Erros que os professores devem evitar (3)


Erros quanto às responsabilidades do professor

Ser desanimado, não assíduo e não pontual. Se o professor deseja que a sua classe seja dinâmica, animada, e que seus alunos não faltem nem cheguem atrasados, deve ser um exemplo para eles em tudo. Um bom texto bíblico para o professor, nesse caso, é 1 Timóteo 4.12: “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza”.

Ser insubmisso à direção da ED. Submeter-se à direção implica, antes de tudo, ser obediente ao pastor (Hb 13.17), o líder maior da congregação e de todos os departamentos. Além disso, siga as orientações do superintendente designado pelo pastor. Caso você não concorde com o seu sistema de trabalho, procure-o e fale com ele à parte. Um crente que se preza não forma facções nem fala mal de seus líderes.

Ser murmurador, vaidoso, interesseiro. Requer-se de um professor, ou obreiro em geral, que seja um crente piedoso e diligente em tudo (1 Tm 4.8,16). Evite, pois, ser como aqueles crentes (crentes?) mencionados na Epístola de Judas: “... murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse” (v.16).

O que tem a ensinar um crente (crente?) murmurador? E um servo de Deus (servo de Deus?) queixoso de sua sorte? Como alguém que anda segundo as suas concupiscências ou cobiças, e não conforme a vontade do Senhor, poderá ensinar o caminho da verdade? Como um arrogante discorrerá sobre a humildade? Poderá um interesseiro estimular seus alunos a serem altruístas?

Erros quanto ao aperfeiçoamento do professor

Descuidar-se com o vernáculo. Podemos contar nos dedos das mãos os professores que falam com correção. É nosso dever nos aplicarmos ao estudo da língua pátria, pois isso nos ajudará a ter êxito perante a classe. Um erro comum, por exemplo, é dizer-se “de encontro a” em lugar de “ao encontro de”. Você sabe quando se emprega um e o outro, ou pensa que pode usar um pelo outro? A propósito, você está inteirado da reforma ortográfica? Leia, neste blog, a série sobre o assunto.

Abraçar a pseudo-intelectualidade. Professores há que preferem a “maquiagem”. Vestem-se de intelectuais, falam palavras difíceis para impressionar, mas não educam. Deixaram-se contaminar pela pseudo-intelectualidade, uma verdadeira doença caracterizada pela supervalorização da forma, em detrimento do conteúdo. Aperfeiçoar-se é muito mais que aprender a cada dia a exibir conhecimentos. Educar, em certo sentido, implica apresentar por meio de palavras o que o professor é, de fato (1 Co 2.1-5). Que Deus nos livre da pseudo-intelectualidade, mediante a qual certos “mestres” procuram convencer seus alunos de que são o que nunca foram, verdadeiramente.

Não se aplicar ao estudo da pedagogia. O que é a pedagogia? É o conjunto sistemático de conhecimentos sobre o processo educativo do indivíduo. Ou seja, é a ciência e a arte de ensinar e educar. O professor que se preza mantém-se atualizado quanto aos recursos didático-pedagógicos que se modificam e se aperfeiçoam com o tempo. E isso conforme o público. Por exemplo, antigamente usava-se muito o flanelógrafo para se contar histórias para as crianças. Hoje, há muitos outros recursos visuais.

Parar no tempo. É preciso se atualizar. Isso inclui estudo de idiomas, leitura constante (1 Tm 4.13), participação de congressos, seminários etc. A CPAD tem contribuído bastante com o aperfeiçoamento dos professores ao promover cursos (CAPED’s), conferências e congressos. Você já participou de algum evento assim? Se não, por quê? Falta de oportunidade ou nunca teve interesse mesmo? Não pare no tempo. Deus espera “coisas melhores” de você (Hb 6.9 e Pv 4.18).

Ciro Sanches Zibordi

Comentários

Anônimo disse…
Prezado Pastor,

A paz do Senhor!

Louvo a Deus por despertá-lo mais uma vez com um tema tão nescessário para a contribuição do crescimento vertical e horizontal dos professores da nossa amada EBD.

Gostaria de registrar aqui a minha tristeza quanto a dificuldade de acesso que a maioria dos docentes passam em relação aos CAPEDS, principalmente a falta de investimento por parte dos ministros que não procuram via bilizar meios para que os professores possam treinar o dom que receberam de Deus.

Concordo com o senhor que há professores que não se aplicam ao ensino,pois sabemos que dedicação é ´´passar a cabeça no smiril´´,deixando-á afiada ,afim de proporcionar o crescimento dos alunos.Infelismente nem sempre surgem oportunidades, pricipalmente para aqueles que residem fora dos grandes centros.Este pobre presbítero que faz este comentário é um exemplo da nossa realidade, pois todas EBOs que participei foram 8 horas de viajem da minha cidade, uma vez ao ano.Não me arrependo e viajaria de novo, como pretendo fazer este ano.No entanto os ministérios poderiam diminuir esta distância.

Graças a Deus que com o advento da internet temos a oportunidade de estudarmos mais, pois não estou com tanta fé que um dia possa ter o privilégio de participar de um tão sonhado CAPED pelo menos na minha ´´pequena´´ região de 700 mil habitantes.Me perdoe pela franqueza meu amado, peço ao Pastor que se o senhor souber de algum ead relacionado ao CAPED me avise por favor,pois não existe limites na empresa do conhecimento!

Abraços fraternos.

Josiel.
Anônimo disse…
Graça e Paz!
Estou desfrutando de mais uma bênçao...
Graça
Anônimo disse…
Pr Ciro, a Paz do Senhor.
Achei interessante o artigo e concordo com o irmão; mas gostaria de dizer que vejo uma grande necessidade de os comentaristas das lições bíblicas facilitarem a vida dos professores e alunos ecrevendo textos menos confusos e com palavras fáceis de entender. Obrigado.A paz do Senhor
Anônimo disse…
A Bíblia diz que "quem ensina que haja dedicação ao ensino", tudo o que o senhor falou é verdade. Mas o ensino está cada vez mais desvalorizado em nossas igrejas chegando ao ponto de alguns líderes não darem importancia a ED, não incentivam os membros a participarem, menosprezam esta atividade como se ela fosse "apenas mais uma obrigação a cumprir", não a priorizam e muitos dirigentes nem a frequentam, alegando possuirem outras atividades mais importantes para fazerem no domingo de manhã, como levar uma ceia a um faltoso ou uma visita na zona rural, deixando a tarefa para o superintendente e os professores.É muito comum vermos na ED de muitas igrejas cerca de somente 10 a 15 por cento dos membros e muitos pastores já até mudaram o dia para o sábado á noite, é lastimável. Fico a pensar se a culpa é dos professores, ou se é os dias que estamos vivendo. Num ambiente destes como um professor não desanima, como vai estudar, planejar, inovar, etc se a ED só vão algumas poucas irmãs de 60, 70, ou 80 anos que só frequentam porque não tem nada para fazer no domingo? Como estar animado se os próprios membros repudiam a escola e a criticam por desconhecerem a sua importancia no Reino de Deus? A verdade é que muitos desqualificam a ED por gostarem apenas dos cultos "avivados" que contem profecias, barulho, linguas "estranhas", reteté, louvor ao ego, etc, enquanto a ED é um culto silencioso, sem oportunidades para expressarem seus "dons" e o pior é que muitos dirigentes escolheram ficar do lado da maioria por serem da mesma linha de pensamento e gostarem também mais desses "movimentos". Que Deus me ajude e a todos!