Calvinismo, arminianismo ou a Bíblia? (5)


Na quinta parte desta série discorro sobre a segurança da salvação e examino o emblemático bordão “Uma vez salvo, salvo para sempre”.
Os que se apegam ao ultra-arminianismo entendem que a salvação é perdida por qualquer motivo, enquanto os hiper-calvinistas crêem na impossibilidade da perda de salvação. Ambos estão errados, à luz da Bíblia.
Esclareço que não sou arminiano, tampouco inimigo de Calvino. Uma das estratégias dos predestinalistas é dizer logo, apressadamente, acerca de quem se opõe às suas idéias: “Fulano é arminiano”, na tentativa de tirar dele a autoridade. Mas o que exponho neste artigo é o que está escrito na Bíblia. E o meu desejo é que todos reflitam à luz da Palavra de Deus, em vez de pensarem que eu quero convencê-los da “minha verdade”.
Bem, a despeito de não perdermos a nossa convição de vida eterna por qualquer motivo, a permanência consciente no pecado pode sim levar-nos à perda da salvação (Pv 29.1; Hb 10.29), uma vez que a segurança dela depende de nossa cooperação (1 Tm 4.16).
Está escrito na Bíblia: “Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis; pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se é que não crestes em vão” (1 Co 15.1,2). Observe como a manutenção da nossa certeza da salvação está condicionada à obediência ao evangelho verdadeiro (2 Co 11.3,4; Gl 1.8).
Em Mateus 23.37, Jesus disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” Note que o Senhor Jesus quis ajuntar os filhos de Jerusalém, porém eles não quiseram que Ele assim o fizesse. Isso não é uma evidência de que o Senhor respeita a livre-vontade humana?
Como já vimos nesta série, nenhuma pessoa foi destinada de antemão à condenação (Is 50.2; Ez 18.32). A Bíblia menciona a possibilidade de alguém negar o Senhor que os resgatou (2 Pe 2.1) e perder a salvação: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro” (v.20).
Isso significa que as pessoas resgatadas, isto é, compradas, purificadas pelo sangue de Jesus, justificadas, regeneradas, santificadas e libertas, se não guardarem o que têm recebido do Senhor, serão condenadas! Veja: “... melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado” (2 Pe 2.21). Se tais pessoas nunca foram salvas de fato, como isso pode ser dito acerca delas? Como seriam culpadas do seu desvio, se desde o iníncio estavam destinadas à perdição, como afirmam os predestinalistas?
Aos que se desviam da verdade o Senhor dá tempo para que se arrependam (Ap 2.20,21). Alguns salvos em Cristo, resgatados, infelizmente têm apostatado da fé, “... dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1). E não pense que esse texto se refere aos ímpios. Não! Pois eles não têm de que apostatar! Segue-se que os eleitos podem perder a salvação se não permanecerem em Cristo!
Não é isso que vemos, ao estudar sobre as igrejas da Ásia? Os conselhos para aquelas igrejas abrangeram dois aspectos: arrependimento e manutenção da posição em Cristo. A ordem “Arrepende-te” foi transmitida à maioria (Ap 2.5,16; 3.3,19). Para as outras, o Senhor disse que deveriam guardar, reter, conservar o que tinham, até à morte, para que não perdessem a coroa (Ap 2.10,25; 3.11). O crente que se acomoda, pensando estar salvo para sempre, está iludido e dormindo espiritualmente.
O pastor da igreja em Sardes estava morto — e não sabia! — e precisava tomar uma posição diante do Senhor (Ap 3.1). Conquanto o Senhor Jesus tenha feito a sua parte, ao nos resgatar, temos de operar ou desenvolver a nossa salvação (Fp 2.12; Ef 2.10; Hb 6.9). Em 2 Timóteo 2.10, está escrito: “... tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”.
Quando Paulo navegava como prisioneiro para a Itália, houve uma grande tempestade no mar (At 27.18-20). Deus, então, enviou um anjo para dizer-lhe que todos escapariam vivos. E Paulo transmitiu a mensagem aos que estavam no navio, estabelecendo uma condição: permanecer na embarcação (vv. 22-31). Conclusão: “E assim aconteceu que todos chegaram à terra, a salvo” (v. 44).
Da mesma forma, quando o pecado entrou no mundo, todos os homens foram nivelados ao estado de pecadores (Rm 3.23; 5.12). Deus podia ter posto fim ao “projeto homem”, porém já tinha um plano redentor: “... encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32). Ele colocou à disposição de toda a humanidade o “navio da salvação”. Quem entrar nesse navio e permanecer nele até ao fim chegará ao “porto da salvação” (Hb 3.6).
Quem quiser pode “navegar” em outras “embarcações” ou “canoas furadas”. Contudo, é melhor permanecer no “navio da salvação”, em Cristo, pois a segurança da salvação é para quem nEle permanecer (Jo 10.28). Ninguém pode arrebatar, raptar, o crente da mão de Jesus, a menos que o próprio crente negue a sua fé, seguindo a falsos doutores (2 Tm 4.1-5).
Confiar cegamente na segurança da salvação é agir como as pessoas que embarcaram no Titanic. Achavam que o navio jamais afundaria... Que engano! Em 2 Coríntios 1.13, está escrito: “Porque nenhumas outras coisas vos escrevemos, senão as que já sabeis ou também reconheceis; e espero que também até ao fim as reconhecereis”. Vigiemos, pois, para que não soframos um “naufrágio na fé” (1 Tm 1.19). Atentemos para a advertência da Palavra de Deus, que diz: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (1 Co 10.12).
Fomos transportados das trevas para a luz; e da morte para a vida (1 Pe 2.9; Jo 5.24). Contudo, se negarmos o Senhor, Ele também nos negará (2 Tm 2.12; Mt 10.32,33). Os nossos nomes estão registrados no livro da vida, mas isso não autentica a máxima predestinalista: “Uma vez salvo, salvo para sempre”. A Palavra de Deus afirma: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida...” (Ap 3.5). Ou seja, Jesus não riscará o nome de quem vencer!

