Antes de eu continuar esta série sobre a reforma ortográfica, gostaria de salientar que, no que concerne às regras gerais de acentuação gráfica, não haverá mudanças:
a) Todas proparoxítonas continuarão sendo acentuadas;
b) Todas as paroxítonas terminadas em “ã(s)”, “ão(s)”, “i(s)” “us”, “um”, “uns”, “ons”, “ps”, “r”, “x”, “n”, “l” e em ditongo crescente continuarão sendo acentuadas;
c) Todas as oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)”, “em” e “ens” continuarão sendo acentuadas;
d) E todas as monossílabas tônicas terminadas em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)” continuarão sendo acentuadas, para felicidade geral da nação!
Ah, e o monossílabo “quê” também permanecerá acentuado quando aparecer no fim das frases. Por exemplo: “Se a doutrina da Trindade é incontestavelmente bíblica, eu a negaria por quê?”
Bem, nesta terceira parte, discorrerei sobre a regra do acento diferencial, que será parcialmente abolida com a reforma ortográfica. Não gostei nada disso, pois a regra atual é bastante lógica. Por exemplo, “pára”, do verbo “parar”, ainda recebe acento a fim de que não haja confusão com o “para” (preposição). Na manchete “Greve pára o correio” vê-se claramente a necessidade do acento, pois a sua ausência muda o sentido da frase. Hoje também se acentua “pélo” (do verbo “pelar”), “pêlo” (de animal, por exemplo), “pêra” (fruta) e “pólo” (jogo ou extremidade).
Em 2009, não haverá mais distinção entre os “paras”, os “pelos”, as “peras” e os “polos”. Caberá ao leitor descobrir se a greve parou o correio ou se ela foi apenas uma greve para o correio. Ou seja, entender uma notícia lendo-se apenas a manchete, nem pensar! Aqueles curiosos que gostam de ler só as capas de jornais expostos nas bancas vão ter de comprá-los! Como eu já disse, não gostei, mas, sinceramente, a eliminação de acento em “pára” é a que mais me irritou. Os outros casos, nem tanto; dá para tolerá-los.
O problema é que, com a reforma, a abolição do que está em vigor será parcial, o que dificulta, e muito, a assimilação da nova regra. Se tudo fosse submetido a uma mesma lógica, ótimo. Mas não é isso que acontecerá. Por exemplo, “pôr” (verbo), sinônimo de “colocar”, continuará com o bom e velho acento, para que não seja confundido com “por” (preposição). O mesmo se aplica a “pôde”, a fim de que haja distinção de “pode”. Pode uma coisa dessa?
No próximo artigo desta série discorrerei sobre o trema, que muitos chamam erroneamente de “a trema”. A bem da verdade, tanto faz, pois essa palavrinha, a partir de 2009, entrará para história e cairá em desuso. Para você que, como eu, gosta do trema, trema de irritação!
Com muito “tremor”,
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Até Mias!
rsrsrsrsr. Abraço fraterno.
Graça Souza
Um grande abraço do seu irmão em Cristo, Joabe.
Em apocalipse cap.4;v.5 fala o seguinte:e do trono saiam relampagos,trovões e vozes;e diante do trono ardiam 7 lampadas de fogo,as quais são os 7 espíritos de Deus.QUEM SÃO ESSES 7 ESPÍTOS DE DEUS?E NO V.7 FALA SOBRE 4 ANIMAIS,CHEIOS DE OLHOS,ESSES ANIMAIS SÃO ANJOS?