O que é mercadejar a Palavra de Deus?


O mercantilismo surgiu na Europa, entre os séculos XV e XVI, quando um conjunto de práticas e medidas econômicas começou a ser usado pelos Estados, com os objetivos de unificar o mercado interno e possibilitar importação e exportação entre os países. Nessa mesma época já existia também uma forma de mercantilismo religioso, praticado pela Igreja Católica Romana.

Em Uma Breve História do Mundo, o professor Geoffrey Blainey afirma: “A Igreja reuniu cobradores de impostos profissionais e, assim como as pessoas que hoje ajudam a angariar fundos nas instituições de caridade, eles se encarregavam de vender indulgências. (...) Martinho Lutero detestava a prática de venda de indulgências, que nada mais eram que pacotes caros pagos pelo perdão. Em 31 de outubro de 1517, na véspera do Dia de Todos os Santos, um dia importante do calendário, afixou seus protestos em latim à porta da igreja do castelo de sua cidade” (Fundamento, p.185).


Há críticos mal-informados na Internet afirmando que a simples comercialização de livros, CDs, DVDs e outros produtos evangélicos ou o recebimento de direitos autorais caracterizam mercantilismo da Palavra. Entretanto, ao dizer: “nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus” (2 Co 2.17, ARA), Paulo se referiu à conduta dos falsos obreiros, que, para ganhar dinheiro, estavam dispostos a tudo, inclusive a falsificar as Escrituras (1 Tm 6.8-10).


Desde os tempos da igreja primitiva havia pessoas mal-intencionadas, sem compromisso com as Escrituras, interesseiras e sem temor de Deus que vagueavam pelas igrejas cristãs usando o Evangelho para obter lucro (2 Co 11.3-15). Isso levou o apóstolo Paulo a mostrar aos cristãos de Corinto que ele era diferente desses aproveitadores. Referindo-se aos falsos mestres, o apóstolo Pedro, de igual modo, alertou os crentes da época quanto aos que mercadejam a fé (2 Pe 2.1-3).


Mercantilizar a Palavra (ou m
ercadejar a fé) diz respeito à prática de obreiros fraudulentos. Estes se valem do Evangelho para obtenção de vantagens financeiras ou lucro, o que é, sem dúvida, uma forma condenável de comercialização.

O mercantilismo do Evangelho, portanto, consiste no oportunismo de pessoas que se aproveitam da simplicidade e da ingenuidade das pessoas para ganharem dinheiro de modo fácil. Grosso modo, editoras, gravadoras, escritores, compositores e cantores não podem ser acusados de mercantilistas, a menos que usem de má-fé e se valham de heresias de perdição, como é o caso da teologia da prosperidade.


Falsos obreiros há que, em vez de abrirem uma mercearia ou uma padaria, optam pela comercialização do Evangelho. Ignoram que já existem igrejas bem estruturadas, capazes de formar discípulos de Jesus e acolhê-los, e fundam as suas próprias igrejas-negócios. Segue-se que o mercantilismo é caracterizado quando o dinheiro é a causa, e não o efeito.


Exploradores da fé se aproveitam da liberdade religiosa que vigora no Brasil e da facilidade para abrir uma igreja. Afinal, são necessários apenas cinco dias úteis e menos de R$ 500,00 em despesas burocráticas para estabelecer uma igreja legalmente, com CNPJ e tudo. É preciso somente o registro da assembleia de fundação e do estatuto social em cartório.


Boa parte dos programas evangélicos de TV também é mercantilista. Não apresem conteúdo evangelístico; sua ênfase recai no triunfalismo e na prosperidade meramente financeira, como se isso fosse a prioridade do cristão. Seus apresentadores se valem de mensagens “proféticas” e testemunhos de pessoas que teriam recebido vitórias financeiras, mediante os quais sensibilizam os telespectadores a lhes enviarem vultosas contribuições.


