ncontrei no site www.palavraprudente.com.br um artigo denominado “O Paradoxo Pentecostal”, pelo qual o seu autor, um missionário, verbera contra o que desconhece: o pentecostalismo bíblico e clássico. Fala, fala, fala, mas sem conhecimento de causa. E, como esse nobre missionário citou este pobre escritor, de maneira indireta, inclusive mencionando os livros Erros que os Pregadores Devem Evitar e Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, também tomarei a liberdade de comentar o seu artigo sem citar o seu nome...
Diz o antipentecostal: “Há cerca de um século, o mundo protestante se viu invadido por um movimento avivalista que recebeu o nome de “movimento pentecostal”. Este recebeu tal título por supostamente basear-se nos fatos acontecidos no célebre dia de pentecostes que ocorreu após a ascensão de Cristo aos céus, e que é detalhadamente explicado no capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos”.
Em primeiro lugar, queira ou não queira o senhor missionário anti-pentecostal, o que ocorreu no dia de Pentecostes deu-se em cumprimento das profecias de Isaías (44.3), Joel (2.28,29), João Batista (Mt 3.11) e do próprio Senhor Jesus (Lc 24.49). E mais: o apóstolo Pedro, inspirado por Deus, disse que a promessa ali cumprida, de maneira parcial, diz respeito a todos quantos Deus, o nosso Senhor, chamar: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar" (At 2.39).
Mas o tal missionário continua a sua divagação: “Segundo seus propagadores todo crente deveria buscar a mesma experiência vivida pelos apóstolos nesse dia, ou seja, segundo eles todos devem falar em línguas (alguns também chamam línguas estranhas). E ainda, segundo suas idéias, isso se dá o nome de batismo com Espírito Santo. Todo crente deve, segundo a doutrina pentecostal buscar essa experiência”.
Caros internautas, como esse senhor está equivocado, com todo o respeito! Pensa ele que as verdades pentecostais foram inventadas por um grupinho de ignorantes. Ora, o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais são verdades bíblicas irrefutáveis, a menos que desprezemos o livro de Atos dos Apóstolos, 1 Coríntios 12 a 14, 1 Tessalonicenses 5.19-21, etc. Estude pelo menos essas passagens sem preconceito. Elas falam por si mesmas.
“Como já dissemos, praticamente um século se passou e muitos, extremamente mal instruídos e preparados não se aperceberam de que o referido texto não fala em batismo. Que essa experiência só se repetiu mais duas vezes, em cumprimento a uma profecia de Jesus. E que falar em línguas é um dom do Espírito Santo, como o são outros oito descritos em I Coríntios 12. Outros líderes, entretanto, mesmo sabendo do engano, seguiram com a doutrina equivocada, mesmo porque já era tarde para reparar o equívoco. Afinal, como explicar para os milhares de membros das denominações pentecostais que eles foram ensinados errado até agora?” — verbera o tal missionário.
Como se lê no próprio capítulo 2 de Atos, o que aconteceu ali foi apenas uma amostra do que Deus faria a partir daquele marco. A promessa diz respeito, como já citei, a tantos quantos o Senhor chamar. Mas o tal missionário demonstra falta de conhecimento bíblico ao dizer que a experiência do dia de Pentecostes só se repetiu duas vezes. Haja vista o livro de Atos do Apóstolos, que apresenta derramamentos de poder em que manifestações similares à ocorrida no capítulo 2 são mencionadas de modo claro ou implicitamente (cf. caps. 8,10 e 19).
Em 1 Coríntios 12 e 14, são mencionadas línguas da parte do Espírito Santo que edificam os que as pronunciam, além do dom de variedades de línguas. Quem estuda esses capítulos sem preconceito chega a essa conclusão. Há, por conseguinte, línguas como sinal visível do batismo com o Espírito Santo. E existem línguas que são mensagens proféticas para a igreja, as quais, nesse caso, precisam de interpretação. A Bíblia não é um livro manipulável. Ela é a Palavra de Deus (1 Ts 2.13) e deve nos guiar (Sl 119.105).
Diz mais o teólogo antipentecostal: “Teólogos renomados, no afã de defender suas fileiras chegaram ao cúmulo de afirmar que só quem fosse ‘batizado’ com o Espírito Santo, ou seja, falasse em línguas estranhas, poderia estar à frente do trabalho do Senhor. Coitados. Esqueceram Lutero, Calvino, Spurgeon e Martin Luther King, só para citar os óbvios, que nunca falaram nenhuma língua estranha e tocaram a obra cheios da unção de Deus”.
Quanto a isso, apesar do infeliz adjetivo empregado pelo missionário, “coitados”, concordo com ele, em parte. Podemos, sim, trabalhar para Deus sem termos recebido o revestimento de poder. Contudo, não podemos abrir mão desse poder do alto ou desprezá-lo (1 Ts 5.19; Ef 6.10-18). O próprio Senhor Jesus disse: “Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre nós, e ser-me-eis testemunhas...” (At 1.8). É para isso que serve essa gloriosa dádiva. Não é para salvação ou para o crente se gloriar. É um revestimento de poder, pelo qual somos melhor capacitados para fazer a obra do Senhor (Lc 24.49; At 9.17; 13.9).
Prossegue o missionário: “Com o advento do pentecostalismo passou a se ver nas igrejas algumas coisas nunca vistas antes. O que antes era um culto racional tornou-se um centro de emocionalismo exacerbado, onde na grande maioria dos casos as pessoas quase nunca conseguem ouvir a pregação da Palavra de Deus. A coisa chegou ao ponto de pastores recriminarem irmãos que não choram na hora do culto. O barulho alcançou decibéis muitas vezes insuportáveis, e é de se imaginar nesses momentos como Jesus ou Paulo pregavam”.
De fato, há exageros. Mas isso invalida a doutrina bíblica dos dons espirituais? Claro que não. Extremos existem, e eu estou consciente disso, assim como ser frio, sem fervor, racionalista (e não racional) constitui outro extremo igualmente perigoso, não é mesmo? "Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias" (1 Ts 5.19,20). E não venha me dizer que "profecias" aqui é uma referência à pregação da Palavra, e não aos dons espirituais. É preciso ser honesto e considerar o que a Palavra de Deus diz.
“Alguém poderia imaginar o Rei dos Reis pulando e correndo enquanto pregava o evangelho da salvação? Ou mesmo Paulo de Tarso pulando em um pé só ou atirando-se ao solo urrando ou gemendo? Mesmo Lutero, será que entraria por essa linha? Essa modificação homilética chegou com o pentecostalismo, que confundiu pregações avivadas, como as de Wesley, com barulho emotivo e vazio. Eis a primeira contribuição prática do movimento. Passagens com Eclesiastes 5:1,2; Habacuque 2:20; Romanos 12:1 e I Coríntios 14:40, perderam completamente o sentido, sendo sumariamente ignoradas” — diz o missionário, com razão.
Entretanto, não podemos ignorar que os dons do Espírito são para nós, hoje, e precisamos deles. O fato de haver meninices ou até mesmo ações demoníacas em muitos lugares, haja vista “a bênção de Toronto” e outros “retetés”, não invalida o que os genuínos dons espirituais. Ainda existem verdadeiros adoradores; ainda há homens e mulheres submissos ao Espírito Santo, que não agem por impulso ou carnalidade. Antes, são usados por Deus, que por meio dos dons edifica, consola e exorta o seu povo (1 Co 14.3ss).
Prossegue o antipentecostal: “Com o tempo a coisa foi piorando. Além da exigência infundada de que as pessoas deveriam buscar a todo custo algo que elas já teriam (o batismo com o Espírito Santo), os cultos passaram a ser classificados. Culto ‘frio’: onde se prega a Palavra de Deus de forma clara e fiel, sem invenções ou arroubos. Culto ‘quente’: onde as pessoas gritam, pulas e se descabelam. Sobem nas cadeiras, saem correndo pela igreja, sacodem uns aos outros e coisa pior. A lista é grande. Lembrando sempre: estas coisas se dão dentro da Casa de Oração do Senhor dos Exércitos. A Palavra de Deus foi perdendo terreno aos poucos. As visões, profecias, arrebatamentos e outros sinais, além das línguas passaram a ser componentes indispensáveis para que um culto fosse considerado com ‘unção’”.
Concordo, como já disse, que há extremismos em muitos cultos “pentecostais”. Mas não podemos negar que existe a verdadeira doutrina pentecostal, bíblica, equilibrada. Nota-se, por outro lado, que o missionário, devido à sua ânsia por refutar o pentecostalismo, comete erros elementares. A afirmação, por exemplo, de que os crentes não precisam buscar o batismo com o Espírito Santo porque já o possuem não reflete boa exegese. Primeiro, porque uma coisa é ser batizado no Corpo de Cristo (1 Co 12.13), e outra, bem diferente, é receber um revestimento de poder (Lc 24.49). Não podemos confundir selo com batismo (Ef 1.13,14). A operação do Espírito é multiforme. Ele convence, regenera, sela, reveste de poder, etc.
Aliás, caro missionário, no meu livro Erros que os Pregadores Devem Evitar, que o senhor fez questão de citar de modo pejorativo e com o título alterado, há uma explicação exegética sobre isso. Investigue. Seja coerente. Todos nós podemos julgar, provar, examinar, discernir (1 Ts 5.21), mas que façamos isso de maneira prudente, equilibrada e, sobretudo, à luz das infalíveis Escrituras.
“Além disso, surgiu uma teologia estranha à Bíblia acerca de vestes, que logo se tornou uma imposição farisaica, e que persiste até hoje. Interessantíssimo é ver que igrejas da mesma denominação, associação ou convenção, que são regidas pelo mesmo estatuto ou regimento interno, não pregam a mesma coisa. Em uma igreja mulher é obrigada a usar saia. Em outra pode usar calça. Em algumas, brincos são permitidos, em outras são vistos como coisas de satanás. Mas, afinal, não são os líderes mensageiros de Deus? Terá Deus duas palavras? Acredito que não. Algo está errado. Depois de anos e anos de perseguição, as denominações pentecostais estão sendo desmascaradas nesse ponto” — diz o antipentecostal, agora querendo claramente ridicularizar os pentecostais.
Antes que eu responda, leiamos mais um parágrafo do artigo em análise.
“E como ficam os crentes de décadas passadas, que foram sumariamente perseguidos por seus líderes nessa questão, e que hoje vêem as coisas mudadas? Será que há trinta anos Deus proibiu uma coisa e hoje esse mesmo Deus liberou-a? Ou será que na verdade não era a voz de Deus que estava falando, e sim a voz do homem? Observe uma igreja tradicional (por exemplo, uma Presbiteriana ou uma Batista) e veja quantas vezes ela mudou sua declaração doutrinária. Agora veja as igrejas pentecostais e analise a mesma coisa. Estão muito diferentes de quando foram fundadas. Que doutrina é essa?”
