso sincero desejo de adorar e servir!
Honório Guedes disse…
Pr. Ciro, a Paz do Senhor, parabéns pelo artigo, equilibrado, coerente e bíblico, sou dizimista fiel e ofertante para a Glória de Deus e para o crescimento e manutenção de sua obra!

Abraços Fraternais,

Honório Guedes
simone disse…
concordo com voçe, pastor. o meu pastor sempre diz: ''eu nao vou morar no ceu com ladrao, e crente que nao da dizimo é ladrao'', um dia eu disse pra ele que mentiroso tb nao vai pro ceu, caluniador tb nao vai pro ceu, falso tb nao vai, ele bate tanto na tecla do dizimo que parece que ele se esqueceu que jesus disse Deus é benigno ate com os ingratos e maus... nao quero justificar quem nao da dizimo, mas pra que eu aponte o dedo e fale de quem nao da dizimo eu tenho que ser muuuito cautelozo..... abraços
Janilson Bezerra disse…
Caro Pr. Ciro, a paz do Senhor.

É sempre gratificante voltar ao seu blog pois considero os seus textos muito ponderados e de teor bíblico indiscutível.
Com relação ao dízimo, que tem sido combatido por alguns como mandamento fora do contexto neo-testamentário, uma coisa que está muito clara para o fiel é o uso da imposição, que o Sr. combate com tanta contundência.
Uma coisa em especial me deixa muito intrigado: o fato de uma carreira ministerial depender da condição de dizimista (dizimista declarado, bem observado) do candidato ao ministério, seja um regente de conjunto, um porteiro, um auxiliar, ... ou um pastor.
Não digo isto por não ser dizimista, pelo contrário. Meu compromisso com Deus me leva a ser dizimista.
Mas vejo no estatuto de nossa Assembléia de Deus esta imposição, que não tem respaldo nas escrituras. E sei que alguns por imaturidade cristã tem se deixado levar pelo radicalismo, no sentido do combate ao dízimo.
Entretanto a minha oração é para que Deus continue a nos ajudar a caminhar olhando apenas para Jesus, autor e consumador de nossa fé, tendo por certo que Deus ama aqueles que contribuem com alegria, sem esperar por esta ação uma compensação financeira, eclesiástica ou espiritual.
Abraço fraternal, em Cristo
Janilson Bezerra
Natal/RN
PB. João Eduardo Silva disse…
Á paz do senhor Jesus PR. Ciro!, acabei de ler um livro do PR. Ricardo Gondim que tem como título "É proibido, coisas que Deus permite e a igreja proíbe".
Gostaria de saber se o senhor já o leu, se leu o que achou, achei as alegações do autor sobre assuntos como cinema, música secular, trajes femininos etc, equilibradas e convincentes.
Gostaria de saber sua opinião sobre esse assunto.
Abraços no amor de Cristo - PB. João Eduardo Silva - SP.
Edinei Siqueira disse…
Pb.João Eduardo, eu lí este livro do Ricardo Gondim e confesso que foi a leitura do mesmo que me libertou do legalismo ensinado em nossas igrejas ADs. Gostaria que todos os crentes lessem este livro. Existe também um ótimo livro do Dr. Rikk Watts (Assembleiano)cujo título é: "Livres para amar" da Editora SEPAL. Vale a pena ler.

Com respeito ao dízimo, digo que se alguém quer praticá-lo tendo por base Ml. 3:10 deve também guardar o sábado. Pois ambos fazem parte da lei de Moisés. Dizer que o dizimo é anterior à lei é um argumento fraco, pois a circuncisão, a guarda do sábado e os sacrifícios também eram praticados antes do estabelecimento da lei. Abraão e Jacó deram o dízimo voluntariamente, não como mandamento.
É muito fácil os "pa$tore$" comedores de dízimo chamar de ladrão os não dizimistas (os crentes que estudam a Bíblia) mas será que muitos pastores não estão roubando, quando usam os dízimos dos fiéis para viverem uma vida de luxo?

Pb. Edinei, Th.B
Edinei Siqueira disse…
Para quem quer aprender mais sobre o dízimo (pois muitos pastores não ensinam, só cobram) indico o livro: "Desmistificando o dízimo" de Paulo José de Oliveira - Ed. ABU

Pb. Edinei, Th.B
Caros presbíteros João Eduardo e Edinei,

A paz do Senhor.

