O batismo em águas (1): Podem os membros batizarem novos convertidos, eventualmente?


Aproveitando que alguns internautas estão perguntando a mim e a outros editores de blog a respeito do batismo em águas (este é o novo assunto do momento na blogosfera em parte cristã!), darei início a esta série. As perguntas dos internautas giram em torno, principalmente, da seguinte questão:

Pode um membro da igreja ou um obreiro (qual cristão que se preza não é um obreiro?) que não tenha um título ministerial, como pastor ou presbítero, eventualmente, por exceção à regra, batizar novos convertidos?

Já inseri uma resposta sucinta e objetiva sobre o assunto em meu blog Pastor Ciro Responde. Mas pretendo, com esta série, não apenas responder à principal indagação dos internautas, e sim abordar o batismo em águas segundo as Escrituras.

N. Lawrence Olson, em sua obra O Batismo Bíblico e a Trindade, publicado pela CPAD em 1985, asseverou: “o batismo nas águas é um mandamento, tanto para pregadores, como para o povo de Deus em geral” (p.13). E, indo direto ao assunto, tendo em vista que o batismo é um mandamento para pregadores e para o povo de Deus, em geral, quem poderia, efetivamente, ministrá-lo aos novos convertidos?

No padrão adotado pelas igrejas evangélicas, especialmente as Assembleias de Deus, os seus ministros líderes, juntamente com os seus ministros assistentes e auxiliares, batizam os neoconversos. Em regra geral, o batismo em águas é uma grande festividade, presidida pelo líder principal da igreja (pastor-presidente), o qual designa os obreiros que ministrarão o batismo em águas, seja no templo, seja em qualquer lugar onde haja água.

Não é usual e comum os pastores (ou presbíteros) dirigentes de congregações batizarem novos crentes. Mas os tais, como ministros, podem batizar. Na Assembleia de Deus em São Paulo (foto) — igreja-modelo pastoreada por José Wellington Bezerra da Costa, onde servi a Deus como cooperador, diácono, presbítero e ministro por um bom tempo —, quem batiza geralmente são alguns ministros líderes, dentre os mais de cinquenta pastores setoriais, todos designados pelo pastor-presidente.

Também não é usual e comum os diáconos batizarem novos convertidos. Mas eles também podem fazer esse trabalho, sob a orientação do pastor. E isso já era comum na igreja primitiva. Filipe, um dos sete primeiros diáconos (At 6.3-5), certamente designado pelos apóstolos, batizou, não só em Samaria (At 8.12), como também durante uma evangelização pessoal: “Então mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco” (v.38, ARA).

Finalmente, não é usual e comum obreiros que não tenham títulos como pastor, presbítero ou diácono batizarem novos convertidos. Mas eles, se autorizados pelo pastor, eventualmente ou em circunstâncias especiais, podem fazer isso? Se atentarmos para o livro de Atos, ao que tudo indica, os apóstolos autorizavam outros obreiros, de escalão menor (diáconos, obreiros sem título; se bem que obreiro não deixa de ser um título!), por assim dizer, a batizar em águas.

Em Atos 9.10-18, menciona-se um discípulo chamado Ananias, o qual batizou o novo convertido Paulo, também chamado Saulo (At 13.9). E, mais adiante, em Atos 22.16, esse apóstolo testifica como Ananias o mandou se levantar e receber o batismo nas águas. Ao falar desse irmão que o batizou, o detalhista Paulo chama-o apenas de “Um homem, chamado Ananias, piedoso conforme a lei, tendo bom testemunho de todos os judeus que ali moravam” (v.12, ARA). Nada mais se diz acerca do cristão Ananias no livro de Atos.

Muitos citam a Grande Comissão — “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado” (Mt 28.19,20, ARA) — para afirmar que somente os ministros ou presbíteros podem batizar, uma vez que a ordenança do batismo foi dada aos apóstolos. Mas é importante atentarmos para o seguinte: os apóstolos constituíam a igreja nascente e a representavam como um todo, naquele momento. Caso contrário, somente os pastores e presbíteros poderiam pregar o evangelho e ensinar a Palavra de Deus, hodiernamente.

Se todos os cristãos podem ir por todo o mundo, pregando o evangelho a toda a criatura (Mc 16.15-18); se todos eles podem ir e ensinar todos os povos (Mt 28.19); por que todos eles não podem batizar os neoconversos em nome do Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo?

