Na quarta capa do livro em apreço está escrito: “Ministros cristãos bem-conhecidos têm dito o seguinte a respeito do livro do Dr. Hagin: ‘O Nome de Jesus foi uma bênção para mim’”. Mas, depois de eu ter feito a primeira parte dessa análise — que abrangeu os seis primeiros capítulos —, pergunto: É mesmo uma bênção para a nossa vida o tal livro? Ou contribui para desviar os servos do Senhor do evangelho de Cristo?
Capítulo 7 — O Nome: Possessão da Igreja
Aparentemente, este capítulo, se analisado fora de contexto, não apresenta grandes desvios. Isso porque é muito tênue a linha que divide uma oração triunfalista de uma oração com fé e ousadia. Em Atos 4.28-31, por exemplo, vemos que os apóstolos oraram com fé e ousadia, mas não determinaram nada; apenas pediram.
Hagin cita a cura do coxo junto à porta do templo, em Jerusalém (At 3.3-6). Diz ele que o homem foi curado porque Pedro e João tinham alguma coisa, isto é, o Nome de Jesus. Entretanto, depois, afirma — de modo equivocado — que é errôneo pensar que nem sempre é vontade de Deus curar; e que todas as enfermidades vêm do Diabo.
É claro que Deus é o Todo-poderoso, e que o Senhor Jesus levou sobre si todas as nossas enfermidades e doenças (Is 53). Mas, se a vontade de Deus sempre é nos curar, por que os servos de Deus já não recebem essa bênção no momento do novo nascimento? Por que não ficam imunes a toda e qualquer enfermidade no momento exato da salvação? Todas as enfermidades são mesmo obra de Satanás?
Ora, toda carne é como a erva, e a glória do homem como a flor da erva (1 Pe 1.24). O ser humano se desgasta, pois o seu corpo é corruptível (2 Co 4.16). Um dia, os salvos se revestirão de incorruptibilidade (1 Co 15.54); por enquanto, embora Jesus tenha poder para nos curar, segundo a sua vontade (1 Jo 5.14; Mt 6.9,10; 26.42), estamos sujeitos às enfermidades.
Na primeira parte dessa análise, citei Eliseu, que morreu em decorrência de uma enfermidade (2 Rs 13.14). Mas a Palavra de Deus também menciona Timóteo e Trófimo, que não foram curados, apesar de serem obreiros fiéis (1 Tm 5.23; 2 Tm 4.20). Estavam esses homens de Deus endemoninhados? Ou o apóstolo Paulo ainda não conhecia a “fórmula mágica” descoberta somente no século XX por E.W Kenyon e Kenneth Hagin?
A Palavra de Deus também menciona outros crentes que ficaram enfermos, como Jó e Lázaro (Jó 1.1; 2.12,13; Jo 11.1-4). Estavam eles possessos? É claro que não! O curioso é que muitos triunfalistas, discípulos de Hagin, mesmo enfatizando que a saúde perfeita é um direito do crente, usam óculos com lentes do tipo “fundo de garrafa”, contraem artrite, deficiências na audição, osteoporose, câncer, etc.
Capítulo 8 — Apoiado pela Divindade
Incrível! Este capítulo é uma verdadeira defesa da divindade do Senhor Jesus! É por isso que devemos analisar tudo à luz do contexto. Isoladamente, não vejo nenhum problema neste capítulo, mas...
Capítulo 9 — Este Nome — Na Salvação
Este capítulo realmente me intriga. Pelo título do livro — O Nome de Jesus —, considerando que em nenhum outro nome há salvação (At 4.12), imaginei que a salvação fosse o principal assunto do livro. Preparei-me para ler páginas e páginas sobre a nossa gloriosa salvação...
Mas, sabe o que temos no capítulo sobre a salvação por meio do Senhor Jesus? Menos de duas páginas! Isso mesmo. Ao principal assunto da Palavra de Deus o reverenciado Kenneth Hagin dedicou apenas uma página e ¼ de página!
Bem, depois dessa decepção, vou parar por aqui. Ainda há vinte capítulos pela frente, mas procurarei ser mais sucinto em minha análise no próximo artigo...
Em tempo: o livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, de minha modesta autoria, analisa o chamado Movimento da Fé (triunfalismo) de maneira abrangente.
(Continua...)
