Tenho escrito alguns textos pelos quais venho demonstrando que há uma orquestração evangelicofóbica em curso no Brasil. A grande mídia tem se aproveitado de casos isolados, mal esclarecidos, ainda sob investigação, para afirmar — ou, pelo menos, sugerir — que os evangélicos são intolerantes, preconceituosos e homofóbicos. E ela tem recebido apoio de líderes evangélicos famosos, como o pastor progressista e universalista Ed René Kivitz, um dos principais propagadores do movimento Missão Integral.
Kivitz concedeu, há poucos dias, uma entrevista à BBC (British Broadcasting Corporation) Brasil, pela qual procurou mostrar-se equilibrado e, sobretudo, politicamente correto quanto aos assuntos que envolvem o evangelicalismo brasileiro. Ele disse, por exemplo, que é a favor dos “direitos LGBTs” — por entender “que são cidadãos, independentemente da minha concordância com a orientação sexual ou a identidade de gênero que eles têm” —, mas ignorou o outro lado da moeda: os ativistas desse movimento zombam do Evangelho e querem desconstruir a família mediante projetos aberrantes, como a Ideologia de Gênero. Ele também relativizou a questão do aborto: afirmou que é contrário a essa prática, mas “a favor de uma melhor compreensão da legislação em termos de saúde pública e da preservação da mulher”.
O entrevistador da BBC Brasil perguntou: “o senhor acredita que pessoas com maior tendência à intolerância religiosa possam estar encontrando amparo nestas posições, ao verem figuras influentes no cenário nacional mantendo uma ideologia de confronto e não de conciliação com relação a grupos com visões diferentes, sejam estes grupos de outras religiões, LGBTs, defensores do aborto, minorias, etc?” E Kivitz respondeu, em outras palavras, que os evangélicos não devem discordar de comportamentos presentes na sociedade, isto é, não devem pregar contra o pecado, à luz da Bíblia, para não parecerem ofensivos, desamorosos e criarem “um ambiente propício para que gente doente, ignorante, mal esclarecida e mal resolvida dê vazão ao seus impulsos de violência, de rejeição ao próximo, aos seus ímpetos de prepotência, à sua ambição e sede de poder, à sua personalidade opressiva”.
Kivitz critica o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e a bancada evangélica de modo geral, afirmando que “essas lideranças evangélicas que estão presentes na mídia e no cenário político brasileiros merecem a hashtag #nãomerepresentam”. Ele defende a ideia de que um parlamentar evangélico, ao chegar à Câmara, “deveria deixar de ser evangélico e se tornar um defensor da cidadania. Claro que ele tem todos os seus valores, convicções religiosas e opções ideológicas, mas ele não está lá para defender a cabeça dele, nem o segmento da sociedade que o colocou lá”.
Considero esse argumento de Ed René Kivitz contraditório e perigoso. Afinal, o deputado evangélico foi eleito pela comunidade evangélica, e esta tem o direito de participar da política ativamente. Kivitz deveria considerar o outro lado da moeda: a bancada evangélica é necessária porque existe, também, a bancada evangelicofóbica, que trabalha dia e noite contra a fé evangélica e a cosmovisão judaico-cristã, propondo leis contrárias à vida, à família, bem como à liberdade de culto e de expressão. Veja, por exemplo, o caso da Ideologia de Gênero, que os progressistas querem impor “na marra” à sociedade. Os deputados evangélicos e católicos estão fazendo, em Brasília, um importante trabalho no combate a essa excrescência que visa à desconstrução da família.
Segue-se que é equivocada a ideia de que o evangélico (ou qualquer outro religioso) não pode participar da política, sendo obrigado a despir-se de suas convicções ao participar do parlamento. Ainda que o Estado seja laico, a sociedade é diversa, formada por vários grupos (católicos, evangélicos, espíritas, ateus, agnósticos, etc.), portadores de várias opiniões. Todos os segmentos da sociedade devem ser ouvidos e participar da política. Ou será que nós, os evangélicos, devemos ficar bem quietinhos, permitindo que a agenda dos abortistas e inimigos da família seja implementada?
