O termo “primícias”, que aparece 41 vezes nas Escrituras, significa “primeiras coisas de uma série”, como: primeiros frutos colhidos (Êx 23.19); primeiros animais nascidos (Gn 4.4, ARA); primeiros lucros (Pv 3.9) etc. Há 33 ocorrências no Antigo Testamento, sendo: vinte, no Pentateuco; seis, nos livros Históricos; três, nos Poéticos; e quatro, nos Profetas. Esse vocábulo aparece também oito vezes no Novo Testamento, mas com sentidos diferentes do empregado no texto veterotestamentário, sendo: sete, nas Epístolas (Rm 8.23; 11.16; 16.5; 1 Co 15.20,23; 16.15; Tg 1.18); e uma, em Apocalipse (14.4).
O que são as primícias para nós, hoje?
Em Êxodo 23.19 está escrito: “As primícias dos frutos da tua terra trarás à Casa do SENHOR, teu Deus” (ARA). Esta e outras passagens veterotestamentárias correlatas (cf. Êx 34.22; Lv 2.12,14; 2 Cr 31.5; Ne 13.31; Sl 78.51; Os 9.10 etc.), à luz do ensinamento sobre as contribuições financeiras contido no Novo Testamento — já que a Bíblia é análoga —, mostram que “primícias” aludem aos nossos dízimos e ofertas.
De acordo com Provérbios 3.9, fazendo-se uma aplicação baseada no ensino neotestamentário, a maneira como vemos nossas posses ou finanças revela se confiamos em Deus ou em nós mesmos. Fazendo-se uma aplicação para hoje, se, na antiga sociedade agrária, as primícias eram consideradas a parte mais importante da colheita, devemos dar a Deus as primícias do nosso salário, e não o que sobrar depois de todas as contas pagas.
Entregar ao Senhor as primícias da nossa renda é uma obrigação?
Por um lado, devemos contribuir para a obra de Deus sobretudo por amor, voluntariamente. Ou seja, deve-se ter em mente que quaisquer ofertas, dízimos ou outro tipo de contribuição devem ter como motivação o amor, e não a barganha (fr. ant. bargaignier, “fazer troca de mercadorias”).
Ofertar livremente ou contribuir com o dízimo (10% dos rendimentos) são práticas cristãs históricas, derivadas das Escrituras (Ml 3.8-10; Mt 23.23; 2 Co 9.6-15). Deus, como Supremo Arquiteto, por exemplo, criou o Tabernáculo, mas a obra-prima para as suas formação e feitura estava com o povo. Moisés, então, não precisou propor “desafios de semeadura”, pois “veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o impeliu, e trouxeram a oferta alçada ao SENHOR” (Êx 35.21).
Tudo o que temos, nesta vida, pertence ao Senhor (1 Co 4.7; Tg 1.17; Sl 24.1; Êx 13.2), inclusive o dinheiro (Ag 2.8,9). A Ele pertence não apenas 10% do que possuímos, e sim tudo (100%). O Senhor tem permitido que nós administremos o que nos tem dado, como bons despenseiros ou mordomos (1 Co 4.1; 6.19,20). E devemos ser-lhe gratos, destinando uma parte de nossa renda, as "primícias", à sua obra. No que tange às ofertas alçadas, uns dão mais, outros menos, conforme cada um se move, voluntariamente, “segundo propôs no seu coração” (2 Co 9.7).
Por outro lado, também é nossa obrigação contribuir financeiramente para a obra de Deus. Conquanto não devamos contribuir prioritariamente por obrigação, e sim espontaneamente (Êx 25.2), isso não quer dizer que tenhamos o direito de não contribuir com dízimos e ofertas para a obra do Senhor (Ml 3.8-10). O cristão que se preza sabe que "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (At 20.35).
Considerando que a contribuição financeira é análoga à evangelização, qual é a maior motivação para o servo de Deus evangelizar e contribuir para a obra de Deus? O amor a Cristo e às almas perdidas (Rm 10.1; Jd v. 23). Nesse caso, ao mesmo tempo, todos sabemos que evangelizar e contribuir financeiramente para a obra de Deus também é nossa obrigação (1 Co 9.16; Ez 33.8). Quanto ao dízimo, especificamente, ainda que deva ser entregue, a priori, por amor, em retribuição a tudo que temos recebido do Senhor, temos a obrigação, o dever, de entregá-lo: “deveis” (Mt 23.23).