Repito: não é usual e comum que membros batizem membros. Mas, será que um acontecimento isolado, em que um eminente obreiro do Senhor (não possuidor de um título pomposo, é verdade) batiza um novo convertido, deve ser considerado, digamos, uma grande heresia, a ponto de gerar indignação em nosso meio? Ou seria apenas mais uma das muitas questiúnculas do nosso tempo?

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi

Comentários

Alex Esteves disse…
Pr. Ciro Zibordi,

A paz do SENHOR!

Concordo com o senhor. Sua análise dessa questão é, para mim, corretíssima. Usa de discernimento para diferenciar a prática da teoria, e a regra da exceção. Agora, como comentei no blog do Pr. Geremias do Couto, essa questão não suscitaria tanta polêmica se não se tratasse do Diretor-Executivo da CPAD. Por isso, antes da temática doutrinária, que o senhor abordou tão bem, existe o problema ético: haveria, quem sabe, um rigor muito grande quanto a membros "comuns" e outro tratamento quanto a pessoas que se destacam na denominação por quaisquer motivos. Eu pessoalmente nada tenho contra o referido irmão ter oficiado o batismo - e eu mesmo já celebrei uma ceia, sob solicitação e orientação do presbítero dirigente da congregação em que fui dar um estudo. De toda sorte, como foi com a Dake, sempre há exageros no tratamento de temas dessa estirpe, infelizmente.
Ademir disse…
A paz do Senhor pastor

é pastor o senhor não fica em cima do muro mesmo rs...
eu acho muita presunção se dizer que só pastores podem batizar
o texto do irmão e claro e simples.
Deus te abençoe!
Blog do Rubens disse…
A paz do Senhor pastor Ciro que Deus o abençõe e estenda essas bençãos a toda sua família. Realmente essa questão de batismo gera bastante polêmica, muito obrigado pela resposta primorosa, concordo em gênero, número e grau.
Anônimo disse…
Pastor Ciro, Amei seu estudo, muito profundo, porém não dá para desvincular esse batismo do caso Dake, que sequer foi resolvido.
Ví umas perguntas pertinentes pelo nobre pastor Geremias que é seu amigo, perguntas estas que muito me incomodaram e não obitive respostas.
Por este motivo, solicito autorização para reproduzi-las aqui:
As perguntas são sobre a entrevista do pr. Antonio Gilberto, que teria sido proibido pelo Conselho da CPAD, de falar sobr eo caso Dake:
""Tenho algumas perguntas retóricas que deixarei registradas?

"1. Se ele está proibido pelo Conselho Administrativo de se manifestar, por que então concedeu a entrevista?

"2. Se a Bíblia Dake está sendo questionada nos blogs por pessoas desautorizadas e desqualificadas, por que não as aponta?

"3. Se os blogs são uma arena desqualificada para esse debate, por que aceitou vir a essa arena para manifestar a sua opinião pela metade?

"4. Ao mencionar que há na Dake pensamentos intelectualistas, racionalistas e filosóficos, mas estava impedido pela CPAD de falar sobre se há heresias na obra, que motivação há da editora por trás disso?

"5. Quer dizer então que a ideia de deixar o assunto morrer por si foi do próprio pastor Antonio Gilberto ou a CPAD lançou mão de sua frase para por em prática a 'operação abafa'?

"6. Considerando o que disse a fonte idônea ao pastor Paulo Ferreira (um dos comentadores da postagem), então é possível pressupor que o interesse da CPAD era apenas o lucro?

"Por fim, é como disse acima: sua entrevista trouxe mais dúvidas do que aclarou".

Aqui acrescento mais outra pergunta retórica:

Afinal, teria sido a "censura" instalada na CPAD e alcançado até o nosso patriarca?"

PASTOR, QUERO DAR AQUI MEUS PARABENS PELO REENTE LIVRO: ERROS QUE OS ADORADORES DEVEM EVITAR, pois o memso está sendo como livro de consulta teológica em nossa igreja e também em nossa rádio.
Que Deus lhe abençoe cada vez mais.

abraços.
Pedro Canto da Silva - Manacapuru-AM
Anônimo disse…
A Paz do Senhor Jesus Pr:Ciro!
ou pastor "sério" (risos)
gostei de sua opinião a respeito do assunto "batismo" ,e quem pode ou não pode o fazer.
você pr:ciro já fez algum batismo?
gostaria de saber.

kleber de sá
em CRISTO.
Caro irmão Pedro Canto da Silva,

A paz do Senhor!

