Resolvi atender ao insistente pedido de um leitor para assistir a um vídeo de um famoso pregador (pregador?) que gosta de fazer gracejos, contextualizar narrativas bíblicas ao extremo e manipular auditórios — não me pergunte o nome dele! Ele divagou por mais de uma hora, "fundamentando" a sua mensagem na afirmação de que Filipe, o apóstolo (Mt 10.3), foi invejado pelos outros apóstolos, que, por causa disso, o rebaixaram a diácono.
Os obreiros do púlpito e o povo presente, de modo geral, vibraram com a mensagem, haja vista o pregador ter enfatizado que — mesmo sem o título de apóstolo — Filipe fez muitos milagres, e seu ministério foi mais abençoado em Samaria do que o dos figurões em Jerusalém. Entretanto, quem examina as Escrituras neotestamentárias com cuidado sabe que o Filipe apóstolo não é o mesmo Filipe diácono!
Em Atos 1.13, Filipe, o apóstolo, é mencionado entre Pedro, Tiago, João, André e os outros. Em Atos 6.2,3 está escrito: “E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio”.
Como se vê, o Filipe apóstolo — uns dos doze — não era um dos sete diáconos escolhidos dentre a multidão, sob a orientação dos doze. Entre os escolhidos havia outro servo do Senhor chamado Filipe: “e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe” (At 6.5). Segue-se que o apóstolo Filipe não foi rebaixado, visto que o diácono mencionado é outra pessoa com o mesmo nome do primeiro.
Moral da história: muitos pregadores famosos (alguns são até idolatrados) estão mais preocupados em animar auditórios, fazer gracejos, dar espetáculo e gerar emoção do que estudar as Escrituras com cuidado e expô-las com graça e verdade. Lembremo-nos do que a Palavra do Senhor assevera em 2 Timóteo 4.2 (ARA): “Prega a Palavra”.
Amém?
Ciro Sanches Zibordi
Os obreiros do púlpito e o povo presente, de modo geral, vibraram com a mensagem, haja vista o pregador ter enfatizado que — mesmo sem o título de apóstolo — Filipe fez muitos milagres, e seu ministério foi mais abençoado em Samaria do que o dos figurões em Jerusalém. Entretanto, quem examina as Escrituras neotestamentárias com cuidado sabe que o Filipe apóstolo não é o mesmo Filipe diácono!
Em Atos 1.13, Filipe, o apóstolo, é mencionado entre Pedro, Tiago, João, André e os outros. Em Atos 6.2,3 está escrito: “E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio”.
Como se vê, o Filipe apóstolo — uns dos doze — não era um dos sete diáconos escolhidos dentre a multidão, sob a orientação dos doze. Entre os escolhidos havia outro servo do Senhor chamado Filipe: “e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe” (At 6.5). Segue-se que o apóstolo Filipe não foi rebaixado, visto que o diácono mencionado é outra pessoa com o mesmo nome do primeiro.
Moral da história: muitos pregadores famosos (alguns são até idolatrados) estão mais preocupados em animar auditórios, fazer gracejos, dar espetáculo e gerar emoção do que estudar as Escrituras com cuidado e expô-las com graça e verdade. Lembremo-nos do que a Palavra do Senhor assevera em 2 Timóteo 4.2 (ARA): “Prega a Palavra”.
Amém?
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Concordo em tudo com você. A maioria das igrejas hoje passam mais tempo dando avisos e fazendo propaganda do que pregando a Palavra.
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Viu será que até o Natal minhas 5 perguntas sobre Jesus estão respondidas ? Eu ainda aguardo anscioso e curioso sobre isso srsrsrs
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Bom feriado pra vc e pra sua família ( mesmo sendo feriado católico e anti-biblico é rsrsrs ).
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Fique com Deus !!!
T++
Quando o pregador é inculto ou de mais idade, até dá para levar em consideração. Mas um pastor estudado, de “renome”, que tem a obrigação de conhecer profundamente a Bíblia, não pode cometer esse tipo de deslize, não!
Pastor Ciro, li em um site que Benny Hinn virá para Porto Alegre em fevereiro, a fim de realizar uma campanha. Outra vez aqui em Porto Alegre???
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos proteja, e que o Sr. Hinn seja liberto de seus engodos e que Jesus salve sua alma!
A paz do Senhor!