Finalmente, na entrevista à BBC, Ed René Kivitz disse que está buscando espaço para mostrar um lado mais “ponderado, inclusivo e progressista” dos evangélicos. Ele está, na verdade — falo com conhecimento de causa, pois já assisti a várias pregações suas, na Internet —, defendendo um evangelho de facilidades, não confrontador, que visa a uma convivência ecumênica e agrada a todos, dizendo às pessoas o que elas desejam ouvir, e não o que elas precisam ouvir. Ou seja, apesar de Kivitz ser um bom comunicador, intelectual, filósofo, é também adepto do universalismo e não prega o autêntico Evangelho do arrependimento e da “porta estreita” (cf. Mt 4.17; 7.13,14; Jo 3.16; Rm 10.9,10).
Ciro Sanches Zibordi
Referências
KIVITZ, Ed René. Tom 'bélico' de alguns líderes evangélicos cria clima propício à intolerância, diz pastor. BBC Brasil, 2015. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150622_entrevista_pastor_pai_jp. Acesso em: 24 jun. 2015.
Kivitz concedeu, há poucos dias, uma entrevista à BBC (British Broadcasting Corporation) Brasil, pela qual procurou mostrar-se equilibrado e, sobretudo, politicamente correto quanto aos assuntos que envolvem o evangelicalismo brasileiro. Ele disse, por exemplo, que é a favor dos “direitos LGBTs” — por entender “que são cidadãos, independentemente da minha concordância com a orientação sexual ou a identidade de gênero que eles têm” —, mas ignorou o outro lado da moeda: os ativistas desse movimento zombam do Evangelho e querem desconstruir a família mediante projetos aberrantes, como a Ideologia de Gênero. Ele também relativizou a questão do aborto: afirmou que é contrário a essa prática, mas “a favor de uma melhor compreensão da legislação em termos de saúde pública e da preservação da mulher”.
O entrevistador da BBC Brasil perguntou: “o senhor acredita que pessoas com maior tendência à intolerância religiosa possam estar encontrando amparo nestas posições, ao verem figuras influentes no cenário nacional mantendo uma ideologia de confronto e não de conciliação com relação a grupos com visões diferentes, sejam estes grupos de outras religiões, LGBTs, defensores do aborto, minorias, etc?” E Kivitz respondeu, em outras palavras, que os evangélicos não devem discordar de comportamentos presentes na sociedade, isto é, não devem pregar contra o pecado, à luz da Bíblia, para não parecerem ofensivos, desamorosos e criarem “um ambiente propício para que gente doente, ignorante, mal esclarecida e mal resolvida dê vazão ao seus impulsos de violência, de rejeição ao próximo, aos seus ímpetos de prepotência, à sua ambição e sede de poder, à sua personalidade opressiva”.
Kivitz critica o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e a bancada evangélica de modo geral, afirmando que “essas lideranças evangélicas que estão presentes na mídia e no cenário político brasileiros merecem a hashtag #nãomerepresentam”. Ele defende a ideia de que um parlamentar evangélico, ao chegar à Câmara, “deveria deixar de ser evangélico e se tornar um defensor da cidadania. Claro que ele tem todos os seus valores, convicções religiosas e opções ideológicas, mas ele não está lá para defender a cabeça dele, nem o segmento da sociedade que o colocou lá”.
Considero esse argumento de Ed René Kivitz contraditório e perigoso. Afinal, o deputado evangélico foi eleito pela comunidade evangélica, e esta tem o direito de participar da política ativamente. Kivitz deveria considerar o outro lado da moeda: a bancada evangélica é necessária porque existe, também, a bancada evangelicofóbica, que trabalha dia e noite contra a fé evangélica e a cosmovisão judaico-cristã, propondo leis contrárias à vida, à família, bem como à liberdade de culto e de expressão. Veja, por exemplo, o caso da Ideologia de Gênero, que os progressistas querem impor “na marra” à sociedade. Os deputados evangélicos e católicos estão fazendo, em Brasília, um importante trabalho no combate a essa excrescência que visa à desconstrução da família.