Nós conversamos quando eu estive em sua cidade, Manacapuru-AM? Estou tentando me lembrar do irmão... Pela maneira de iniciar o comentário ("Amei seu estudo"), eu logo me lembrei de uma irmã daí que, às vezes, deixa comentários aqui.

Quanto às perguntas para as quais o irmão busca respostas, se eu fosse respondê-las, de maneira sucita e objetiva (segundo a minha modesta opinião), as respostas seriam:

"1. Se ele está proibido pelo Conselho Administrativo de se manifestar, por que então concedeu a entrevista?" Resposta: Ele quis dizer que está proibido de se manifestar quanto a algumas questões mais complexas (que estão sendo discutidas internamente), e não sobre todas. Caso contrário, ele sequer tocaria no assunto.

"2. Se a Bíblia Dake está sendo questionada nos blogs por pessoas desautorizadas e desqualificadas, por que não as aponta?" Resposta: Conversei com ele pessoalmente, e ele sabe distinguir entre opiniões qualificadas e desqualificadas. É um direito que lhe assiste não apontar quais são as desqualificadas, assim como Paulo não apontou quem eram os falsos apóstolos, em 2 Coríntios 11, dando apenas as suas características.

"3. Se os blogs são uma arena desqualificada para esse debate, por que aceitou vir a essa arena para manifestar a sua opinião pela metade?" Resposta: A bem da verdade, ele não veio para essa arena para manifestar a sua opinião, mas foi citado, uma vez que é, para alguns, o maior referencial teolóigico assembleiano.

"4. Ao mencionar que há na Dake pensamentos intelectualistas, racionalistas e filosóficos, mas estava impedido pela CPAD de falar sobre se há heresias na obra, que motivação há da editora por trás disso?" Resposta: A editora, certamente, quis oferecer ao seu público uma obra que contribuísse como fonte de pesquisas, o que é, de fato, a finalidade de uma Bíblia de estudo.

"5. Quer dizer então que a ideia de deixar o assunto morrer por si foi do próprio pastor Antonio Gilberto ou a CPAD lançou mão de sua frase para por em prática a 'operação abafa'?" Resposta: O conselho foi dado pelo pastor Antonio Gilberto à direção da CPAD, para que ela, em vez de emitir um parecer, se mantivesse em silêncio em relação às críticas mais pesadas, vindas principalmente da ala desqualificada, mencionada no início da entrevista.

"6. Considerando o que disse a fonte idônea ao pastor Paulo Ferreira (um dos comentadores da postagem), então é possível pressupor que o interesse da CPAD era apenas o lucro?" Resposta: A essa resposta eu digo um simples "não", pois se trata de uma editora idônea, compromissada com a Palavra de Deus e a ética cristã, a despeito de não ser perfeita.

"Afinal, teria sido a 'censura' instalada na CPAD e alcançado até o nosso patriarca?" Resposta: Tenho certeza de que não. Mas, em alguns assuntos, silenciar é melhor mesmo. Depois, em momento oportuno, tenho certeza de que haverá um pronunciamento por parte da editora ou de seu Conselho Administrativo.

Agradeço-lhe, finalmente, pela menção honrosa ao meu livro.

CSZ
Moisés Pena disse…
Paz Pastor Ciro,

Parabéns pelo comentário. Da mesma forma que comentei no blog do Pr. Altair Germano, Deus é bem maior que a Assembléia de Deus e espero que nossa liderança reavalie nosso credo para que nossa igreja não entre em contradição com o que a bíblia ensina.

Paz,
Nosso prezamado pr. ciro Zibordi,

A paz do Senhor!

Excelente e amiga explanação.

É uma grande alegria, saber-mos que alguém, está desejoso de ser batizado, e pura felicidade em saber, que um outro alguém, está como CRENTE E SERVO DE DEUS, desejoso em poder considerar, esta oportunidade na vida, junto aos que se reconciliam com o Senhor.

Quem vai batizar, deve ser a nossa menor preocupação.

A nossa maior preocupação, deve ser quantos serão batizados.

Graças a Deus por sua informação, que esclarecerá a tantos quanto, forem necessários, para enfrentar os tempos difíceis, que já batem forte à nossa porta.

O Senhor seja contigo, nobre pastor!

