O filme As Aventuras de Pi é muito bonito, divertido, cheio de emoção, efeitos especiais e belíssimas paisagens. A história, realmente muito cativante, gira em torno da inusitada convivência, em alto mar, de um jovem com um tigre-de-bengala! Não é por acaso que o livro já foi traduzido para 41 idiomas e esteve na lista dos mais vendidos do New York Times por mais de um ano.
Não vou contar a história de Pi, pois alguém pode estar interessado em assistir ao filme ou, pelo menos, ler o livro, publicado no Brasil pela Editora Nova Fronteira. Mas farei uma abordagem crítica sobre a mensagem central do autor do romance: o espanhol Yann Martel. Peço ao leitor que não me veja como um estraga-prazeres. Meu objetivo é apenas fazer um alerta, visto que não conformar-se com o mundo denota, também, não se deixar enganar pelas influências filosóficas maléficas prevalecentes no mundo (Rm 12.1,2).
Fica claro, especialmente no início e na conclusão da história do jovem indiano Pi, que o autor da obra tem como objetivo apresentar a mensagem de que todos os caminhos (ou religiões) levam a Deus. Martel advoga o ecumenismo. Para ele, o importante é estar em contato com Deus, que pode ser conhecido através do hinduísmo, do cristianismo, do islamismo, do budismo, etc.
No livro — e não no filme — o personagem de Martel, já adulto, afirma: "A primeira vez que topei com uma Bíblia na mesinha de cabeceira de um quarto de hotel no Canadá, caí em prantos. Logo no dia seguinte, mandei uma contribuição para os Gideões e incluí um bilhete insistindo para que eles ampliassem a sua rede de distribuição. Pedi que não se limitassem aos quartos de hotéis, mas incluíssem todo e qualquer lugar onde viajantes exaustos e esgotados pudessem deitar a cabeça, e disse ainda que não deviam deixar ali apenas Bíblias, mas também outros escritos sagrados".
A bem da verdade, o belíssimo filme Life of Pi (título original) incentiva a comunhão com Deus. Mas que Deus? Pode ser o Deus dos cristãos, ou o dos muçulmanos, ou os muitos deuses do hinduísmo. O importante é acreditar que existe uma força superior que rege o Universo. Essa mensagem é politicamente correta, agradável, pacificadora... Ao mesmo tempo, é falsa! Por quê? Porque só existe uma única porta para a salvação: Jesus Cristo (Jo 3.16; 14.6).
Mas, além de defender o pseudo-evangelho ecumênico, que contraria a verdade bíblica de que o Senhor Jesus é o único que pode conduzir o homem a Deus (Jo 10.9; 1 Tm 2.5), o personagem Pi opõe-se — acredite — à pregação tradicional do Evangelho, de cima do púlpito. Em outra parte do livro está escrito: "Nada de preleções tonitruantes lá do púlpito, ou condenação de igrejas ruins, nem olhares vigilantes, simplesmente um livro de textos sacros esperando calmamente para dizer olá, tão delicado e poderoso quanto o beijo de uma garotinha no nosso rosto".
Como se costuma dizer nas redes sociais, fica a dica.
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Por essa razão que buscamos blog" como este.
A paz do Senhor!
A sociedade sem Deus está impregnada da ideologia de que todas as religiões têm a capacidade de ligar o ser humano a Deus.
Na universidade onde estudo, o que mais se vê é a luta pelo ecumenismo. Confesso que o crente que ingressa numa universidade ou faculdade, sobretudo de cunho laico ou não evangélico, tem que tomar assaz cuidado para não incorrer no sincretismo religioso.
Quanto ao livro e filme de que o irmão pontuou, segue, justamente, o mesmo pensamento supracitado.
Os ecumênicos dizem: "Não importa a tua crença. O que importa é que você está se aproximando de Deus". Entretanto, nós sabemos que esse modo de pensar a religião está equivocado.
Lembremo-nos de que o Inimigo é sutil (2 Co 11.14).
Um forte abraço!
Paz
Pr Ciro não conheço o filme e muito pouco a história do mesmo. Filmes assim tendem a misturar muito as coisas, muitas pessoas que não são seguidores de Cristo e mesmo os que frequentam a igreja acabam se iludindo com uma histórias assim. Pois existem uma mensagem acoplada no meio de todo o trajeto, cada vez mais o pseudo-evangelho ecumênico cresce em nosso meio, por isso que há uma necessidade insaciável de crescermos na graça de Deus em no conhecimento. Examinar as escrituras diariamente e viver a nossa fé, para que se cumpra cada dia o que Pedro nos escreveu em 1 Pedro 3;15.