O legalismo (que de fato é legalismo) é muito perigoso. Mas tomemos cuidado com o movimento que chama toda e qualquer preocupação do cristão vigilante com embaraços e pecados de legalismo, farisaísmo ou religiosidade. Trata-se de outro extremo.

Por exemplo, o futebol não é considerado pecaminoso. Entretanto, se o crente não tiver cuidado, ele se deixa embaraçar pelo futebol; deixa de fazer coisas prioritárias por causa de jogos de futebol, etc. Ter cuidado com a vida espiritual e opor-se às obras da carne e aos embaraços não é legalismo. Meditemos em 1 Coríntios 6.12; 10.23,31; 1 Tessalonicenses 5.22; Hebreus 12.1-4,12; Gálatas 5.16-21.

Em Cristo,

CSZ
Querida irmã Mescoso, de Curitiba-PR:

A paz do Senhor!

Muito me alegrei com as suas palavras! Peço-lhe perdão por não poder agora escrever-lhe um texto longo, porém agradeço-lhe muito pelo apreço manifesto por este escritor.

Um grande abraço.

CSZ
Pb. Edinei,

Quanto ao dízimo, não apoio o terrorismo, mas considero lícita e válida para os dias de hoje a sua prática.

CSZ
Rô Moreira disse…
Bom dia a todos.
bom. Na Nova aliança não existe um valor pré estipulado, mas sim, contribuir com alegria e segundo propõe seu coração. Mas se alguém queira contribuir com dízimo, que seja por vontade própria e não por obrigação e terror. Paz Pr Ciro.
Anônimo disse…
Pr. Ciro e Pb. Ednei!, obrigado por responderem a minha pergunta.
Confesso que aprendi muito nesse livro, mas como disse o Pr. Ciro temos que termos cuidado para não nos embaraçarmos com os negócios desta vida.
A propósito Pastor Ciro, o meu convite para vir almoçar ou jantar (ou as duas coisas), em minha casa continua de pé hein?. ABraços no amor de Cristo - Pb. João Eduardo/SP.
Pr Damasceno disse…
A paz do Senhor, nobre companheiro...

O dízimo nunca foi tão combatido como o é nos nossos dias. Além de se “alardear” que com isso "estamos combatendo a Teologia da Prosperidade", creio eu que como "pano de fundo" está implícito o desejo dos críticos o sentimento de não contribuir. Simplesmente. E o argumento de que o dízimo não é mais aplicável nos nossos dias porque "faz parte do pacote legalístico" de Moisés, também não se sustenta, como claramente se pode observar, quando ABRÃO, muito tempo antes da LEI MOSAICA (que só instituída em ÊXODO capítulos 19 e 20, logo MUITO TEMPO DEPOIS DE ABRÃO JÁ TER DIZIMADO), deu o dízimo de tudo a Deus, representado naquele momento por MELQUISEDEQUE, Sacerdote de Deus e Rei de Salém (A antiga Jebus, atual Jerusalém), conforme Gn 14.18-20. Mas o fato marcante nesse texto (e do contexto imediato, na sequência), não é simplesmente o dízimo que Abrão deu a Deus, representado por Melquisedeque, mas Abrão ter RECONHECIDO O SENHORIO DAQUELE A QUEM ELE DIZIMAVA, conforme Gn 14.22: "...Levantei minha mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra...". Esse é o mesmo princípio que se encontra em Salmos 24.1: "Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam".