O menor de todos.
Cidinha disse…
Pastor Ciro ,muito esclarecedor esse texto,não deixa duvida alguma,sempre pensei da mesma forma,ora se a pessoa leva o evangelho a uma criatura ,faz todo um trabalho de evangelização porque ela não teria o direito de batiza-la? e porque só os que falam em línguas podem exercer um ministério?.
Creio que o mais importante não é quem batiza e sim se quem é batizado realmente está disposto a morrer.

A paz
sousa disse…
CONCORDO PLENA MENTE COM O SENHOR.
ESTE ASSUNTO SE TORNOU ASSUNTO D MOMENTO,PORQUE ALGUEM VIU NA TV,O
IRMÃO "RONALDO RODRIGUES D SOUZA,(CPAD)BATIZANDO UM IRMÃO EM UMA IGREJA NO RIO.AGORA PENSO EU, COMO TEM PESSOAS Q ACHA Q O EVANGELHO APENAS D UM GRUPO D PESSOAS OU DENOMINAÇÃO.EM UM BLOG UM CERTO PASTOR,SE DIZIA Q FICOU "ATORTOADO"
PELO Q VIU.E O PIOR Q POLEMICA DESSE TIPO,SÓ REVALA QUEM SÃO OS CRENTES Q ACHAM Q SÃO DONOS D VERDADE.
OUTRA VEZ MEUS PARABENS,PASTOR,CIRO
PORQUE VEMOS Q O PASTOR Ñ FICA EM CIMA DO MURO.TRAZENDO VERSÍCULOS
ISOLADO,PARA JUSTIFICAR ALGUM TÃO
SIMPLES D SE VE.
Nobre companheiro e amigo Ciro Zibordi,

seu ponto de vista além de bíblico, é enriquecido pela citação:

"N. Lawrence Olson, em sua obra O Batismo Bíblico e a Trindade, publicado pela CPAD em 1985, asseverou: “o batismo nas águas é um mandamento, tanto para pregadores, como para o povo de Deus em geral” (p.13). "


Seu ponto de vista, neste assunto, penso ser como o meu:

é preciso respeitar os bons costumes e a boa tradição da igreja, sem contudo abrir mão da boa consciência bíblica.

Parabéns pela coragem que lhe é peculiar, embora nem sempre agrade a todos. Mas quem disse que é para agradar a todos?

Abraços!
Pastor Ciro, a Paz do Senhor!

Gostaría de saber á respeito do Batismo por aspersã, é válido? Como o senhor citou mesmo o texto onde o apóstolo Paulo foi batizado em pé, eu queria saber se existe algum erro quanto à esse tipo de batismo.

Graça e Paz!
Prezado Caio Augusto,

Esta série vai continuar, e eu assim, se Deus quiser, discorrei sobre imersão, aspersão e afusão.

Em Cristo,

CSZ
Caro amigo Altair Germano,

A paz do Senhor.

É claro que eu não desejo que os membros das igrejas comecem, a bel-prazer, a sair por aí pregando e batizando. Aliás, isso seria impossível, haja vista todo o cerimonial atrelado à grande festividade que é o batismo em águas.

Por outro lado, penso que é um exagero usar o episódio do programa de TV (em que um eminente obreiro de nossa igreja, mas sem título pomposo é chamado a auxiliar em um culto de batismo em águas) como exemplo de quebra de paradigmas, como uma atitude de quem pensa estar acima do bem e do mal, etc. Isso me leva a pensar que há outras motivações envolvidas, e não apenas o cuidado com a sã doutrina e os bons costumes.

Que Deus o abençoe, caro amigo. E creio que até o fim dessa semana poderei escrever e lhe enviar aquele material.

Um grande abraço.

CSZ
Querido irmão Sousa,

Eu não defendo a ideia de que os obreiros que não sejam pastores ou presbíteros possam batizar. Mas não supervalorizo as exceções. Afinal, a despeito de não haver pastoras nas Assembleias de Deus, as irmãs que estão no campo missionário, por exceção à regra, fazem um trabalho similar ao que compete aos dirigentes de congregação.

Penso que, no atual momento, qualquer assunto ligado à CPAD e sua direção tem sido superdimensionado. Eu não entendo o porquê disso. Se for em nome do zelo pela sã doutrina e os bons costumes, vejo exagero, pois há coisas muitos mais graves nas Assembleias de Deus sendo toleradas e aceitas com naturalidade (algumas eu tenho apresentado neste blog). Por isso, sou levado a pensar que as motivações para voltar os holofotes para certas questiúnculas são outras, que ainda desconheço.