"Que doutrina é essa?" — pergunta o nobre missionário. Bem, reitero que concordo como artigo quanto ao perigo dos extremismos. Quanto aos usos e costumes, há sim exageros. É preciso levar em conta que há bons e maus costumes. Muitos obreiros leigos, mas chamados por Deus, não souberam como lidar com essas questões consuetudinárias, confundindo costume com doutrina. Por outro lado, é inegável que a Palavra de Deus trata dessa questão. O traje, à luz de 1 Timóteo 2.9, deve ser honesto, com pudor e modéstia. Em Tito 2.10, somos estimulados a termos um porte tão distinto do mundo, a ponto de sermos “ornamento da doutrina de Deus”. Estude também, à luz das línguas originais, 2 Tessalonicenses 2.15 e 3.6. Verifique se não é importante o nosso porte.
Mas o missionário prossegue verberando contra o pentecostalismo: “A partir da metade do século XX algo começou a mudar. Igrejas tradicionais começaram a embarcar nesta onda. O que antes era restrito às denominações pentecostais espalhou-se no meio reformado de raiz. E o que aconteceu? Rachas atrás de rachas. Uma pergunta: Deus se alegra com divisões? E o que o movimento pentecostal mais trouxe ao Brasil? Isso mesmo: divisões. Só para citar um exemplo, a maior igreja pentecostal de Brasil surgiu de uma divisão, quando dois missionários suecos causaram um racha em uma igreja tradicional em Belém (PA) e levaram consigo 19 membros da igreja alheia. Foi isso que Deus os mandou fazer no Brasil? Até onde sabemos missionários andam em busca de almas perdidas, e não daquelas que já estão convertidas”.
O desconhecimento da História das Assembléias de Deus por parte desse missionário anti-pentecostal é notório. O genuíno Movimento Pentecostal é o que mais cresce em número, deixando os anti-pentecostais cheios de inveja. Mas quantidade de membros não é a melhor maneira de se verificar se determinado movimento agrada ou não ao Senhor. É preciso considerar os frutos. E estes são muitos.
Quanto aos irmãos citados, excluídos sem nenhuma piedade pela liderança daquela tradicional igreja, no Estado do Pará, eles não tiveram outra alternativa a não ser se reunirem e buscarem mais e mais ao Senhor Jesus, que os abençoou, fazendo com que almas e mais almas fossem alcançadas por meio de seu testemunho. A despeito de eu ser um pobre e ignorante pentecostal, quero dar um conselho a esse experiente missionário. O senhor precisa estudar um pouco mais, pois escrever relativamente bem nem sempre ajuda. É preciso ser verdadeiro e honesto. Critique os pentecostais, mas faça isso com certeza, convicção, e não por mera antipatia.
“Quando o movimento invadiu o meio tradicional foi um “Deus-nos-acuda”. As divisões foram inevitáveis. E então começou um processo chamado “tiro no pé”. O raciocínio é simples. Assustados com o crescimento vertiginoso das denominações pentecostais, pastores tradicionais se sentiram diminuídos, e passaram a entender que, se cresciam os “avivados”, é porque o movimento devia estar correto. Tolinhos. As religiões que mais crescem no mundo são o islamismo, o mormonismo e as Testemunhas de Jeová. Estão eles certos porque crescem muito? E a igreja evangélica que mais rápido se expande no Brasil é a IURD. Vamos adotar suas práticas estranhas ao evangelho por isso? Esse foi o erro da igreja tradicional. E que vem persistindo”
Leiamos mais um parágrafo do artigo.
“Mas o mais engraçado, é que quando os tradicionais se tornaram pentecostais, em alguns aspectos acabaram se tornando ainda mais exagerados em suas celebrações. O culto santo, racional e reverente de adoração a Deus tornou-se, com o perdão da palavra, uma baderna generalizada. Abraçaram práticas descabidas como quebra de maldições hereditárias e intervenções territoriais completamente equivocadas, unção de objetos e outras coisas. E ai de quem disser o contrário. É frio, incrédulo, tradicional e outros rótulos menos dignos. Está quase desviado. Simplesmente porque só quer ouvir a Palavra de Deus”.
Os parágrafos acima demonstram o quanto o amado irmão anti-pentecostal precisa de equilíbrio. Colocar no mesmo bojo pentecostalismo histórico e neopentecostalismo (que na verdade está mais para neoliberalismo) é uma grande falácia, de quem pretende demonstrar que todos aqueles que não pertencem a uma denominação considerada tradicional jamais poderão ser “iluminados”. Ora, isso é muita presunção. Eu também não concordo, caro missionário, com os exageros da atualidade, como shows, danças, animadores de auditório, modismos, etc. Mas considerar tudo a mesma coisa, não fazendo distinção entre o que a Bíblia diz e o que os homens fazem, é imprudência. Seja coerente consigo mesmo.
Mas chega, finalmente, o parágrafo em que eu recebo alguns “elogios” do tal missionário: “Chegamos ao século XXI com uma situação que seria constrangedora não fosse tão ridícula. Os pentecostais querendo regular a bagunça que criaram. Basta ler os livros da nova geração de pastores e teólogos oriundos do movimento para ver suas preocupações. Basta dar uma olhada em títulos como “O Evangelho que Paulo Não Pregaria” e “Erros que todos os Pregadores Devem Evitar” Orientam contra profecias, visões, exageros, pregações teatrais, arrebatamentos, anjos, etc. De repente estão ávidos por Palavra, ensino, estudos, seminários, faculdades teológicas. Só esquecem de dizer uma coisa: Perdão”.
Bem, por um lado, sinto-me honrado pelo fato de dois de meus livros serem mencionados como obras que representam a voz dos que combatem heresias e modismos, como falsas profecias, pregações teatrais, angelolatria, etc. Tudo isso é verdade. Contudo, não é de hoje que a Assembléia de Deus e outros segmentos genuinamente pentecostais se interessam por ensino, estudos, seminários, faculdades teológicas, etc. Do jeito que esse senhor fala, fica a impressão de que os pentecostais são um bando de analfabetos... Alto lá! Alguém já ouviu falar da CPAD, maior editora evangélica da América Latina? É uma editora pentecostal. É ela quem publica a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada por um dos maiores teólogos brasileiros, Antonio Gilberto.
Sabe quantos anos tem a CPAD? Procure saber, caro missionário. Sabe quem publica o dicionário exegético de W.E. Vine? Procure saber. Sabe quantos títulos tem a CPAD em seu catálogo? Procure saber. Já ouviu falar de Stanley Horton? Procure se informar, pois o fato de haver exemplos negativos no meio pentecostal não significa que todos sejam ignorantes. Já ouvir falar da EETAD, da FAETAD e da FAECAD? Já leu o jornal Mensageiro da Paz?
Pobres pentecostais... Estão eles anos-luz distantes dos tradicionalistas? Ou não? Ah, e já que o irmão missionário gostaria de ouvir a palavra “perdão” de um pentecostal, dirijo-lhe um sonoro “perdão” pelas minhas considerações, mas não posso concordar com as suas inverdades.
Mas, ainda discorrendo sobre os meus livros, ele conclui: “Também não tocam na questão das “línguas estranhas”, que eles transformaram em dogmas. Aí também já seria demais. A igreja foi fundada sobre esta “pedra”. Retirá-la seria fatal. E hoje o quadro hilário é esse. Os tradicionais querendo cada vez mais ser pentecostais, porque querem suas igrejas cheias a qualquer custo, esquecendo-se das palavras do próprio Cristo em Lucas 12:32. E os pentecostais querendo a todo custo trazer um pouco da reverência tradicional para dentro de suas igrejas, sendo que foram eles mesmos os responsáveis por sua retirada. É pra rir ou pra chorar?”
Primeiro, caro missionário, o senhor não leu as minhas obras, pois nelas eu de fato trato dessa questão. Aliás, as línguas são chamadas de “estranhas” porque são estranhas a quem as pronuncia, pelo fato de serem produzidas pelo Espírito Santo, isso quando ocorre uma genuína manifestação do Consolador. Bem, o irmão pode se informar melhor sobre a doutrina pentecostal lendo os livros que condenou sem conhecê-los, além de outros, de autores como Antonio Gilberto, Stanley Horton, Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Esequias Soares, Severino Pedro da Silva, Elinaldo Renovato, Geremias do Couto, etc.
Respondendo à sua última pergunta: “É pra rir ou pra chorar?”, não vejo, sinceramente, razão para rir da triste realidade da igreja evangélica brasileira. Mas temos motivos para chorar, inclusive pela visão distorcida dos anti-pentecostais quanto à genuína operação do Espírito Santo. Se o tal missionário fosse imparcial, disposto a seguir ao que está escrito na Palavra de Deus, não condenaria o pentecostalismo, como se ele fosse um mal em si mesmo, e sim ao falso pentecostalismo, propagado por obreiros fraudulentos, sem chamada divina, cuja motivação são os próprios interesses, e não o cumprimento da vontade do Pai celestial (Mt 7.21-23).
Respeitosamente,
Ciro Sanches Zibordi
Diz o antipentecostal: “Há cerca de um século, o mundo protestante se viu invadido por um movimento avivalista que recebeu o nome de “movimento pentecostal”. Este recebeu tal título por supostamente basear-se nos fatos acontecidos no célebre dia de pentecostes que ocorreu após a ascensão de Cristo aos céus, e que é detalhadamente explicado no capítulo 2 do livro de Atos dos Apóstolos”.
Em primeiro lugar, queira ou não queira o senhor missionário anti-pentecostal, o que ocorreu no dia de Pentecostes deu-se em cumprimento das profecias de Isaías (44.3), Joel (2.28,29), João Batista (Mt 3.11) e do próprio Senhor Jesus (Lc 24.49). E mais: o apóstolo Pedro, inspirado por Deus, disse que a promessa ali cumprida, de maneira parcial, diz respeito a todos quantos Deus, o nosso Senhor, chamar: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar" (At 2.39).
Mas o tal missionário continua a sua divagação: “Segundo seus propagadores todo crente deveria buscar a mesma experiência vivida pelos apóstolos nesse dia, ou seja, segundo eles todos devem falar em línguas (alguns também chamam línguas estranhas). E ainda, segundo suas idéias, isso se dá o nome de batismo com Espírito Santo. Todo crente deve, segundo a doutrina pentecostal buscar essa experiência”.