Ciro Sanches Zibordi

Comentários

Filemom disse…
A paz do Senhor Pastor Ciro
Já há muito tempo acompanho suas edições, mas confesso que nunca lí um tratado "biblico" tão rico acerca da salvação, estou edificado, me prendí a este artigo desde o início e degustei cada palavra, meus ouvidos espirituais saborearam cada palavra. Jesus Cristo continue te dando este dom maravilhoso que é a sabedoria à luz da palavra. Com este artigo inclusive o Espirito Santo me confortou acerca de algumas coisas que vinham acontecendo. A palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que qualquer espada de dois gumes...
Um Abração.
Anônimo disse…
Irmão Ciro,

A paz do Senhor!

Meditando sobre a expressão ´´o navio da salvação´´,lembrei-me de um hino que os saudosos cantores Otoniel e Oziel cantavam; se o amado irmão gostar da letra ficaria feliz se a publicasse pois a mesma é muito edificante:

Porto De Canaã


Por um imenso e furioso mar
A tua nau perdida está
Vaga sem rumo e sem direção
Sem o amparo do Salvador
Cheia de angústia tua alma está
Vai naufragando na escuridão
Assim jamais tu poderás chegar
Ao velho porto de Canaã

Somente Cristo pode acalmar
O forte vento e a tempestade
Se o teu barquinho afundando está
Cristo é o refúgio para te ancorar
Se hoje buscas sua direção
Da gran tormenta livre serás
E assim seguro com Ele irás
Ao velho porto de Canaã

E assim confiando com Cristo irás
Ao velho porto de Canaã...

Abraços fraternos

Josiel.
Anônimo disse…
Caro Pr. Ciro,

Virei um assíduo frequentador de seu Blog, e tenho apreciado muito seus escritos. Como já disse em um de meus comentários em seu Blog, arminianismo e calvinismo sempre gerarão debates intermináveis.
Quando lemos este artigo, somos inconscientemente levados a optar por alguma das correntes apresentadas, e todas elas se dizem ser pautadas na sã doutrina.
Vejo que sua postura é sempre de primar pela Palavra de Deus, porém o senhor dá várias dicas de ser um arminiano (já ouvi vários irmãos que acompanham o seu trabalho dizerem isso), descartando sempre qualquer tipo de interpretação calvinista.
Suas abordagens são sempre a respeito dos hiper-calvinistas ou dos ultra-arminianistas, e nunca uma abordagem equilibrada a respeito das duas posições.
Particularmente, encaro a relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana como sendo parte dos mistérios acerca do ser Deus, como a doutrina da Trindade e das duas naturezas de Cristo. A soberania de Deus e a responsabilidade humana têm que ser mantidas juntas num só corpo, sem mistura, sem confusão, sem fusão e sem diminuição de ambas.
Quanto a perda da salvação, vejam o que diz o Dr. J. M. Carrol:
"Notem os seguintes versículos:
"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as". Jo 10.27.
"Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus". 2 Tm 2.19.
Tenham estas duas simples afirmações em mente: "E eu conheço-as" e "O Senhor conhece os que são seus".
Somos ensinados na Bíblia que no dia do juízo haverá uma separação; e que haverá duas multidões: uma à esquerda e outra à direita. Não haverá três, só duas. Todos os que estiverem no julgamento estaria em uma das duas classes. A todos quantos estiverem à mão direita, Ele dirá:
"Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" Mt 25.34.
E aos da esquerda, dirá:
"Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade" Mt 7.23.
"Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" Mt 25.41.
Notem estas palavras: "Nunca vos conheci". Isto seria verdade se alguém na multidão à esquerda tivesse sido crente?
Em face destas duas simples afirmações: "E eu conheço-as" e "O Senhor conhece os que são seus", se, quando chegarmos ao juízo, Deus disser aos da esquerda: "Nunca vos conheci", e houver entre esse número, pelo menos um, que um dia foi crente, isto não faria de Deus um mentiroso?!
Com certeza irmãos, os que finalmente forem mandados embora são os que nunca aceitaram realmente Cristo como Salvador.
"Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós" 1 Jo 2.19".