Uma resposta a quem se opõe ao dízimo
Alguns oponentes do dízimo alegam que ele se refere exclusivamente a Israel, haja vista o sustento dos levitas que serviam no Templo. Segundo os tais, com a inauguração da Nova Aliança, depois do brado de Jesus na cruz (Jo 19.30), o dízimo teria sido anulado juntamente com a lei mosaica (cf. Hb 9.16,17). As igrejas de hoje precisam de manutenção, e a obra de Deus de expansão. Assim como no Templo, na Antiga Aliança, os levitas precisavam do dízimo e das ofertas alçadas para manterem o lugar de culto ao Senhor, os templos de hoje (e a obra de Deus, de maneira geral) precisam de recursos para suas manutenção e expansão.
O culto neotestamentário é análogo ao dos tempos do Antigo Testamento. Como a natureza e os fundamentos do culto não mudaram, o fato de o dízimo então ser levítico e pertencer à ordem de Arão, que era transitória, não anula a sua utilização nos dias de hoje. O dízimo cristão pertence à ordem de Melquisedeque (cf. Hb 7.1-10), mas Paulo fez referência ao dízimo levítico a fim de extrair dele o princípio de que o obreiro é digno do seu salário (1 Co 9.9-14; cf. Lv 6.16,26; Dt 18.1).
Se o Novo Testamento não reconhecesse a legitimidade da prática do dízimo levítico nos dias de hoje, Paulo jamais teria empregado textos da “lei de Moisés” para tratar da contribuição financeira. O Senhor Jesus jamais anulou o dízimo. Ele inaugurou o tempo da graça (Jo 1.17), mas isso não significa que Ele “jogou fora” ou aboliu tudo o que foi dado a Moisés, nos tempos veterotestamentários.
A obra vicária do Senhor foi eficaz no que tange a não mais dependermos da lei mosaica quanto à salvação, que se dá exclusivamente pela graça de Deus, por meio da fé (Ef 2.8,9; Tt 2.11). Entretanto, há obras que comprovam nossa salvação pela fé (Tg 2.17,18), como a contribuição financeira, relacionada com as “boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). Boa parte dos mandamentos dados a Moisés são atemporais e aplicam-se à Igreja do Senhor (cf. Mt 5-7). O Senhor Jesus não revogou toda a Lei. Quanto ao Decálogo, que é apenas um resumo da Lei, nove dos dez mandamentos foram repetidos no Novo Testamento de maneira ampliada ou modificada, com exceção do relativo à guarda do sábado (cf. Mc 2.24-28; Gl 4.8-11).
Sabemos, ainda, que a inauguração do tempo da graça não anulou todos os princípios e mandamentos divinos contidos no Antigo Testamento. Muitos deles são atemporais, como “Não adulterarás”, por exemplo, o qual Jesus não anulou, e sim o ampliou, acrescentando-lhe o aspecto psicológico (Mt 5.28). Muitos defendem a total anulação do dízimo no tempo da graça alegando que estamos libertos da lei mosaica. Ora, quais são as implicações de sua observância quanto à salvação pela graça de Deus? É pecaminoso contribuir com 10% dos rendimentos para a obra do Senhor? O ato de entregar o dízimo na igreja local é posterior à salvação pela graça e, portanto, nada tem que ver com a salvação pelas obras.
Alegam, também, os oponentes do dízimo que o Novo Testamento diz muito pouco — quase nada — acerca dele. De fato, não há muita ênfase direta ao dízimo na segunda parte da Bíblia. Por outro lado, além das poucas passagens neotestamentárias em prol do dízimo, há algumas que o mencionam de modo indireto (cf. At 4.32; 2 Co 8.1-9; 9.6ss; Fp 4.10-19). O texto de Mateus 23.23, por exemplo, é direto e claro. O que o Senhor Jesus disse já seria suficiente para nos fazer crer que a prática do dízimo é sim neotestamentária, apesar de os seus destinatários originais terem sido os fariseus. E o mais importante: não existe uma sequer que o condene!