Caros internautas, como esse senhor está equivocado, com todo o respeito! Pensa ele que as verdades pentecostais foram inventadas por um grupinho de ignorantes. Ora, o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais são verdades bíblicas irrefutáveis, a menos que desprezemos o livro de Atos dos Apóstolos, 1 Coríntios 12 a 14, 1 Tessalonicenses 5.19-21, etc. Estude pelo menos essas passagens sem preconceito. Elas falam por si mesmas.
“Como já dissemos, praticamente um século se passou e muitos, extremamente mal instruídos e preparados não se aperceberam de que o referido texto não fala em batismo. Que essa experiência só se repetiu mais duas vezes, em cumprimento a uma profecia de Jesus. E que falar em línguas é um dom do Espírito Santo, como o são outros oito descritos em I Coríntios 12. Outros líderes, entretanto, mesmo sabendo do engano, seguiram com a doutrina equivocada, mesmo porque já era tarde para reparar o equívoco. Afinal, como explicar para os milhares de membros das denominações pentecostais que eles foram ensinados errado até agora?” — verbera o tal missionário.
Como se lê no próprio capítulo 2 de Atos, o que aconteceu ali foi apenas uma amostra do que Deus faria a partir daquele marco. A promessa diz respeito, como já citei, a tantos quantos o Senhor chamar. Mas o tal missionário demonstra falta de conhecimento bíblico ao dizer que a experiência do dia de Pentecostes só se repetiu duas vezes. Haja vista o livro de Atos do Apóstolos, que apresenta derramamentos de poder em que manifestações similares à ocorrida no capítulo 2 são mencionadas de modo claro ou implicitamente (cf. caps. 8,10 e 19).
Em 1 Coríntios 12 e 14, são mencionadas línguas da parte do Espírito Santo que edificam os que as pronunciam, além do dom de variedades de línguas. Quem estuda esses capítulos sem preconceito chega a essa conclusão. Há, por conseguinte, línguas como sinal visível do batismo com o Espírito Santo. E existem línguas que são mensagens proféticas para a igreja, as quais, nesse caso, precisam de interpretação. A Bíblia não é um livro manipulável. Ela é a Palavra de Deus (1 Ts 2.13) e deve nos guiar (Sl 119.105).
Diz mais o teólogo antipentecostal: “Teólogos renomados, no afã de defender suas fileiras chegaram ao cúmulo de afirmar que só quem fosse ‘batizado’ com o Espírito Santo, ou seja, falasse em línguas estranhas, poderia estar à frente do trabalho do Senhor. Coitados. Esqueceram Lutero, Calvino, Spurgeon e Martin Luther King, só para citar os óbvios, que nunca falaram nenhuma língua estranha e tocaram a obra cheios da unção de Deus”.
Quanto a isso, apesar do infeliz adjetivo empregado pelo missionário, “coitados”, concordo com ele, em parte. Podemos, sim, trabalhar para Deus sem termos recebido o revestimento de poder. Contudo, não podemos abrir mão desse poder do alto ou desprezá-lo (1 Ts 5.19; Ef 6.10-18). O próprio Senhor Jesus disse: “Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre nós, e ser-me-eis testemunhas...” (At 1.8). É para isso que serve essa gloriosa dádiva. Não é para salvação ou para o crente se gloriar. É um revestimento de poder, pelo qual somos melhor capacitados para fazer a obra do Senhor (Lc 24.49; At 9.17; 13.9).
Prossegue o missionário: “Com o advento do pentecostalismo passou a se ver nas igrejas algumas coisas nunca vistas antes. O que antes era um culto racional tornou-se um centro de emocionalismo exacerbado, onde na grande maioria dos casos as pessoas quase nunca conseguem ouvir a pregação da Palavra de Deus. A coisa chegou ao ponto de pastores recriminarem irmãos que não choram na hora do culto. O barulho alcançou decibéis muitas vezes insuportáveis, e é de se imaginar nesses momentos como Jesus ou Paulo pregavam”.
De fato, há exageros. Mas isso invalida a doutrina bíblica dos dons espirituais? Claro que não. Extremos existem, e eu estou consciente disso, assim como ser frio, sem fervor, racionalista (e não racional) constitui outro extremo igualmente perigoso, não é mesmo? "Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias" (1 Ts 5.19,20). E não venha me dizer que "profecias" aqui é uma referência à pregação da Palavra, e não aos dons espirituais. É preciso ser honesto e considerar o que a Palavra de Deus diz.
“Alguém poderia imaginar o Rei dos Reis pulando e correndo enquanto pregava o evangelho da salvação? Ou mesmo Paulo de Tarso pulando em um pé só ou atirando-se ao solo urrando ou gemendo? Mesmo Lutero, será que entraria por essa linha? Essa modificação homilética chegou com o pentecostalismo, que confundiu pregações avivadas, como as de Wesley, com barulho emotivo e vazio. Eis a primeira contribuição prática do movimento. Passagens com Eclesiastes 5:1,2; Habacuque 2:20; Romanos 12:1 e I Coríntios 14:40, perderam completamente o sentido, sendo sumariamente ignoradas” — diz o missionário, com razão.
Entretanto, não podemos ignorar que os dons do Espírito são para nós, hoje, e precisamos deles. O fato de haver meninices ou até mesmo ações demoníacas em muitos lugares, haja vista “a bênção de Toronto” e outros “retetés”, não invalida o que os genuínos dons espirituais. Ainda existem verdadeiros adoradores; ainda há homens e mulheres submissos ao Espírito Santo, que não agem por impulso ou carnalidade. Antes, são usados por Deus, que por meio dos dons edifica, consola e exorta o seu povo (1 Co 14.3ss).
Prossegue o antipentecostal: “Com o tempo a coisa foi piorando. Além da exigência infundada de que as pessoas deveriam buscar a todo custo algo que elas já teriam (o batismo com o Espírito Santo), os cultos passaram a ser classificados. Culto ‘frio’: onde se prega a Palavra de Deus de forma clara e fiel, sem invenções ou arroubos. Culto ‘quente’: onde as pessoas gritam, pulas e se descabelam. Sobem nas cadeiras, saem correndo pela igreja, sacodem uns aos outros e coisa pior. A lista é grande. Lembrando sempre: estas coisas se dão dentro da Casa de Oração do Senhor dos Exércitos. A Palavra de Deus foi perdendo terreno aos poucos. As visões, profecias, arrebatamentos e outros sinais, além das línguas passaram a ser componentes indispensáveis para que um culto fosse considerado com ‘unção’”.
Concordo, como já disse, que há extremismos em muitos cultos “pentecostais”. Mas não podemos negar que existe a verdadeira doutrina pentecostal, bíblica, equilibrada. Nota-se, por outro lado, que o missionário, devido à sua ânsia por refutar o pentecostalismo, comete erros elementares. A afirmação, por exemplo, de que os crentes não precisam buscar o batismo com o Espírito Santo porque já o possuem não reflete boa exegese. Primeiro, porque uma coisa é ser batizado no Corpo de Cristo (1 Co 12.13), e outra, bem diferente, é receber um revestimento de poder (Lc 24.49). Não podemos confundir selo com batismo (Ef 1.13,14). A operação do Espírito é multiforme. Ele convence, regenera, sela, reveste de poder, etc.
Aliás, caro missionário, no meu livro Erros que os Pregadores Devem Evitar, que o senhor fez questão de citar de modo pejorativo e com o título alterado, há uma explicação exegética sobre isso. Investigue. Seja coerente. Todos nós podemos julgar, provar, examinar, discernir (1 Ts 5.21), mas que façamos isso de maneira prudente, equilibrada e, sobretudo, à luz das infalíveis Escrituras.
“Além disso, surgiu uma teologia estranha à Bíblia acerca de vestes, que logo se tornou uma imposição farisaica, e que persiste até hoje. Interessantíssimo é ver que igrejas da mesma denominação, associação ou convenção, que são regidas pelo mesmo estatuto ou regimento interno, não pregam a mesma coisa. Em uma igreja mulher é obrigada a usar saia. Em outra pode usar calça. Em algumas, brincos são permitidos, em outras são vistos como coisas de satanás. Mas, afinal, não são os líderes mensageiros de Deus? Terá Deus duas palavras? Acredito que não. Algo está errado. Depois de anos e anos de perseguição, as denominações pentecostais estão sendo desmascaradas nesse ponto” — diz o antipentecostal, agora querendo claramente ridicularizar os pentecostais.
Antes que eu responda, leiamos mais um parágrafo do artigo em análise.
“E como ficam os crentes de décadas passadas, que foram sumariamente perseguidos por seus líderes nessa questão, e que hoje vêem as coisas mudadas? Será que há trinta anos Deus proibiu uma coisa e hoje esse mesmo Deus liberou-a? Ou será que na verdade não era a voz de Deus que estava falando, e sim a voz do homem? Observe uma igreja tradicional (por exemplo, uma Presbiteriana ou uma Batista) e veja quantas vezes ela mudou sua declaração doutrinária. Agora veja as igrejas pentecostais e analise a mesma coisa. Estão muito diferentes de quando foram fundadas. Que doutrina é essa?”
"Que doutrina é essa?" — pergunta o nobre missionário. Bem, reitero que concordo como artigo quanto ao perigo dos extremismos. Quanto aos usos e costumes, há sim exageros. É preciso levar em conta que há bons e maus costumes. Muitos obreiros leigos, mas chamados por Deus, não souberam como lidar com essas questões consuetudinárias, confundindo costume com doutrina. Por outro lado, é inegável que a Palavra de Deus trata dessa questão. O traje, à luz de 1 Timóteo 2.9, deve ser honesto, com pudor e modéstia. Em Tito 2.10, somos estimulados a termos um porte tão distinto do mundo, a ponto de sermos “ornamento da doutrina de Deus”. Estude também, à luz das línguas originais, 2 Tessalonicenses 2.15 e 3.6. Verifique se não é importante o nosso porte.
Mas o missionário prossegue verberando contra o pentecostalismo: “A partir da metade do século XX algo começou a mudar. Igrejas tradicionais começaram a embarcar nesta onda. O que antes era restrito às denominações pentecostais espalhou-se no meio reformado de raiz. E o que aconteceu? Rachas atrás de rachas. Uma pergunta: Deus se alegra com divisões? E o que o movimento pentecostal mais trouxe ao Brasil? Isso mesmo: divisões. Só para citar um exemplo, a maior igreja pentecostal de Brasil surgiu de uma divisão, quando dois missionários suecos causaram um racha em uma igreja tradicional em Belém (PA) e levaram consigo 19 membros da igreja alheia. Foi isso que Deus os mandou fazer no Brasil? Até onde sabemos missionários andam em busca de almas perdidas, e não daquelas que já estão convertidas”.