Segue-se que é equivocada a ideia de que o evangélico (ou qualquer outro religioso) não pode participar da política, sendo obrigado a despir-se de suas convicções ao participar do parlamento. Ainda que o Estado seja laico, a sociedade é diversa, formada por vários grupos (católicos, evangélicos, espíritas, ateus, agnósticos, etc.), portadores de várias opiniões. Todos os segmentos da sociedade devem ser ouvidos e participar da política. Ou será que nós, os evangélicos, devemos ficar bem quietinhos, permitindo que a agenda dos abortistas e inimigos da família seja implementada?
Finalmente, na entrevista à BBC, Ed René Kivitz disse que está buscando espaço para mostrar um lado mais “ponderado, inclusivo e progressista” dos evangélicos. Ele está, na verdade — falo com conhecimento de causa, pois já assisti a várias pregações suas, na Internet —, defendendo um evangelho de facilidades, não confrontador, que visa a uma convivência ecumênica e agrada a todos, dizendo às pessoas o que elas desejam ouvir, e não o que elas precisam ouvir. Ou seja, apesar de Kivitz ser um bom comunicador, intelectual, filósofo, é também adepto do universalismo e não prega o autêntico Evangelho do arrependimento e da “porta estreita” (cf. Mt 4.17; 7.13,14; Jo 3.16; Rm 10.9,10).
Ciro Sanches Zibordi
Referências
KIVITZ, Ed René. Tom 'bélico' de alguns líderes evangélicos cria clima propício à intolerância, diz pastor. BBC Brasil, 2015. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150622_entrevista_pastor_pai_jp. Acesso em: 24 jun. 2015.
Comentários
Pura hegemonia religiosa de René. Não tenho dúvidas, esta afirmação de Kivitz, não passa de uma estratégia para arrancar aplausos da mídia e sair como o líder religioso verdadeiro, tolerante, e espiritual. Lamentável essa visão "Kivitziana". Uma farsa, um engodo diabólico.
Edificante texto apologético pastor Ciro.
Abraços,
Inverno 2015
Tanto o pr.Ed Rene Kivitz quanto o pr.Ariovaldo Ramos pregam um cristianismo puro e simples, bem difrente do que esta descrito no texto acima...E bem diferente do cristianismo megalomaniaco que a maioria ensina de forma errada!!
Ele esta corretíssimo nas suas colocações . Estou cansadas de ver pessoas que se dizem Cristãos propagando o ódio e ficando mais afrontadas que o próprio o DEus.
Outra coisa levantar falso testemunho é pecado ta bom Pr Ciro, melhor vc se informar mais
Parabéns pela sabias palavras!!!!
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=pIY0_E1jlnE&list=PLaGz0TDTQp0JrXSXNjhIdnVVVl81HAn7e&index=2
E, em seguida, veja aqui: http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apologetica-crista/152/o-perigoso-universalismo-pregado-pelo-irmao-ed-rene-kivitz.html
Que Deus o abençoe.
CSZ
Defendo o Evangelho. Ataco as heresias. Não ataco pessoas. Não quis de modo algum atacar a pessoa de quem o irmão é fã. Nem quis "pegar gancho pra crescer em circuito nacional evangélico". Como seguidor do Senhor Jesus, repito, defendo seu Evangelho. E, se o irmão estiver de acordo com a heresia do universalismo, lamento muito. E gostaria que o irmão se ativesse aos argumentos presentes no texto e o refutasse à luz da Bíblia.