Fim da Primeira Parte:
Prof Damasceno
Pr Damasceno disse…
Segunda Parte:

Concluindo, podemos resumir o tópico em 03 importantes pontos:
1 - Toda a terra e as suas riquezas pertencem ao SENHOR Deus, que também é SENHOR e criador de todas as coisas, inclusive deste universo que habitamos (Hb 11.3);
2 - Todos os seres humanos são criaturas de Deus, porque só existem por causa de seu poder criador; nós não criamos VIDA biológica do nada, apenas manipulamos as que existem, em laboratório. Deus não: "Todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a VIDA e a VIDA era a luz dos homens", João 1.3,4. Quando aceitamos a Cristo como salvador, migramos automaticamente da condição de CRIATURAS para a condição de FILHOS (Jo 1.11-13).
3 - Assim sendo, uma pessoa NORMAL, sem as amarras das trevas que o pecado impõe àqueles que vivem dissolutamente, e sem a venda do racionalismo exacerbado materialista do ser humano que propõe no seu coração não conhecer a Deus (Sl 14.1-3), é impossível alguém não reconhecer o senhorio de Deus por tudo que Ele tem nos feito de bom e pela natureza, testemunha fiel dos atos criativos de Deus (Rm 1.18-23).

Fim da segunda parte
Prof Damasceno
Pr Damasceno disse…
Terceira parte... continuação

...Esses atos egoístas do ser humano possuem consequências soberanas (Rm 1.24,25).
Para não ser muito extenso, tendo em vista que o assunto é propício para bons debates entre aqueles que se propõe a estudar ortodoxicamente a Palavra e suas implicações teológicas, quero resumir meu pensamento sobre o assunto com o seguinte entendimento que obtive pela estudo meticuloso:

Em meus quase 20 anos de fé (que completarei agora em fev/2011), depois de passar por um seminário católico com o sentimento de ser Padre e depois de concluí-lo, não desejar mais isso; depois de cursar bacharelado, mestrado e um doutorado em Teologia que conclui em 2000; depois de me formar em Filosofia, Licenciatura Plena, sempre com o desejo de me aprofundar mais na Palavra; depois de cursar duas pós: Docência no Ensino Superior (UFRJ) e Psicopedagogia; depois de tantos anos como professor universitário (até hoje o sou, embora como free-lance, já que a demanda na Obra de Deus não me deixa mais ser professor universitário em tempo integral) e de Seminários Maiores, faculdades de teologia e afins, vou lhes revelar o que tenho como legado de vida, aprendido pelo muito estudo e pesquisa:

a) somos apenas pó; somos mortais, falíveis... enfim, humanos;

b) nenhum conhecimento meramente humano, pode me dar o que Deus me deu pela sua Palavra; sem Ele, nada sou e nada tenho, já que Ele possui TODAS AS COISAS;

c) o ser humano sem Deus não é nada e, portanto, seu ponto de vista é desprovido da visão da soberania de Deus; é sempre orgulhoso, vaidoso, jactancioso, dono de si;

d) não temos nada aqui nessa terra propriamente nosso (Sl 24.1); somos apenas mordomos, despenseiros e Deus exige fidelidade nessa prática (1 Co 4.1); não trouxemos nada a essa terra; portanto, nada levaremos dela (1 Tm 6.7).

e) bens materiais são importantes quando colocados nas mãos de quem não se deixa levar pelos manjares desse mundo; o alvo da igreja é o céu e, nesse contexto, nosso maior tesouro é a salvação em Cristo; nossa corrida por bens não deve substituir a benção da salvação, ao ponto de deixarmos Cristo pelas riquezas, como o fez aquele jovem rico de Lucas 18.18-30; nesse texto, fica claro que a maior riqueza é a vida eterna, na vida vindoura.

f) Jesus nos alertou a ajuntarmos tesouros no céu (Mt 6.19-21), com o desejo de nos orientar a respeito de não trocarmos a vida eterna pelos bens da terrena, conforme fica claro em Mt 6.21; no verso 33 do mesmo capítulo, ele encerra o assunto: "Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas".

g) não é pecado possuir bens materiais, desde que eles não nos impeçam de servir a Deus. Abraão era muito rico, José foi muito rico, José de Arimatéria era rico, Nicodemos era rico e serviram a Deus: o que nos impede de possuir bens e honrar a Deus, não permitindo que esses bens nos tirem o foco da salvação? Nada!

