A matéria abaixo, assinada por Danilo Fernandes, foi publicada na revista Cristianismo Hoje, de abril/maio de 2010 (Edição 16 – Ano III):
A enormidade de sites exclusivamente dedicados ao download ilegal de música gospel é uma demonstração de que parcela considerável dos crentes brasileiros não apenas tomam parte do crime da pirataria, mas criam, eles próprios, estruturas destinadas à distribuição de conteúdo evangélico roubado. Sim, há sempre o atenuante de que o consumidor deste tipo de música não é, necessariamente, crente. Assim como não o é boa parte da música comercializada com este rótulo. Contudo, quando se constata o crescimento descontrolado de sites dedicados ao acesso ilegal a literatura cristã, percebe-se estar diante de uma mudança radical no padrão ético médio do evangélico brasileiro.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), houve um aumento de 140%, em menos de três meses, no número de denúncias. Que o diga o pastor Ciro Zibordi, autor do bestseller Erros que os adoradores devem evitar (CPAD). Em recente artigo publicado em seu blog (cirozibordi.blogspot.com), ele admoesta o povo de Deus acerca do pecado inerente a essa atividade. (...)
Como não poderia deixar de ser, o artigo gerou muita polêmica. Zibordi esgota argumentos legais e bíblicos sobre o assunto. Mas que tipo de crente cometeria um crime, ou seja, pecaria, com o objetivo de obter um livro de ensinamentos cristãos? Pois no fórum do artigo não foram poucos os evangélicos se manifestando em apoio a essa prática insidiosa. Entre os que se manifestaram a favor da pirataria, contamos alguns sinceros enganados, mas a maioria apresentou justificativas descabidas, como a de que o crime não está em fazer cópias, mas na obtenção do lucro. Há quem aponte o elevado preço dos livros, reivindique o direito de acesso à educação e até combata o comércio de obras baseadas na Palavra de Deus. Claramente, a lei não descriminaliza a cópia sem o objetivo de lucro, mas tão somente penaliza mais quem obtém dividendos sobre a propriedade de terceiros. Portanto, em todos os casos, cópia não autorizada de obra alheia, salvo as que jazem em domínio público, é crime, e pronto.
Alguns blogueiros conhecidos já manifestam a intenção de pôr adiante uma campanha no sentido de livrar, ao menos, a web cristã dessa praga que não poderia ter lugar, jamais, em nosso meio. Pirataria é pecado contra Deus (I Co 6.12; 11.23,31). E no caso dos livros cristãos, quem a pratica está prejudicando um irmão em Cristo. Autores, editores e gráficas sofrem prejuízo; e irmãos na fé perdem seus empregos. Isso, sem falar que a disseminação de estudos sobre a Palavra – ferramenta importante no anúncio do Reino – fica prejudicada.
Danilo Fernandes
http://genizah.com.br/
A enormidade de sites exclusivamente dedicados ao download ilegal de música gospel é uma demonstração de que parcela considerável dos crentes brasileiros não apenas tomam parte do crime da pirataria, mas criam, eles próprios, estruturas destinadas à distribuição de conteúdo evangélico roubado. Sim, há sempre o atenuante de que o consumidor deste tipo de música não é, necessariamente, crente. Assim como não o é boa parte da música comercializada com este rótulo. Contudo, quando se constata o crescimento descontrolado de sites dedicados ao acesso ilegal a literatura cristã, percebe-se estar diante de uma mudança radical no padrão ético médio do evangélico brasileiro.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), houve um aumento de 140%, em menos de três meses, no número de denúncias. Que o diga o pastor Ciro Zibordi, autor do bestseller Erros que os adoradores devem evitar (CPAD). Em recente artigo publicado em seu blog (cirozibordi.blogspot.com), ele admoesta o povo de Deus acerca do pecado inerente a essa atividade. (...)