O desconhecimento da História das Assembléias de Deus por parte desse missionário anti-pentecostal é notório. O genuíno Movimento Pentecostal é o que mais cresce em número, deixando os anti-pentecostais cheios de inveja. Mas quantidade de membros não é a melhor maneira de se verificar se determinado movimento agrada ou não ao Senhor. É preciso considerar os frutos. E estes são muitos.
Quanto aos irmãos citados, excluídos sem nenhuma piedade pela liderança daquela tradicional igreja, no Estado do Pará, eles não tiveram outra alternativa a não ser se reunirem e buscarem mais e mais ao Senhor Jesus, que os abençoou, fazendo com que almas e mais almas fossem alcançadas por meio de seu testemunho. A despeito de eu ser um pobre e ignorante pentecostal, quero dar um conselho a esse experiente missionário. O senhor precisa estudar um pouco mais, pois escrever relativamente bem nem sempre ajuda. É preciso ser verdadeiro e honesto. Critique os pentecostais, mas faça isso com certeza, convicção, e não por mera antipatia.
“Quando o movimento invadiu o meio tradicional foi um “Deus-nos-acuda”. As divisões foram inevitáveis. E então começou um processo chamado “tiro no pé”. O raciocínio é simples. Assustados com o crescimento vertiginoso das denominações pentecostais, pastores tradicionais se sentiram diminuídos, e passaram a entender que, se cresciam os “avivados”, é porque o movimento devia estar correto. Tolinhos. As religiões que mais crescem no mundo são o islamismo, o mormonismo e as Testemunhas de Jeová. Estão eles certos porque crescem muito? E a igreja evangélica que mais rápido se expande no Brasil é a IURD. Vamos adotar suas práticas estranhas ao evangelho por isso? Esse foi o erro da igreja tradicional. E que vem persistindo”
Leiamos mais um parágrafo do artigo.
“Mas o mais engraçado, é que quando os tradicionais se tornaram pentecostais, em alguns aspectos acabaram se tornando ainda mais exagerados em suas celebrações. O culto santo, racional e reverente de adoração a Deus tornou-se, com o perdão da palavra, uma baderna generalizada. Abraçaram práticas descabidas como quebra de maldições hereditárias e intervenções territoriais completamente equivocadas, unção de objetos e outras coisas. E ai de quem disser o contrário. É frio, incrédulo, tradicional e outros rótulos menos dignos. Está quase desviado. Simplesmente porque só quer ouvir a Palavra de Deus”.
Os parágrafos acima demonstram o quanto o amado irmão anti-pentecostal precisa de equilíbrio. Colocar no mesmo bojo pentecostalismo histórico e neopentecostalismo (que na verdade está mais para neoliberalismo) é uma grande falácia, de quem pretende demonstrar que todos aqueles que não pertencem a uma denominação considerada tradicional jamais poderão ser “iluminados”. Ora, isso é muita presunção. Eu também não concordo, caro missionário, com os exageros da atualidade, como shows, danças, animadores de auditório, modismos, etc. Mas considerar tudo a mesma coisa, não fazendo distinção entre o que a Bíblia diz e o que os homens fazem, é imprudência. Seja coerente consigo mesmo.
Mas chega, finalmente, o parágrafo em que eu recebo alguns “elogios” do tal missionário: “Chegamos ao século XXI com uma situação que seria constrangedora não fosse tão ridícula. Os pentecostais querendo regular a bagunça que criaram. Basta ler os livros da nova geração de pastores e teólogos oriundos do movimento para ver suas preocupações. Basta dar uma olhada em títulos como “O Evangelho que Paulo Não Pregaria” e “Erros que todos os Pregadores Devem Evitar” Orientam contra profecias, visões, exageros, pregações teatrais, arrebatamentos, anjos, etc. De repente estão ávidos por Palavra, ensino, estudos, seminários, faculdades teológicas. Só esquecem de dizer uma coisa: Perdão”.
Bem, por um lado, sinto-me honrado pelo fato de dois de meus livros serem mencionados como obras que representam a voz dos que combatem heresias e modismos, como falsas profecias, pregações teatrais, angelolatria, etc. Tudo isso é verdade. Contudo, não é de hoje que a Assembléia de Deus e outros segmentos genuinamente pentecostais se interessam por ensino, estudos, seminários, faculdades teológicas, etc. Do jeito que esse senhor fala, fica a impressão de que os pentecostais são um bando de analfabetos... Alto lá! Alguém já ouviu falar da CPAD, maior editora evangélica da América Latina? É uma editora pentecostal. É ela quem publica a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada por um dos maiores teólogos brasileiros, Antonio Gilberto.
Sabe quantos anos tem a CPAD? Procure saber, caro missionário. Sabe quem publica o dicionário exegético de W.E. Vine? Procure saber. Sabe quantos títulos tem a CPAD em seu catálogo? Procure saber. Já ouviu falar de Stanley Horton? Procure se informar, pois o fato de haver exemplos negativos no meio pentecostal não significa que todos sejam ignorantes. Já ouvir falar da EETAD, da FAETAD e da FAECAD? Já leu o jornal Mensageiro da Paz?
Pobres pentecostais... Estão eles anos-luz distantes dos tradicionalistas? Ou não? Ah, e já que o irmão missionário gostaria de ouvir a palavra “perdão” de um pentecostal, dirijo-lhe um sonoro “perdão” pelas minhas considerações, mas não posso concordar com as suas inverdades.
Mas, ainda discorrendo sobre os meus livros, ele conclui: “Também não tocam na questão das “línguas estranhas”, que eles transformaram em dogmas. Aí também já seria demais. A igreja foi fundada sobre esta “pedra”. Retirá-la seria fatal. E hoje o quadro hilário é esse. Os tradicionais querendo cada vez mais ser pentecostais, porque querem suas igrejas cheias a qualquer custo, esquecendo-se das palavras do próprio Cristo em Lucas 12:32. E os pentecostais querendo a todo custo trazer um pouco da reverência tradicional para dentro de suas igrejas, sendo que foram eles mesmos os responsáveis por sua retirada. É pra rir ou pra chorar?”
Primeiro, caro missionário, o senhor não leu as minhas obras, pois nelas eu de fato trato dessa questão. Aliás, as línguas são chamadas de “estranhas” porque são estranhas a quem as pronuncia, pelo fato de serem produzidas pelo Espírito Santo, isso quando ocorre uma genuína manifestação do Consolador. Bem, o irmão pode se informar melhor sobre a doutrina pentecostal lendo os livros que condenou sem conhecê-los, além de outros, de autores como Antonio Gilberto, Stanley Horton, Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Esequias Soares, Severino Pedro da Silva, Elinaldo Renovato, Geremias do Couto, etc.
Respondendo à sua última pergunta: “É pra rir ou pra chorar?”, não vejo, sinceramente, razão para rir da triste realidade da igreja evangélica brasileira. Mas temos motivos para chorar, inclusive pela visão distorcida dos anti-pentecostais quanto à genuína operação do Espírito Santo. Se o tal missionário fosse imparcial, disposto a seguir ao que está escrito na Palavra de Deus, não condenaria o pentecostalismo, como se ele fosse um mal em si mesmo, e sim ao falso pentecostalismo, propagado por obreiros fraudulentos, sem chamada divina, cuja motivação são os próprios interesses, e não o cumprimento da vontade do Pai celestial (Mt 7.21-23).
Respeitosamente,
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Sinto-me feliz por saber que o senhor é atualizado no que "rola" na net.
Com relação ao seu comentário, já li coisa pior, tem um certo escritor que disse o seguinte:
O Pentecostalismo é uma ameaça grave à igreja e será a morte dela, e menos que
seja erradicado.
e também disse:
Ele é um movimento
destrutivo que contradiz a doutrina da Escritura sobre a obra do Espírito Santo, e beira à
blasfêmia contra o Espírito Santo, se não o for realmente.
e por fim:
O Pentecostalismo, por ser encontrado na maioria das denominações, pode muito
bem ser um fator unificador num falso ecumenismo que eventualmente unirá a igreja no
serviço da besta.
dentre outras coisa que o referido autor disse, ficaremos apenas nessas.
O autor destes comentários é o Prof. Herman C. Hanko, não sei muito bem quem é, mas com certeza é um inimigo do Pentecostalismo bíblico.
Em Cristo,
João Ricardo
P.S. Sou pela graça de Deus, batizado com o Esírito Santo.
PARABÉNS PELA RESPOSTAS, FORAM DE UM AUTENTICO PENTECOSTAL. GLORIFIQUEI A DEUS, QUASE FALEI EM LINGUAS..RSRSRSRSRSSRS
VOU FALAR UMA LINGUA ESTRANHA AO DISTINTO PASTOR ANTI-PENTECOSTAL: GRAÇAS A DEUS, PELA CHAMA DO PENTECOSTE EM NOSSAS VIDAS E IGREJAS..
ABRAÇO
PEDRINHO /SP
A paz do Senhor.
Esses que querem erradicar as verdades pentecostais também devem pensar o mesmo de outras verdades centrais da fé cristã, posto que não têm as Escrituras como a sua fonte primacial. Preferem seguir aos seus limitados raciocínios. Mas a Palavra do Senhor permanece para sempre (1 Pe 1.24,25).
Em Cristo,
CSZ
Fico admirado com tamanha ousadia por parte destes homens. Eles lembram muito os fariseus que blasfemavam a respeito dos milagres efetuados por Cristo. A semelhança chega a tanto, que alguns atribuem as manifestações do Espírito Santo através dos dons espirituais em nossos cultos, ao diabo (Belzebu).
Não seria uma blasfêmia contra o Espírito Santo? Nem ao menos o dom de discernimento de espírito eles possuem!
O que os pentecostais estão sofrendo a muito tempo é uma espécie de ´´pentecosfobia``. Infelizmente, a maior parte destes irmãos possuem raízes calvinistas, o que é uma pena. Isto demonstra que como nós pentecostais possuímos alguns extremistas, da mesma forma os calvinistas possuem os seus!
Deus abençoe!
Vitor Hugo.
Esse foi o melhor, e também mais extenso, post que já li em seu blog.Andava com umas interrogações na cabeça acerca do nosso pentecostalismo( sou Assembleiano batizado com o Espírito), por ver algumas manifestações estranhas em alguns cultos e que realmente não encontram respando bíblico, mas me alegrei ao ver suas respostas e fundamentação na palavra.É verdade que vemos exageros mais desprezar o poder do Espírito é intolerável.Que o Senhor nosso Deus continue a levantar e homens comprometidos com a sã doutrina da Palavra de Deus que é PENTECOSTAL.