Só de imaginar o senhor assistindo ao vídeo desse pregador, já se torna engraçado em nossa imaginação... O senhor é um herói, porque aguentar assistir a tanta meninice e artifícios desse "pregador", só sendo um guerreiro. (Risos).
Ademais, de que cartola esse pregador tirou esse sapo? (Risos).
JP
Esse comentário é por demais pertinente, mas não isolado.
Em nossa caminhada na igreja, já presenciamos deslizes dessa natureza, vinda de pessoas tidas como autoridades de primeira grandeza em se tratando de assuntos bíblicos.
É bem verdade que todos somos passíveis a enganos, todavia, quando esses equívocos surgem de pessoas que têm posição de destaque,certamente as cobranças são maiores.
Por isso é imprescindível ao palestrante de qualquer nível, pelo menos estudar com cuidado o assunto o qual ele irá ministrar.
Assim agindo, o mesmo poderá evitar situações conforme a descrita no artigo.
Quanto aos obreiros do púlpito e demais irmãos presentes que vibram sem convicção quando surgem "pregadores" conforme o mencionado, se fizessem como os crentes de Bereia ( Atos 17.10,11), certamente não agiriam como "papagaios de piratas e vacas de presépios",com todo o respeito.
Em Cristo,
Tadeu de Araújo
Leve sempre em consideração, qualquer sintoma não relacionado com a seriedade da Palavra de Deus. Esqueça cultura, incultura, ou qualquer idade que seja.
O Senhor seja contigo,
O menor.
A novata (na fé) sou eu, mas sempre disposta a aprender!
Deus o abençoe!
O desejo de pregar grandes sermões e mensagens inéditas tem levado pessoas a usarem textos Bíblicos fora do contexto com interpretações absurdas recheadas de fantasias antibíblicas.
Seus sermões são cheios de frases de efeito como: “pentecostal que não dá glória, está com defeito de fabricação”; “olha no olho de seu irmão e diz...”; “ levanta a mão e dá glóoooooooooriaaaaaaaaaa”; “ tô vendo um anjo”; fala para o diabo...” (crente falando com o diabo?) e outras brincadeiras.
Eu, particularmente tenho sido taxado de frio, sem unção, teólogo besta, formalista, por não usar destes expedientes em minhas pregações. Mas o que importa é pregar a Cristo, e este crucificado (1ª Co. 1:23).
Edinei
Como exemplo, tenho ouvido pregadores pregarem sermões sem objetividade e que fogem ao propósito a que foi escrito determinado texto Bíblico por ele escolhido como base de seu sermão.
Certo pregador, baseado em Gn. 37:3, pregou um sermão sobre as cores da túnica de José, deixando seu auditório “impressionado” com tanta “riqueza’ de detalhes, a ponto de pregadores iniciantes desejarem repetir o feito.
Mas, aí pergunto: Qual foi a motivação do pregador, edificar os ouvintes extraindo e expondo o que o texto tem a dizer com este detalhe ou fazer uma demonstração de conhecimento Bíblico e extrabíblico?
Vale observar com referência ao texto de Gn. 37:3, que o hebraico não deixa claro se esta túnica de José era de várias cores ou de mangas longas. Será que o aludido pregador se deu ao trabalho de examinar mais a fundo o texto antes de esbanjar “conhecimento”?
Outros recorrem a todo tipo de alegorias para enfeitar seus sermões e pregar mensagens “inesquecíveis”.
Ouvi certa feita um pregador pregando sobre Atos 27: 29, enfatizando as quatro âncoras citadas no texto e dividindo o seu sermão de maneira a dar a entender que estas âncoras eram as âncoras do amor, da fé, da oração e da santificação.
Por mais que o pregador seja um exímio conhecedor da cultura bíblica, a sua mensagem deve ser simples e apresentar o essencial para a salvação dos perdidos e edificação do corpo de Cristo.
“George H. Morrison, disse: Pregue, não para a salvação do seu sermão, mas para a salvação das almas.”
Edinei
Com certeza, precisamos mesmo imitar os bereanos quais Paulo julgou serem mais nobres dos que os de Tessalônica, por que examinavam nas Escrituras se o que Paulo pregava tinha fundamento. Infelizmente, grande maioria dos pregadores modernos não imitam a Paulo e muito menos aceitam serem questionados, sob a justificativa de que são "ungidos do Senhor" e, como tais, suas "mensagens" devam ser dignas de crédito.
"O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o SENHOR" (Jr 23:28).