Como não poderia deixar de ser, o artigo gerou muita polêmica. Zibordi esgota argumentos legais e bíblicos sobre o assunto. Mas que tipo de crente cometeria um crime, ou seja, pecaria, com o objetivo de obter um livro de ensinamentos cristãos? Pois no fórum do artigo não foram poucos os evangélicos se manifestando em apoio a essa prática insidiosa. Entre os que se manifestaram a favor da pirataria, contamos alguns sinceros enganados, mas a maioria apresentou justificativas descabidas, como a de que o crime não está em fazer cópias, mas na obtenção do lucro. Há quem aponte o elevado preço dos livros, reivindique o direito de acesso à educação e até combata o comércio de obras baseadas na Palavra de Deus. Claramente, a lei não descriminaliza a cópia sem o objetivo de lucro, mas tão somente penaliza mais quem obtém dividendos sobre a propriedade de terceiros. Portanto, em todos os casos, cópia não autorizada de obra alheia, salvo as que jazem em domínio público, é crime, e pronto.
Alguns blogueiros conhecidos já manifestam a intenção de pôr adiante uma campanha no sentido de livrar, ao menos, a web cristã dessa praga que não poderia ter lugar, jamais, em nosso meio. Pirataria é pecado contra Deus (I Co 6.12; 11.23,31). E no caso dos livros cristãos, quem a pratica está prejudicando um irmão em Cristo. Autores, editores e gráficas sofrem prejuízo; e irmãos na fé perdem seus empregos. Isso, sem falar que a disseminação de estudos sobre a Palavra – ferramenta importante no anúncio do Reino – fica prejudicada.
Danilo Fernandes
http://genizah.com.br/
Comentários
Tem havido muitos crentes assim hoje. Falo um pouco sobre isso na postagem: "Essa é nova: O irmão Urutau!", no www.blogdowaltim.blogspot.com.
Em Cristo,
Walter Filho
A paz do Senhor!
Concordo plenamente que os editores de blogs, utilizem esta ferramenta, para promover a orientação aos compradores de produtos copiados sem autorização.
Devemos impedir que os "ladrões de direitos autorais", utilizem o engano como ferramenta de prejuízo aos produtores.
É uma injustiça que deve ser condenada com veemência e coragem.
Quem sabe com este alerta, muitos crentes terão os seus olhos abertos, sobre o que realmente significa esta sutileza do diabo nas cópias produzidas, sem a autorização dos produtores, por ladrões, através da "ingenuidade" de muitos de seus aliados compradores.
Importante alertar para que não se compre o que for PIRATARIA.
O Senhor seja contigo, nobre amigo,
O menor de todos.
Confesso que eu era um desses piratas, ao baixar músicas cristãs com programas criados para este fim, na internet. Na minha "ignorância informática", pensava que tais programas trabalhavam dentro da legalidade. Há algum tempo, descobri que não é assim. Resultado: parei de "baixar" músicas dessa forma. Penso que é melhor seguir a Palavra e entoar um cântico novo ao Senhor, do que prejudicar outras pessoas, por mais que eu fique desatualizado em relação às músicas do momento.
Com relação aos textos e livros, tenho "baixado" apenas o que está disponível gratuitamente nos "sites" ou "blogs" dos próprios autores. E, quando publico algo deles em meu "blog", sempre cito a fonte, criando "links" para o acesso direto às fontes.
Não como justificativa, mas como confissão, admito ter usado tal recurso por total falta de condição financeira, além da já citada ignorância. Porém, esta é uma das coisas que para trás ficaram. Definitivamente! Pela Graça do Senhor!
Que a Paz do Senhor Jesus continue com você, sua família e seus leitores!
Pastor Ciro, não desista de apontar o que é errado: acumule pedras preciosas para a sua coroa!
Tem que haver uma reflexão dos que baixam e das editoras e gravadoras tbm....