Já dizia o filósofo polonês Leszek Kolakowski "Todos aqueles que se julgam possuidores da verdade são inquisidores".

Fraternalmente
Junior
Caro Junior,

Agradeço-lhe pelas palavras de incentivo e pelas críticas.

Bem, o problema dessa inglória discussão entre calvinismo e arminianismo é que nenhum dos lados quer ceder. E sabe o que acontece? Os dois lados ignoram passagens claras da Bíblia, a Palavra de Deus.

Enquanto os ultra-calvinistas (pois existem os moderados) citam versículos isolados em prol do predestinalismo, os hiperarminianos, como resposta, fazem o mesmo. É como se a Bíblia tivesse de apoiar a ambos. E, nesse particular, os calvinistas são, sim, mais inflexíveis, a ponto de menosprezarem os que pensam diferente.

A Palavra de Deus não é nem arminiana nem calvinista. Ela simplesmente é a Palavra de Deus. No entanto, como os predestinalistas acham que todos aqueles que não admitem o seu pensamento são arminianos, é comum dizerem, desdenhosamente, que sou arminiano.

Ora, não tenho eu bom senso? Não posso ter a capacidade de examinar tudo e permitir que a Bíblia dê a palavra final? Reitero que o meu compromisso é com as Escrituras. E, como está escrito na Bíblia (e eu citei inúmeras passagens), quem não permanecer em Cristo não será salvo!

"Ah, mas ninguém pode tirar as ovelhas da mão de Jesus", alguém dirá. Oh, sim, é verdade, mas as ovelhas podem se desagarrar; isto é, os salvos, pela livre-vontade, podem decidir sair das mãos do Senhor. Isso é biblicamente incontestável. E não se trata de arminianismo, pois é apenas e tão-somente o que as Escrituras asseveram.

A sua interpretação (ou de quem quer que tenha esse pensamento) da frase "Nunca vos conheci" não leva em conta o sentido original. "Não conhecer" em Mateus 7.23 denota não ter com a pessoa um relacionamento aprovador. Em outras palavras, “Eu nunca aprovei a vossa obra”, mas isso não quer dizer que não tenham sido salvos, antes de apostatarem. Leia 2 Pedro 2. Este capítulo menciona falsos mestres, apóstatas, que foram RESGATADOS, mas passaram a pregar heresias de PERDIÇÃO.

Infelizmente, o sofisticado calvinismo dificulta a simples leitura, em meditação, de passagens tão claras, como as citadas no artigo.

E observe que no Juízo Final ninguém será condenado por não ter sido eleito antes da fundação do mundo, e sim SEGUNDO AS SUAS OBRAS! Leia sem preconceito Apocalipse 20.

Como afirma o Senhor Jesus, em João 7.24: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça".

Mais uma vez agradeço-lhe pelas considerações.

Em Cristo,

CSZ
Felipe Inácio disse…
A paz do Senhor,meu pastor!