Em Cristo,

CSZ
Caro Fernando,

É importante que tudo seja feito com ordem e decência. Mas, eventualmente, ocorrem exceções, as quais devem ser julgadas com muito cuidado, a fim de que não venhamos a pender para o extremismo.

CSZ
Querida irmã Cidinha,

Em tese, cada crente que evangeliza pode fazer o trabalho completo da Grande Comissão. Mas, em se tratando de igrejas, existe a cerimônia, o culto de batismo, presidido pelo pastor, e ele pode designar pessoas que estejam aptas para fazer esse trabalho. Creio que foi isso o que aconteceu no episódio que gerou este e outros artigos na blogosfera em parte cristã.

Em Cristo,

CSZ
Anônimo disse…
Pastor Ciro,

A paz do SENHOR.

Apenas peço para me esclarecer uma duvida. O Filipe apóstolo, dos Evangelhos, é o mesmo evangelista de Atos?
Caro Joabe,

A paz do Senhor!

O Filipe chamado de "o evangelista", em Atos 21, é o mesmo que aparece em Atos 6 e 8. O Filipe apóstolo, um dos doze, é outro (At 1.13).

Da mesma forma, o Tiago que escreveu a Epístola que traz o seu nome não é o apóstolo, e sim um dos irmãos de Jesus. E o Judas não é nenhum dos dois que faziam parte dos doze (o Iscariotes e o filho de Tiago), e sim um dos irmãos de Jesus.

Em Cristo,

CSZ
A paz do Senhor Jesus Pastor Ciro.

Gostei de sua exposição quanto ao batismo, realmente tem base Biblica.

Quanto ao assunto que um internauta falou da Bíblia de Estudo Dake e quis questionar a CPAD e seus respectivos representantes, principalmente o nosso Pastor Antônio Gilberto, queria dizer que o Pastor Antônio Gilberto além de ser um Teólogo, é um exelente homem de Deus de dignidade inquestionável. Queria que todos tivessem ele como modelo para imitá-lo, assim como o Apóstolo Paulo disse: "Sede meus imitadores, assim como sou de Cristo".
Que Deus possa amadurecer essas pessoas, e que elas possam pensar duas vezes antes falar qualquer coisa.

A paz do Senhor Jesus Cristo seja com todos.
Joabe disse…
Minha duvida era porque não existia nada que diferenciasse o Filipe evangelista do Apostolo Filipe acontece em alguns casos como, por exemplo, com Judas “não os Iscariotes”, Tiago “irmão do Senhor” e etc. Porem, nem sempre foi feito assim.
Mas é isso mesmo que o senhor falou tendo em vista que “os sete” de At 6 foram escolhidos justamente para não sobrecarregar os Apóstolos. E ficaria meio sem nexo um Apostolo ser “rebaixado” (não falo pejorativamente) a diácono.
Caro Joabe,

É verdade. O contexto do livro de Atos deixa claro que o Filipe dos primeiros capítulos não o mesmo que aparece em Atos 6,8 e 21.

Quanto ao seu comentário sobre o saudoso pastor, eu já vi sim as suas mensagens no YouTube. Mas não vou divulgá-las porque ele nunca autorizou a gravação de suas mensagens. E ficava triste quando faziam isso. Por isso, em respeito a ele e sua memória, preferi não fazer a divulgação. Peço-lhe desculpas por ter editado a sua mensagem, excluindo o link do YouTube.

Um grande abraço.

CSZ
Gilson disse…
Acredito que esse assunto é uma tremenda perda de tempo, e parece que querem colocar a fé em uma caixinha de regras do tipo "manda quem pode, obedece quem tem juizo!". Um absurdo. Igualzinho a procurar cabelo em ovo (de galinha). A ordem de Jesus é para quem crê e não para quem pensa que manda e dirige a vida e a mente dos outros. E quanto a "é preciso respeitar os bons costumes e a boa tradição da igreja" esquecemos que o mesmo Jesus disse que esse tipo de coisa ANULAVA AS ESCRITURAS. É o que parece estar acontecendo aqui, fora os hipócritas e fariseus falando de costumes, como se estes fossem essenciais a vida com Deus.
Graças ao Bom Deus os discipulos primitivos como Felipe, Ananias, Priscila e Aquila e outros não entenderam a ordem de Jesus atravessada desse modo, se não a comunidade dos que criam ficaria um tanto quanto atravancada e com o freio de mão totalmente puchado.
Tamar disse…
Ai meu Deus do Céu só faltava essa! A coisa só piora, mais uma falsa polêmica...
No século XVI houve guerras por causa de batismo. Puritanos afogaram Anabatistas e Quackers foram presos.
Teve também o fundador dos Batistas John Smyth que se auto-batizou e ganhou o apelido de "O primeiro se-batista/The first se-baptist."
Agora a tal blogosfera se agita por causa dissa querela?