CSZ
Priscila Soares
O artigo está bastante coerente sim PR Ciro, a propósito se tem algo tendencioso está é parecido com muitas mensagens do Kivitz. Olha quero deixar minha opinião, tenho visto e ouvido mensagens do Kivitz e cia, sinceramente tenho eles como referências pra muita coisa boa sim, mas a pouco tempo descobri essa questão do Universalismo do Kivitz o que é óbvio que influência e muito suas mensagens,sendo assim é uma heresia que precisa ir pro lixo de nossas considerações. Outrossim são bastantes simpaticos(Ed, e Ariovaldo) ao Marxismo social que particularmente falando repudio totalmente intelectualmente falando. Essas ideologias precisam ser mais conceituadas na cabeça dos irmãos, pois eu costumava defender erroneamente a pessoa e sua obra em toda a totalidade das mesmas até perceber que não é algo saldável.E para finalizar gostaria de deixar meu alerta aos irmãos para que procurem julgar como os bereanos, as atitudes e comunicações que ouvimos pois todos possuem seus defeitos e em nome até de resultados bons muitas vezes engolimos muita coisa prejudicial em sua excência, ademais ja dizia o Ap. Paulo analisai tudo, retende o bem. Abraços queridos
O artigo está bastante coerente sim PR Ciro, a propósito se tem algo tendencioso está é parecido com muitas mensagens do Kivitz. Olha quero deixar minha opinião, tenho visto e ouvido mensagens do Kivitz e cia, sinceramente tenho eles como referências pra muita coisa boa sim, mas a pouco tempo descobri essa questão do Universalismo do Kivitz o que é óbvio que influência e muito suas mensagens,sendo assim é uma heresia que precisa ir pro lixo de nossas considerações. Outrossim são bastantes simpaticos(Ed, e Ariovaldo) ao Marxismo social que particularmente falando repudio totalmente intelectualmente falando. Essas ideologias precisam ser mais conceituadas na cabeça dos irmãos, pois eu costumava defender erroneamente a pessoa e sua obra em toda a totalidade das mesmas até perceber que não é algo saldável.E para finalizar gostaria de deixar meu alerta aos irmãos para que procurem julgar como os bereanos, as atitudes e comunicações que ouvimos pois todos possuem seus defeitos e em nome até de resultados bons muitas vezes engolimos muita coisa prejudicial em sua excência, ademais ja dizia o Ap. Paulo analisai tudo, retende o bem. Abraços queridos
Pastor Ciro não sei ser o senhor pode depois fazer um artigo sobre João cap 5 . pois alguns pastores conhecido fale que aquele anjo lar que movia as águas era uma ação pagã , não tem no original do anjo move as águas . o senhor pode mim ajudar nisso para entender?
Que Deus abençoe sua vida .l
Ótimo posicionamento. Graças a Deus que ainda existem atalaias de Cristo como o senhor!
Parabéns pela postagem!
www.joaopaulomsouza.blogspot.com.br
Rafael
Abraço!
O teólogos da missão integral são mais comunistas e liberais e criticam as igrejas pentecostais de certa forma principalmente sobre missão, assisti o vídeo destes Pastores falando contra a bancada evangélica, eles estão equivocados pois a bancada EV. esta para defender a entidade família e direitos de liberdade, eles estão dando a cara para bater na frente de todos para falar verdades, fundamentos da família que sempre existiu e sem ela a humanidade entrara em desgraça total de libertinagem e de vergonha aos valores do homem ( O que era errado hoje é certo e oque era certo hoje é errado) Estes homens recebem ameças de todo tipo e não só eles mas suas famílias, etc.Mas os que esperam no SENHOR novas forças obterão, esperamos a volta do ETERNO.
O teólogos da missão integral são mais comunistas e liberais e criticam as igrejas pentecostais de certa forma principalmente sobre missão, assisti o vídeo destes Pastores falando contra a bancada evangélica, eles estão equivocados pois a bancada EV. esta para defender a entidade família e direitos de liberdade, eles estão dando a cara para bater na frente de todos para falar verdades, fundamentos da família que sempre existiu e sem ela a humanidade entrara em desgraça total de libertinagem e de vergonha aos valores do homem ( O que era errado hoje é certo e oque era certo hoje é errado) Estes homens recebem ameças de todo tipo e não só eles mas suas famílias, etc.Mas os que esperam no SENHOR novas forças obterão, esperamos a volta do ETERNO, concordo com você Ir.Ciro.
CSZ
No aguardo de mais postagens esclarecedoras sobre esse movimento perigoso que se instalou em nosso meio. Que o Senhor Jesus cada vez mais venha conceder ao senhor sabedoria do alto para refutar essas artimanhas...