Tenho uma grande admiração por vc,pelo seu trabalho,sua força de vontade em expor a palavra de Deus.Contudo,minha opinião quanto a esse debate,sou de posição contrária a do senhor e a de muitos outros assembleianos.
Acho a analogia feita por vc e pela BEP a respeito do "navio da Salvação" muito superficial.Alguns costumam dizer que Cristo elegeu a Igreja,e a Igreja está em Cristo.Ora,a Igreja é formada por pessoas,ou é somente um título?Falando assim dá pra entender que Deus elegeu um simples título,uma simples possibilidade,como se ele não viesse pra salvar os homens,mas sim pra dar uma possibilidade de salvação.E outra, vc disse que aqueles que quisessem entrar no barco poderia entrar,mas como a humanidade irá entrar em um lugar onde ela não deseja!?A humanidade está presa pelo pecado!Como disse o salmista:"Não há ninguém que busque a Deus!"Pergunto,como uma pessoa morta em seus delitos e pecados pode então "escolher a Deus"?Nosso amado Paulo responde aos Efésios e aos crentes de hoje:

Efésios 2:4-6: Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,
e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos,
e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;


Observe que Cristo fez tudo isso estando nós mortos em nossos delitos e pecados


Soli deo gloria!!!
Edson Dorna disse…
A paz do senhor!

Pr. Ciro, estarei passando as fotos pelo email ccdp@bol.com.br, fique na paz do Senhor, e estaremos nos encontrando em novembro no 3º Ebol.

Em Cristo

Edson Dorna
Cleber disse…
Amado,
gostei muito da série sobre arminianismo.
Em breve vou divulgar no meu BLOG.

Pr Cleber
http://confraria-pentecostal.blogspot.com/
Caro pastor Cléber,

Com todo o respeito, agradeço-lhe por gostar da série de estudos, mas reitero que não se trata de um estudo sobre o arminianismo. Eu, na verdade, considero tanto o calvinismo como o arminianismo posições extremadas. Por isso, procurei enfatizar na série que a palavra final é a da Bíblia.

Um bom livro, que contém uma análise equilibrada sobre o assunto, nem calvinista nem arminiana, é ELEITOS, MAS LIVRES, de Norman Geisler, Editora Vida.

Parabéns pelo blog! Agradeço-lhe pela divulgação do estudo.

Em Cristo,

CSZ
Anônimo disse…
Pastor Ciro a paz!!!
Por favor tire uma dúvida minha, qua é a teologia da nossa denominação Assembléia de Deus: Arminiana ou Calvinisa?
existe a teologia de "Fronteira"???
Fique com Deus!!!
Edmar Wruck disse…
Olá Pr. Ciro,

Espero que estejas bem.

Eu havia copiado os artigos sobre Calvinismo X Arminianismo e salvo em meu computador a um tempo atrás porque naquele momento não tinha tempo para lê-los. Esta semana me deparei novamente com artigos com calvinistas e arminianos se digladiando, aí dos seus artigos sobre o assunto.

O que me chamou a atenção é que tanto para um grupo como para o outro não há meio termo, todos os princípios defendidos por um grupo exclui taxativamente todos os princípios defendidos pelo outro, pois da forma como são colocados realmente não há espaço para conciliar estes princípios. O pastor apresentou não um meio termo, mas sim a opção bibliocêntrica.

O que também não podemos ignorar é que o calvinismo é o “ninho” dos cessacionistas, sendo que muitos dos seus argumentos antipentecostais tem origem na doutrina calvinista, enquanto parte dos pentecostais se aninharam no arminianismo, e como para os calvinistas todos os que discordam dos seus princípios são automaticamente taxados de arminianos, logo, todos os pentecostais são assim considerados por eles.

Infelizmente muitos crentes pentecostais tem uma vida espiritual cheia de frustrações provocada pelo medo da perda da salvação, estão como se estivessem “caminhando sobre ovos”, sempre em dúvida quanto a sua salvação, o que na verdade é conseqüência direta da falta de conhecimento da Palavra de Deus, e incentivados por pregadores também ignorantes (ou talvez expertos) buscam uma vida de “experiências” com Deus e/ou com o Espírito Santo, ao invés de freqüentarem a EBD cuja lição do último Domingo (02/11/08) acabou abordando este assunto.

Creio que os pentecostais faltos de conhecimento bíblico acabam, sem saberem, abraçando o arminianismo, as vezes indo até mais além com normas e costumes humanos que se não observados supostamente os faz perder a salvação, tornando a graça “resistível” em graça “insuficiente”.

Que Deus abençoe o pastor e sua família.