PAZ
A paz do Senhor!
Agradeço-lhe pelas palavras.
Que Deus o abençoe!
CSZ
A ausência de equilíbrio, ocasionada pela falta de temor ao que está escrito, gera interpretações meramente racionais, desprovidas de base contextual. Isso, aliado à falta de devoção, tem gerado inúmeras falácias, como o cessacionismo, o pragmatismo e outros "ismos" da atualidade.
Em Cristo,
CSZ
Parabéns pelo artigo resposta!
No meu entender, equilíbio é a palavra chave.
O irmão não deixou de admitir os exageros e erros que acontecem em nosso meio, sem contudo, deixar de reafirmar nossa fé genuinamente pentecostal.
Se por parte de alguns pentecostais não se verifica um pedido de perdão por exageros cometidos, deveria esse tal missionário verificar também, que Deus espera por parte daqueles que defendem sua forma de pensar, um pedido de perdão, por não darem o devido valor à ação do Espírito Santo como diz a escritura Sagrada.
Perdoe-me esse irmão missionário se estiver errado, mas suas palavras demonstram em certo ressentimento e amargura com o crescimento dos pentecostais.
Parabéns!
É verdade. E é lamentável que pessoas tão esclaridas não busquem o equilíbrio. Apegam-se cegamente a argumentos meramente racionais, ainda que, para defendê-los, tenham de ignorar textos bíblicos ou dar a eles uma "particular interpretação". Que Deus nos ajude a nos mantermos fiéis às inerrantes Escrituras.
Em Cristo,
CSZ
1°) A maioria dos pentecostais não conhece a sua maravilhosa doutrina.
2°) Os tradicionais enchergam o pentecostalismo clássico de maneira distorcida.
Vejo isso a muito tempo. Tenho um amigo cessacionista, que apresentava vários "ensinos de pentecostais" que não tinham base bíblica. Ele tinha razão, mas o que ele mostrava fazia parte do neopentecostalismo e não do pentecostalismo clássico. Graças a Deus, que consegui mostrar a ele a diferença entre o ensino ortodoxo do pentecostalismo e o ensino distorcido do neopentecostalismo. Houve um dia, que esse meu amigo, chegou a comentar: "É difícil rebater o pentecostalismo(clássico)". Muito me alegrei com a afirmação dele, pois vi uma mudança na mentalidade dele em relação ao pentecostalismo.
O téologo cessacionista Vicent Cheung, reconhece que há muitos eruditos que refutam o cessacionismo e exorta as cessacionistas a responderem a esses eruditos. Cheung viu que era um erro grave querer combater o pensamento pentecostal baseando argumentos contra Benny Hinn ou Kenneth Copeland.
Nós pentecostais, vamos ganhar respeito mostrando as falácias do cessacionismo( que é uma teologia muito fraca), isso com argumentos fortes. Vejo falta desse tipo de literatura no mercado. Mas esse blog tem feito um belo papel para a Teologia Pentecostal.
Eu, a algum tempo, escrevi um texto "Pentecostais. Movimento sem doutrina?", em que rebato essa idéia que pentecostal não valoriza o ensino bíblico.(www.teologiapentecostal.blogspot.com/2007/06/pentecostais-movimento-sem-doutrina.html)
Parabéns pela defesa da fé pentecostal, pr. Ciro!
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com
CSZ
Infelzimente esses grupos mensoprezam e constantemnete confundem os pentecostais com o neopentecostais, o que é absurdo.
Abraços, pasotr Ciro e paz do Senhor!!!
Mas a razão pela qual resolvi responder ao artigo em apreço é o fato de ele ir de encontro (e não ao encontro) do que dizem as Escrituras. Por outro lado, fico feliz em saber que há mais pessoas preocupadas em defender o pentecostalismo à luz da Bíblia.
Um abraço!
CSZ
O Apostolo Paulo faz tanta restrição pelo uso da linguas que se seguir a risca será dificil ouví-la constatemente. 1Cor14.
Outro fato se a lingua é estranha porque os proselitos que estavam na festa de pentecoste ouviram os apostolos falar em seus proprio idiomas glorificarem a Deus, sendo que no original grego a palavra usado por Lucas quanto a linguas e a mesma utilizada por Paulo.
E para finalizar, por que os outros Apostolos não comentam a respeito do dom de variedades de linguas e não dão instruções como Paulo.
Antes de me considerar o tradicional, sou pentecostal a anos e estou quase me convertendo de novo, será que estou sendo influenciado por filosofias frivolas que não edificam a ninguem, pois conhecimento sem a pratica do evangelho gera frustração e estou a beira da mesma. Ajudem-me
Paz do Senhor
O derramamento ocorrido no dia de Pentecostes foi inaugural (Lc 24.49; At 2.39). Depois daquele memorável dia, vários outros derramamentos vêm acontecendo entre pequenos, médios e grandes grupos. E, se alguns não têm desfrutado desse poder do alto, a falha não é do Senhor (2 Cr 7.14; Jr 29.13; 33.3; Mt 7.7ss).
O apostolo Paulo não faz restrição aos dons espirituais, mas ele enfatiza que tudo deve ser feito com ordem e decência (1 Co 14). Estude a Palavra de Deus sem preconceito.
As línguas são estranhas de quem as pronuncia, e não necessariamente de quem as ouve. Daí os que estavam no Pentecostes ouvirem os crentes falarem em seus idiomas. E Paulo com certeza falou em 1 Coríntios 14 de línguas vindas do Espírito, pois é preciso ORAR para interpretá-las. Repito, meu caro: estude as Escrituras sem preconceito.
Por que os outros apóstolos não comentam a respeito do dom de variedades de linguas e não dão instruções como Paulo? Ora, por que, agora eu lhe pergunto, só o Apocalipse fala de 7 igrejas, 7 selos, 7 taças e 7 trombetas? O fato de uma verdade estar um único livro a invalida? Seja imparcial, por favor. Essa sua pergunta não vale como argumento.
Se você se considera pentecostal, creia na Bíblia como ela é. Aliás, esse tipo de rótulo (tradicional, pentecostal, etc.) não leva a nada. O que vale é ser fiel a Deus segundo as Escrituras. Você está disposto a isso, ou prefere fazer valer o seu raciocínio?
Que Deus o abençoe!
CSZ
Fui pentecostal por mais de 28 anos e tinha muitas dúvidas a respeito do Capítulo 14 da I Carta de Paulo aos Coríntios, dúvidas essas que nenhum pentecostal pode me explicar, quando muito tentava contextualizar. Analisando essa passagem bíblica vi que muito do que hoje é dito que são dons do Espírito Santo (principalmente o de línguas e profecias) é uma falácia. Se fôssemos colocar o filtro de I Co. 14, muitas das manifestações pentecostais cairiam por terra. Com tudo isso, resolvi me filiar a uma igreja dita "tradicional" já que nenhuma igreja pentecostal da minha cidade conseguiu se adequar aos ensino inspirado do Apóstolo Paulo a respeito dos dons. Uma coisa eu tenho certeza: Vou ganhar a vida eterna, porque foi para isso que Cristo morreu na cruz e estou vivendo feliz assim.
Que a Paz esteja com todos.
Marcos Paulo.
Nada tenho contra a sua decisão de freqüentar uma igreja "tradicional". Entretanto, não vejo com bons olhos essa rotulação: "Fui pentecostal". O importante não ter rótulos, e sim andar segundo a Palavra de Deus. E o batismo com o Espírito Santo e os dons do Espírito são verdades bíblicas, aceitemo-las ou não.
1 Coríntios 14 deixa claro que os dons são necessidades da igreja e devemos buscá-los, principalmente o de profetizar.
Sei que nenhum pentecostal pôde ajudá-lo, mas procure analisar o texto sagrado sem preconceito, respeitando a Palavra de Deus, e não importando para o texto sagrado idéias preconcebidas.
Eu concordo com o irmão de que muito do que consideram dons do Espírito Santo são falácias, mas o batismo com o Espírito e os dons são realidades bíblicas, verdades incontestáveis, repito, aceitemo-las ou não. Não precisamos aceitá-las para que sejam verdadeiras. A Palavra de Deus é a verdade.
Se fôssemos filtrar as manifestações da atualidade à luz da Bíblia, muitas delas deveriam ser mesmo rejeitadas, porém isso não invalida a genuína operação sobrenatural e multiforme advinda do Parácleto.
Em Cristo,
CSZ
Que o Espírito Santo possa continuar lhe capacitando e usando cada vez mais em defesa da nossa absoluta Bíblia!
Que a Paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo esteja com você e os seus!
Agradeço-lhe pelas palavras de incentivo. Seu blog está muito bom.
A paz do Senhor.
CSZ
Agradeço-lhe pelas palavras! Conte comigo!
CSZ
Sempre analisei o texto sagrado sem preconceito com os pentecostais, até porque eu me congregava numa igreja dita pentecostal, mas o problema é que eu nunca entendi o fato de que o apóstolo Paulo dava instruções de como usar o dons do Espírito e nossos líderes nunca os aplicava, chegaram até a dizer que se fôssemos regular o uso deles (dons de línguas e profecias)a igreja ficaria vazia. Sei que o batismo com o Espírito Santo e os dons do Espírito são verdades bíblicas e eu os aceito. Mas sei que tudo que Deus faz tem um propósito e acredito que esses dons já cumpriram o seu. Se um dom é bíblico e atual, seu uso não deveria ser tão discrepante com o Texto Sagrado, como por exemplo: 1) Não podia ser usado na igreja sem intérprete (dificilmente isso acontece, pelo menos eu nunca vi); 2)só duas ou três pessoas podiam falar em línguas estranhas e não podia ser ao mesmo tempo (nunca vi numa igreja essa ordem ser cumprida, todos falam ao mesmo tempo e ninguém entende o que o outro fala);3)Levando em conta o contexto do Cap. 14, as mulheres não podiam falar em línguas - o assunto do cap. 14 é o dom de línguas (na minha igreja, em cada 100, 90 são mulheres que falam em línguas). Sei que isso acontece em todas as igrejas pentecostais da minha cidade porque as visitei, e acredito (não tenho certeza) que também em todas as igrejas pentecostais do Brasil e do mundo, inclusive naquela em que o senhor é pastor. Reafirmo que acredito nas verdades bíblicas e aceito a sua prática se considerar que ela é para mim hoje. Se tudo que falei foram bobagens, ainda me resta uma razão para pensar assim: Há algo de muito errado com o dom atual de línguas, e eu prefiro pecar por excesso de zelo. Continuarei a buscar somemte o que é essencial para uma vida eterna com Deus.
Na paz.
Marcos Paulo.
