Não, não vou discorrer sobre os “senhores do mundo”, a Illuminati, os Bilderbergs, a maçonaria, os “caixões” da FEMA, o biochip Mondex, a Jabulani e outras paranoias. Toda essa enxurrada de sensacionalismo terrorista na Internet e em DVDs em série tem sido apresentada como um grande conjunto de sinais apocalípticos. Mas o que nos interessa, verdadeiramente, são os sinais indicadores da Segunda Vinda prescritos na Bíblia, a inerrante e infalível Palavra de Deus.
Iniciarei essa abordagem sobre os sinais a partir dos acontecimentos que estão ocorrendo no meio dos cristãos. Muitos, hoje, se preocupam com especulações e ficam procurando símbolos disto e daquilo, aqui e ali — numa verdadeira “caça às bruxas” —, porém ignoram o que está acontecendo “entre nós” (At 20.28-30; 2 Pe 2.1-3).
Primeiro sinal: muitos enganadores em nosso meio
Ao ser questionado pelos seus discípulos sobre o que aconteceria antes da sua vinda e do fim do mundo (Mt 24.3), Jesus respondeu: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (vv.4,5). O vocábulo “muitos” merece atenção especial, uma vez que costumamos empregá-lo genericamente, para qualquer grupo de pessoas ou coisas. Na passagem em apreço, o termo significa muitos, mesmo!
A cada dia, fica mais difícil contestar ensinamentos falsos porque uma grande parte das pessoas já os aceita como verdadeiros. Esse duplo sinal — aumento de enganadores (Mc 13.22; 2 Pe 2.1,2) e proliferação de seguidores do erro, inclusive entre os crentes (que amontoam “para si doutores conforme as suas próprias concupiscências”, 2 Tm 4.3) — indica que o Senhor Jesus virá em breve buscar a sua Igreja.
Depois do Arrebatamento, entrarão em cena o Anticristo e o Falso Profeta, isto é, a Besta e a segunda Besta (Ap 13). Mas, nesses últimos dias, já há precursores desses emissários do mal (1 Jo 2.18). João falou de muitos anticristos e muitos falsos profetas (1 Jo 4.1; 2 Pe 2.2). A palavra “anticristo” pode significar “contra Cristo” ou “no lugar de Cristo” — ou uma combinação das duas definições. Como os fariseus do passado, os anticristos são inimigos figadais de Cristo e seus seguidores (Mt 12.14; Lc 15.2).
Em Mateus 24.11 está escrito: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” — “muitos e muitos”, outra vez. De fato, não serão poucos os enganadores nos dias que antecederão ao Arrebatamento. A cada dia, aumenta o número dos enganadores, telenganadores e web-enganadores, verdadeiros lobos (At 20.29), que, com a sua aparência de piedade (2 Tm 3.5; 1 Rs 13.15-18) e dizendo que estão a serviço de Deus (Ap 2.2,20), se passam por ovelhas (Mt 7.15) e enganam aos desavisados (Ef 4.14). Estejamos atentos.
Segundo sinal: falta de fé
Em Lucas 18.8 está escrito: “Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” Alguém poderá concluir: “Bem, a julgar pelo grande movimento da fé de nossos dias, o Arrebatamento ainda demorará a acontecer”. Entretanto, a fé da qual falou o Senhor não é aquela usada em benefício próprio. Antes, implica confiança, fidedignidade, fidelidade e lealdade, nesses tempos que antecedem o Arrebatamento.
Nos últimos dias, haverá muitos falsos mestres (2 Tm 4.3), e inúmeras pessoas se desviarão da fé genuína, cujo objetivo não se restringe ao recebimento de bênçãos para esta vida. Ter fé implica possuir fidelidade e confiança inabaláveis em Deus, haja o que houver (Hb 11.1; Fp 4.10-13). Essa virtude faz-nos ter a certeza de que pertencemos ao Senhor, ainda que venhamos a sofrer e a morrer (Rm 8.38,39; At 14.22).
Ananias, Misael e Azarias demonstraram ter essa confiança ante a ameaça de Nabucodonosor: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.17,18). Eles estavam convictos de que Deus poderia livrá-los, bem como preparados para morrer, se fosse necessário; porém jamais, em hipótese alguma, adorariam falsos deuses.
Infelizmente, no tempo do fim, proliferará a falsa fé, egocêntrica, egolátrica — a fé na fé. Muitos agirão como se Deus tivesse de responder “sim” a todos os seus pedidos. A Palavra de Deus ensina-nos a ter uma confiança inabalável (Mq 7.1-7; Jó 42.2), para que, até à nossa reunião com Ele, não nos movamos facilmente de nosso entendimento, combatendo o bom combate até ao fim (2 Ts 2.1,2; 2 Tm 4.7,8). E este tipo de fé será uma raridade quando o Senhor voltar.
Terceiro sinal: iniquidade e esfriamento do amor
Em Mateus 24.12, Jesus mencionou mais dois alarmantes sinais, um decorrente do outro: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará”. E o que assusta, neste duplo sinal, é mais uma vez a palavra “muitos”, cujo significado é “quase todos” (cf. Mt 24.12, ARA).