Concluindo, quero apenas reiterar que tudo aquilo que fizermos sem fé, não tem nenhum valor diante de Deus (Rm 14.23; Hb 11.6). E para não dizimar, não adianta a desculpa esfarrapada, sem consistência, de que o dízimo é da Lei, porque isso é balela: Ele vem antes da Lei, conforme demonstrei. Agora, se a pessoa é focada nos bens materiais (mesmo não sendo dono de nada, conforme Sl 24.1), se não vive sem ele, se eles são o seu "deus" ou se a pessoa é revoltada com a doutrina do dízimo e vive só de combatê-lo, paciência... não sou eu que vai julgá-los... é a própria Palavra de Deus (1 Tm 6.10, 17-19). Viram o que diz o verso 19? O nosso foco é a vida eterna. Como você vive essa realidade em sua vida, diante do que expús?
Pr Ciro, meu amigo, continue nos brindando com análises similares. O Reino de Deus agradece.

P.S.: Ah, estamos na expectativa de sua vinda. Amanhã, 5, lhe mando o Cartaz de nossa "Conferência Regional de EBD", se Deus o permitir, que realizar-se-á dias 30 de setembro (abertura à noite), 1 e 2 de outubro/2010.
Nos laços do Calvário,
Prof. Damasceno
www.profdamasceno.blogspot.com
Pr Damasceno disse…
Terceira parte...

Esses atos egoístas do ser humano possuem consequências soberanas (Rm 1.24,25).
Para não ser muito extenso, tendo em vista que o assunto é propício para bons debates entre aqueles que se propõe a estudar ortodoxicamente a Palavra e suas implicações teológicas, quero resumir meu pensamento sobre o assunto com o seguinte entendimento que obtive pela estudo meticuloso:
Em meus quase 20 anos de fé (que completarei agora em fev/2011), depois de passar por um seminário católico com o sentimento de ser Padre e depois de concluí-lo, não desejar mais isso; depois de cursar bacharelado, mestrado e um doutorado em Teologia que conclui em 2000; depois de me formar em Filosofia, Licenciatura Plena, sempre com o desejo de me aprofundar mais na Palavra; depois de cursar duas pós: Docência no Ensino Superior (UFRJ) e Psicopedagogia; depois de tantos anos como professor universitário (até hoje o sou, embora como free-lance, já que a demanda na Obra de Deus não me deixa mais ser professor universitário em tempo integral) e de Seminários Maiores, faculdades de teologia e afins, vou lhes revelar o que tenho como legado de vida, aprendido pelo muito estudo e pesquisa:

a) somos apenas pó; somos mortais, falíveis... enfim, humanos;
b) nenhum conhecimento meramente humano, pode me dar o que Deus me deu pela sua Palavra; sem Ele, nada sou e nada tenho, já que Ele possui TODAS AS COISAS;

c) o ser humano sem Deus não é nada e, portanto, seu ponto de vista é desprovido da visão da soberania de Deus; é sempre orgulhoso, vaidoso, jactancioso, dono de si;

Continua
Prof Damasceno
Pr Damasceno disse…
Quarta e última parte...


d) não temos nada aqui nessa terra propriamente nosso (Sl 24.1); somos apenas mordomos, despenseiros e Deus exige fidelidade nessa prática (1 Co 4.1); não trouxemos nada a essa terra; portanto, nada levaremos dela (1 Tm 6.7).

e) bens materiais são importantes quando colocados nas mãos de quem não se deixa levar pelos manjares desse mundo; o alvo da igreja é o céu e, nesse contexto, nosso maior tesouro é a salvação em Cristo; nossa corrida por bens não deve substituir a benção da salvação, ao ponto de deixarmos Cristo pelas riquezas, como o fez aquele jovem rico de Lucas 18.18-30; nesse texto, fica claro que a maior riqueza é a vida eterna, na vida vindoura.

f) Jesus nos alertou a ajuntarmos tesouros no céu (Mt 6.19-21), com o desejo de nos orientar a respeito de não trocarmos a vida eterna pelos bens da terrena, conforme fica claro em Mt 6.21; no verso 33 do mesmo capítulo, ele encerra o assunto: "Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas".

g) não é pecado possuir bens materiais, desde que eles não nos impeçam de servir a Deus. Abraão era muito rico, José foi muito rico, José de Arimatéria era rico, Nicodemos era rico e serviram a Deus: o que nos impede de possuir bens e honrar a Deus, não permitindo que esses bens nos tirem o foco da salvação? Nada!