Há poucos dias, conversando com um pastor e amigo de Fortaleza-CE, falávamos a respeito de um famoso telepregador que defende a falaciosa ideia de que as ovelhas existem para enriquecer os pastores. Isso também é uma forma de mercantilismo. À luz do Novo Testamento, o pastor que segue o exemplo do Sumo Pastor deve se sacrificar em prol das ovelhas, e não o inverso: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).


Ciro Sanches Zibordi

Comentários

Saudações Pastor.

Deixo um questionamento.

E quando o "pregador" usa 21 minutos da pregação para propagar/oferecer seu material (DVD, CDs dele e sua esposa?

Isso aconteceu aqui onde congrego, na Assembleia de Deus de General Carneiro-Paraná.

Aliás, lembro-me de duas situações distintas.

Na mesma igreja esteve, há alguns dias atrás, um cantor de Florianópolis. Chegou de Hilux e, antes do culto disse-me "após o culto deixo um CD pra vc. Eu imaginei que fosse um CD desses que eu posso gravar em casa com meus instrumentos, pois ele já havia cantado antes e não anunciara nada, não fez propaganda. Cantou no culto, não ofereceu material nenhum, acabou o culto ele me trouxe um CD gravado profissionalmente em stúdio e, dos melhores. Eu o questionei acerca de ele não ter oferecido à igraja. A resposta foi a seguinte: "Eu não preciso, pois Deus me abençoa muito em meu trabalho. Ele é pescador.

Já o pregador citado anteriormente fez todo o seu marketing pessoal, utilizando-se de preciosos 21 minutos destinados à palavra e, só aí fez sua exposiçãol aliás recheada de "Erros que os pregadores devem evitar".

Resumindo: Não compro NADA que se vende nas Igrejas. Para mim, quando Jesus purificou o templo, as pessoas procediam da mesma forma como procedem atualmente.

Graça e paz a todos
Leleke Visita disse…
Pastor, tu num concorda que o GOSPEL é capitalista e criado para pessoas materiais?

Se Jesus nos disse para darmos de graça o que de graça recebemos, é aceito por Deus receber muito dinheiro por "louvar e adorar" a Deus em forma de musica? Cobrar pelo que deveria ser de graça, no caso de vendas de cds e dvds de musica gospel...
Amados irmãos,

A produção e distribuição de livros e CDs envolve custos. Ademais, é justo que as pessoas envolvidas recebam pelo seu trabalho.

Mercadejar a Palavra não é a simples venda. Caso contrário, todas as livrarias estariam cometendo esse pecado. Não convém sermos extremistas. Mercantilismo está ligado à falsificação, ao engodo, ao tirar proveito da credulidade das pessoas. Vender livros e CDs por preço justo, sem coação, é lícito e conveniente.