Excelente explicação Ciro, supre bem a falta de ensino das igrejas sobre um questão que já está fechada.

P.S. Esse negócio da Dake não acaba nunca...
Pois é, Tamar...

Apesar de eu ter feito uma postagem sobre o assunto em questão, reconheço, na minha modesta opinião, que se trata de uma questiúncula, haja vista tantas outras coisas mais relevantes a serem tratadas... Mas eu às vezes acabo atendendo a insistência de alguns internautas que querem ver "o circo pegando fogo".

Embora reconhecendo que a questão em si não seja tão relevante e premente, acabei entrando na "onda" de escrever mais um artigo que atenda aos anseios da blogosfera em parte cristã...

Mas fiz isso porque essa polêmica, de certa forma, está ligada à CPAD, uma editora que não é perfeita em sua administração, mas está fazendo um bom trabalho. Não vendo, pois, a necessidade de se gerar "ataques" a ela por causa de questiúnculas, resolvi escrever o presente artigo, que também é o primeiro de uma série (que continuarei num futuro próximo, se Deus quiser). Trata-se, em resumo, de uma resposta ao crescente movimento de oposição à CPAD, mais precisamente à sua competente direção, a meu ver, um movimento injusto, que, em alguns casos, mais parece um levante.

Bem, deixa eu parar por aqui...

Um grande abraço!

CSZ
p.s. Li o seu e-mail e vou lhe responder, em breve.
Anônimo disse…
Pr. Ciro,

Já expressei no blog do pastor Altair Germano, minha posição e preocupação.

Não vejo impedimento bíblico para o batismo realizado por um membro não ordenado ao ministério, desde que as circunstâncias justifiquem.

O que ressalvo, é que seja realmente necessário e que o mesmo seja realizado sob os auspícios de uma igreja. Creio que é o que o irmão, e o Pr. Altair defendem.

Quanto ao fato isolado que deu causa a este debate (interessante, diga-se) creio que o mesmo não pode ser tomado como referência, pois foi atípico e corre o risco de ser contaminado com a polêmica CPAD/Dake.

Em Cristo,

Clóvis
Anônimo disse…
Em outras circunstâncias, talvez o episódio tivesse provocado um franzir de testa aqui e ali. O que causou toda essa estranheza foi um ato não usual (com potencial de polêmica) levado a efeito por uma pessoa que está no centro de uma crise institucional. O irmão Ronaldo, mesmo não sendo ministro, transita com naturalidade entre os mais importantes líderes da denominação. Não sei quem é o pastor dele, mas imagino que também não esteja alheio aos fatos. Portanto, é difícil aceitar a ideia de que nenhum dos dois pensou que tal ato viesse representar mais um furo no balde da instituição. Agora, por uma questão de justiça, temos de admitir essa possibilidade (ando assistindo a muito Law & Order). Quem sabe foi até uma tentativa de melhorar a imagem do diretor da Casa diante da denominação, mas que teve efeito contrário ao desejado. Contudo, qualquer que seja o caso, depois de ler as várias opiniões sobre o assunto (pesquisa complementada aqui), considerando que um membro, pelas regras da denominação, só pode batizar em situações em que haja carência de obreiros autorizados, não consigo vislumbrar uma justificativa para esse ato — e esse é o âmago da questão, não é?
Registro aqui a minha concordância com os nossos irmãos Elian, Daladier e Carlos Roberto: a blogosfera tem se revelado um instrumento fantástico para o debate cristão, mas principalmente para mostrar como ele é necessário. Que Deus nos ajude a explorar de maneira cada vez mais sensata e benéfica os recursos dessa poderosa ferramenta!
Anônimo disse…
Se for possível gostaria que seja incluido aqui algum comentário sobre a não ordenação de crentes não batizados no Espírito Santo ao diaconato. Por favor ao menos responda o post. Enomir
A Paz do Senhor Jesus Pastor Ciro.