Não foi por acaso que Jesus ensinou: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mt 7.13). A cada dia, a aceitação da verdade da Palavra de Deus torna-se mais difícil. Doutrinas que outrora, ao serem ensinadas, geravam temor, têm levado muitos crentes a fazerem questionamentos tolos. Aumenta, a cada dia, por exemplo, o número de cristãos que, seguindo a falsos mestres, não creem mais que a Bíblia, com os seus 66 livros, é a Palavra de Deus.
Vemos que os mensageiros conservadores — do ponto de vista bíblico (2 Tm 1.13,14) — são vistos por muitos como extremistas, descontextualizados ou politicamente incorretos. Isso, com certeza, é reflexo do dúplice sinal em questão. O amor ao mundo faz-nos perder o amor a Deus (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17). E muitos líderes, à semelhança de Demas (2 Tm 4.10), perderão a visão espiritual, nesses últimos dias.
Os cultos, que deveriam ter como objetivos o louvor a Deus e a exposição da Palavra (1 Co 14.27), se transformarão, a cada dia, em programas de auditório, shows, com muito entretenimento e pouco quebrantamento. Esse sinal indica que, nos últimos dias, o mundo se tornará tão religioso, e a igreja — quer dizer, uma boa parte dela — tão mundana, que não se saberá onde começa um e termina o outro.
Como se vê, enquanto muitos teólogos (teólogos?) estão preocupados com especulações inúteis, que a nada levam, deixando o povo paranoico e amendrontado, há sinais indicadores claríssimos da Segunda Vinda em nosso meio. Esses, por algum motivo, costumam não despertar muito o intere$$e dos tais teólogos...
Esta série continua. No próximo artigo apresentarei, se Deus quiser, mais sinais indicadores do Arrebatamento da Igreja. Estejamos atentos ao que assevera a Palavra de Deus.
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Caro pr. o senhor não citou este sinal que paulo disse,APOSTASIA,creio que deveria incluir pois é o que mais tem em muitas igrejas por ai.um abraço e a paz de cristo.
Realmente muitos estão sendo enganados. Muitos... Mas todo isso acontece pela falta de Bíblia. Aquele que se firma da palavra e nela medita de dia e de noite é como árvore plantada junto ao ribeiro que dão seus frutos na estação certa e tudo o que fizer prosperará. A palavra precisa voltar a ser prioridade em nossas vidas, sendo assim não teremos de nos preocupar, o Deus que nos prometeu é fiel para cumprir sua palavra e nos levar para junto do Pai.
Realmente muitos estão sendo enganados. Mas muitos são por falat de Bíblia, uma vez que, nelas estão todos os sinais para que fiquemos preparados. Os fiéis não precisam temer. Só precisamos meditar de dia e de noite.
Parabéns pelo texto esclarecedor. Isso prova mais uma vez que não é necessário ir 'tão longe', e nem tão pouco ficar procurando piolhos em cabeça de prego, desculpe o trocadilho, para ver os sinais do Arrebatamento.
Abraços
Em Cristo,
Nele...
Pr. Moisés Carneiro
Este estudo está apenas no começo... A apostasia será mencionada em outro artigo da série.
Um abraço.
CSZ
Fique atento à série, pois responderei à sua pergunta.
CSZ
Os Reformadores tiveram apenas 1 inimigo comum, o Catolicismo Romano corrompido por um clero mundano.
Deu para entender que esse é um grande sinal.
Que avivamento este?
Nos últimos dias estive "fora do ar" para resolver uns probleminhas.
Agora à noite, quando cheguei do trabalho e abri vosso blog... Que alegria!!!
ESCATOLOGIA DE VERDADE!!!!
Graças à Deus!
Li tudo de uma vez. Vou imprimir pra estudar com mais tranquilidade.
Como disse o Pastor Newton na primeira postagem, ORA VEM, SENHOR JESUS!
Só me resta agradecer-vos de todo coração!
Muito obrigada!
Eis-me aqui, outra vez! Não posso deixar de me referir à excelente qualidade do seu trabalho; nele há não só qualidade literária, mas também um vigor bíblico e espiritual como em poucos. Suas mensagens têm um grande valor profético (sem o "eis que te digo"; rsrsrs). Se o leitor tiver consciência de que deve apreender e aprender, muito crescerá em sabedoria o povo de Deus, neste século. Deus o abençoe. Aguardo a continuação do seu ensino.
Um abraço do Izaldil Tavares.
Enfim encontro um artigo que vai de encontro ao que sempre pensei desde que comecei a ouvir sobre esses vídeos, com toda sinceridade, não tive vontade de assistir pelo que falavam, pois além do meu tempo ser escasso, roubaria meu tempo em relação a leitura da Palavra de Deus, gostaria de deixar como sugestão que vc colocasse marcadores de assuntos nas postagens, pois para procurar todos os posts sobre escatologia tive que abrir todos os posts de junho, dessa forma ficaria bem mais fácil procurarmos assuntos específicos, que Deus continue lhe abençoando e lhe dando cada dia mais essa ousadia para pregar
abraços fraternais!
Ricardo Ribeiro de França
Bel. Conferencista, Capelão Prisional e Militar UNIPAS - International Union of Pastors and Volunteer Chaplains. Sede New Jersey/USA. Membro AD - PB.