Concluindo, quero apenas reiterar que tudo aquilo que fizermos sem fé, não tem nenhum valor diante de Deus (Rm 14.23; Hb 11.6). E para não dizimar, não adianta a desculpa esfarrapada, sem consistência, de que o dízimo é da Lei, porque isso é balela: Ele vem antes da Lei, conforme demonstrei. Agora, se a pessoa é focada nos bens materiais (mesmo não sendo dono de nada, conforme Sl 24.1), se não vive sem ele, se eles são o seu "deus" ou se a pessoa é revoltada com a doutrina do dízimo e vive só de combatê-lo, paciência... não sou eu quem vai julgá-los... é a própria Palavra de Deus (1 Tm 6.10, 17-19). Viram o que diz o verso 19? O nosso foco é a vida eterna. Como você vive essa realidade em sua vida, diante do que expús?

Pr Ciro, meu amigo, continue nos brindando com análises similares. O Reino de Deus agradece.

P.S.: Ah, estamos na expectativa de sua vinda. Amanhã, 2, lhe mando o Cartaz de nossa "Conferência Regional de EBD", se Deus o permitir, que realizar-se-á dias 30 de setembro (abertura à noite), 1 e 2 de outubro/2010 (suas plenárias serão sexta e sábado: 1 e 2/10).
Nos laços do Calvário,
Prof. Damasceno
www.profdamasceno.blogspot.com
Pr Damasceno disse…
Quarta parte...

d) não temos nada aqui nessa terra propriamente nosso (Sl 24.1); somos apenas mordomos, despenseiros e Deus exige fidelidade nessa prática (1 Co 4.1); não trouxemos nada a essa terra; portanto, nada levaremos dela (1 Tm 6.7).

e) bens materiais são importantes quando colocados nas mãos de quem não se deixa levar pelos manjares desse mundo; o alvo da igreja é o céu e, nesse contexto, nosso maior tesouro é a salvação em Cristo; nossa corrida por bens não deve substituir a benção da salvação, ao ponto de deixarmos Cristo pelas riquezas, como o fez aquele jovem rico de Lucas 18.18-30; nesse texto, fica claro que a maior riqueza é a vida eterna, na vida vindoura.

f) Jesus nos alertou a ajuntarmos tesouros no céu (Mt 6.19-21), com o desejo de nos orientar a respeito de não trocarmos a vida eterna pelos bens da terrena, conforme fica claro em Mt 6.21; no verso 33 do mesmo capítulo, ele encerra o assunto: "Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas".

g) não é pecado possuir bens materiais, desde que eles não nos impeçam de servir a Deus. Abraão era muito rico, José foi muito rico, José de Arimatéria era rico, Nicodemos era rico e serviram a Deus: o que nos impede de possuir bens e honrar a Deus, não permitindo que esses bens nos tirem o foco da salvação? Nada!

Continua

Prof Damasceno
Pr Damasceno disse…
Quinta e última parte

Concluindo, quero apenas reiterar que tudo aquilo que fizermos sem fé, não tem nenhum valor diante de Deus (Rm 14.23; Hb 11.6). E para não dizimar, não adianta a desculpa esfarrapada, sem consistência, de que o dízimo é da Lei, porque isso é balela: Ele vem antes da Lei, conforme demonstrei. Agora, se a pessoa é focada nos bens materiais (mesmo não sendo dono de nada, conforme Sl 24.1), se não vive sem ele, se eles são o seu "deus" ou se a pessoa é revoltada com a doutrina do dízimo e vive só de combatê-lo, paciência... não sou eu que vai julgá-los... é a própria Palavra de Deus (1 Tm 6.10, 17-19). Viram o que diz o verso 19? O nosso foco é a vida eterna. Como você vive essa realidade em sua vida, diante do que expús?

Pr Ciro, meu amigo, continue nos brindando com análises similares. O Reino de Deus agradece.

P.S.: Ah, estamos na expectativa de sua vinda. Amanhã, 5, lhe mando o Cartaz de nossa "Conferência Regional de EBD", se Deus o permitir, que realizar-se-á dias 30 de setembro (abertura à noite), 1 e 2 de outubro/2010 (suas plenárias, conforme combinado, serão apenas dias 1 e 2, sexta e sábado).