É sobre o comentário do Irmão Gilson.
Eu acho que ele não entendeu o que está sendo discutido.
Quando ele disse que esse assunto é uma tremenda perda de tempo, creio que ele se equivocou, pois a Palavra de Deus deve ser pregada a tempo e fora de tempo, e quando falamos de pregação está incluso também o ensinamento da Palavra de Deus.
Então esse assunto é importante para os nossos dias e que precisa ser ensinado de modo correto.
Não querendo fazer missa de corpo presente (isso é um ditado popular aqui de nossa região, que quer dizer bajular alguém), o Pastor Ciro argumentou corretamente, pois imagine só irmão Gilson, uma pessoa recebe Jesus como Salvador hoje, e amanhã já está batizando em águas outra pessoa, se ela nem conhece ainda a doutrina do batismo em águas?
Sabemos que essa pessoa é salva, mas que ainda precisa amadurecer na fé.
Então o certo é discipular a pessoa e depois ela orientada pelo ministério (pois o líder tem que orientar seus membros) poderá auxiliar em sua igreja no que for preciso.
Para nós pegar-mos um carro para dirigi-lo, temos que passar pela auto-escola, para depois receber a nossa carteira de habilitação.
Tudo no Reino de Deus tem que ser feito com decência e ordem.

Que a Paz do Senhor Jesus seja com todos.
Anônimo disse…
Nao acredito que alguem, nem mesmo os que teem posicoes contrarias, vao continuar defendendo que somente obreiros(Pastores) poderao efetuar o batismo de novos convertidos. A Biblia e clara, e o texto do pastor Ciro e rico e com muito detalhes esclarece de forma incontestavel esse assunto. Nao ha o que argumentar, e devo confessar que, ja faz muito tempo que nao leio um texto tao esclarecedor, de facil assimilacao e sobretudo 100% biblico. Aos que buscam o embate, a critica inconstrutiva, terao que buscar outro assunto, nao ha mais o que especular.
Que DEUS nos abencoe.

Reginaldo Felix

Ministerio Voz que Clama no Deserto
Tamar disse…
Meus pais se conheceram na AD e casaram lá. Passei meus 12 primeiros anos lá. Tem muitos servos de Deus nessa igreja, gente simples que nem sabe usar um computador e leva essa igreja nas costas. Eles ofertam fielmente, vão aos cultos de oração, usam roupas esquisitas sem reclamar e fazem "expulsações" de demônios.

Mas infelizmente muito antes dos neoliberais, sempre teve essa turma que só faz politicagem . A CPAD é objeto de desejo desse pessoal desde os tempos da divisão de Madureira. Querem ter direitos sobre o que tá pronto, muitos nasceram no berço de ouro da benção e agora querem se apropriar da igreja. Comer manga verde em Belém do Pará que é bom nada.

Você é livre para escrever sobre o que quiser, mas é necessário mesmo ficar discorrendo sobre outras fórmulas batismais que não são praticadas na AD? Não é melhor deixar os irmãos de outras denominações em paz com suas doutrinas? Fala sério você acha mesmo que algum paedobatista importante vai perder tempo blogando sobre o conceito deles de igreja? O que vai acontecer é que você vai despertar a ira justamente dos xiitas ignorantes que querem queimar pentencostais. É essa turma que gosta de blogar contra você.

Nossas igrejas batistas e pentencostais são por definição sem credo e sem catecismos. Teologia pentencostal é um oxímoro. Também são igrejas sem bispado, independentes e ligadas por convenção.
Foram fundadas por homens que viveram sob a ditadura da igrejas estatais européias, excelente teologia, podridão na prática.

É louvável a tentativa de sistematizar o pensamento pentencostal brasileiro em um livro para que não nos percamos no sincretismo contextualista dos liberais, mas é preciso combater a neurose da minha-igreja-é-mais-certinha pois os fariseus aproveitam esse fraqueza de alguns para obter vantagens financeiras e domínio.
Esse pessoal vai usar tuas exegeses para vitaminar seus partidos e divisões. Será verdade que os sermões expositivos no NT só aparecem quando alguém aí quer provar um ponto de vista polêmico?