Tomando-se uma porção maior de texto, Mateus 23.13-33, vemos que o Senhor apresentou princípios e mandamentos universais, aplicáveis à igreja hodierna. Por exemplo, no versículo 28 está escrito: “exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e iniquidade”. Não temos aqui o ensinamento de que não devemos ser hipócritas, o que se aplica a todos, e não somente aos fariseus? Indubitavelmente, ao lermos o versículo 23, estamos diante de um grande mandamento para os dias atuais. Qual? O de que devemos, ao contrário dos fariseus, ser justos, misericordiosos, bem como ter fé e contribuir para a obra de Deus, em retribuição a tudo que dEle temos recebido.
O ensino de Hebreus 7.1-10, à luz de Romanos 4.11,12,16, Gálatas 3.9 e João 8.39, também é muito claro. Como já vimos, a graça não anula todos os princípios e mandamentos divinos contidos na lei mosaica. Além disso, à luz das passagens agora citadas, o dízimo pode, perfeitamente, ser visto como uma prática atemporal, que antecede à lei dada a Moisés (cf. Gn 14.20; Lc 11.42).
Argumentam os inimigos do dízimo, ainda, que Jesus falou deste antes da inauguração da Igreja e que os apóstolos nada falaram acerca disso. Ora, há muitos mandamentos da parte de nosso Senhor que foram transmitidos antes de a Igreja ter sido inaugurada no dia de Pentecostes. São todos eles nulos? O ensinamento de Jesus em Mateus 5-9 é para a Igreja, a despeito de anteceder a sua morte expiatória. Abriremos mão das grandes verdades contidas aqui, em razão de o Senhor as ter apresentado antes da cruz? João 14-17 também é para a Igreja. Se não podemos receber como verdade neotestamentária o que o Senhor disse antes de a Igreja ter sido inaugurada (At 2), isto é, antes de sua morte e ressurreição, em quê a igreja de Atos dos Apóstolos baseava os seus ensinamentos?
Dizem, finalmente, que o dízimo hoje faz parte da Teologia da Prosperidade. Como já vimos, o fato de um crente ser dizimista, em gratidão a Deus e pensando no bem da sua obra, não deve, de modo algum, ser confundido com a prática da barganha para obter a salvação (cf. Ef 2.8-10). Não entregamos o dízimo para ser salvos, e sim porque somos salvos. Não contribuímos para a obra do Senhor querendo ser ricos (cf. 1 Tm 6.9,10). Mas o Senhor, sem dúvida, abençoa a quem contribui generosamente para a sua obra (2 Co 9.6-15; Ml 3.8-10).
A confiança de que Deus nos abençoa quando lhe somos fiéis nos dízimos e ofertas nada tem que ver com a barganha idolátrica da Teologia da Prosperidade (Ef 5.5; 2 Pe 2.3; 2 Co 2.17). Não é vedado ao obreiro do Senhor viver da obra. No Novo Testamento, vemos que o princípio veterotestamentário de que o trabalhador é digno de seu alimento (ou salário) é aplicado aos servos do Senhor (Mt 10.10; Lc 10.7; 1 Co 9.7-14; 1 Tm 5.17,18).
Portanto, como tudo foi escrito para o nosso ensino (Rm 15.4), temos de estudar a Bíblia a fim de entender como certos mandamentos, princípios e exemplos do Antigo Testamento se aplicam a nós, hoje. Graças a Deus, nem todos os crentes foram influenciados pela perigosa conduta de demonizar o dízimo, atrelando-o à tentativa de salvar-se pelas obras da lei. Caso contrário, algumas igrejas já teriam fechado as portas, haja vista o dízimo ser necessário para a manutenção e expansão da obra do Senhor na terra, assim como o era nos tempos do Antigo Testamento. Continuemos, pois, trazendo nossas primícias à Casa do Senhor (Êx 23.19).
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Parabéns pelo texto, porém, data vênia, discordo de sua opinião, pois primícias nada tem com dízimo.
Primícia é primeiro e dízimo é a décima parte. Assim, de primeiro para dez, há um longo caminho.
