Que pode fazer o justo pela igreja brasileira?


Amados irmãos, todos que acompanham os artigos e mensagens que insiro neste blog, bem como lêem os meus livros e artigos, publicados pela CPAD, sabem da minha preocupação quanto aos desvios do verdadeiro evangelho. Não escrevo sobre determinados modismos e heresias verificados “entre nós” (At 20.30; 2 Pe 2.1) por prazer. O problema é que, nesses últimos dias, muitos crentes desavisados estão seguindo a enganadores. E cabe a mim defender a verdade e alertar o povo de Deus (Mt 7.15-23; Ez 33.8; Jo 7.24; 1 Pe 4.17).

Um versículo que tem me levado a refletir muito é Salmos 11.3: “Na verdade, que já os fundamentos se transtornam; que pode fazer o justo?” O que representam os fundamentos? As inegociáveis doutrinas e verdades da Palavra de Deus. E hoje muitos estão abrindo mão delas ou pregando-as de maneira diferente. Mas observe a pergunta do salmista: “... que pode fazer o justo?”

Como justos — não de nascimento, mas justificados pelo Senhor (Rm 5.1) —, não devemos ficar “olhando a banda passar”. O justo pode fazer muita coisa! Pode orar, pois a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16). Oremos pela igreja brasileira.

Oremos pelos líderes, pregadores, ensinadores e cantores, a fim de que não mercadejem o evangelho (2 Co 2.17). Infelizmente, vemos na mídia homens que já foram considerados expoentes da sã doutrina mercadejando a Palavra. Antes, opunham-se à falaciosa teologia da prosperidade e aos desvios na área da batalha espiritual, mas agora tornaram-se os principais defensores dessas e de outras doutrinas falsificadas. Os fundamentos se transtornam. Que pode fazer o justo? Orar (At 4.29-31; Ef 6.18,19).

Mas não apenas oremos. Preguemos a verdade, ainda que os enganadores — que querem permanecer no erro — fiquem furiosos. Graças a Deus, há ensinadores, pregadores e líderes que, ao serem alertados sobre seus desvios, à luz da Palavra de Deus, refletem e tomam uma posição ao lado da Bíblia. Por outro lado, há os que se enfurecem, ameaçam, dizem que vão processar, desafiam, chamam para a briga... São esses homens de Deus? Os fundamentos se transtornam. Que podemos fazer? Pregar a verdade, assim como fizeram Ezequiel e Estêvão, não temendo nada (Ez 2; At 7).

A Palavra de Deus diz: “Conjuro-te... que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu sê sóbrio em tudo...” (2 Tm 4.1-5). Que pode fazer o justo ante o abalo dos fundamentos? Ser sóbrio em tudo e pregar a verdade, sempre.

Vemos na mídia homens que já defenderam a verdade com intrepidez, verdadeiros profetas do Altíssimo, os quais outrora se levantavam contra movimentos que torcem o evangelho, como o falacioso movimento G-12 — que envolve práticas antibíblicas como regressão psicológica, “liberação de perdão”, inclusive a Deus, maldição hereditária, teologia da prosperidade, hipnose disfarçada, etc. —, agora defendendo-os e associando-se a eles por puro interesse comercial (2 Pe 2.3; 1 Tm 6.9,10; Ef 5.5). Não bastasse isso, usam o tom ameaçador como arma. Se esses não se arrependerem, de nada adiantarão as suas evasivas naquele grande Dia, ante o Justo Juiz (Mt 7.21-23; 2 Pe 2.1-3,20-22)!

Que podemos fazer como justos? Orar e falar a verdade, sempre!

Ciro Sanches Zibordi

Comentários

Caro Pastor Ciro

Tenho acompanhado seus artigos, inclusive o anterior que trata das críticas generalizadas, não à Assembleia, mas à Igreja de Cristo, já que a parte sarada Assembleiana faz parte Dela. Como faz também a parte sarada da Presbiteriana, Batista, Metodista...e até da minha pequeníssima igreja, o Ministério Religare.

Gostei muito do seu chamado ao "bom senso", espírito desse atual artigo, que é necessário para que a crítica bem intencionada, não se transforme em instrumento de descaso.

Outra coisa que me preocupa dentro da sua matéria além das críticas (sem bom senso) são os críticos, que talvez na urgência de denunciar erros, estão cometendo erros bem maiores.

Que a Graça do Senhor nos traga grande humildade para convivermos uns com os outros, independente dos “anos”, “istos” e “gare”.

Os: O convite para o café continua de pé
Anônimo disse…
Á paz do senhor jesus PR. Ciro!, por favor me ajude. Estou tendo uma discussão com um obreiro de minha igreja que insiste em dizer baseado em Mc 6.13, que todas as pessoas crentes ou não podem ser ungidas quando enfermas.
Baseado em Tg 5.14,15, expliquei ao obreiro que a unção com óleo é somente para os salvos, e quando enfermos. Como posso refutar a referência da unção para todos baseada em Marcos?. Abraços no amor de Cristo.

PB. João Eduardo Silva - AD. Min. Belém - SP.
Claudinéia disse…
A todas essas dificuldades vividas pelas denominações a igreja verdadeira com certeza subsistirá. Que podemos fazer para que não existam tantos escândalos? Oremos, preguemos e façamos a diferença!!
http://pingofeliz.blogspot.com/
Claudinéia