No dia 11 de setembro, o maior acontecimento deste milênio completará 10 anos. Os atentados terroristas contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington, abalaram os Estados Unidos e mudaram a vida das pessoas em todo o mundo. No meio evangélico não tem sido diferente. Desde o 11/9, florescem, nas igrejas cristãs, dois segmentos extremistas: o antiamericanismo (que apoia tacitamente o terrorismo financiado pelo extremismo islâmico) e a estadunidolatria (que apoia toda e qualquer ação do governo norte-americano, ainda que seja injusta).
Tenho visto pregadores e escritores verberando contra os Estados Unidos, considerando-os “o grande satã”, os causadores de todos os males que atingem a humanidade. Alguns — adeptos das teorias da conspiração — vão mais além: dizem que a maior potência do mundo está a serviço dos bilderbergs, illuminatis e maçons. E, por isso, além de ter atacado o World Trade Center e o Pentágono, em 11 de setembro de 2001, está construindo campos de concentração e estocando caixões na Geórgia, a fim de matar mais gente. Quanta invencionice!
O antiamericanismo chega a ser paranoico, em alguns casos. O simples fato de a imprensa norte-americana referir-se aos aludidos atentados como “9/11” gera especulações. Um dia desses, um internauta me escreveu o seguinte: “Só tenho uma pergunta ao senhor e aos que acreditam na versão oficial do atentado: Por que 11 de Setembro? Por que 9/11? Por que não 8/11 ou 10/11? Por que bem em uma data maçônica? Afinal, 9 + 1 + 1 = 11. Reparem: o 190 dos americanos é o número 911”. Ora, nós escrevemos 11/9 porque, para nós, o dia vem antes do mês, no calendário. Os estadunidenses, por sua vez, empregam o mês antes do dia: 9/11. Apenas isso.
Também extremistas, os estadunidólatras cristãos colocam os Estados Unidos em um patamar elevadíssimo, como se eles fossem um povo superior, especialmente escolhido por Deus para a salvação da humanidade. Na verdade, os próprios norte-americanos muitas vezes demonstram ser superiores a todos. A estadunidolatria ignora os erros que essa grande potência cometeu, ao longo da História. Aplaude os ataques, à bomba atômica, ao Japão, que mataram inúmeros civis. Os estadunidólatras suavizam, ainda, os erros estratégicos que resultaram em milhares de mortes desnecessárias no Iraque.
O cristão que se preza não sataniza nem idolatra nação alguma. Mas tenho visto essas duas condutas extremadas no meio evangélico, especialmente em relação aos Estados Unidos e a Israel. Há igrejas que judaízam o cristianismo, inserindo no culto a Deus todo tipo de práticas e costumes do judaísmo, o que é um grande desvio do Evangelho, sobretudo à luz da Epístola aos Gálatas. Outras — influenciadas por DVDs que apresentam teorias da conspiração e “verdades ocultas” — não permitem nem que as bandeiras das aludidas nações, nos cultos de missões, figurem entre as de outras. Curiosamente, hasteiam bandeiras de países inimigos figadais do cristianismo, onde os cristãos têm sido massacrados pelo governo!
Aliás, os evangélicos influenciados pelo conspiracionismo ligam Israel à maçonaria, baseados em simbologia “forçada”. Esses antiamericanos e antissemitas cristãos (cristãos?) defendem a tese absurda de que a bandeira de Israel apresenta um símbolo maçônico. Ora, o Escudo de Davi, mais conhecido como Estrela de Davi, foi criado com base no Antigo Testamento, especialmente nas seguintes palavras de Deus a Abraão: “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão” (Gn 15.1). Os dois triângulos que formam o escudo aludem à letra hebraica dalet, que aparece no começo e no fim do nome do rei Davi.
Os Estados Unidos são um país originalmente cristão, e não “o grande satã”. Israel é o povo escolhido de Deus, e não o criador da maçonaria. Mas os antissemitas “cristãos” chegam ao ponto de afirmar que Hitler estava certo ao eliminar os judeus! As duas nações em apreço não são perfeitas, evidentemente. Mas não compete a nós nem demonizá-las, nem endeusá-las. A nós, a Assembleia de Deus (gr. ekklesian tou theou) que Ele comprou com o seu sangue (At 20.28), cabe orar por elas, lembrando que Deus quer que todos os homens se salvem e conheçam a verdade (1 Tm 2.1-4).