Parabéns por sempre analisar o texto sagrado sem preconceito. Mas o fato de haver mau uso dos dons espirituais não deve nos afastar deles. Temos de obedecer o que está escrito em 1 Coríntios 14.1, que nos manda buscar, procurar com zelo os melhores dons.
Mas, de fato, há muitos desordenados que não se submetem às Escrituras, dando um péssimo testemunho. O interesse deles é com a quantidade de pessoas e o dinheiro que delas receberão. Nisso eu concordo plenamente com o irmão.
Parabenizo-o, aunda, por saber que o batismo com o Espírito Santo e os dons do Espírito são verdades bíblicas. Mas pensar que os dons já cumpriram o propósito de Deus é cessacionismo puro, o qual não tem nenhum respaldo das Escrituras, haja vista principalmente Atos 2.39 e 1 Tessalonicenses 5.19,20.
Se há discrepâncias, o problema é de quem as comete, porém a promessa está de pé para aqueles que desejam ser revestidos de poder, não para se ensoberbecerem, e sim para fazer a obra do Senhor com ousadia (At 4.31; 6.5-10).
Portanto...
1) Quando não há intérprete, o que pronuncia línguas dadas pelo Espírito deve se calar. Isso está claro em 1 Coríntios 14.
2) Existe mesmo mau uso dos dons quanto ao fato de duas ou três pessoas falarem em línguas estranhas, mas nem por isso os dons deixaram de existir.
3) 1 Coríntios 14 nada fala de mulheres não poderem falar em línguas ou profetizar. Onde o irmão aprendeu isso?
Não há nada de errado com o dom atual de línguas ou com qualquer outro dom do Espírito, pois estes são perfeitos. O problema está na falta de ensino da Palavra de Deus. E o irmão poderia dedicar-se a isso: a ensinar os simples a como se comportarem em relação às operações do Espírito. Pense nisso.
Continue a buscar somemte o que é essencial para uma vida eterna com Deus. Mas não se esqueça que buscar os dons espirituais é essencial.
Em Cristo,
CSZ
As vezes me pergunto qual seria a linha teologica de Paulo e os outros apostolos?
"Um pouquinho de fermento é suficiente para levedar a massa"
Observando os comentarios acima percebo que há muitos irmão o parabenizando e outros como eu e o Marcos que ousaram levantar algumas questões, mas no meu caso usei deste espaço para que irmão me esclarecesse a respeito, visto que o irmão e profeta de Deus é a palavra de Deus e verdade em sua boca, tenho sido enriquecido por este blog, mas me intresteço por este discursões frivolas, pois qual foi a recomendação de Paulo a Timoteo, prega a palavra...
Fazer continuar a seguir esta recomendação, deixando de lado todas as diferenças, pois se o pentecostalismo ou o tradicionalistmo ou qualquer outro ismo for de Deus o homem não consiguirá impedir o seu crescimento.
Parabens pastor Ciro por este Blog
continue neste trabalho abençoador na internet.
fique na Paz do Senhor
Paulo pregou o evangelho, mas também defendeu o evangelho (Fp 1.16). Daí a necessidade de trazer à tona os desvios do evangelho, não para gerar divisões, e sim para unir o povo de Deus em torno da verdade. A união é agradável diante de Deus se for em torno da verdade. Nesse caso, de nada adianta vários segmentos discrepantes em relação à Bíblia se unirem!
Portanto, as discussões aqui não são frívolas, e sim necessárias, para que nos unamos em torno da verdade. Se o irmão estudar as duas Epístolas a Timóteo (e eu não vou citar referências, pois é bom que o irmão as estude), perceberá que o apóstolo também estimulou o jovem obreiro a ser combativo em relação aos desvios da verdade.
Agradeço-lhe pelas palavras de incentivo. Continue participando deste humilde espaço.
A paz do Senhor!
CSZ
Obrigado por ser participante, espero um dia velo pregar na região onde moro proximo da Lapa-SP.
não posso esquecer já iniciei a leitura da e carta de Paulo a Timoteo, rsrsr...
Paz do Senhor.
O irmão mora na Lapa? Interessante... Quando eu morava em São Paulo, servia a Deus na Assembléia de Deus da Lapa! E costumo visitar esta igreja umas duas ou três vezes ao ano.
Agradeço-lhe pelas palavras e estou feliz em saber que está estudando as Cartas a Timóteo!
Um grande abraço!
CSZ
Deus conta conosco! Continue assim, firmado na Palavra, pois o Senhor usa quem está preparado.
Em Cristo,
CSZ
Quando eu falo que alguns dons cessaram, eu falo realmente de alguns dons, não de todos, e eu busco os dons espirituais, MAS SOMENTE OS QUE EDIFICAM A IGREJA, PORQUE ELES SÃO DADOS PARA EDIFICAR A IGREJA e não o individual. Alguns dons foram dados somente aos apóstolos, que participaram efetivamente da fundação da Igreja de Cristo. Com certeza hoje não existe mais apóstolos, e os que se intitulam assim são falsos. A igreja através dos séculos sempre viveu sem os dons miraculosos(Milagres, Curas, Línguas, Interpretação de línguas e outros), inclusive os maiores evangelistas/pregadores da história da igreja não possuiam esses dons, mas com certeza possuiam outros que eram essencias na pregação do evangelho. O próprio apóstolo Paulo, já no fim do seu ministério não possuia mais o dom de curar, vemos isso em I Tim 5.23, II Tim 4.20 e Fp. 2.26-27, o mesmo apóstolo que Deus usava para curar até mesmo através de lenços. O próprio Lutero, o grande reformador disse certa vez: "Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir." Porque isso? porque ele sabia que se os cristãos buscasse por novas revelações com certeza eles iriam achar, mas com certeza não seriam de Deus, porque Deus já havia deixado a Sua Palavra Escrita. É por isso que hoje muitos buscam por novas experiências e acham e dizem que isso é de Deus, porque estar na Palavra de Deus. SÓ QUE NEM TUDO QUE SE ENCONTRA NA PALAVRA DE DEUS É PARA NÓS HOJE, QUER UM EXEMPLO?A prática do Dízimo é bíblico mas não é para os cristãos (muitos pastores sabem disso, mas pra que ensinar o contrário se essa é a maior fonte de renda da igreja?). Outro exemplo: A função de apóstolo, que também é um dom, é bíblico, mas não é atual, mesmo assim alguns já se intitulam de apóstolo. Se querem realmente resgatar os dons temporários, precisam resgatá-los, mas que sua atuação e poder seja a mesma do passado. Hoje, as línguas estranhas não são línguas, mas meia dúzia de palavras aprendidas. Eu digo aprendidas porque das pessoas que eu conheço que falam em línguas, em cada dez, cinco falam as mesmas palavras, meras repetições, eu vejo isso tanto com pessoas que eu conheço, quanto com tele-evangelistas que falam as mesmas línguas em rede nacional (seria cômico se não fosse trágico). Uma vez uma irmãzinha veio pregar na minha antiga igreja e na hora dela orar, falou em línguas idênticas (letra por letra, palavra por palavra) a de uma irmãzinha da nossa congregação. Mas se está na Bíblia e dizem que esse dom (e outros) é para nós hoje, o que eu posso fazer? Duas saídas eu tinha: compactuar ou sair do meio deste povo. Escolhi a segunda opção. Como bem disse o irmão Luciano, cessacionistas e não-cessacionistas poderiam ficar debatendo dias e dias e não chegariam a um acordo. Para mim basta. Não quero um dom que só fez dividir a igreja. Um dom que não é nem a sombra do dom apostólico.
Em tempo: o versículo que diz que as mulheres não poderiam falar na igraja é o de nº 34. Sei que não devemos isolar um versículo e interpretá-lo por si só e sim vermos o contexto, e o contexto do Cap. 14 e o uso dos dons de línguas e profecias.
Em 1 Coríntios 14, Paulo não divide as línguas em duas modalidades diferentes (sinal e dom) porque não há diferença que justifique essa divisão. Toda língua é, ao mesmo tempo, sinal e dom. É sinal para os incrédulos (1Co 14. 22), no sentido de possibilitar convencê-los do poder de Deus - desde que seja usada com reverência, para não acabar surtindo efeito contrário (v.23) - e é dom de Deus, dado pela sua graça, não por nossos méritos, àqueles a quem o Senhor desejar (não à todos).
Muitas vezes a expressão “dom” encontra-se na bíblia de forma destacada (no singular ou precedida de artigo definido), o que não significa que esse dom seja maior ou pré-requisito para os demais, o que seria uma contradição com os ensinamentos do apóstolo. Mas, justamente por ser o menor dos dons, o dom de línguas era (e ainda é) o mais comum.
Dessa forma, a grande maioria das pessoas é batizada pelo Espírito Santo a partir do recebimento do dom de línguas. Mas não podemos impor padrões ao Espírito Santo, como que querendo dar direção ao vento. Já vi muitos irmãos que exercem dons espirituais diversos sem nunca terem falado em línguas. Esse é o caso, inclusive de Willian Seymor, um dos pioneiros do pentecostalimo moderno. Isso evidencia que as línguas não são pré-requisito para os demais dons, é apenas um dos dons, mais precisamente o menor deles.
Nenhum dom cessou, pois são dons do Espírito Santo. Esqueça disso. Apegue-se à verdade da Palavra de Deus e não se baseia no raciocínio humano. A Palavra de Deus está acima de nossas argumentações.
Não é porque não entendemos nem experimentamos um dom, que ele tenha deixado de existir. Não é porque você não vê necessidade de alguns dons, que eles cessaram...
Todos os dons do Espírito Santo edificam a Igreja!
A Igreja foi e continua sendo edificada. Isso é um processo contínuo, até ao Arrebatamento da Igreja (Ef 4.11-15).
Concordo que há muitos falsos apóstolos, e a Palavra de Deus também (2 Tm 4.1-5; 2 Pe 2.1,2; At 20.27-31).
Esta é uma afirmação típica dos cessacionistass: "A igreja através dos séculos sempre viveu sem os dons miraculosos (Milagres, Curas, Línguas, Interpretação de línguas e outros), inclusive os maiores evangelistas/pregadores da história da igreja não possuiam esses dons, mas com certeza possuiam outros que eram essencias na pregação do evangelho". Fique com a Palavra de Deus, meu caro. Ela é a verdade. Teólogos, historiadores e filósofos podem ajudar... Mas também podem atrapalhar na busca pela verdade. Cuidado!
De onde o irmão tirou essa idéia de que o apóstolo Paulo, no fim do seu ministério não possuia mais o dom de curar? Quem disse que o dom era dele??? O dom é do Espírito, meu caro! O fato de um dom não se manifestar na vida de alguém não denota que ele tenha deixado de existir... Por favor, fique com a Palavra de Deus!