CSZ
Cláudio disse…
Pr ,o que o senhor pensa sobre: "levita" que não faz a própria música,traduzir música pra vender cd?
Penso nisso, por causa, de exemplos como hebreus 11,13........
o senhor acha antiético(?) o "levita" que escreve letra sem ler a Bíblia?
Por favor, o senhor poderia falar um pouco sobre o mercado de música "sacra".
Pastor, quando se utiliza o espaço santo para divulgar cantores, promover a venda de cd's e dvd's e tais cantores não têm compromisso com o Divino, é uma forma de comércio. O que é notório é que pensam assim: eles estão em evidência e conseguem angariar mais pessoas e assim mais ofertas. Então temos que fazer caixa. Quando o Sr. diz que o Pastor é quem deve se sacrificar pelas ovelhas e isso é notório em Jo. 10.11, nos parece algo utópico. O que se ver é o fiel se sacrificar pela sua Congregação. Peçamos um cesta básica ao líder da igreja para vermos se o cofre da ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA se abre. Mas o pouco do dinheiro desse necessitado é bem aceito. Acho que eles inverteram o que Jesus nos disse: amar o próximo. Com certeza, eles entenderam: amai o dinheiro do próximo.
Bom artigo, coerente e reflexivo.
Deus o abençoe.
Sou Pastor e pregador, tenho vários dvds gravados, graças a Deus não vivo disto, pois sou assalariado pela igreja.
Não acho errado a pessoa dizer que tem um material (cds, dvds, livros)para vender ao final do culto; mas não acho correto ficar fazendo propaganda extensa como citado acima (21 minutos) tomando o tempo precioso do culto para oferecer o materia.
Muito correto o artigo sobre mercadejar a Palavra de Deus, que é outra coisa, é vender as bençãos de Deus e iludir o povo com falsas promessas, por pura ganância.
Deus vos abençoe!!!!
jorge melo disse…
Saudades temos dos tempos quando não existia tanto mercantilismo como existe hoje.
Tempos dos obreiros verdadeiramente homems de DEUS, ( in memorium) Eurico Bergstén, Luiz pimentel de Carvalho, Bernard Johnson, Valdir Bírcego,Jose Leoncio, Estevam Angelo de Souza,etc,etc,os quais a Igreja do SENHOR JESUS, aprendeu muito nos seus ensinamentos Biblicos, através de pregações nas Igrejas, posts no Jornal Mensageiro da paz (excelentes comentário)idem lições biblicas dominicais, as quais a maioria tenho guardado até hoje e sempre me regozijo relendo as mesmas, inclusive do Pr. Ciro, como no seu post no jornal mensageiro da paz dos meses de fevereiro e outubro de 1999 sob o título " Cuidado com os velhos chavões e versículos novos 1 (1996) e o 2 (1999) entre outros de suma importancia para a Igreja.

Ainda bem que deste remanescente, graças a DEUS que ainda vive tanto o Pr. Ciro como o Pr. Antonio Gilberto entre outros mais conhecidos agora pelos seus comentários nas Lições biblicas Dominicais.

O tempo passou e passa rapidamente, mas com a certeza de que ainda existe na terra um punhado de trigo formado por verdadeiros obreiros chamados por DEUS, humildes, santos, sábio, prudentes, etc, que inspirados pelo ESPÍRITO SANTO, continuam perseverando na oração e na doutrina de CRISTO e nos ensinamentos biblicos para com a Igreja do SENHOR, para nossa edificação e para que estejamos sempre em estado de alerta contra o surgimento destas falsas seitas e doutrinas de homens (falsos apóstolos, maus obreiros etc) cujo objetivo principal é o enriquecimento próprio e tentar desviar o povo de DEUS dos santos caminhos do SENHOR JESUS.
Sem mais delongas, concluo que quando estivermos sempre com os joelhos dobrados em oração na presença do MESTRE, nunca devemos esquecer de além de orarmos uns pelos outros, orar tb pelos pastores vivos acima mencionados( Ciro, Antonio Gilberto etc.) para que DEUS continue os usando cada vez mais na sua obra e os protejendo de todo o mal planejado pelas astutas ciladas do diabo.

JESUS BREVE VEM !

EM CRISTO,

EM CRISTO
Sábias palavras, pr. Ciro!
Pr. Ciro, vieste à Fortaleza? Quando? Prá onde? Meu irmão,quando vieres aqui, por favor, avisa-me! Bons pagadores e comprometidos com a Palavra de Deus são muito raros, é como uma pérola, difícil a sua busca.
Deus o abençoe, sempre!
Luciano Lourenço
Anônimo disse…
A paz de Cristo pastor Ciro!
É bem verdade que a Palavra de Deus é soberana e inerrante. Porém, devido a apostasia, o grande número de hereges se multiplicam, trasendo em demasia teorias contradizentes a palavra de Deus, de forma tal como abordada no artigo.
Faço um apelo, para todos internautas. Conheçamos, e prossigamos em conhecer a Palavra, porque o povo se auto destrói por faltar o conhecimento, devido a isto, dão ouvidos a doutrinas de demônios, proferidas por homens que dizendo-se sábios tornaram-se loucos!
Oremos para que o povo de Deus, leia, ouça e guarde a palavra, e que esta seja usada legitimamente! A paz do Senhor Jesus.... att Thiago A. Boudny de cnp mt
Gilmar Valverde disse…
Caro Pr. Ciro,