Nos laços do Calvário,
Prof. Damasceno
www.profdamasceno.blogspot.com
Dário disse…
Olá Pr.

Li todos os artigos de seu blog sobre Dízimo e fico feliz com a sua argumentação bíblica para sustentar a sua tese.

Fiz isso para tentar encontrar alguém que é a favor da contribuição chamada "dízimo" e que tem base bíblica no novo testamento.

Já li diversos artigos que são contra o termo "dízimo" para os nossos dias! Alguns tem argumentos falhos e podem ser justificados pela não vontade de dizimar. Mas posso afirmar categoricamente que a maioria contribui com "dízimo" e outras ofertas. Então, com todo o respeito, acho que pegou um pouco pesado neste argumento (rs).

Recomendo a leitura do texto do Pr. Marcelo Lemos que estamos debatendo em nosso blog MP Vida:
http://mpvida.wordpress.com/2011/01/12/sobre-o-dizimo-mais-uma-opiniao/
Sobre a questão de manter a casa do tesouro (a igreja) com dízimo, o Pr. Marcelo argumenta que naquela época Israel tinha um governo Teocrático, onde dizimava-se para manter o Governo de Israel + a casa do Tesouro.

Neste outro artigo, o meu amigo Duarte dá uma sugestão de como administrar os gastos de uma igreja que não seja com dízimos:

http://adoracaosemlimite.wordpress.com/2010/02/25/o-dizimo-nao-e-biblico/

De qualquer forma, parabenizo por debater esse tema tão delicicado e complicado em nossas igrejas.

Se puder, compareça aos debates para enriquecer-lo mais ainda.

Abraços
Aelson Junior disse…
A paz do Senhor a todos!

Pastor, gostei muito do artigo, muito esclarecedor.

Mas, eu tenho uma dúvida: Aqui na minha igreja eu ouço pessoas dizendo que se não dizimarmos estaremos dando lugar ao "devorador".

Eles usam Joel 1.4 como base para essa afirmação. Já ouvi dizer que o "devorador" é um demônio.

A pergunta é: Essa passagem tem alguma ligação com o dízimo?

Aelson Júnior
Denilson disse…
Deus te abençoe Ciro. Muito bom o texto.

Agora, eu tenho uma dúvida: Há algum tipo de condenação para quem não dá dízimo, ou seja, quem não dá dízimo vai pr'o inferno?
Reforma Já! disse…
Olá, a paz Ciro!

Em face do artico veiculado acima e pelos debates já registrados, gostaria de convidar o amigo a ler um TCC acadêmico/teológico sobre o “dízimo” que está postado no site [ http://www.reformaja.org ] no link “arquivos”: A sombra do Templo no Dízimo e na Igreja.

O conteúdo da matéria é um pouco longo. Portanto, não seria interessante postá-lo aqui. Entretanto, a pesquisa reflete em muito a nossa opnião.

Também acreditamos que o material produzido faça parte do vosso ambiente de estudo e análise. Por esta razão, leia a pesquisa até o fim se for possível, pois o desenvolvimento do texto é realmente “desafiador”.

Um abraço!!
Anônimo disse…
Tenho discordado de alguns comentarios seus, infelizmente o senhor não tem postado, mas que parabeniza lo por este, sou batista tradicional e concordo plenamente com tudo que o senhor falou neste poste,gostaria dizer algo que nem todos pocem concordar, eu nunca contribuiria pra obra do Senhor em uma igreja que não prestasse conta de como os dizimos e ofertas estariam sendo empregados atraveéz de relatorios finaceiros, tbm não contribuiria se o proprio pastor fosse o tesoureiro e administraçe as finanças da igreja sem anuéncia dos fiéis.

Paz!
Unknown disse…
Boa tarde Pr ciro.
Me desculpa por uma colocação que não é para esse assunto, porém não visualizei como postar uma pergunta ou sugestão ao sr.
Não querendo ser indelicada, gostaria que o sr falasse o assunto:
" Pessoas cansadas de igreja e não de DEUS."
desde ja agradeço.
neves disse…
Espero que vc escrevendo assim,já tenha formado e escrevendo livros.