Amém?
Ciro Sanches Zibordi
Comentários
Aprendi que, se for para falar mal de alguém, é melhor não falar nada. Sinceramente, se eu fosse escrever sobre o Brasil hoje, não teria coisas boas para escrever.
Mas, falando em decepção, Deus também está decepcionado com você.
Espero que se identifique, assim como nas outras vezes.
CSZ
parabéns novamente.
Todo cristão deveria ser equilibrado
ao examinar e julgar.
Creio que os EUA durante séculos foi
a nação evangelizadora no mundo, haja
vista o trabalho Batista no Brasil
que tantos frutos renderam inclusive
desdobrando-se em outras denominações
de irmãos sérios ter sido levado a
cabo por eles, os Batistas do Sul dos
EUA.
Creio que assim como aconteceu com Israel, as nações cristãs sofreram ataques de Satanás na proporção de seu crescimento Cristão.
Ou seja, quanto mais crescia a Igreja, maior a fúria do maligno contra a nação.
Daí os EUA estarem afundados em parte na apostasia, a mesma que está devastando a Europa, em parte na feitiçaria, nas religiões orientais, e nas falsas doutrinas.
A mesma nação que nos agraciou com Billy Grahan, e David Wilkerson
entre outros, nos apresentou os falsos profetas que assolam nossas igrejas.
Prefiro então agradecer por terem
sido abençoadores e deixar à DEUS o
julgamento.
Sou filho de pai e mãe de famílias Batista e casado com mulher de familia Batista e sabemos que de Norte a Sul, o trabalho Batista começou com os heróis americanos do Norte.
Um abraço,
Auli Júnior
Quanto ao seu ponto de vista, em relação as teorias conspiracionistas considero totalmente errado, muito das catástrofes mundiais e inclusive o atentado as torres gêmeas se você pesquisar segue um padrão numerológico que está de acordo com os ensinamentos ocultistas. Creio sim que os EUA é um país que tem grande influência e que os cantores cristãos de lá e a igreja influenciam muito, porém infelizmente acredito que é um país que usa da sua influência no entretenimento para promover ocultismo na mente dos jovens, através de símbolos, ensinamentos e filosofias que estão de acordo com o satanismo.
Em relação a bandeira de Israel no mínimo ela é suspeita, o mesmo símbolo que refere-se a letra D no hebraico. Tem outro valor no ocultismo
Te recomendo a pesquisar apuramente, não devemos ter atitudes antiamericanas ou estadunidólatras mas devemos ser cristãos com pensamento crítico que não aceita como normal coisas suspeitas.
Excelente comentário. Muita gente ainda tem dúvidas quanto a autoria dos ataques de 11 de setembro.
Devemos sim orar pelos Estados Unidos, afinal esta nação foi berço do avivamento que chegou ao Brasil. No século passado, enviaram milhares de missionários a muitas nações para anunciarem o evangelho. Acredito que hoje sirvo a Deus, porque um pastor americano pregou para minha mãe, e ela me ensinou "no caminho em que devo andar".
God bless you.
O ponto de vista em relação às teorias conspiracionistas é totalmente equivocado. Numerologia não prova nada. Atrelar o ataque ao WTC à numerologia é paranoia e invencionice. Se você pesquisar, descobrirá o quanto está equivocado. Os Estados Unidos é uma nação que acertou e errou, ao longo da História, e não "o grande satã".
O que o irmão disse sobre a bandeira de Israel é risível. Mas vou escrever outro texto sobre o assunto. Talvez, o ajude a não cometer essa injustiça de caluniar o povo de Israel, com o qual Deus tem um plano nesses últimos dias.
Grato pela participação.
CSZ
Daniel Ferreira
Coruripe - AL
Obrigado pelo espaço,
ABs
Deus abençoe a todos.
Georges
Mais abs...
Georges
O irmão leu mesmo o artigo acima?
CSZ