Também discordo da idéia de que ovelha existe para enriquecer pastor, mas onde o texto de Gálatas 6.6 se encaixaria num ministério que ama a Palavra de Deus? Em qual sentido o apóstolo aplicou essa passagem?

Atenciosamente,

Gilmar
Edinei Siqueira disse…
Caro Cláudio,

Você disse levita?

Levitas?
Eles ajudam os sacerdotes esfolar as vítimas para o sacrifício? Limpam o sangue dos animais e levam seus excrementos para fora do arraial?
Davi escolheu alguns levitas para cantar (isso não quer dizer que todo cantor é levita), mas a função dos levitas não era cantar, mas auxiliar os sacerdotes na condução do culto a YHWH.

Em Nm. 3, 4, 8 e 18 vemos que a função dos levitas era cuidar do tabernáculo e de seus utensílios, inclusive carregando tudo isso durante a viagem pelo deserto. Só muito tempo depois é que Davi instituiu a música como parte integrante do culto e escolheu alguns levitas para serem músicos e instrumentistas (2° Cr.5:13 e 34:12).
Dentre as funções dos levitas encontramos porteiros e guardas do templo (1° Cr. 9:14 a 33; 23: 1 a 32; 25: 1 a 7).
Algum "levita" de hoje aceita ser porteiro, vigiar carros no pátio da igreja e limpar o banheiro? kkkkkkkkk

Pb. Edinei, Th.B
Messias disse…
Pastor Ciro se for possível me responder hoje por favor faça isso, a pergunta é a seguinte:
É certo nós como cristãos agradecermos a Deus pela tribulação? Ou somente devemos dar graça EM TUDO e não POR TUDO conforme 1 Ts 5.18?

antecipadamente grato!!
Prezado irmão Messias,

A paz do Senhor.

A nossa gratidão ao Senhor não está restrita a bênçãos e livramentos que, a rigor, não mereceríamos receber. É pela graça de Deus que lhos recebemos. Nossa gratidão deve abarcar também a misericórdia do Senhor, pela qual não recebemos o que merecemos: a punição para o nosso pecado.

Devemos agradecer a Deus, antes de tudo, pelo que Ele é, mas também pelo que Ele fez, tem feito e fará por nós. Quando a Bíblia diz "Em tudo dai graça", isso significa que tudo o que aconteceu, acontece e acontecerá na vida de um servo de Deus decorre da soberana vontade de Deus. Até mesmo o sofrimento nos é benéfico, se estivermos no centro da vontade de Deus (1 Pe 2.20).

Portanto, se verdadeiramente estivermos em plena comunhão com Deus, devemos lhe ser gratos "por tudo" e "em tudo", haja vista todas as coisas cooperarem "para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8.28).