No Antigo testamento esses dois princípios financeiros estão claramente distintos e não podemos entender que os dois são um.
Por exemplo, nobre teólogo, em 2 Crônicas 31:5 está escrito: "E, depois que se divulgou esta ordem, os filhos de Israel trouxeram muitas primícias de trigo, mosto, azeite, mel, e de todo o produto do campo; também os dízimos de tudo trouxeram em abundância.
Veja que o autor fala de primícias e dízimos.
Já em Ezequiel 20:40, o autor faz separação entre primícia e oferta, senão, vejamos: "Porque no meu santo monte, no monte alto de Israel, diz o Senhor DEUS, ali me servirá toda a casa de Israel, toda ela naquela terra; ali me deleitarei neles, e ali requererei as vossas ofertas alçadas, e as primícias das vossas oblações, com todas as vossas coisas santas".
Portanto, pregador, uma coisa é a PRIMÍCIA, outra é o DÍZIMO e a outra é OFERTA.
1) Aconselho-o a ler o texto que escrevi novamente, devagar, com calma...
2) Quando citei os textos de 2 Crônicas e Ezequiel, fiz isso apenas para mostrar que o termo "primícias" denota "primeiras coisas de uma série" e aparece 41 vezes nas páginas sagradas.
3) Ao expor uma argumentação passo a passo, mostrei que HOJE, fazendo-se uma APLICAÇÃO, as "primícias" representam: dízimos e ofertas. Não vivemos mais em uma sociedade agrária. Por isso, primeiro perguntamos ao texto: O que isso significava nos tempos bíblicos? E, depois de obtermos a resposta a esta pergunta, fazemos outra: O QUE ISSO SIGNIFICA HOJE? Isso é exegese, meu amado irmão!
4) Lembre-se, caro irmão, que a Bíblia é análoga, isto é, a Bíblia explica a própria Bíblia.
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi
1 – O dízimo de Abraão - Gênesis 14:17-20
2 – O dízimo do rei – 1º Samuel 8:11-17
3 – O dízimo dos levitas - Números 18:21-24
4 – O dízimo das festas – Deuteronômio 14:22-27
5 – O dízimo dos pobres - Deuteronômio 14:28-29
1 – O dízimo de Abraão - Gênesis 14:17-20
2 – O dízimo do rei – 1Samuel 8:11-17
3 – O dízimo dos levitas - Números 18:21-24
4 – O dízimo das festas – Deuteronômio 14:22-27
5 – O dízimo dos pobres - Deuteronômio 14:28-29
cobrar dízimo das ovelhas, mas não usam Ml. 2::16 que fala sobre o divórcio. As ovelhas só apanham e não podem questionar. Quem questiona é rebelde. Mas a realidade é que as ovelhas estão conhecendo mais Bíblia do que certos pastores.
Exelente texto, muito bom!!
CSZ
Abraços no amor de Cristo - Pb. João Eduardo Silva.
A analogia geral da Bíblia nos ajuda a interpretar as Escrituras. Se o crente Abraão deu o dízimo (Gn 14; Hb 7), e ele é modelo para nós HOJE (Rm 4), por que seria errado fazermos o mesmo? Leia o texto mais uma vez, por gentileza.
A paz do Senhor.
CSZ
Permita-me discordar, porém, com a mente aberta para a qualquer momento concordar caso minha mente entenda o que foi proposto no post.
Não, não demonizo o dízimo. Creio que quem desejar entregá-lo para manutenção do templo, que o faça com amor. Quem desejar apenas contribuir, sem instituição de taxas, com aquilo que aprouve-lhe o coração cheio de Cristo, que o faça com amor.
Não creio que seja pecaminoso dar 10%, 20% ou qualquer que seja a quantia para a manutenção da obra. Creio que seja pecaminoso a instituição disso como Lei, e, acerca da Lei, já sabemos o que acontece se não for cumprida. E.g.: "Não adulterarás" estava na Lei, porém, continua-se aplicando como Lei? Não. Creio que a aplicação do mesmo, neste tempo chamado Hoje, trata-se de um mandamento que no coração de quem o cumpre expressa o Amor de Cristo, pois Ele ama Deus e seu/sua companheiro/a. Não há mais aquilo de "Não farei pois é Lei, se eu descumprir a Lei, de fato, serei punido!". A Lei era assim expressa. Hoje, o dízimo é instituído em algumas igrejas dessa forma ("Se não contribuir com os 10%, está roubando a DEUS!")