Mas existe uma esperança, observe atentamente nos evangelhos o comportamento do fariseus e saduceus, veja Jesus expor-lhes o fracasso. Verifique como um ex-fariseu faz a contextualização do espírito da lei encarnada para a sociedade grega.

Você sabia que o texto epigrafado,"Jesus censura os fariseus e escribas" está epigrafado como "Sete ais" na bíblia inglesa? Ninguém aqui lê esses textos pois pensa que eles são só para fariseus. Ai de nós!

Eu não deveria me importar com nada disso pois nem sou da AD, mas sei por experiência familiar que politicagem de igreja causa feridas na integridade física, mental e espiritual. Além de destruir belas vocações.

Se resguarde desses dois tipos, os xiitas tradicionais que odeiam penteca e os fariseus hipócritas que lucram com a prática do Corbã e exigem a letra morta.

Miquéias 6:8 para todo mundo - Descobri esse texto na referência da minha Biblia Thompson ontem, ainda nem sei o que significa.
Grande Tamar!

Se você tivesse um blog, teria recorde de acessos...

Por outro lado, os web-xiitas de plantão não a deixariam em paz. Risos.

Ah, mande-me o seu endereço por e-mail, por gentileza.

Um grande abraço.

CSZ
L disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Gilson disse…
Eu não acredito, por exemplo, que o etiope (atos 8) para quem Felipe pregou e batizou apos este crer, tempos depois na Etiopia, no seu retorno, não tenha pregado o evangelho e batizado a muitos!
Qual foi o discipulado (de meses) que ele teve? Ao que me consta biblicamente, ele seguiu viagem apos seu batismo.
As Escrituras visam a Fé em Deus e a conversão do homem aos seus caminhos (que são infinitamente superiores aos nossos). O homem e a institucionalização do evangelho (a moda de Constantino) cria regras e receitas (na tentativa de evitar desvios e enganos) mas o remendo acaba pior que o rasgado e acaba criando polêmica, confusões e até homicidios (como o citado por alguem neste post). Alguem dirá: "A intenção é o que vale? ou os fins justificam os meios? Não creio que Deus coadune com essas posições de pensamento.
Quem batizou e doutrinou (ou discipulou, ou autorizou) JOÃO BATISTA?????
Ele tinha autoridade para batizar?
Sei que tinha e conheço a base bíblica para isso e garanto que não há nenhuma dessas regras incluidas.
Irmão Gilson,

É uma boa pergunta para quem está tão interessado em provar que é um gravíssimo erro um membro batizar...

Afinal, quem batizou os novos crentes na Etiópia?

CSZ
rosana disse…
a paz do Senor pastor Ciro.

gostaria de uma opinão sua a luz da biblia.
minha irmã, separou-se do marido. Ele não era crente, ela sim. Ele vinha fazendo-a sofrer a muito tempo e por fim ela foi agredida por ele fisicamente. Ele ficou preso um final de semana devido a lei Maria da Penha. Ela deu entrada no divorcio, mas teve que ser de forma letigiosa, porque ele não aceita o fim; foram 14 anos de muito sofrimento. Quando ela se casou, ela também não era crente aceitou a Jesus depois que meu pai morreu. E coisas encobertas vem a tona quando um casal se separa, ficamos sabendo que ele tinha até amantes fora do casamento. Hoje ele diz estar crente, foi para igreja; temos duvidas da sua conversão, mas minha irmã não quer voltar para o marido de jeito nem um. Tem medo de sofrer e o amor acabou decorrente do sofrimento vivido, coisa que é comum quando há decepções e magoas. /////Mas o que eu quero saber é se nesse caso um dia essa minha irmã quiser se casar novamente como fica??? é correto a luz da biblia??? não estará cometendo pecado, pois será divorciada??? É uma duvida séria visto que me preocupo com minha família que é pequena, mas somos crentes e todos ( eu, minha mãe e até minha irmã em questão) temos essa duvida.
por favor se puder me responda, pois sei que és homem de Deus e so fala aquilo que tem certeza na palavra do Senhor. sempre acompanho seu blog. obrigada!!! em Cristo, irmã Rosana
Aelson Junior disse…
A paz do Senhor!

Pastor, estou com uma dúvida.
Jesus batizava ou não? A minha dúvida é porque em João 3.22 aparentemente diz que ele batizava, visto que a palavra "batizava" está no singular. Em João 4.2 diz que Jesus não batizava, mas, os discípulos.

Agradeço se me tirar essa dúvida.