Oh, Lutero fez isso e aquilo... Sim, Lutero foi um grande homem... Mas, quem é ele, se o compararmos com as insuperáveis verdades da Palavra do Senhor, que permanecem para sempre?
O irmão está confundindo o fato de o crente crer na atualidade dos dons com abandono da suficiência das Escrituras. Uma coisa nada tem que ver com a outra. E o crente que busca os dons em sinceridade tem até maior desenvoltura na interpretação das verdades reveladas nas Escrituras.
A prática do Dízimo? Meu Deus, o irmão agora mudou completamente de assunto! Sim, o dízimo é bíblico e necessário, à luz da Bíblia, a despeito dos enganadores de plantão. Espero que você não esteja cheio de razão, pois então eu terei perdido o meu tempo ao lhe responder essas perguntas...
Meu caro, com todo o respeito, o irmão está questionando o inquestionável. O que a Palavra de Deus diz não se discute. Vou parar por aqui...
Não é o fato de haver mau uso dos dons espirituais que anula essa operação do Espírito. Acorde, por favor! Línguas estranhas não são aprendidas. O irmão só está vendo o mau uso por parte de pessoas, e não a perfeição dos dons descrita pelas Escrituras.
O irmão se baseia em pessoas que dizem, fazem... Fique com a Palavra de Deus, meu caro, e não com o experiencialismo.
Em tempo: à luz do contexto, o versículo 34 nada fala de línguas estranhas.
Respeitosamente,
CSZ
A sua afirmação de que em 1 Coríntios 14 Paulo não divide as línguas em duas modalidades diferentes (sinal e dom) não reflete boa exegese. São todos usados com o dom de variedade de línguas? Não. Estude o contexto.
A Bíblia não diz que as línguas são o menor dos dons! Mas que não há edificação no fato de que alguém falar línguas o tempo todo sem interpretação.
Deus usa pessoas com dons diversos, mas o revestimento de poder é sim uma necessidade (Lc 24.49; At 1.8) e a porta para que sejamos usados sobrenaturalmente pelo Espírito Santo.
CSZ
Tenho a impressão de que o irmão já possui opinião formada quanto ao que temos discutido, posto que demonstra ser um expert no assunto. Isso ficou claro em seu último comentário (não publicado).
Com todo respeito, o meu desejo é ajudar pessoas que queiram ter um esclarecimento acerca da doutrina bíblico-pentecostal, e não participar de um interminável "ping-pong".
Se o irmão já se julga sabedor, a ponto de discordar até do erudito Antonio Gilberto, editor da Bíblia de Estudo Pentecostal, tradutor e sobretudo um dos homens mais piedosos que conheço, vejo que este humilde blog não está a altura de ajudá-lo.
Aconselho-o, por conseguinte, a procurar um fórum de debates, a fim de fazer valer as suas argumentações entre eruditos. Mas não me tenha mal pela franqueza.
Em Cristo,
CSZ
OBS: Não idolatre teólogos, reverendos, etc., pois eles estão sujeitos às mesmas falhas que nós. Pratique aquilo que o sr. mesmo recomendou no livro "Erros que os pregadores devem evitar": Colocar a Bíblia como regra de fé e prática.
(Sei que esse comentário também não será publicado, mas ficarei feliz se ao menos o irmão refletir sobre isso)
Eu entendo o seu desejo e a sua ânsia em encontrar alguém que queira ficar argumentando, a fim de ver quem debate melhor, com intermináveis réplicas e tréplicas...
Olha, sem ironia, na Internet há muitos fóruns em que o irmão poderá fazer isso. São espaços em que pessoas que geralmente (ge-ral-men-te) não aceitam o que os textos bíblicos inquestionáveis dizem podem contestá-los, fazendo valer as suas particulares interpretações...
Não me mande parar de fazer ironias, por favor, pois esta é uma figura de linguagem muito eficaz, usada inclusive por Elias, Jó, Jesus, Paulo, etc. Se o irmão não gostou da minha ironia, me perdoe, mas procure extrair dela o conselho nela embutido: o de usar o seu talento no lugar certo. Quem é este pobre escritor para debater com alguém tão sábio e dono de um vasto cabedal?
Não, meu caro, não idolatro teólogos, reverendos, etc., pois sei que eles estão sujeitos às mesmas falhas que nós, sim. Mas a Palavra de Deus não é apenas regra de fé e prática, como o irmão disse. Ela é também regra de VIVER. E eu acho que é isso que lhe falta, com todo o respeito.
(Por que eu não publicaria esse seu comentário? Pode ficar feliz, pois eu refleti sobre o que disse; e também espero que faça o mesmo sobre o que este humilde escritor lhe responde.)
Em Cristo,
CSZ
Ainda com relação à questão da cessação de alguns dons espirituais, ainda acredito que isso é uma realidade bíblica. Não é porque a igreja primitiva desfrutava desses que a igreja moderna também deva desfrutar, como o senhor deixa a entender. O fato de que os homens santos do passado experimentaram algo não nos credencia a experimentar hoje. Um exemplo é a função de apóstolo. A Bíblia não diz que esta função iria desaparecer, mas sabemos que esta desapareceu com igreja alicerçada no Firme Fundamento. O senhor acha que existem apóstolos ainda hoje? O Senhor acha que ainda hoje existem curas milagrosas com um simples toque da mão do homem de Deus? O senhor acha que existe algum homem de Deus cuja sombra cure pessoas? Coxos ainda hoje são restaurados com apenas uma palavra? Eu pessoalmente acho que não, e o que existe por aí são todas falsificações, imitações baratas, no entanto sabemos que essas curas existiram. Todas estas manifestações são bíblicas, mas porque não encontramos hoje manifestações iguais ou maiores, como até mesmo foi prometido aos apóstolos em Jo. 14:12? (Aí está a segredo – a promessa foi para os apóstolos). Tudo o que os apóstolos fizeram através do poder de Deus tiveram um propósito. Eu entendo isso quando leio II Co. 12:12 onde Paulo diz que os sinais, prodígios e poderes miraculosos são as credenciais do seu apostolado. Também em Heb.2:3-4 quando o autor diz que a salvação que foi anunciada primeiramente por Jesus foi sendo testificada pelos apóstolos com sinais,milagres e várias maravilhas e dons do Espírito Santo. Hoje acredito que não exista mais a operação dos dons extraordinários e os únicos milagres que vamos ver agora serão os profetizados por Jesus em Mat.24:24 “ porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos e II Tess. 2:9-12. Já estão surgindo falsos apóstolos e daqui a pouco estarão aparecendo falsos profetas e falsos Cristos e enganarão a muitos. Considero o senhor é um homem muito sábio e confesso que aprendi lendo seus artigos, mas, com relação a esse assunto, o que aprendi (dentro da Palavra) já é suficiente. Continuarei a buscar os dons do Espírito Santo, mas somente os que forem úteis para edificação da igreja ( I Co. 12:31). Aliás, foi isso que a igreja tentou fazer por toda a sua história, até o início do séc XX.
Obrigado por publicar meus comentários e espero não mais voltar para comentar sobre esse assunto.
Na paz.
Nenhum dom cessou porque os dons são DO ESPÍRITO. Os dons espirituais não são nem foram exclusividades de pessoas. Não! São dotações do Espírito, e é Ele quem distribui particularmente a cada um, COMO ELE QUER (1 Co 12.11).
Essa sua argumentação é racional. Lembre-se de que a fé precede a razão. Ademais, não temos de nos acomodar ao que aparentemente é prático. O Espírito conhece a igreja e sabe o que ela precisa. Precisamos buscar o IDEAL, e não o que nos parece prático e coerente. A obra de "não vai com a cabeça doi homem", mas "pelo Espírito" (Zc 4.6).
E tudo isso não sou eu quem deixa entender. É a Palavra de Deus que não deixa dúvidas da atualidade e necessidade dos dons (At 2.39).
O fato de que os homens santos do passado experimentaram algo não nos credencia a experimentar hoje? Onde o irmão aprendeu isso, com todo o respeito? Já leu Marcos 16.15-20 e João 14.12? O que dizem essas passagens?
O dom de apóstolo que o Espírito dá é uma realidade para hoje, ainda não reconheçamos que haja pessoas com esse dom. O irmão está analisando essa questão do ponto de vista prático, repito, e não ideal. É preciso ver o que Deus pode e quer fazer, e não o que está acontecendo nas igrejas. Não se esqueça de que o Senhor é o mesmo (Hb 13.8).
A Bíblia não diz que o dom de apóstolo iria desaparecer. Então, por que o irmão prefere fazer valer a praticidade, o raciocínio humano? Saiba que eu não acho que haja o dom de apóstolo hoje! Eu tenho certeza disso, pois são as Escrituras que apresentam esse dom, e de maneira clara, em 1 Coríntios e Efésios, pelo menos.
"O Senhor acha que ainda hoje existem curas milagrosas com um simples toque da mão do homem de Deus?", o irmão me pergunta. E a resposta é um sonoro SIM.
"O senhor acha que existe algum homem de Deus cuja sombra cure pessoas?", o irmão me pergunta. E a minha resposta é NÃO. Primeiro, porque se o irmão ler a passagem de Atos com atenção, verá que não era sombra de Pedro que curava... Mas, sem dúvidas, o poder de Deus para curar, e os dons de curar, continuam em plena atividade.
"Coxos ainda hoje são restaurados com apenas uma palavra? Eu pessoalmente acho que não, e o que existe por aí são todas falsificações, imitações baratas, no entanto sabemos que essas curas existiram", o irmão afirma, equivocadamente, pois confunde fenômenos e ilusionismo (práticas antibíblicas) com sinais que de fato seguem aos servos de Deus, em decorrência da pregação do evangelho (Mc 16.15-20).
"Todas estas manifestações são bíblicas, mas porque não encontramos hoje manifestações iguais ou maiores, como até mesmo foi prometido aos apóstolos em João 14.12?", o irmão pergunta. Entretanto, eu tenho visto Deus fazer maravilhas em nossos dias, se bem que há também muitos enganadores, para que se cumpra a Palavra de Deus (2 Tm 4.1-5; 2 Pe 2.1,2).
"Hoje acredito que não exista mais a operação dos dons extraordinários e os únicos milagres que vamos ver agora serão os profetizados por Jesus em Mateus 24.24: 'porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos' e 2 Tessalonicenses 2.9-12", o irmão afirma. Veja como o próprio irmão admite que tem como fonte de autoridade a sua própria razão, ao dizer "eu acredito que". Uma coisa é o que pensamos, e outra bem diferente é o que as Escrituras dizem.