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi
Capítulo 7 — O Nome: Possessão da Igreja
Aparentemente, este capítulo, se analisado fora de contexto, não apresenta grandes desvios. Isso porque é muito tênue a linha que divide uma oração triunfalista de uma oração com fé e ousadia. Em Atos 4.28-31, por exemplo, vemos que os apóstolos oraram com fé e ousadia, mas não determinaram nada; apenas pediram.
Hagin cita a cura do coxo junto à porta do templo, em Jerusalém (At 3.3-6). Diz ele que o homem foi curado porque Pedro e João tinham alguma coisa, isto é, o Nome de Jesus. Entretanto, depois, afirma — de modo equivocado — que é errôneo pensar que nem sempre é vontade de Deus curar; e que todas as enfermidades vêm do Diabo.
É claro que Deus é o Todo-poderoso, e que o Senhor Jesus levou sobre si todas as nossas enfermidades e doenças (Is 53). Mas, se a vontade de Deus sempre é nos curar, por que os servos de Deus já não recebem essa bênção no momento do novo nascimento? Por que não ficam imunes a toda e qualquer enfermidade no momento exato da salvação? Todas as enfermidades são mesmo obra de Satanás?
Ora, toda carne é como a erva, e a glória do homem como a flor da erva (1 Pe 1.24). O ser humano se desgasta, pois o seu corpo é corruptível (2 Co 4.16). Um dia, os salvos se revestirão de incorruptibilidade (1 Co 15.54); por enquanto, embora Jesus tenha poder para nos curar, segundo a sua vontade (1 Jo 5.14; Mt 6.9,10; 26.42), estamos sujeitos às enfermidades.
Na primeira parte dessa análise, citei Eliseu, que morreu em decorrência de uma enfermidade (2 Rs 13.14). Mas a Palavra de Deus também menciona Timóteo e Trófimo, que não foram curados, apesar de serem obreiros fiéis (1 Tm 5.23; 2 Tm 4.20). Estavam esses homens de Deus endemoninhados? Ou o apóstolo Paulo ainda não conhecia a “fórmula mágica” descoberta somente no século XX por E.W Kenyon e Kenneth Hagin?
A Palavra de Deus também menciona outros crentes que ficaram enfermos, como Jó e Lázaro (Jó 1.1; 2.12,13; Jo 11.1-4). Estavam eles possessos? É claro que não! O curioso é que muitos triunfalistas, discípulos de Hagin, mesmo enfatizando que a saúde perfeita é um direito do crente, usam óculos com lentes do tipo “fundo de garrafa”, contraem artrite, deficiências na audição, osteoporose, câncer, etc.
Capítulo 8 — Apoiado pela Divindade
Incrível! Este capítulo é uma verdadeira defesa da divindade do Senhor Jesus! É por isso que devemos analisar tudo à luz do contexto. Isoladamente, não vejo nenhum problema neste capítulo, mas...
Capítulo 9 — Este Nome — Na Salvação
Este capítulo realmente me intriga. Pelo título do livro — O Nome de Jesus —, considerando que em nenhum outro nome há salvação (At 4.12), imaginei que a salvação fosse o principal assunto do livro. Preparei-me para ler páginas e páginas sobre a nossa gloriosa salvação...
Mas, sabe o que temos no capítulo sobre a salvação por meio do Senhor Jesus? Menos de duas páginas! Isso mesmo. Ao principal assunto da Palavra de Deus o reverenciado Kenneth Hagin dedicou apenas uma página e ¼ de página!
Bem, depois dessa decepção, vou parar por aqui. Ainda há vinte capítulos pela frente, mas procurarei ser mais sucinto em minha análise no próximo artigo...
Em tempo: o livro Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, de minha modesta autoria, analisa o chamado Movimento da Fé (triunfalismo) de maneira abrangente.
(Continua...)
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Paz do Senhor pastor Ciro "Batista".
Pastor, agradeço ao Senhor nosso Deus pela tua vida, e continuo suplicando a Deus para que Ele continue te usando sem medo de pregar a verdade a respeito de como seguir o Senhor Jesus Cristo.
Infelizmente muitos "pastores" estão com medo de falar acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar. Sabe porque? ESTÃO COM MEDO DE PERDEREM OS CRENTES!
Que o Senhor tenha misericórdia de nós.
Desculpe-me se falei alguma besteira.
Um grande abraço meu amigo!!!!!
