Os pentecostais são conhecidos como o povo do barulho e criticados pelos anti-pentecostais por isso. Eu não sou contra orar em voz alta, coletivamente, pois isso tem apoio bíblico, nos Salmos e Novo Testamento. No entanto, gritos exagerados, na oração, devem ser evitados, para que se mantenha a boa ordem do culto (1 Co 14.40) e não se incomode os vizinhos, como vemos na foto ao lado...
Mas não é sobre oração em voz alta que quero falar, e sim sobre certos estilos musicais, como o rock, que exigem um elevado volume de som, os quais vêm sendo adotados por líderes de "louvor" que desconhem os perigos da "música pesada".
O nosso ouvido não suporta altos níveis de ruído. Como a intensidade de som — medida em decibéis — aumenta de forma logarítmica, e não aritmética, um simples aumento de três decibéis implica dobrar a intensidade do som. Como comparativo, um aspirador de pó chega a produzir oitenta decibéis; já uma turbina de avião, 120.
Já se constatou, por meio de estudos científicos, que o ouvido humano pode suportar, sem prejuízo auditivo, as seguintes taxas: a 111 decibéis, quase quatro minutos; a 120, cerca de 28 segundos; a 129, quase quatro segundos; e a 138 decibéis, o ouvido suportaria menos da metade de um segundo! Não é por acaso que há várias pessoas com deficiência auditiva.
Em algumas cidades brasileiras, as reclamações a respeito do barulho nas igrejas são tantas, que levaram as prefeituras a obrigar as instituições e espaços destinados a cultos religiosos a ter dispositivos de proteção acústica (bloqueadores de ruídos), prometendo multar, cassar licença, retirar equipamentos sonoros ou até fechar os estabelecimentos em que o barulho ultrapassasse os limites para cada zona e horário. Devemos encarar isso como uma perseguição aos evangélicos?
Em Colossenses 3.16, está escrito: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração”.
Salmos — eram os mesmos contidos no Antigo Testamento, transformados em hinos de adoração.
Hinos — eram as composições de louvor a Deus e ao Senhor Jesus Cristo cujas letras não tinham sido extraídas do livro de Salmos.
Cânticos espirituais — englobavam uma gama maior de composições líricas, inclusive os outros dois tipos mencionados.
Considerando que cântico é o encontro entre a voz, a música e a letra, quando esses três elementos são consagrados a Deus e aceitos por Ele, temos um cântico espiritual. Para termos a certeza de que o Senhor se agrada de um cântico (voz, música e letra), devemos submetê-lo ao crivo de Filipenses 4.8. É verdadeiro? É honesto? É justo? É puro? É amável? É de boa fama? Há nele alguma virtude e algum louvor? Tudo o que fazemos deve ser para a glória de Deus (1 Co 10.31).
É boa a fama do rock? Desde a sua origem, esse estilo está relacionado com imoralidade, drogas, ocultismo e violência. Basta lembrarmo-nos do slogan “Sexo, drogas e rock and roll”. E o que dizer de estilos como funk, reggae, axé, hip-hop, samba e forró? Procure conhecer um pouco da história desses estilos antes de pensar que sou extremista.
Mas não é sobre oração em voz alta que quero falar, e sim sobre certos estilos musicais, como o rock, que exigem um elevado volume de som, os quais vêm sendo adotados por líderes de "louvor" que desconhem os perigos da "música pesada".
O nosso ouvido não suporta altos níveis de ruído. Como a intensidade de som — medida em decibéis — aumenta de forma logarítmica, e não aritmética, um simples aumento de três decibéis implica dobrar a intensidade do som. Como comparativo, um aspirador de pó chega a produzir oitenta decibéis; já uma turbina de avião, 120.
Já se constatou, por meio de estudos científicos, que o ouvido humano pode suportar, sem prejuízo auditivo, as seguintes taxas: a 111 decibéis, quase quatro minutos; a 120, cerca de 28 segundos; a 129, quase quatro segundos; e a 138 decibéis, o ouvido suportaria menos da metade de um segundo! Não é por acaso que há várias pessoas com deficiência auditiva.