Fica com Deus
Você não está equivocado. Está REDONDAMENTE equivoado. Sugiro que leia o artigo contido no link abaixo, juntamente com os comentários, os quais com certeza lhe mostrarão o outro lado da moeda. Alguns que costumam fazer download, mesmo depois de se inteirarem do assunto, continuam pecando e cometendo crimes (ignorando a lei e a Palavra de Deus). Mas creio que você será diferente deles.
O link é: http://cirozibordi.blogspot.com/2010/02/uma-palavra-sobre-download-de-livros.html
A paz do Senhor!
CSZ
Essa é uma daquelas questões que sorrateiramente ultrapassam o senso ético, crítico e bíblico de muitos cristãos. O ímpio julga tal prática de somenos importância, para ele é trivial. São meios, argumentam eles, de protestarem pelo alto valor cobrado dos Cds, recorrendo à tais "direitos" escusos. Já vi esse argumento ser usado por cristãos. Em razão de o mundo ter abraçado tal prática, muitos são levados e persuadidos a crer, que agir de igual modo, não deve ser pecado. Essa questão, é uma daquelas nocivas e sutis armadilhas, que tem adentrado na Igreja, o que me faz lembrar oportunamente das Palavras de John Mcarthur: "A heresia vem montada nos lombos da tolerância". Pelo fato de sua prática ser rotineira e sendo sempre vista no mundo, digamos que ela tem ganhado pontos para sua legalidade, na visão de alguns; e de nosso lado, vemos uma descarada inação por parte de muitos, evidenciada por sua tolerância. Que o Senhor avive e exorte os nossos corações. O que é muito dito, discutido e visto nesse mundo, se torna, mesmo que paulatinamente, uma prática normal e aceitável. Diante disso, cabe-nos como cristãos protestantes reverberarmos a imutabilidade das leis de um Deus imutável.
Graça e Paz
Mizael Reis
saudações em Cristo
overbooverbooverbo.blogspot.com
Concordo em parte com o Dinho quando ele diz sobre o alto preço dos cds e livros evangélicos.
Acontece que em tais preços está embutido em suas margens o prejuizo causado pelos irmãos "piratas", que por sua vez usam os altos preços como justificativa para continuarem pirateando.
Se aplicarmos em nosso cotidiano a "filosofia pirata", não só teremos livros e cds piratas, como
também compraremos tênis "náique", calculadoras "fílipis", etc.
No meu entendimento, quem fica pirateando produtos evangélicos auxilia - sem querer, espero - o trabalho do Inimigo, na medida que prejudica o sustento daqueles que são especialmente inspirados pelo Espírito Santo para fazer a obra de Deus, seja escrevendo livros, seja gravando cds; além das sérias implicações eternas a que estão sujeitos aqueles que não obedecem ao que está escrito em Lucas cap. 20 v.25.
A Paz do Senhor.
Não tenho intenção de prejudicar ninguém, mas já prejudicando não me sinto bem. Minha luta é para que Deus me dê condições de comprar tudo original.
Sei que isso não é desculpa!
mas contribui.
O Senhor é contigo
a paz do Senhor!
Aí o Senhor os colocou em uma “sinuca” , e ficaram todos sem saber o que dizer conforme narra a bíblia.
E se a coisa toda se invertesse e Jesus agora perguntasse hoje a todos quanto comercializam a Palavra, com que autoridade escrevem, compõem e ministram ou cantam o Santo evangelho???
O que será que ele ouviria de resposta???
Ah! Se respondermos em teu nome, pela inspiração e revelação do Teu Santo Espírito, certamente Ele nos dirá por cobras o que já deixei pago na cruz???
Mas se respondermos que é de nosso próprio intelecto e entendimento segundo o que interpretamos da bíblia , certamente Ele nos dirá por que falas então que é em Meu nome e revelação que ages???
Admiro a sua paciência e a sua insistência. Mas elas não anulam a sua incoerência, em alguns assuntos.