Em Cristo,

CSZ
Cláudio disse…
Edinei Siqueira, por isso que usei aspas.
``levita`` representa uma ironia....pq eu tenho contato com ``crentes judeus`` e vc seria chamado ``levita`` nessas ``igrejas``,
ou, vc entendeu e continou a ironia?
Tadeu de Araújo disse…
Pastor Ciro, graça e paz!
Sabemos que o trabalhador ser digno de seu salário é ponto pacífico na Bíblia (Mateus 10.10).
Sendo assim, é justo que o cantor e o escritor evangélicos recebam por seus trabalhos.
Se não estamos errados, perdoe-nos a franqueza: o que nos causa um pouco de tristeza, é vermos, tanto gravadoras quanto editoras, não quererem baratear um pouco a margem de lucro de seus produtos disponíveis ao público a que se destina.
Será que, se houvesse um acordo entre os líderes dos ramos mencionados, para reduzir um pouco os preços, não diminuiria a pirataria?
Muito embora saibamos que não se justifica, no entanto, assumimos que já adquirimos produtos piratiados.
Apesar da tentação ora existente,contudo, com a ajuda de Deus, temos resistido há um bom tempo as ofertas que têm surgido.
Façam propagandas, mas nos ajudem a comprar!
Em Cristo,
Tadeu de Araújo
Marcos Cardozo disse…
ok.Pastor Ciro, que gravem, escrevam e tudo o mais, mas que procurem vender suas obras nos locais adequados, livrarias, lojas de vender cd e dvd, internet, ou seja, jamais nas igrejas, não nos esqueçamos de como o Senhor Jesus tratou dessas coisas no tenplo em Jerusalém.Abçs
Ariel disse…
Tenho que discordar do senhor, Pr. Ciro.

Veja só: quando um tal pregador vai a igreja e vai vender seus cd's, (principalmente cd's de pregação) ele não vende a R$ 5,00... ele quer ter lucro na venda do produto... então ele vende por R$10,00...

Quase todos que eu vi venderem cd's, recebem uma oferta, que na maioria das vezes é pré-estipulado o valor, ganham em poucas horas muito mais do que a maioria dos irmãos ganham em um mês de trabalho, e ainda dizem que pra ajudar o ministério devemos comprar o cd...

Eu não sou pregador itinerante, sou apenas um cooperador, mas vejo que não é correto o pregador estipular quanto ele quer para pregar uma ou duas noites (dificilmente pregam mais que duas noites seguidas na mesma igreja) além de querer ficar em hotéis de luxo, comer em restaurantes chiques com rodízios, isso sem falar no que gastam com lavagem de roupa e consumo do frigobar.

Acredito que o obreiro é digno sim do seu salário, mas que determina quanto devemos receber é o nosso patrão. Se não estamos satisfeitos devemos procurar outra coisa para se fazer.

A oferta que o pregador deve receber é voluntária da igreja onde ele pregou a palavra. Logo seria aquilo que é determinado pela vontade soberana de Deus.

Não é atoa que muitos "pregadores" nem passam perto de igrejas pequenas, o seu "custo" não deixa eles levarem a palavra do Senhor a tais lugares.

Como o sr. me diz que isso não é mercantilismo?? O sr. acha certo alguém cobrar para pregar a palavra?? Paulo não disse: [...]de graça recebestes, de graça dai[...]?

Aguardo sua resposta!
Caro Ariel,

Também discordo do senhor, pois a mensagem da Bíblia não é extremada. Um pregador que vende um CD ou DVD pode ter lucro, desde que não seja exorbitante. É um direito que lhe assiste cobrar um preço justo. Não vejo problemas nisso. Vejo problemas, sim, em enganar o povo de Deus e cobrar um valor não compatível com a realidade.

Quanto à oferta, isso é a igreja que dá, independentemente do material que o pregador propaga. São duas coisas que não interferem uma na outra.

Se a igreja quiser dar R$ 100,00, é oferta. Se quiser dar R$ 5.000,00, também é oferta. Isso não se discute. O erro está em estabelecer cachê para pregar. Veja o caso de Daniel perante o rei. Ele não aceitou prêmio antes de interpretar a escritura na parede. Mas, depois, aceitou. Por quê? Há uma diferença muito grande entre estabelecer cachê e receber oferta.

Quanto ao pregador ficar em hotel, etc., é obrigação da igreja fazer isso. Por quê? Porque tirar uma pessoa de sua igreja local e sobretudo de seu convívio familiar (visto que a maioria das igrejas não convidam a família do pregador/ensinador), através de um C-O-N-V-I-T-E, e depois não honrá-la com uma hospedagem digna e uma boa alimentação, é uma incoerência sem tamanho.