Em algumas cidades brasileiras, as reclamações a respeito do barulho nas igrejas são tantas, que levaram as prefeituras a obrigar as instituições e espaços destinados a cultos religiosos a ter dispositivos de proteção acústica (bloqueadores de ruídos), prometendo multar, cassar licença, retirar equipamentos sonoros ou até fechar os estabelecimentos em que o barulho ultrapassasse os limites para cada zona e horário. Devemos encarar isso como uma perseguição aos evangélicos?
Em Colossenses 3.16, está escrito: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração”.
Salmos — eram os mesmos contidos no Antigo Testamento, transformados em hinos de adoração.
Hinos — eram as composições de louvor a Deus e ao Senhor Jesus Cristo cujas letras não tinham sido extraídas do livro de Salmos.
Cânticos espirituais — englobavam uma gama maior de composições líricas, inclusive os outros dois tipos mencionados.
Considerando que cântico é o encontro entre a voz, a música e a letra, quando esses três elementos são consagrados a Deus e aceitos por Ele, temos um cântico espiritual. Para termos a certeza de que o Senhor se agrada de um cântico (voz, música e letra), devemos submetê-lo ao crivo de Filipenses 4.8. É verdadeiro? É honesto? É justo? É puro? É amável? É de boa fama? Há nele alguma virtude e algum louvor? Tudo o que fazemos deve ser para a glória de Deus (1 Co 10.31).
É boa a fama do rock? Desde a sua origem, esse estilo está relacionado com imoralidade, drogas, ocultismo e violência. Basta lembrarmo-nos do slogan “Sexo, drogas e rock and roll”. E o que dizer de estilos como funk, reggae, axé, hip-hop, samba e forró? Procure conhecer um pouco da história desses estilos antes de pensar que sou extremista.
Existem três maneiras de se ouvir música:
Com o corpo — quem ouve com o corpo se deixa dominar pelo “embalo” da música.
Com a emoção — quem ouve emotivamente permite que a música comande os seus sentimentos e emoções.
Com o intelecto — essa é a forma correta de se ouvir, sabendo discernir a música. E isso só é possível quando não se prioriza o ritmo. O culto a Deus deve ser espiritual e, ao mesmo tempo, racional (Jo 4.24; Rm 12.1; 1 Co 14.15).
Muitos crentes cantam e tocam sem louvar ao Senhor, como acontecia nos dias do profeta Isaías (29.13). As palavras de louvor devem nascer em um coração preparado (Sl 57.7), mas somente as letras cristãs ou bíblicas não são suficientes para tornar um cântico apropriado para o louvor. Lembre-se de que o cântico só é espiritual quando todos os seus elementos (voz, letra e música) o são.
A música é formada por três elementos:
Melodia — sucessão ascendente e descendente de sons a intervalos e alturas variáveis, formando um fraseado; é adornada pela harmonia e acentuada pelo ritmo, embora possa ser compreendida isoladamente.
Harmonia — combinação de sons simultâneos, emitidos no mesmo instante, tendo como base a tonalidade; e como princípio gerador a estrutura do acorde.
Ritmo — sucessão regular de tempos fortes e fracos cuja função é estruturar uma obra musical.
Esses três elementos, intrínsecos na música, se relacionam com o homem, que também é tripartido: espírito, alma e corpo. Nesse caso, o elemento mais importante da música, a melodia, relaciona-se com a parte mais profunda do ser humano, o seu espírito. E assim por diante.
Assim, o estilo musical apropriado para o cântico de adoração é o que tem como essência a melodia, pois é ela que se relaciona com o espírito (Jo 4.23,24). Há estilos carregados de agressividade e barulho, que apenas balançam o corpo, e não o coração, porque são rítmicos ao extremo; isto é, priorizam o ritmo, e não a melodia.
Melodia — relaciona-se com o espírito
Harmonia — relaciona-se com a alma
Ritmo — relaciona-se com o corpo
Infelizmente, é uma tendência do ser humano inverter as prioridades. De acordo com 1 Tessalonicenses 5.23, Deus nos santifica a partir do espírito. Mas muitos ignoram isso e, como se o versículo dissesse: “corpo, alma e espírito”, priorizam o corpo. Meditemos no que Paulo, inspirado pelo Espírito, disse aos gálatas: “Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” (Gl 3.3).