Um Abraço Fraternal em Cristo
Edmar Wruck
Gladstonier disse…
Pr. Ciro, tenho um pergunta:
Você acredita que existe bem suficiente no homem para que este possa se achegar a Deus?
Espero que a sua resposta seja não, baseada em Rm 3:10.
Portanto é o próprio Deus regenera a vontade do homem que é incapaz de ir até Deus por sua própria vontade. Sendo que é necessário que a vontade seja regenerada, e uma vez que está tenha sido regenerada o homem não pode resistir ao chamado de Deus, visto que agora tem o desejo de seguir a Deus e não mais de seguir ao mundo. Para finalizar: se o Deus regenera o homem, o chama eficazmente e é o próprio Deus que sustém os seus servos, como estes poderão cair.
Efésios
5:29 "Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;" Nós somos a igreja.
No momento que uma pessoa, uma vez salva por Cristo, se perde o sacrifício de Jesus que foi feito para a salvação desta pessoas torna-se ineficaz, isto tornaria o nosso salvador falho para com esta pessoa.
Mas Deus não falha, portanto as ovelhas dadas a Cristo por Deus vão ser salvas, mesmo que cometam pecados e até mesmo permaneçam nestes pecados, um dia voltarão a Deus, pois aos que predestinou a estes também chamou.
Respeitosamente.
Graça e paz!!!
Anônimo disse…
"No entanto, presciência é uma coisa, e predestinação é outra".
Isto parece reduzir Jeová a um mero "vidente"(de que DEUS?).Parece que isto diz que DEUS prevê coisas que não sei quem determinou,mas alguem determinou(quem?)e se esse alguem determinou,então é maior do que Jeová.Isto diz que Jeová não tem domício sobre a história,não foi Ele quem escreveu a história.O pastor Ciro reconhece que Jeová já sabia que Judas iria traí-lo,mas afinal de contas quem colocou este pensamento na mente Jeová?Quem colocou o pensamento de que seria Judas?Parece que o pastor,no tal estudo em que vi a frase acima, quiz dizer que se Judas quizesse,a previsão de Jeová teria falhado.Digo eu,que Jeová colocou a ávore no jardim dom Éden para permitir o Homem comer do fruto dela,para permitir que o pecado entrasse no mundo.Se Jeová planejou a redenção do Homem antes da fundação do mundo(Efésios 1:4,5),logo,Ele,planejou permitir a entrada do pecado no mundo,para que o seu plano de redenção do Homem em Cristo fosse cumprido.Vemos aqui que até o pecado cooperou para a exaltação de duas lindas características de Jeová:amor e misericórdia,oh glória.Se o homem não tivesse pecado,o amor e a misericórdia de Jeová não teriam sido tão exaltados.Deus determinou exaltar o seu amor e sua misericórdia para com o homem,enviando seu filho unigênito para ser esbofeteado,humilhado,maltratado,cuspido,crucificado(existe uma prova de amor maior do que está?).Afinal de contas Jeová "tenta" salvar a quem Ele já exatamente sabe que não será salvo?Jeová não faz coisas vãs.Aqueles que interpretam a bíblia ao pé da letra,se iludindo com os "se,se,se"(como se Jeová lá no seu trono não tivesse certeza de nada)talvez podem até usar Oséias 8:4 para negar que Jeová sabe todas as coisas.
A jeová a glória para sempre amém.(Romanos.11:33-36)
Jorge Faustino disse…
A paz do Senhor Pastor,penso que aqueles que dizem ser de Armínio ou de Calvino, deveriam deixar o saudosismo de lado e procurar estuda a bíblia e ver o que a bíblia diz de fato do assunto salvação dos homens; A partir do que Jesus ensinou e os apóstolos.
Unknown disse…
Paz e Graça
Desculpa discordar.

É impossível perder a salvação!
Um salvo, quando peca, não perde sua salvação, nem mesmo por um instante. Nem no exato momento do pecado. Não mesmo ! (Jo 1.12-13, 1Jo 2.1). Se fosse assim estaríamos constantemente perdendo e ganhando nossa salvação como se fosse uma troca de roupa.
Somos salvos única e exclusivamente pela pessoa de Jesus Cristo.
A declaração de João 6.37-39 aponta nessa mesma direção: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.

O apóstolo Paulo escreve em Romanos 8.38-39: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Esse é o amor experimentado pelos salvos.
Não existe argumento mais evidente e mais abrangente! A expressão “nem a morte, nem a vida”, inclui tudo o que possa ter alguma influência na nossa vida. Uma pessoa realmente renascida não pode se separar de Deus; isso só é possível para alguém que não nasceu de novo, mesmo que aparente ser cristão.
Pecar de forma deliberada e voluntária, definitivamente, é uma característica daquele que jamais conheceu a Deus (1Jo 3.6-9), ou então, considerando um outro cenário, revela uma apostasia, alguém que abandonou a fé (1Tm 1.19, 1Tm 4.1).

ABRAÇO