O pregador pode, por exceção, ficar na casa de um amigo, um conhecido de longa data, se ele quiser. Mas quem C-O-N-V-I-D-A precisa dar-lhe um ótimo tratamento. Refiro-me, obviamente, ao pregador C-O-N-V-I-D-A-D-O, e não ao OFERECIDO.

Agora, se uma igreja não quer tratar bem um pregador, não o convite. Use os de casa. Quem convida um pregador (pregador, mesmo, e não profissional do púlpito) deve honrá-lo, fazendo o melhor.

Reflita melhor sobre o assunto, amado. Os verdadeiros homens de Deus devem ser honrados. Afinal, eles não pedem para pregar, não se oferecem, não cobram cachê... Mas é obrigação de quem os convida tratá-los bem. Lembre-se: uma coisa é o "itinerante" que anda para lá e para cá. Outra, é o pregador C-O-N-V-I-D-A-D-O.

Em Cristo,

CSZ
Ariel disse…
Pr Ciro,

Não discordo em honrar o pregador da genuína palavra de Deus. O que discordo é que dependendo da condição financeira da igreja "honrar" pode não estar de acordo com os padrões que o pregador está acostumado.

E muitos pregadores abusam do dinheiro da igreja, e se não for de acordo com o desejo deles reclamam.
Ao contrário de Paulo que sabia ter contentamento no pouco e no muito.

Certa vez aqui na igreja (Cuiabá) havia sido convidado um pregador e tal... mas na hora de ir buscar Pr. para vir ao culto, não havia um carro com ar condicionado, pois como era festa os irmão estavam resolvendo alguns problemas que surgiam. Mas o pregador ao invés de ficar quieto, murmurou pelo fato do carro não ter ar condicionado.
Ele perdeu a oportunidade de ficar quieto.

Como eu havia dito no comentário anterior o "custo" impede que muitos deles preguem em igrejas pequenas.

Congreguei muito tempo numa igreja localizada numa área rural e certa vez um pregador que estava em Cuiabá foi convidado para pregar nesta pequena igreja. O cachê combinado era de R$ 1.000,00. Um carro o buscou e trouxe até o sítio,depois o levou até o aeroporto, tudo tranquilo. Mas na hora de dar o cache para o danado, (isso já no aeroporto) ele pegou o dinheiro e reclamou e disse que era pouco e que devia ser pelo menos R$1.500,00, fez cara feia, chiou...
O Pr. pediu o número da conta dele e disse que depositaria mais R$ 500,00.

Acredito que mesmo sendo convidado pra pregar a palavra de Deus, devemos estar aptos a fazer sacrifícios pela obra de Deus.
Não é porque pregamos a palavra de Deus, que devemos ter sempre hotéis 5 estrelas, carros importados para a nossa locomoção, rodízio em todas as refeições, etc..
Cadu e Raquel disse…
Pastor, sobre esta questão de comercializar CDs, Direitos Autorais, DVDs, Bíblias, o que você diz sobre Mateus 10:8 "Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai."
Não estão contrariando o princípio deste versículo os que assim procedem?
Claro que mercadejar não é vender um produto para propagar a palavra de Deus mais sabemos que existem no nosso meio os mercadores intinerante nas denominações que exigem caches além das vendas dos produtos até porque dizem que vivem da obra e em se tratando dos que foram citados que abrem denominações com fins lucrativos isso se deve porque certas denominações querem dominar aquele ao qual Deus lhe deu um ministério para exercer e são impedidos de faze-los e quando estes abrem uma denominação fazem isso não como forma ou não se trata de divisões e nem forma de ganhar dinheiro até porque a maioria das denominações vivem em função disso acho que tudo tem que está a luz da Bíblia mas vejo cada um puxando a sardinha pra sua latinha eu quero ver é quando chegar o dia marcado pelo dono da obra quem é que vai estar com a razão se esse ou aquele!