"Continuarei a buscar os dons do Espírito Santo, mas somente os que forem úteis para edificação da igreja (1 co 12.31)", o irmão diz, de maneira paradoxal, pois quem somos nós para selecionar os dons ou restringi-los? Siga a Palavra, meu amado. Busque os melhores dons, principalmente o de profetizar (1 Co 14.1). Todos os dons do Espírito estão à nossa disposição!
Agradeço-lhe pelas perguntas, pois elas com certeza levarão os irmãos blogueiros a refletirem sobre essas importantes verdades bíblicas.
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi
não sei se minha duvida é pertinente, mas quero aproveitar o espaço para te fazer uma pergunta.
Durante muitos anos a igreja literalmente proibia diversas situações por acreditar que as tais situações fazia mal aos fieis da igreja. Com o decorrer dos anos, muitas igrejas foram mudando de postura quanto as suas proibições. Diminuíram as doutrinas, consequentemente começaram permitir coisas que antes não aceitava.
Criou-se a famosa frase: é melhor instruir do que proibir. Ou seja, as igrejas começaram abordar temas com mais liberdade e automaticamente trouxe esses temas para dentro de suas congregações com abordagens normais e em até certo ponto banais.
O resultado de hoje é... Igrejas Liberais de todo o tipo. Boates Gospel's, Butecrente (Bar de Crentes), jovens cristão "ficando", distribuição de camisinhas para evitar a gravidez, etc.
Diante dessa situações, seguindo o ponto de vista Cristão, qual a melhor opção para igreja. Proibir ou Instruir?
A Paz do Senhor Jesus Cristo.
1. Sua apologia da “fé [doutrina] que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3) é bíblica. Reflete o pensamento apostólico: “porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” (Atos 4:20).
2. As experiências sobrenaturais, genuinamente divinas, são partes do Evangelho: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.” (1 Coríntios 2.9; Lucas 11.13).
3. Incrível, extraordinário, também, tem sido a apologia que os “cessacionistas” e seus discípulos têm feito contra a “glossolalia” (1Co 14.2) e tudo que diz respeito às manifestações do Espírito, na Igreja, hoje. Põem tudo “na vala comum dos excessos” do neopentecostalismo: ridicularizam, menosprezam, discriminam, e (em alguns lugares...) agridem verbalmente os irmãos em Cristo. É “mistério” ...
4. O Espírito Santo é Deus. É por meio d´Ele que os sinais acontecem. Como alguns ousam se expressar sem o mínimo de prudência neste negócio (At 5.38,39)? Lembrei-me dos amigos de Jó (Jó 42.7; Salmos 50.21 ).
5. Se houve um tempo, neste mundo, em que se pudesse prescindir dos dons espirituais para fazer frente às hostes infernais e testemunhar às pessoas acerca do Evangelho, esse tempo deveria ter sido os dias apostólicos. Explico.
6. Eles eram comissionados (apóstolos) do próprio Deus encarnado; eram discípulos do “Messias” (tinham convicção disso!); haviam recebido poder diretamente do Príncipe da Vida; haviam sofrido uma transformação metafísica inédita (o novo nascimento); foram testemunhas oculares da ressurreição do Cristo; foram iluminados para compreender as Escrituras veterotestamentárias, como nenhum outro profeta; já haviam dado provas de coragem ao andar com Jesus; etc. Ou seja: nunca houve e nem jamais haverá uma militância tão bem preparada e motivada como a formada pelos discípulos de Jesus. Entretanto, o que eles ouvem do Mestre?
7. “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lucas 24:49)
8. Por que ?
9. “porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Efésios 6.12).
10. GENTE, NOSSA LUTA É CONTRA DEMÔNIOS! Seres que existiram antes de nós e que continuarão a existir, até que “... o Deus de paz [que] esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés.” (Rm 16.20a) os faça “...cessar de perturbar os retos caminhos do Senhor” (Atos 13.10b).
11. Pergunto: Será também que a capacidade do “diabo” para matar, roubar e destruir; se opor e “enganar” (2Co 11.3); corromper, neutralizar e iludir também “cessou” no primeiro século? Será que estas hostes espirituais “enfraqueceram” na luta contra os santos e a Igreja?
12. Se o inimigo não mudou e a guerra também não: o que foi acrescido ao nosso “arsenal espiritual”, contra estes velhos e letais inimigos, que nos induz a pensar que poderemos fazer a obra de Deus sem igual “revestimento de poder” ?!
13. Será que alguém se lembra da doutrina sobre a inerrância e a , infalibilidade da Bíblia Sagrada, quanto às promessas de Deus (Jesus) para a Igreja, inclusive (Atos 2.39; Marcos 16.17,18)?
14. Os apóstolos foram contemporâneos de muitos falsificadores, místicos, mestres de enganos e sortilégios. O charlatanismo e o embuste de nossos dias, historicamente, eram “fichinhas” se comparados aos dias atuais. Todavia, eles nunca deixaram de ensinar a Igreja acerca dos dons espirituais, a fim de que cressem e orassem por esta benção distinta entre as múltiplas bênçãos concedidas pelo Espírito Santo.
15. É preciso crer e esperar. “Ele vos guiará em toda a verdade” (Jo 16.13b).
Um abração. Medite: Ef 3.20,21.
A Paz do Senhor.
Paulo Ceroll.
Quero deixar uma "pulga" para coçar o seu pensamento, pois com base nas Sagradas Escituras você deve amar o "teu" "deus" de todo o teu pensamento:
"Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" - Mateus 16:18.
1 - Este texto é credível?
2 - Jesus fez mesmo tal promessa?
3 - Então por quê existe tantas denominações?
4 - Você não crê que este testo é verdadeiro? Assim sendo então só existe uma igreja fundada por jesus e ela existe até hoje e vai existir até quando ele voltar?
Um Forte e Terno Abraço,
Hirialte Santos - Lisboa - Portugal
hirialte_santos@hotmail.com
Vou ser bem sucinto e franco com você. Mas não me venha com essa história de "pulga", pois se há dois insetos insuportáveis são a pulga e o pernilongo... Que fiquem pra lá!
Quanto ao texto de Mateus 16.18, respondo-lhe...
"1 - Este texto é credível?"
Resposta: SIM, pois é a Palavra de Deus. Eu creio. Se você não quiser crer, sinto muito. Crendo você ou não, a Palavra de Deus continua sendo verdadeira.
"2 - Jesus fez mesmo tal promessa?"
Resposta: É óbvio que sim.
"3 - Então por quê existe tantas denominações?"
Resposta: Porque a humanidade tem livre-arbítio e escolhe o caminho que quiser seguir.
"4 - Você não crê que este testo é verdadeiro? Assim sendo então só existe uma igreja fundada por jesus e ela existe até hoje e vai existir até quando ele voltar?"
Resposta: Só existe uma Igreja fundada por Jesus, e ela não é a Igreja Católica Romana nem as denominações evangélicas. Não confunda Igreja como Corpo de Cristo com organizações. Não confunda organismo com organização.
Outro forte e terno abraço!
CSZ
A questão é que esse assunto dos dons é muito confusa, se não fosse nao teria milhões de cada lado. Não quero tratar disso como se fosse partidos, mas pra mim, que me considero novo na fé por ter sido transformado em amor à apenas alguns meses, não consigo negar os dons na atualidade[por ter frequentado a assembleia por 20 anos] embora eles [cessacionistas] conseguiram ser bem convincentes.
Numa outra ocasião eu gostaria de colocar meus argumentos para que você pudesse me ajudar. Preciso disso.
Mas a questão atual é: Eu já batizei, mas sem ter consciencia de nada na época, inclusive depois do meu batismo, minha vida nunca foi tão ruim (não estou dizendo que foi o batismo, estou falando que a época seguinte foi ruim) e tenho convicção que preciso batizar novamente, ja que hoje eu me arrependi dos meus pecados e já os confessei (nunca tinha feito isso).
Gostaria de saber se posso me batizar sem que essa questão a respeito dos DONS MIRACULOSOS esteja clara pra mim. Afinal, tendo ou não cessado, eu continuarei a buscar a Cristo. "Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo" 1 Pedro 3:21
Essa boa consciência se refere a tudo? Creio que não, já que nem todos se tornam peritos na palavra de Deus antes de batizar.
Espero sua resposta! Estarei conferindo no blog. MAs se você quiser o meu e-mail: thiagohenrique0102@gmail.com
Agradeço, e um abraço!
Penso que se estivermos orando e buscando a Deus com muita frequência, o batismo com o Espírito Santo torna-se inevitável, porque chega um momento que acabamos por dar muito lugar à ação do Espírito Santo, e Ele opera!!
Tenho ouvido muitos casos de pessoas expulsas das igrejas tradicionais por terem falado línguas estranhas!
Há uns dias atrás, fiquei sabendo que em uma dessas igrejas tradicionais em minha cidade, Dourados-MS, que uma irmãzinha, comovida pela pregação muito usada por Deus do pregador, começou a falar em línguas estranhas bem alto na tal igreja!! O pregador começou a se incomodar, e pediu pra que a irmã se parasse de falar em línguas estranhas alto, porque tinha que ter intérprete (o que mostra que esse pregador é conhecedor do que é relatado na Bíblia)!!
Resultado ?? Não passou muito e o pregador estava interpretando as línguas estranhas da irmã!!
Quando Deus age, penso eu ser dificil (penso até impossível) de resistir!!
Isso aconteceu em uma igreja tradicional, e eu não estava presente, porque sou da igreja Assembléia de Deus aqui em minha cidade, e ouvi por outro conhecido!
Deus seja louvado!
Parabenizo-o por sua corajosa e equilibrada réplica, empenhando-se para desmontar a falsa imagem que certos anti-pentecostais fundamentalistas formaram a partir de estereótipos marcados pelo exagero.
Sou pentecostal, porém não concordo com a idéia de que Batismo no ES e Línguas estejam necessariamente ligados. Considero-me "batizada" desde o momento em que me "caiu a ficha" (após 20 anos de igreja e 5 de batismo nas águas) do Evangelho verdadeiro e do real perdão de meus pecados. Experiência inexplicável, radical e patente - embora eu não tenha falado em línguas. Creio que foi ali que "me converti" de verdade e fui selada para a salvação eterna.
Divergências à parte - mais uma vez parabéns pela ousadia e equilíbrio. Deus continue o abençoando!
Depois de mais de um ano estou de volta ao teu blogão.
E gostaria de saber de ti qual é a única igreja fundada por Jesus Cristo e se ela está presente entre nós hoje?
Grato Hirialte de Lisboa que agora voltou para o BRasil!