Se não é pecaminoso contribuir, então, não é pecaminoso deixar de contribuir com a taxa instituída (e.g.: 10% OBRIGATÓRIO). Se alguém disponibiliza-se a dar 5%, 7%, acaso estará roubando a Deus? Como posso roubá-lo se tudo que tenho, de fato, é dEle?
Por favor não entenda meu discordar como uma afronta, mas sim algumas dúvidas de um coração disposto a aprender.
Um grande abraço meu irmão, nELe, em quem podemos todas as coisas (Fp 4:13).
"A Bíblia é análoga"diz ele sempre com essa desculpa que ele acha que responde tudo!!
Mas...fazer o que ...o Blog é dele!!
Ps:Tenho todos os seus livros e minha maior birra é quando comprei um com o senhor a algum tempo e pedi que viesse com dedicatória...e nada :/...
Te amo pastor Ciro!!Desculpe a linguagem e não leve como afronta maliciosa!!É só jeito de falar!!Se onfendi me perdoe e me retratarei!!
Grande abraço
P.S. Qual é o seu nome?
CSZ
Desculpe-me... Mas desafio o irmão a ler de novo o artigo, devagar, com calma, estudando cada passagem bíblica e sempre considerando que A BÍBLIA É ANÁLOGA.
Em Cristo,
CSZ
Eu gosto de suas postagens e principalmente as apologéticas...És um servo verdadeiro!!
Grande Abraço!!
PS.Quando eu comprar outro livro do irmão quero uma dedicatória!!kkkk
Hoje sim temos necessidade!!
At 4:32-35 E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas e vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos.
E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
Deus abençoe
CSZ
O irmão é um homem de Deus e sempre paro para ouvir àqueles que Deus levantou como mestres.
Mesmo que com opiniões diferentes das que tenho hoje (não sendo em pontos essenciais da fé), eu procuro ouvir, pois Deus já me corrigiu diversas vezes, justamente pela posição ser minha e não a Dele.
Acho o ponto defendido pelo irmão correto, pois realmente a Bíblia é análoga.
Outro ponto que concordo é quanto as primícias (fica clara a importância que nosso Deus dá a ela).
Pelo que entendi o irmão coloca a questão também como uma contribuição por amor e esse é o ponto chave que acredito. Mas ai é que acredito que discorde um pouco do irmão quanto ao dízimo no NT. De forma análoga acredito que essa quantia estabelecida não se confirma no NT, pois se é por amor não devo limitar a 10% e sim acudir a necessidade que for da igreja segundo minhas posses (que pode ser até mais do que isso).
Acredito que o estabelecimento de porcentagem para o NT pode até ser feito, mas explicando-se que é uma analogia. E que nossa obrigação é de cuidar, em amor. E isso, pode me custar até mais do que 10% (se sou um empresário, por exemplo, posso ajudar a igreja com o fruto do que produza).
Deixa eu resumir rapidamente como penso e o irmão pode me corrigir a vontade:
O NT não menciona em forma de mandamento o dízimo (em Mateus 23 Jesus ainda estava vivendo como judeu, acho que uma chave é Hebreus 9:17 que explica esse fato) ;
O NT manda que sustentemos a igreja e seus líderes;
Os mandamentos morais continuam, mas os cerimoniais não (entendendo que o dízimo é o da lei);
Mesmo o fato de Abraão e Melquisedeque em Hebreus aparece como uma descrição, não como mandamento;
A igreja logo teve cuidado de combater práticas judaicas (livro de Gálatas);
Agradeço a resposta e as palavras acima são, apesar de certa discordância, respeitosas ao irmão (escrevendo, por vezes, pode parecer algo que não é). Abs
Obs: Se acha que o comentário vai gerar polêmica aqui, fique a vontade para não publicar, mas gostaria de continuar a conversa com o irmão (pode ser por e-mail).