Ciro Sanches Zibordi
Com o corpo — quem ouve com o corpo se deixa dominar pelo “embalo” da música.
Com a emoção — quem ouve emotivamente permite que a música comande os seus sentimentos e emoções.
Com o intelecto — essa é a forma correta de se ouvir, sabendo discernir a música. E isso só é possível quando não se prioriza o ritmo. O culto a Deus deve ser espiritual e, ao mesmo tempo, racional (Jo 4.24; Rm 12.1; 1 Co 14.15).
Muitos crentes cantam e tocam sem louvar ao Senhor, como acontecia nos dias do profeta Isaías (29.13). As palavras de louvor devem nascer em um coração preparado (Sl 57.7), mas somente as letras cristãs ou bíblicas não são suficientes para tornar um cântico apropriado para o louvor. Lembre-se de que o cântico só é espiritual quando todos os seus elementos (voz, letra e música) o são.
A música é formada por três elementos:
Melodia — sucessão ascendente e descendente de sons a intervalos e alturas variáveis, formando um fraseado; é adornada pela harmonia e acentuada pelo ritmo, embora possa ser compreendida isoladamente.
Harmonia — combinação de sons simultâneos, emitidos no mesmo instante, tendo como base a tonalidade; e como princípio gerador a estrutura do acorde.
Ritmo — sucessão regular de tempos fortes e fracos cuja função é estruturar uma obra musical.
Esses três elementos, intrínsecos na música, se relacionam com o homem, que também é tripartido: espírito, alma e corpo. Nesse caso, o elemento mais importante da música, a melodia, relaciona-se com a parte mais profunda do ser humano, o seu espírito. E assim por diante.
Assim, o estilo musical apropriado para o cântico de adoração é o que tem como essência a melodia, pois é ela que se relaciona com o espírito (Jo 4.23,24). Há estilos carregados de agressividade e barulho, que apenas balançam o corpo, e não o coração, porque são rítmicos ao extremo; isto é, priorizam o ritmo, e não a melodia.
Melodia — relaciona-se com o espírito
Harmonia — relaciona-se com a alma
Ritmo — relaciona-se com o corpo
Infelizmente, é uma tendência do ser humano inverter as prioridades. De acordo com 1 Tessalonicenses 5.23, Deus nos santifica a partir do espírito. Mas muitos ignoram isso e, como se o versículo dissesse: “corpo, alma e espírito”, priorizam o corpo. Meditemos no que Paulo, inspirado pelo Espírito, disse aos gálatas: “Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” (Gl 3.3).
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Adorei o seu artigo.
www.diversita.blogspot.com
Abraços!
Concordo com o irmão em relação ao som pesado do heavy metal, mas também , pelo menos aqui em Minas, tem muitos irmãos cantando músicas sertanejas e caipiras de raiz nas igrejas, estilos que por sí só já se fizeram passado. Temos também o play-bach que demonstra falta de originalidade.
Me lembro da minha infância, de como foi dificil aceitar o uso da bateria, guitarra e das palmas e no entanto hoje em dia é de aceitaçã geral e não há dúvida de que é uma benção em nossa liturgia a utilização de aparelhos musicais, além é claro de toda a engenharia de som sem a qual as igrejas não poderiam atingir os tamanhos da atualidade.
Hoje em dia muitos torcem as escrituras para aceitar coisas mundanas, dizendo que isto ou aquilo não está escrito na palavra de Deus, esquecem que é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus...IPd2:19
Deus continue te usando.
Em Cristo.
Lupajov
Mais uma vez parabéns pela sua defesa da Bíblia em um tema q infelizmente muitos irmãos (principalmente os mais jovens) descordarão d vc. Mas o q importa é q a Bíblia concorda com vc, ou melhor, vc concorda com a Bíblia!
Fica na Paz do Senhor amado Pr. Ciro!
Concordo que na casa de Deus isso não combina, mas ouvir por entretenimento (desde que as letras não façam apologia a satanás) não a mal algum.