Marcelo Adnet e o humor evangelicofóbico da Rede Globo (5)


Em 2012, uma estudante de Direito foi weblinchada, chamada de xenofóbica e condenada pela Justiça por causa de uma mensagem preconceituosa no Twitter. Após a vitória de Dilma Rousseff, em 2010, a jovem declarou: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado”. A universitária foi denunciada pelo Ministério Público Federal por crime de discriminação ou preconceito de procedência nacional.

Há poucos dias, Marcelo Adnet e seu grupo apresentaram na TV Globo uma paródia do seriado Frends (chamada pelo “comediante” de Crentes), por meio da qual zombou da fé evangélica e ridicularizou os crentes em Jesus Cristo. E alguns destes, como era de se esperar, consideraram a paródia ofensiva e protestaram contra Adnet e a Rede Globo nas redes sociais.

Além de 
o “brilhante” humorista responder aos evangélicos com ironia e de modo debochado, em seu site (possivelmente, administrado por seus fãs) foram inseridos comentários do Twitter contra e a favor ao quadro evangelicofóbico Crentes. Chamou-me a atenção o último tuíte ali inserido (e também no site UOL): “eu sempre fui à igreja desde qdo era pequenininha.. mas tenho q dzr q os crentes são os mais caloteiros, os mais safados, os q mais xingam” (sic).

O que aconteceria se, no comentário da fã de Adnet, substituíssemos a palavra “crentes” por “nordestinos”? Certamente, a grande mídia daria à declaração peso similar ao que foi dado ao comentário da universitária mencionada no primeiro parágrafo deste texto. E a fã de Adnet seria considerada, talvez, xenofóbica, haja vista ter dito que todos os nordestinos são caloteiros e safados, não é mesmo?

Nordestinos são mais humanos que os evangélicos? Não! Então, por que não há indignação coletiva quando os evangélicos são ofendidos? Não têm estes os direitos da personalidade, previstos na Lei? Em termos de discriminação e preconceito, qual é a diferença entre xenofobia e evangelicofobia?

Ora, todos os seres humanos que nascem com vida têm assegurados, a partir da sua primeira respiração, segundo o Código Civil, todos os direitos da personalidade. E dizer que nordestinos ou evangélicos, por exemplo, são caloteiros ou safados têm a mesma definição: atentado contra dignidade da pessoa pertencente à comunidade ofendida. #FicaADica.

Ciro Sanches Zibordi

Comentários

Que gozado.
Se dissermos qualquer coisa que ridicularize os católicos, receberemos muitas críticas.
Se dissermos qualquer coisa que ridicularize os que são de religiões afro-brasileiras, seremos chamados até de racistas.
Mas pode-se dizer qualquer coisa desvalorize os evangélicos, porque "pode". O segundo maior grupo religioso, me corrijam se não for esse o modo de dizer, é o evangélico, mas não é por isso que temos que ser respeitados, e sim porque esse direito é para todos, ou pelo menos deveria ser.
A rede globo sempre dá um jeito de tirar uma com os evangélicos. impressionante.
Que gozado.
Se dissermos qualquer coisa que ridicularize os católicos, receberemos muitas críticas.
Se dissermos qualquer coisa que ridicularize os que são de religiões afro-brasileiras, seremos chamados até de racistas.
Mas pode-se dizer qualquer coisa desvalorize os evangélicos, porque "pode". O segundo maior grupo religioso, me corrijam se não for esse o modo de dizer, é o evangélico, mas não é por isso que temos que ser respeitados, e sim porque esse direito é para todos, ou pelo menos deveria ser.
A rede globo sempre dá um jeito de tirar uma com os evangélicos. impressionante.
Clenio Daniel disse…
Homens e mulheres, envenenados pela incredulidade, intensificada cada vez mais por seus insanos pecados, procuram, de todas as formas, mutilar a identidade do povo de Deus como se este fosse isento de todos os direitos de ir e vir ou mesmo de expressar sua posição em relação a alguma coisa. Fazem de nós vítimas imerecidas quando confrontamos o pecado através da poderosa Palavra de Deus. A Igreja tem direitos e devem ser reconhecidos. Meu caro pastor Ciro, o Senhor te abençoe grandemente!
Graça e paz pastor e demais leitores.
O que mais me deixa triste e indignado é que muitos "crentes" assistem tais programas (nem sabia do tal)e se "alegram" com a sátira por nossa fé, além de utilizarem no seu cotidiano para ofender os demais e ainda achar que estão corretos.
Maranata!
Graça e paz pastor e demais leitores.
O que mais me deixa triste e indignado é que muitos "crentes" assistem tais programas (nem sabia do tal)e se "alegram" com a sátira por nossa fé, além de utilizarem no seu cotidiano para ofender os demais e ainda achar que estão corretos.
Maranata!
Anônimo disse…
Prezado pastor,
Acho fazer a comparação de um caso com o outro, da menina que xingou os nordestinos com o desse péssimo humorista ridicularizando nossa fé, não dá a verdadeira dimensão do problema. Seria melhor ficar no campi religioso nesmo como já bem fez tonando como exemplo o fato desse péssimo humorista não fazer a mesma coisa com o islã. A guerra aqui é religiosa mesma, muito mais grave do que aquela xenofobia da moça sulista. Naquela a menina ofendeu apenas nós nordestinos, nesta o humorista ofende e ridiculariza gente de todas as partes do Brasil que confessam a mesma fé. Tire a gente disso. Uma coisa é uma e outra coisa é outra coisa.
Sou nordestinto, sou evangélico.
Fraterno abraço, Marcelo.
Natal-RN
Pb Fernando disse…
Somos a luz do mundo, e essa gente jamais entenderá nosso chamamento para sermos diferentes deles. E infelizmente vivemos num pais onde nossas autoridades criam leis para defender todo tipo de pecado, agora defender os princípios Cristãos jamais criarão os beneficiem.