Pr Ciro
Excelente texto este, e esclarecedor.Como está escrito, a falta de conhecimentos destrói. Muitas pessoas estão com suas vidas arruinadas, por estas e outras heresias. Conheci pastores que andavam com suas esposas pelas ruas do seu bairro expulsando os demônios da cidade, e "decretando", "determinado" que fossem embora. E decretando que os bairros seriam do Senhor. Amarrando o valente para poderem tomar posse das almas.
E certos pregadores avivalistas, que pregam tudo de Hagin, Benny Hin e companhia, quando são contestados ficam enfurecidos. Como se fossem intocáveis.E usam até os textos da Bíblia que os televangelistas americanos usam para se defenderem: "Não toqueis nos meus ungidos..." Não sabem a quem se referem, e nem interpretam corretamente.
Muitos desses pregadores, aqui em Cuiabá já falaram no rádio, para uma grande massa, que não devem ler livros,só a Bíblia.Incentivando as pessoas que continuem na ignorância.Falam que seus os livros de apologia em que estão inserido seus erros, sejam rasgados, queimados.
A crítica está na constituição brasileira. Podemos criticar, não podemos é ofender.Mas esse tipo de gente, querem estar acima da critica. São os intocáveis, incriticáveis.Triste, muito triste.
E existem muitas pessoas que ainda seguem essa gente como se fossem super-deuses.MAs continuamos a salvar alguns arrebatando-os do fogo.
Abraços
A paz do Senhor!
Kenneth Hagin, em princ�pio, era um homem piedoso. Infelizmente, desviou-se da verdade. Da� a necessidade de alertar o povo de Deus, a fim de que n�o abrace o evangelho antropoc�ntrico.
Um grande abra�o!
CSZ
A paz do Senhor!
Que prazer ver o seu comentário em meu blog! Avisa para o seu irmão que os 3 amigos precisam retomar as negociações para criação da Nabuco... Risos.
Como está o pastor Osmar? Mande uma saudação para ele. E a família? Minha esposa manda um beijo para a sua esposa e para a Julinha.
Gostei do adjetivo "Batista", mas prefiro "Assembleiano". Risos. Aliás, fico pensando por que João Batista não era Assembleiano! Risos.
Eu também agradeço ao Senhor, nosso Deus, pela sua vida, amado irmão e amigo!
Agradeço-lhe pelas palavras de encorajamento! E, quando eu for a São Paulo, vamos nos encontrar, se Deus quiser.
Um grande abraço!
CSZ
A paz do Senhor!
O irmão não tem uma conta Google? Não há nada de errado em seu comentário, mas é sempre bom assinar, a fim de que não haja nenhuma dúvida quanto à sua pessoa.
Creio que já li esse seu depoimento em outra postagem deste blog. Agradeço-lhe pelos elogios ao texto. Deus seja louvado!
O que o irmão mencionou é gravíssimo. O evangelho genuíno não é pregado em muitos lugares, pois pensa-se que "decretar", "determinar" resolve todos os problemas... Precisamos, urgentemente, evangelizar e interceder pelo Brasil.
A frase "Não toqueis nos meus ungidos" é mesmo a preferida dos enganadores do povo de Deus. Mas atacar o erro não significa estar contra os ungidos, diretamente.
Davi não tocou em Saul (que de fato era um ungido de Deus), mas opôs-se ao erro de Saul. Por outro lado, até que ponto os falsos profetas são ungidos?
Na verdade, a nossa luta não é contra pessoas, sejam elas ungidas ou não (Ef 6.12). Nossa pregação é contra o pecado, contra a heresia, contra os modismos, pois estas coisas prejudicam o povo de Deus.
Eu soube que meus livros já foram rasgados e queimados em alguns lugares. Isso me deixa admirado, pois não imaginava que os meus modestos escritos pudessem oferecer tanto perigo às pessoas ou deixar pregadores famosos irritados! Afinal, se eles têm convicção de suas chamadas, por que estão tão preocupados com as críticas?!
Agradeço-lhe pelo apoio e pelas palavras encorajadoras.
Em Cristo,
CSZ
O blog Lucimauro*Assembléia de Deus agradece por essa série de estudos sobre a vida de Hagin e seus livros,muito boa a postagem.
Daquele que ama a Assembléia de Deus e seus orgãos históricos.
Bom texto, que Deus venha te da entendimento a cada dia que passa,
pretendo um dia conversa com senhor até a próxima a Paz1
De aora em diante vamos ser parceiros de comentarios hoje criei um blog e estou so testando o uso posteriormente vou fazer muito comentarios sobre a Palavra de Deus.
Exibe este para que eu possa ver se está funcionando. Ok