Vejo que a sua opinião sobre Direitos Autorais não considera todas as partes envolvidas. O irmão pensa que escrever um livro e distribuir é tão fácil quanto fritar um pastel e entregar a alguém. Uma editora não é uma pastelaria. Se puder, leia, por gentileza, o texto que escrevi sobre a Lei dos Direitos Autorais.
Quanto à sua pergunta, é claro que o Senhor Jesus jamais proporia o que o irmão pensou que Ele proporia. Por quê? Porque, logo depois do episódio mencionado pelo irmão, Ele afirmou: "DAI, POIS, A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS, O QUE É DE DEUS" (Mt 22.21).
Quem faz upload e download de livros na Internet não dá a "César" (governo) o que é de "César", visto que LESA O ERÁRIO. Com que autoridade um cristão lesaria o erário, não pagando os impostos e se apropriando indevidamente de uma obra INTELECTUAL protegida pela Lei dos Direitos Autorais? O que será que o Senhor Jesus ouviria como resposta?
Em Cristo,
CSZ
Na minha opnião acho que deveria haver uma política de bom senso entre o que se vende no meio Evangélico para que todos os critãos de qualquer condição financeira possam adquirir algum produto Evangélico.
Sei que isso não depende só das Empresas, mas também do Governo em relação a encargos.
Não estou também generalizando, pois sei que existe muitas Empresas sérias no mercado que seu objetivo é a Proclamação do Evangelho.
Também não estou dizendo que é certo piratiar por haver muitos oportunistas no meio comercial Evangélico.
Isso é algo que deve ser conversado e estudado para que todos possam obter alguma coisa ou produto Evangélico.
Essa é a minha sugestão.
Abraços Fraternais,
Honório Guedes
Uma das maiores honras que já recebi, indevida e imerecidamente, foi ter um artigo meu em seu blog.
Sou grande admirador de seu trabalho, mesmo quando raramente discorde de alguma idéia. Afinal, sei que estou diante de um interlocutor que merece o mais alto respeito, seja pela capacidade intelectual e conhecimento teológico, seja pela estatura ética e moral que demonstra ao abordar e criticar certos comportamentos, tanto mais, estando em uma situação de extrema visibilidade, atuação eclesiástica e autoridade pastoral.
Com tanto a perder em retaliações e exposição, poucos tem esta coragem.
Siga sendo o Atalaia que é e conte com o novo amigo e irmão em Cristo.
Entre os que não se dobram,
Por Cristo Jesus,
Danilo
Perdoe-me pelo erro ao digitar o seu nome, com a primeira letra em caixa baixa(letra minúscula)no comentário anterior.
O Senhor seja contigo1
O menor de todos.
A honra é minha em ter sido citado em uma revista evangélica tão importante, em uma matéria assinada por um, profissional tão inteligente e criativo!
O irmão deve ter percebido que omiti de propósito uma parte da matéria, a fim de não estimular a criminalidade. Risos.
Um grande abraço.
CSZ
A paz do Senhor!
Este irmãozinho, chamado de DINHO, me pareceu conhecer um "pouquinho" do que necessitaria conhecer de verdade, para se elevar a esta posição de presunçosamente desejar definir os custos e riscos de uma produção gráfica.
Creio que o irmão DINHO, deveria abrir a sua própria editora, e após todo o trabalho de pesquisas, diagramação, projeto visual, matérial escrito e revisado, conseguiria ter uma melhor alimentação básica para poder entender com base real, e não por ter trabalhado em uma livraria a responsabilidade na produção de livros e outros motivos.
Fácil falar. Fácil escrever o que se quer. Difícil é compreender o que não se conhece ao escrever ou tentar contar para os demais.
Todo o cuidado é pouco, quando se arrisca a imaginar o mundo tão fácil e com livros grátis ou quase grátis.
O Senhor seja contigo, nobre pastor,
O menor de todos.
Sou obreiro evangélicos, da AD de Missão, e gostaria de saber se é errado ou não, na visão cristã, contrabandear Bíblia para países que não aceitam a Pregação da Palavra de Deus?